A vingança da Hamster escrita por Scarlet Rain


Capítulo 5
Chuva de açúcar


Notas iniciais do capítulo

~Mil anos depois



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Viu uma garota, ela tinha luzes loiras no cabelo e olhos azuis profundo. Ficou com uma cara de quem perguntava "Por que tú veio aqui?", a menina não falava nada.
— Olá, você morreu em pé?
— Eu não - a garota falou finalmente.
— Por que você veio aqui?
— Eu ouvi um barulho vindo daí, achei que você estava machucada, porque o som parecia de um vidro se quebrando e se por acaso te acertasse você iria se cortar - disse a garota tentando explicar.
— Nada quebrou e eu estou bem, pode ir - disse Penélope tentando se livrar dela.
— E eu também vim aqui saber se você tem açúcar
— AÇÚCAR? Eu tenho cara de vizinha que dá açúcar? Vou dar açúcar, chuva de açúcar para quem quiser açucarar a vida! - Penélope começou a rodar e quando parou fez uma dança meio louca.
— Mas você tem açúcar?
— Santa ignorância.

Penélope fechou a porta com tudo na cara da menina.
— Ei! - a menina abriu a porta com tudo novamente. - Você não deve fechar a porta na minha cara!
— É mesmo? - Penélope fechou de novo. - Até mais!

Após aquilo a garota foi embora para o quarto dela e Maky, Mella, Nicolline e Aiyra sairam do banheiro.
— Então, senhora chuva do açúcar, nós vamos indo - dizia Mella enquanto ria loucamente.
— Ha! Ha! Muito engraçado - disse Penélope.
— Até amanhã - disse Aiyra saindo com as outras.

Foram para os seus quartos, escovaram os dentes, deitaram na cama e dormiram o resto da noite. Depois de muito tempo o dia havia amanhecido, Mella ainda não tinha levantado e já eram seis em ponto, seis e quinze começavam as aulas e um segundo de atraso significava quarto da tortura, porém naquele momento ela não iria se importar muito com aquilo. Mais tarde Mella havia acordado, e com mais tarde quero dizer seis e cinco.

Ela bocejou e se espreguiçou. - Que sono bom

Virou-se para a pequena cômoda do quarto dela e viu o despertador.
— Seis e cinco - gritou pegando o despertador. - Vou me atrasar para aula de artes!

Foi correndo até o banheiro, arrumou-se rapidamente, saiu do quarto andando rápido e quando chegou nos corredores virou um jato, correu até chegar a ponta da escada e chegou a tempo de ver as meninas entrando na sala de aula, ficou desesperada, mas depois de se acalmar um pouco pensou um pouco e rapidamente se sentou de lado no corrimão que a escada tinha, desceu ela até chegar na enorme sala e alcançou a fila de entrada para sala.
— Ufa! - disse seguindo a fila.

Mella entrou no atelier, respirou fundo e foi até um cavalete no meio de Maky e Nicolline. Sim, elas tinham aula de artes em um ateliê, ele era grande e repleto de cavaletes.
— Mella! - disse Maky após ver a amiga do seu lado.
— Olá! - respondeu ela.
— O que aconteceu com você hoje? - perguntou Nicolline.
— Comigo? Nada
— Eu e a Nicolline fomos no seu quarto hoje de manhã - disse Maky. - Tentamos te acordar, mas você nem se mexeu!
— Mas o que vocês fizeram para tentar me acordar?
— Bem... - disseram as duas.

Alguns minutos antes

— Mella! - Maky estava batendo na porta do quarto da dita cuja.
— Acho que ela morreu enquanto dormia - dizia Nicolline, cuja estava do lado de Maky.
— Vamos tirar a provar - Maky entrou com tudo. - Acorda mariquinha!
Mella não moveu um músculo.
— Plano B! - disse Nicolline indo no banheiro do quarto.

Ela fuçou tudo até achar uma tesoura, era uma tesoura para emergências, e aquilo com certeza era uma emergência na cabeça dela.
— Se não acordar eu corto seu cabelo - ameaçou.

Ela mexeu-se por um tempo, mas depois parou.
— Como não deu certo, pode cortar - disse Maky sorrindo.

Nicolline pegou a tesoura e cortou um pedaço do cabelo dela.
— Divertido! - gritou.
— MUHAHAHA! Ela vai pirar - disse Maky rindo como uma bruxa de desenho animado. - Plano C! Chamar o guindaste - ela caiu na gargalhada.
— Vou ligar agora! - Nicolline começou a rir também.
— Bem, melhor irmos logo para formação antes que percamos a aula junto com a Mella - disse Maky parando de rir.
— Melhor mesmo.

Nicolline e Maky saíram do quarto e foram andando pelos corredores.

— Cortaram meu cabelo? - Mella gritou e apalpou-o; viu que faltava um pedaço.
— A professora chegou, melhor ficarmos quietas! - disse Maky se posicionando na frente do cavalete.
— Bom dia alunas - era a professora Carla chegando. - Hoje vamos aprender sobre arte abstrata.

