O meu lado negro do sol. escrita por Automatisch


Capítulo 1
The end.


Notas iniciais do capítulo

Comentem, ok?



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[23/11/2010]

Estou aqui novamente sentada nesse chão gelado, abraçada as minhas pernas, sentindo as lágrimas lavarem meu rosto, cada uma que cai é uma lamina perfurando minha alma. Me abraço cada vez mais forte, esperando que essa dor passe, mas, não... Ela só aumenta a cada instante. Imagino se estaria bem se ainda te tivesse como um amor platônico. Quem sabe se eu nunca o tivesse tocado, se nunca tivesse provado o sabor de sua boca, se nunca tivesse ouvido tais palavras que me levaram onde estou agora.


[Flashback on]
– O que faz aqui? - Ele me perguntou irritado.
– Pensei que poderíamos... - Comecei a falar mais ele me interrompeu, sendo mais frio que anteriormente.
– Disse para não me procurar depois daquela noite, não fui claro o suficiente? - Abri a boca para falar, mas, ele continuou. - Achou mesmo que teríamos algo depois daquilo? - Ele soltou uma risada irônica e um tanto alta.
– Pensei que você fosse diferente, você não é o cara por qual eu me abaixo... - Mais uma vez ele me interrompeu, dessa vez me olhando com aqueles olhos amendoados.
– Não perca seu tempo pronunciando tal palavra. Você não passou de apenas mais uma.
– Pensei que só seria capaz de ouvir isso do Tom. - Falei calmamente, e ele mais uma vez gargalhou.
– Achou mesmo que o bonzinho e romântico Bill Kaulitz ficaria com você para sempre? Eu não sou o que todos pensam, as aparências enganam. - Ao dizer isso ele virou as costas para mim e saiu, me deixou paralisada tentando assimilar tudo que ele havia me dito.
[Flashback off.]


Fiquei observando a fumaça do meu cigarro pairando sobre minha cabeça, sim, esta é a minha nova maneira de fugir da minha realidade. Finamente me levantei decidida a tomar uma atitude, me olhei no espelho estava horrível, olheiras até o queixo, sorri com o meu pensamento idiota. Me arrumei como antigamente, a meia arrastão com a saia curta fazia um contraste perfeito no meu corpo bem delineado.
Sai de casa um tanto mais... Acho que recuperada seria a palavra certa a se usar. Me dirigi a uma boate no centro de Berlim, estava lotada como sempre e assim que adentrei no local vários olhares pousaram sobre mim. A musica era agitada, mas antes de dançar fui até o bar, foi quando meus olhos novamente se encontraram com o seu, o sorriso que formou em seus lábios imediatamente tirou o meu, novamente aquela dor tomou posse de mim, ainda mais quando ele passou a caminhar em minha direção.
– Pensei que nunca mais fosse te ver. - Disse calmamente, sempre olhando em meus olhos. - Queria conversar com você sobre o que acont... - Dessa vez fui eu que lhe interrompi.
– Porque está perdendo seu tempo com qualquer uma? - Minha voz soou fria e séria. - Não acha que já me machucou o suficiente, ainda não esta satisfeito?
– Eu não queria.... Me desculpe. - Ele abaixou a cabeça, parecia arrependido. - Pensei que fosse apenas mais uma, que que me usar, que queria fama, mas depois que fui embora aquele dia descobri que estava errado, você é tudo que eu sempre quis. - Ele despejou tudo rapidamente, e por um momento esqueci de como respirar. Abri a boca para revidar, estava com raiva, não seria com meia dúzias de palavras que ele me ganharia, mas antes que eu pudesse dizer algo ele me beijou, e sim com um simples beijo ele me ganhou novamente. Logo depois ele me olhou alegremente e me tirou da boate, nos amamos ali mesmo dentro de seu carro, e ele nunca deixou de sorrir, trocamos juras de amor, finalmente estava completa.
– Bill... - Falei com a voz manhosa enquanto me vestia.
– Sim princesa? - Sorriu para mim, o meu sorriso.
– Me leva pra casa? - Perguntei fazendo bico, ele apenas acenou positivamente com a cabeça, e logo depois já estávamos indo em direção de minha casa.
Só me lembro até esse instante, logo depois uma luz forte cegou meus olhos, ouvi um ultimo eu te amo e depois tudo ficou preto. Já se passou dois anos, lembro-me de uma casa vazia, todos dizem que estou inteira, mas ainda me sinto destruída. Eu me alimento de mentiras, de palavras não ditas, mas um dia tudo vai ficar ok. Todo mundo diz que o tempo cura a dor, estive esperando para sempre aquele dia que nunca chegou. Os médicos e suas promessas, videntes, curandeiros visitei os melhores, o que quer que eles vendam, com certeza sabem como negociar.


[Atualmente]
– Já vamos mamãe? - Max perguntou me olhando tristemente enquanto segurava minha mão.
– Papai precisa descansar. - Respondi lhe lançando um meio sorriso.
– Vamos voltar logo né? - Seus olhos brilharam com a ideia, e os meus se encheram de lágrimas.
– Claro que sim. Mais agora vamos, de tchau para o papai. - Ele rapidamente soltou da minha mão, e juntou as mãozinhas diante de seu corpo.
– Tchau papai, logo logo mamãe e eu voltamos para visita-lo. - Ele disse rapidamente, e logo saiu correndo pelo gramado. Eu olhei mais uma vez para a lapide a minha frente onde era visível o nome daquele que eu sempre amei.
– Você vai acabar com a dor, quando eu estiver ao seu lado?– Perguntei sabendo que ele não poderia me responder. Mas sabendo que um dia o lado negro do sol irá brilhar para nós.


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Notas finais do capítulo

Fim.Sem mais.Necas.Acabou.



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