SanWar - Priére (Interativa) escrita por Emerson Souza


Capítulo 3
Capitulo 2 - Aniversarios e Caos.


Notas iniciais do capítulo

Caros leitores, tenham uma boa leitura e espero que gostem.



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Acordei ao som de fogos de artifícios que indicavam o começo do evento e dava início a toda comemoração do dia.

Levantei - me e me dirigi a cozinha, onde minha mãe me esperava, pois combinamos que aquela festa na cidade poderia ser aproveitada para comemorar meu próprio aniversário. Então me arrumei com uma roupa que ganhara para aquela ocasião, uma calça jeans azul escuro, uma camisa branca e uma jaqueta preta escrita Snowstorm, tempestade de neve, nas costas em branco e azul.

E lá estava ela, com um vestido verde, segurando um bolo e sorrindo quando me viu. Mas nem a maquiagem que usava deixava totalmente escondida suas olheiras que tinha por, provavelmente ter ficado a noite preparando aquele bolo.

– Mãe... O bolo... N - Antes mesmo de terminar a frase ela me interrompeu levantando a mão.

– Um filho não querendo que a mãe faça um bolo pro seu aniversário... Onde esse mundo vai chegar? - suspirou ela me deixando totalmente sem graça. - Ora vamos, pegue um pedaço e se quiser reclamar... Não o faça. - Disse enquanto me apontava uma faca e mantinha os olhos semicerrados. O que espero que tenha sido uma brincadeira, mas decidi me manter calado.

Até porque não tinha o que reclamar, o bolo estava ótimo, simplesmente delicioso, e nada mais. Comeria mais se pudesse, mas como estávamos de saída, decidi me conter.

Quando chegamos à festa, era maior do que esperava, aquela poderia ser a maior rua da cidade, mas hoje especialmente, parecia ainda maior. Pessoas andando de um lado para o outro, mais e mais lojas espalhadas por todo o lado, comida, jogos e até mesmo uma "barraca do beijo" na qual minha mãe me empurrara, mas consegui me desvencilhar.

– Vamos, Yuki, você está fazendo 18 anos hoje e nunca nem sequer conversou com uma garota por mais de 30 minutos. Eu quero netos! - Ela dizia querendo me provocar, mas não me deixava levar facilmente.

– Mas... A senhorita é muito nova para ter netos agora, não acha que deveria pensar em ter outro filho? Ou casar-se novamente? - Disse uma voz a minhas costas me fazendo saltar e quase cair e derrubar minha mãe.

– Ora vamos, Ângelo não diga isso, você sabe do meu caso, sabe que não posso ter filhos, Eric foi algo totalmente surreal, um milagre, e você sabe. - Ela respondeu de modo casual como se já tivessem discutido isso antes.

E de certa forma aquela afirmação era seria. Desde cedo fora dito que minha mãe não poderia ter filhos por causa de uma doença, então quando ela ficou grávida de mim, nem mesmo os médicos sabiam o que havia acontecido e ficaram abismados. Talvez seja esse o motivo de sermos tão próximos.

Após esse encontro não tão inesperado, ela desistiu da ideia de me levar naquela barraca e passamos a andar os três juntos por um bom tempo, passando em todas as barracas de jogos que tinham, mas como sempre, fui uma negação completa, e como consolação, ganhei uma caixa de doces que Ângelo havia ganhado em um tiro ao alvo, que agradeci e a partir daquele momento, ficamos mais amigáveis um com o outro e Cordelia minha mãe pareceu mais feliz com isso.

– Viu só? Ele pode ser legal quando quer. - Ela disse quando me ofereci para comprar refrigerantes quando paramos para ver o começo do desfile.

Quando voltei, o desfile já tinha começado, mas eu não os achava, por mais que procurasse, e em um momento senti uma mão me puxar pelo ombro.