Carla era uma boa pessoa, gentil, generosa, amigável e ainda por cima muito bonita, tinha cabelos longos pretos, olhos azuis e aparentava ter 29 anos.
— Peguem os materiais - disse ela.

Todas pegaram a tela, as tintas e o pincel. Depois disto a professora explicou que aquele tipo de arte consistia em não fazer figuras que representam seres ou objetos da nossa realidade e logo após explicar pediu para que as meninas fizessem um desenho abstrato.
— Este tipo de arte é a minha cara - disse Maky pegando a tinta azul.
— Parece ser bem simples - Mella pegou a tinta amarela.
— É bem simples - afirmou Nicolline pegando a tinta rosa.
— Como sabe? - perguntou Mella.
— Não sei
— Só você mesmo
— Olá! - disse Aiyra colocando seu cavalete com materiais ao lado do de Nicolline.
— Por que você está aqui? - perguntou Mella quando viu ela.
— Vim perguntar se falaram alguma coisa sobre a janela - disse baixo.
— Não, não falamos - respondeu Maky.
— Ainda bem - disse Aiyra pegando a tinta preta. - Vocês notaram que Moni não apareceu hoje para dar os avisos cotidianos?
— Notei, e achei estranho - disse Maky. - Ela está muito estranha desde que a professora foi sequestrada, ontem não tocou a chave do toque de recolher e hoje falta nos avisos cotidianos.
— Aquela mulher tem sérios problemas - disse Mella.
— Mas ela está muito estranha! E eu não vou ficar parada vendo isto acontecer - disse Maky determinada. - Vamos investigar isto tudo!
— Você bateu a cabeça no penico Maky? Não podemos! Vamos ser castigadas se Moni nos vir - disse Mella.
— Se estivermos juntas, nada pode nos deter! Nem a sala da tortura - colocou a mão aberta para frente. - Quem está comigo?
— Ela tem razão, temos que por um fim neste mistério da Moni! - disse Nicolline colocando a mão sobre a de Maky.
— Eu também vou! - Aiyra disse pondo a mão sobre a de Nicolline.
— É quem disse que você pode? - perguntou Mella.
— Somos um grupo agora, que guarda um segredo e que investiga, mas mais que um grupo, amigas! - disse Aiyra contente.
— Tudo bem - Mella colocou a mão.
— Eu ouvi tudo e estou dentro - Penélope surgiu como um tiro e colocou a mão também.

Levantaram as mãos e gritaram "amigas!".
— Pintando - disse Carla brava para as cinco.
— Hehe - disseram em coro.

Voltaram a pintar e a conversar baixinho.
— Então, vamos começar investigando a sala de Moni - disse Maky.
— Mas quando nós vamos? Temos aulas o dia todo! - disse Mella.
— Bem, vamos matar aula - disse Maky.
— Quem é você e o que fez com a minha amiga - disse Mella espantada.
— Sou eu mesma e digo que esta causa merece nossa falta! - disse Maky. - Vamos ir depois desta aula.
— Combinado! - disse Penélope que agora estava perto delas.

Depois de um certo tempo a aula acabou, todas entregaram os desenhos para a professora Carla e saíram do ateliê, foram direto ara outra sala, exceto Mella e suas amigas que despistaram as outras e subiram as escadas até o segundo andar. Antes de continuar elas checaram o local para ver se não tinha ninguém, nenhuma alma viva se manifestou, então, continuaram a andar cautelosamente até o fim do corredor do segundo andar. Quando chegaram no fim viram a porta que dava para o escritório de Moni, estavam prontas para entrar, mas antes disto olharam o buraco da fechadura para ver se Moni não estava dentro, para a decepção delas ela estava.
— Vamos fazer o quê? - perguntou Aiyra.
— Dutos de ar! - disse Mella olhando um que estava no teto.
— Mas isto não resolve Moni estar lá dentro - disse Penélope.
— Não resolve, porém podemos ficar esperando no duto ela sair - disse orgulhosa. - Vai facilitar o trabalho e o risco dela sair e ver a gente aqui.
— Boa ideia Mella! - disse Maky.
— Mas como vamos subir lá em cima? - perguntou Nicolline.
— Subindo uma na outra! - disse Mella.
— Acho que isto não vai dar certo - disse Maky.
— Vamos logo! - Mella falou já tentando subir em Nicolline.

Logo depois de todas subiram uma na outra aquela grande "escada" começou a balançar.
— Meu deus! - disse Maky aflita temendo cair.
— Se cairmos Moni vai escutar! - disse Penélope.
— Mas espera, com nossa fala toda ela não já teria vindo? - perguntou Nicolline.
— Corre! - gritou Mella.

