A vingança da Hamster escrita por Scarlet Rain


Capítulo 3
O sumiço


Notas iniciais do capítulo

Acho que não tenho nada para falar...Boa leitura? Enfim, é isso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/626292/chapter/3

A professora Heloísa não estava mais lá e todas ficaram com o coração na mão. Naquele momento Dona Moni entrou com tudo.
— Qual foi o motivo da gritaria? - ela estava com um ar de muito brava.
— A luz se apagou e quando ela voltou a professora sumiu! - disse Mariana, aluna do instituto, aflita.
— Luzes apagadas? Que absurdo de marca maior! - falou Moni - A luz da Instituição não apagou, por que só aqui se apagaria?
— Não sei, mas olha: a professora sumiu! - disse Maky tentando mostrar que realmente era verdade.

Dona Moni olhou-as e procurou Heloísa com o canto dos olhos.
— Vou chamar a polícia e tenho pena de vocês se isto for mentira, saiam daqui! - disse ela.

Elas foram caminhando para fora da sala a passos lentos. Estavam tristes pelo sumiço da professora, mas ao mesmo tempo com medo de ser alguma pegadinha de alguém. Moni trancou a porta da sala com uma chave especial que tinha e se dirigiu as meninas.
— Encaminhem-se para aula de literatura, mas antes guardem os aventais nos quartos.

Elas subiram e guardaram o uniforme de mestre cuca e logo após isto desceram para a biblioteca magnífica. Elas tinham aula de literatura lá, sentavam em puffs super coloridos e ficavam rodeadas de prateleiras imensas de livros. A professora era uma mulher velha de sessenta anos, tinha cabelo branco e olhos acinzentados, era rechonchuda e tinha um ar de séria; estava na sala naquele momento, sentada em um banco velho na frente dos puffs. A professora, que chamava Ana, se levantou do banco de onde estava e pegou um livro na prateleira atrás dela.
—Vamos ler Eros e Psiquê, Maky você vai começar lendo.

Entregou o livro para ela e voltou ao seu lugar. Maky respirou fundo e se concentrou, estava muito nervosa e suas pernas estavam bambas.
— H-havia, numa cidade, um rei e uma rainha. Este rei e esta rainha tinham três filhas de notável beleza. As mais velhas, no entanto, por bonitas que fossem, não o eram tanto que sua beleza não pudesse ser expressa em palavras. Já a mais nova possuía uma beleza tão rara, tão fulgurante e perfeita, que a linguagem dos homens era demasiado pobre para descrevê-la.
— Pare! - disse Ana - Sua leitura foi divina, mas não gagueje no começo, passe o livro para Mella.

Ela pegou o livro e continuou de onde Maky havia parado.
— A notícia de seus encantos logo se espalhou, atraindo a curiosidade de verdadeiras multidões, vindas de diferentes pontos do país e do estrangeiro, ansiosas para conhecerem essa jovem de beleza incomparável e reverenciá-la como se estivessem diante da própria Vênus.
— Pare! Alguém sabe quem é Vênus?

Ninguém se manifestou.
— Vênus é a deusa romana do amor, do erotismo e da beleza - explicou.

Uma buzina veio do lado de fora, todas muito curiosas saíram do lugar onde estavam e bisbilhotaram. Puderam ver Moni indo buscar algo no carro que estava parado na frente da mansão, alguém que estava dentro do carro estendeu a mão e deu um envelope para ela. Logo depois Moni saiu correndo para dentro. Ana chamou a atenção das meninas novamente para a leitura.

Depois daquilo Mella estava muito distraída, pensava no que poderia ter dentro daquele envelope tão secreto, secreto ao ponto da pessoa não poder descer do carro para dar. Quando a aula acabou Ana dispensou todas para o almoço.