– Ei garoto, eu te avisei... - Disse a voz da qual pertencia àquela mão, e a cada palavra a pressão aumentava e até ouvi tilintar de metal, e quando me virei, ele estava lá, o mesmo guarda que havia encontrado no dia anterior com algemas em mãos. O que me fez recuar e ele mostrar uma expressão mais travessa. - Relaxa, só estou brincando... Ou será que não?

E antes mesmo que eu pudesse retrucar qualquer coisa, uma terceira voz foi ouvida vinda do alto e alguém ao nosso lado murmurando.

– Parece que algo interessante vai acontecer... - E no mesmo instante em que passava o terceiro carro alegórico que trazia consigo Lucina Lichwut, a queridinha de Asphlein e a aniversariante do dia, um clarão surpreendentemente dourado tomou conta do céu azul.

Quando a luminosidade diminuiu, foi possível ver a silhueta de um homem com duas grandes asas e quatro menores. Como se ele pairasse no ar, e sua voz reverberando por todo o lado, como se fosse para todos ouvirem o que tinha para falar.

– Escutem, Ô descendentes dos sobreviventes da primeira guerra total. – Ele começou a dizer e a cada palavra sentia um formigamento crescente no meu corpo partindo do ombro, mas sem dar muita atenção. – Sou Gabriel, O Mensageiro.

Ao ouvir essas palavras foi como se um raio transpassasse meu corpo, o que, realmente estava acontecendo, um raio de mais de 200 volts atravessando e dançando em meu corpo e ia aumentando a intensidade de acordo com a pressão colocada em meu ombro pelo guarda, o que deveria ser o causador.

– Gabriel?! – Ele disse silaba por silaba, mastigando cada uma delas como se duvidasse do que ouvia e até mesmo do que falava. E a eletricidade aumento até um pouco em que meu corpo ficou paralisado e eu só pude gritar esperando que ele se dessa conta e parasse. – Er... Desculpe, não foi intencional.

– Então você é um deles, certo? Um Elemental do trovão... – Disse olhando-o de baixo, pois ficara de joelhos devido à eletricidade. – Interessante.

– O mais interessante é você que resistiu a mais de 1000 volts em seu corpo, você não é normal é? A proposito, meu nome é Mike. Mike Wolfestein. – Se apresentou o guarda levando automaticamente a mão a sua espada. Mas antes que eu pudesse responder ou que ele dissesse mais algo, Gabriel continuou seu pronunciamento.

– Vejo que está bela jovem está hoje completando 18 anos, no mesmo dia que meu irmão, o Arcanjo Miguel retornou aos Céus. – Ele disse se referindo a Lucina Lichwut, uma garota de cabelos longos e loiros, de olhos claros azuis, pele alva e de uma aparência bela que apesar de não ter um corpo tão desenvolvido, era de certa forma atraente. – Porém, sinto informa-los que não será por muito tempo, e assim como antes, uma nova batalha acontecerá em terra. Devo avisa-los que dentro de dois anos, uma nova e derradeira guerra recairá, pois assim como Miguel, o Exterminador, Satã, o Rei do inferno e Behemoth, o Senhor das bestas recuperaram suas forças e retornarão a lutar. E algo assim é inevitável. Dito isto, vigiem-se e protejam-se humanos, pois uma vez mais os mundos se colidem e por uma vez mais, seu mundo será afetado por toda influencia à qual já foram lançados.

E ao terminar seu anuncio, uma nova explosão ocorreu no céu iluminando tudo de três cores, dourado, negro e roxo formando três pequenos triângulos sobrepostos um ao outro dando ilusão que a qualquer momento poderiam se tornar um só. E então tanto o negro quanto o roxo se dispersaram em direções opostas e apenas o dourado continuou pairando no céu tremeluzente e imponente até que brilhou tão intensamente que poderia cegar todos no local e se extinguindo junto com a imagem de Gabriel, o Mensageiro, deixando uma atmosfera tensa, sombria e extremamente quieta no local, sendo possível ouvir somente a respiração das pessoas.


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Notas finais do capítulo

Espero sinceramente que estejam gostando, e acima de tudo que continuem lendo. Não esqueçam de comentar e até a proxima



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