E Sempre, e Tanto escrita por Lehninger


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá ♥
Tive como inspiração para esta one-shot "Soneto de Fidelidade", de Vinicius de Moraes, a escrevi usando como base a interpretação que tenho desse poema ~
A história só está classificada como "+16" por conta de uma expressão (que talvez passe despercebida) que usei, uma insinuação de sexo, fora isso, não há motivos.
Também tive como inspiração a imagem da capa ~
Enfim, acho melhor parar por aqui -qq
Boa leitura :3



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— Kurokocchi~! Não vá tão depressa...

Kise curvou os lábios em um bico que já lhe normal, tanto que poderia dizer que era um ato involuntário de sua parte. De fato, era.

E era com Kuroko que todos os seus atos, assim como seus pensamentos, se tornavam involuntários.

Estava frio, mas não ao ponto de ser considerado insuportável. Não havia muitas pessoas por ali, fora do conforto de suas casas no geral, o que deixava tudo ainda mais silencioso. Era noite, por volta das 21hrs, e não era uma data em especial. Apenas mais uma noite de inverno; isto é, para as outras pessoas.

Para Kise e Kuroko, ao que parecia principalmente para Kise, aquele era um dia especial. Há exatamente um ano ambos começaram a namorar, no mesmo dia em que Ryouta declarou-se para Tetsuya e, para sua surpresa, descobriu que seus sentimentos eram correspondidos. Não tinha palavras para descrever o que sentira naquele momento, mas não hesitava em dizer que fora uma das melhores sensações do mundo; seus batimentos cardíacos aceleraram, sentiu suas mãos trêmulas e um arrepio percorrendo todo seu corpo, fora isso, não sabia o que dizer.

Estar com Kuroko era uma das melhores coisas do mundo, assim como abraçá-lo, beijá-lo, fazê-lo seu. Às vezes chegava a se perguntar se tudo aquilo era mesmo real, de tão maravilhoso que era.

A cada dia Kise se apaixonava mais pelo menor. Tudo nele lhe fascinava, desde a aparência ao modo de agir, pensar e, claro, sua voz. Tudo. O amava mais que tudo. E a cada dia que passava, seu sentimento para com o de cabelos azuis só aumentava, se é que isso era possível. Não tinha dúvidas quanto à sua própria fidelidade, mas era algo que fazia questão de prometer a si mesmo que manteria. E cuidava para que continuasse assim sendo, permitindo-se encantar-se mais e mais com aquele que tinha e chamava de seu.

Já não conseguia imaginar-se com outra pessoa ou até mesmo sozinho, Kuroko se tornara o motivo de seu sorriso, de todos os seus sorrisos. Viver sem o menor seria o mesmo que ter uma vida vã, acordar e não ver sentido em permanecer ali, vivo e ao mesmo tempo morto. O amor que sentia lhe era motivo para continuar a viver, mesmo que, por vezes , a vida parecesse tão sem sentido.

Gostaria de dizer que era como um conto de fadas, mas não era. Assim como os momentos de alegria, havia também os momentos de tristeza, as lágrimas derramadas e a sensação mínima de ter o coração machucado. Nada era perfeito, nem mesmo o amor, mas contentava-se com tudo aquilo que lhe era proporcionado, pois já lhe era o bastante.

Kise não queria acreditar, mas todas as coisas tinham fim, e este era sempre amargo. Talvez a morte corrompesse tudo aquilo que tinha, sentia e zelava. Tinha medo do fim, fazia de tudo para evitar pensar que aquela era a realidade, que tudo, não importando o quê, um dia iria acabar.

E pensar na solidão, na possibilidade de, um dia, estar sozinho... Não suportava imaginar, doía tanto que podia jurar sentir seu coração rasgar. Tais pensamentos eram afastados apenas ao sentir a presença de Kuroko, e, assim, quase nunca voltavam a lhe atormentar.

Se fosse para acontecer, se realmente acabasse, que não fosse tão cedo. Que demorasse dias, semanas, meses, anos...

Não seria eterno, assim como nada é. Tinha ciência disso. Poderia, sim, a chama apagar. Talvez... Um dia iria; o futuro é incerto, nunca sabemos o que irá acontecer e, caso soubéssemos, desejaríamos não saber.

Um dia a chama se apagaria, o sentimento morreria, o destino optaria por algo errado, um dia o fim viria.

Ao ouvir a voz do maior lhe chamando e pedindo para que não andasse tão depressa — mesmo discordando e achando que, na verdade, era Kise que estava andando devagar —, Kuroko olhou para trás e, com sua típica expressão — ou ausência de expressão — no rosto, estendeu sua mão para o loiro.

Segurando a mão alheia e entrelaçando seus dedos com os de Tetsuya, Ryouta sorriu.

Então, que seja infinito enquanto dure.


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Notas finais do capítulo

Obrigada para você que leu até aqui :3
xoxo ~



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