Nicolline, cuja era a base daquilo tudo começou a correr que nem uma louca.
— Por que mesmo estamos correndo? - perguntou Aiyra.
— Se Moni vir a gente estamos encrencadas! Que ouça nossa voz, mas que não reconheça e não nos pegue. - disse Mella.
— Eu vou cair! - disse Nicolline tropeçando no chão.

Todas caíram com tudo e fizeram um enorme barulho, olharam umas as outras, se levantaram e começaram a correr, correram até chegar na escada, não tinham tempo para descer, porque provavelmente naquele momento Moni já estava abrindo a porta para ver de onde vinha o barulho. Mella sugeriu descerem pelo corrimão igual ela fez quando estava atrasada, todas sentaram na maior pressa e desceram juntas, porém no final Mella, que estava na frente, parou para descer e acabou parando o trajeto, Maky que estava a trás não conseguiu parar e acabou batendo com tudo nela e logo em seguida as outras bateram em Maky, conclusão? O impacto fez elas caírem no chão.
— Acho que me quebrei toda - disse Aiyra se levantando.
— Sem reclamação, vamos logo antes que Moni nos ache! - disse Mella já levantada.

Novamente as cinco começaram a correr, correram para fora da mansão e chegaram ao jardim. Respiraram fundo e decidiram se esconder atrás de um arbusto gigante que dava para a parede da mansão.
— Estamos a salvo - disse Penélope muito contente por não terem de ir para o quarto da tortura.
— Por que estão aqui? - Uma voz soou no jardim.
— Por favor, Moni, poupe-nos! - disse Maky apavorada.
— Moni? - a garota que estava no jardim riu, procurou as meninas, achou e abriu o arbusto onde estavam - Não sou a Moni, sou Danielle Bitencurt.
— Não te conheço - disse Nicolline em choque.
— Eu só conheço esta alta de olhos verdes - disse Danielle já sentada ao lado de Penélope.
— Espera aí! - Penélope olhou a menina melhor. - Você é a garota de ontem que foi no meu quarto pedir açúcar!
— Eu mesma - disse sorridente. - Enfim, por que estão aqui?
— A pergunta é, por que você está aqui aqui - disse Mella. - Devia estar na aula.
— Eu saí da sala com permissão da professora, estava um pouco enjoada, então vim tomar ar fresco e ouvi vozes do arbusto, eram vocês - falou docemente. - Enfim, o que fazem aqui?
— Estamos colhendo folhas de arbustos para uma pesquisa - mentiu Aiyra.
— Engana-me que eu gosto - disse Danielle. - Confiem em mim! Eu até posso ajudar vocês em algo.
— Okay! - disse Mella. - Queremos entrar na sala da Moni, mas antes precisamos ficar em algum lugar bem próximo da sala dela e esperar ela sair da sala, porque ela está lá, quando ela sair vamos entrar e ver algumas coisas no lugar.
— Por que querem ver "coisas" na sala dela?
— Ela está muita estranha e talvez no escritório dela tenha alguma pista - completou.
— Mella! - disseram Nicolline, Maky, Penélope e Aiyra. - Canto!

Ela foi até um cantinho do arbusto junto com as amigas.
— Por que contou nosso plano para ela? Nosso segredo de achar pistas sobre Moni? Nem sabemos direito quem é! Tudo que sabemos é que é uma aluna que mora aqui faz algum tempo, eu acho - disse Maky.
— Calma gente, depois dela ajudar no plano damos uma marretada na cabeça dela e rapidamente Danielle, se é que é o nome dela, esquece tudo.
— Ok! - disse Penélope saindo do canto junto com as outras.
— Bem Nicolline, sabe algum lugar onde podemos esperar Moni sair da sala? Detalhe, deve ser bem escondido para ela não nos ver - disse Maky.
— Já pensaram em colocar uma escada aqui? - disse olhando para a parede alta da mansão. - Uma escada média basta para chegarem ao segundo andar do escritório de Moni.
— Uau, você é esperta - disse Aiyra.
— Obrigada - agradeceu.
— Mas espera, onde vamos arranjar uma escada? - perguntou Maky.
— Talvez tenha alguma na área de serviço - disse Mella.
— Mas quem vai pegar? - perguntou Penélope.
— Hm... - Mella, Maky e Aiyra se entreolharam e concluiram que Danielle era a que estava em mais condições de fazer isto.
— Danielle! - disse Penélope entendendo a lógica das amigas.
— Eu? - disse assustada. - Não
— Quer ajudar a gente? Vá buscar a escada! - disse Mella.
— Tá bom, eu vou buscar, mas quero um plano para buscar ela!

Após Danielle falar aquilo Maky pensou um pouco e desenvolveu um plano, primeiro ela entraria pela porta da mansão cautelosamente, depois entraria na cozinha e em seguida na área restrita para cozinheiras, após entrar ela gritaria "A Moni está chamando vocês", elas, claro, iriam imediatamente ver o que Moni queria e Danielle entraria na área de serviço, cuja fica na área restrita. Confirmado o plano Danielle respirou fundo e começou a pôr em prática.


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