Intenso como o Vinho escrita por Haruiy


Capítulo 1
Prólogo...


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por lerem minha fic, espero que gostem. Comentem críticas positivas ou negativas para que eu possa me inspirar!



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A sexta-feira começou muito bem. Eram dez pra sete e eu costumava fazer minha caminhada logo cedo para aliviar toda a tensão que estava por vir à tarde. Apesar de amar meu trabalho como arquiteta na Lionel Architecture, uma das empresas mais conhecidas, pois o nome Lionel faz jus a um dos melhores arquitetos de Seattle, tinha certos eventos chatos e muitos projetos que eram designados a mim que simplesmente não me deixavam com um sorriso estampado no rosto. Peguei então minha calça de ginástica e uma blusa de manga curta não muito justa em cima da cômoda como planejara no dia anterior, amarrei meu cabelo ruivo e por sua vez ondulado, forte e bem alto de forma que ele não aflouxasse quando eu acelerasse o ritmo da caminhada. Fui ao banheiro para escovar os dentes, meu apartamento não era o mais espaçoso de todos, mas era o suficiente para mim, um pequeno banheiro que tinha, sobretudo uma pia branca com direito a muitas gavetas e um espelho grande vinculado logo acima, uma banheira na parede ao fundo com uma janelinha em vitral e várias prateleiras para shampoo, sabonete, toalha etc... Um carpete que dava vontade de ficar o dia de pés descalços só para alisar minha sola nele, era aveludado cor bege claro, as paredes azulejadas com pequenos quadradinhos azuis que me confortavam parecendo ondas continuas divagando na parede e isso me fazia sentir muito feliz, pois adorava o mar e a sensação que ele podia me trazer de liberdade. Voltei para meu quarto e coloquei meus tênis de corrida. Desci ao térreo de elevador e logo senti a brisa que batia em meu rosto quando a porta foi aberta pelo porteiro para outro morador do prédio, sorri levemente para Stan que abrira a porta para mim também.

–Bom dia, senhorita Guilbertt. Vai caminhar como sempre?

Stan sorriu e acenou. Comecei a me aquecer.

–Sim, Stan. Um bom dia pra você também.

Ao longo da caminhada fui me afastando cada vez mais do quarteirão da Palace Salt, o nome do prédio onde moro provisoriamente. Pretendo me mudar mais para o centro da cidade, não sou o tipo de pessoa que gosta do trânsito ou de lugares agitados, muito pelo contrário, eu prefiro lugares calmos e que tenham menos trânsito possível, mas devido a isso fico um pouco longe do meu trabalho e tenho que pegar um táxi quase sempre. Meu trabalho é uma das coisas que mais amo fazer e a que dou minha máxima atenção, lógico que me divirto muito em meus finais de semana, saindo ou comemorando com alguns amigos, mas a semana inteira quase sempre está lotada de projetos, plantas e reuniões que muitas vezes me entrego de corpo e alma e outras nem tanto. Meu chefe era elegante, educado e muito bonito, oque mais me chamava atenção na personalidade do Snr. Graham era o fato de ele nunca ter dado em cima de mim e é isso que me deixa ainda mais a vontade perto dele, seu cabelo escuro que estava quase sempre bem penteado deixava-o com o rosto de uma pessoa um pouco mais velha e fazia com que parecesse ter uns três ou quatro anos a mais do realmente tinha. Seu físico era muito satisfatório, nunca o vi sem seu terno azul-marinho ou preto, mas podia dizer que ele fazia academia.

Sem querer acabei acelerando o ritmo da minha caminhada e sem ao menos perceber eu já estava correndo a um bom tempo e estava bem longe, meu Rolex no pulso indicava oito e meia. Geralmente corro uma hora, mas como hoje era sexta-feira decidi apenas voltar caminhando e aproveitar o vento que estava de passagem logo pela manhã em Seattle, não tive problemas na volta para casa, fui abordada umas duas ou três vezes por alguns cães que corriam junto aos seus donos. Eu queria tanto ter um cachorro que me acompanhasse em minhas caminhadas solitárias pela manhã.

Palace Salt não permitia quaisquer tipos de animais dentro, eu entrei com vários pedidos junto a muitos outros moradores para conseguir ter pelo menos a entrada de cachorros e gatos no prédio, mas nunca foi discutido realmente esse assunto.

Chegando ao Palace Salt vi Stan abrindo a porta para mim novamente e com um belo sorriso no rosto.

–Seja bem-vinda de volta senhorita Guilbertt!

–Stan... _ entrei rapidamente com um suspiro; - Já disse que pode me chamar de Natalie. Não precisa ser tão formal, afinal, nos conhecemos a mais de um ano.

–Desculpe senho.... Natalie. Já estou tão acostumado a tratar as pessoas assim que não vejo mais tanta formalidade da minha parte.

Depois de algumas risadas fui até o elevador, apertei o botão e logo ele se abriu revelando uma mulher que não era tão simpática.

–Olá senhorita Guilbertt.

Era Joanna Lizanni, uma das moradoras... uma das mais esnobes aliás.

–Olá!

Tentei formar um sorriso em meus lábios. Joanna era pelo menos cinco centímetros mais alta do que eu, seu corpo esbanjava curvas, mas o rosto não era de tal beleza, seu maxilar era tão forte que a fazia ter o rosto parecido ao de um homem só que mais delicado e seu cabelo estava quase sempre atado, pois ela mesma uma vez disse que eles eram volumosos demais e ela odiava sair com ele molhado e depois ter de prendê-lo, por isso ela sempre o secava antes e depois o amarrava.

–Vai subir Srta. Guilbertt?

–Sim, sim. _ ela apertou o botão do quinto andar; - Obrigada.

–De nada. Aliás, você estava correndo não é mesmo?

Confirmei com a cabeça. Estava ofegante e um pouco suada.

–Poderíamos sair um dia desses para correr juntas, se quiser é claro.

Não. Eu não queria.

–Claro. _ tentei formar mais uma vez o suposto sorriso; - Você gosta de correr?

–Digamos que acho necessário, para o corpo e para a alma.

Ela era tão espontânea, mas ao mesmo tempo me irritava de certa forma o jeito como ela estava me olhando, dos pés a cabeça como se eu fosse uma alienígena parada a sua frente.

Chegando ao meu andar, me despedi com apenas um aceno da cabeça e entrei em meu apartamento.

–É tão bom estar em casa.

Coloquei as chaves na mesa de centro e me atirei em meu sofá em formato de L, no meio da sala. Quando estava prestes a tirar um cochilo...

–Nat! _uma voz inesperada gritou; - Você deveria pelo menos arrumar o seu quarto antes de sair de casa sabia?

Essa voz, eu conhecia.

–Hanna! Você veio. _era Hanna minha melhor amiga; - Não sabe o quanto eu estava sentindo sua falta.

–Deve ter sentido mesmo.


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Notas finais do capítulo

Continua....



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