Elas saíram correndo para a cozinha e se sentaram, Moni já estava lá sentada na cadeira principal e antes de começar o almoço ela falou que os policiais não haviam descoberto nada e disse por fim que aquela sala seria "lacrada". Milhares de perguntas surgiram, mas principalmente a de como ficaria a professora Heloísa; Moni respondeu que ela naquele momento já estaria morta. Todas ficaram com expressões tristes e com músicas melancólicas na cabeça. Começaram o almoço com total depressão, a professora mais amável daquela instituição estava morta. Terminada a refeição todas tiveram um tempinho livre na sala de estar, ficaram conversando e papeando sobre a morte de professora, o lacramento da sala e o suspeito envelope.
— Eu acho que Moni não chamou a polícia - disse Mella.
— Por que acha isto? - perguntou Maky.
— Se eles tivessem procurado pistas pelo menos achariam o corpo da professora. Não hoje, talvez outro dia, mas pelo que Moni falava simplesmente desistiram dela.
— Ela tem razão - disse Nicolline observando os fatos.
— Olá meninas! - era Aiyra vindo na direção delas.
— Olá - disse Maky.

Ela se sentou no sofá ao lado das três.
— O que acham sobre a morte da professora?
— Achamos super normal, afinal pessoas morrem todo dia - disse Mella disfarçando.

Ela piscou para Maky e Nicolline, meio que mostrando que não confiava muito em Aiyra.
— Normal? - disse Aiyra espantada. - Nem encontraram o corpo!
— Corpos somem todo dia - disse Nicolline tentando ajudar.
— Eu acho que tem algo muito errado nesta história - disse Aiyra. - E sei que vocês sabem, mas não confiam em mim.
— Isto não é totalmente verdade! - disse Maky.
— Maky! - gritaram Nicolline e Mella juntas.

Aiyra saiu triste e inconformada de lá, por que não confiavam nela? Foi caminhando até encontrar Penélope, ela explicou tudo o que havia acontecido, isto para se juntar e se enturmar com ela. Penélope, que era alguém que não observava algo assim parada, resolveu armar uma vingança, explicou todo um plano para Aiyra: elas iriam dar uma festa pijama, mas não literalmente, só com Nicolline, Mella e Maky e no meio da noite Aiyra iria sair do quarto para algo e Penélope iria dizer que Nicolline, Mella e Maky invadiram o quarto dela. Aiyra apoiou o plano e achou ele digno de ser feito aquela noite. Elas caminharam até Nicolline, Mella e Maky.
— Olá! Sou Penélope Chowe e esta vocês já conhecem, Aiyra Ellen - Penélope era uma garota de olhos grandes e verdes, cabelo curto castanho, pele parda e alta. De certo modo lembrava alguém do exército, também pelo seu estilo, que no momento era uma roupa verde com algumas manchas brancas.
— Oi - disse Mella em tom pouco amigável.
— Então, apesar do que fizeram com a minha amiga, quero convidar vocês para minha festa do pijama, hoje no meu quarto às oito da noite.
— Estaremos ocupadas - disse Mella sorrindo falso.
— Com o quê? - perguntou Penélope.
— Vamos estar respeitando as regras de não visitar as outras amigas nos quartos - Mella estava ficando furiosa, mas tentava se segurar demonstrando total paz nas palavras que dizia.
— Então você não quebra regras? - Penélope estava deixando ela louca.
— Nós iremos, pode esperar! - disse Mella dando um berro muito alto.

Todas olharam para ela com cara de curiosidade, afinal o estava acontecendo? Mella voltou a sentar e respirou fundo.
— Te vejo lá - disse Penélope já indo para o outro lado da sala de estar.

Moni chegou naquela hora e chamou as meninas para próxima aula, era dança, ela mandou todas subirem e vestir um traje confortável, sugeriu calça legging e blusa com manga curta. Subiram, se trocaram e desceram correndo para o estúdio de dança. A professora era Aline, uma professora exigente, porém muito carinhosa, que tinha cabelos negros e um corpo fino.
— Bem, hoje na aula de dança iremos aprender a dançar tango com robôs!

Robôs vestidos com terno entraram pela porta e se alinharam ao lado de Aline.
— Porém vamos aquecer antes, quero cem polichinelos! - disse pegando sua garrafinha com água, bebeu um gole e colocou ela no lugar de novo.

Todas começaram a fazer polichinelos, foi muito duro, pois estavam no trinta e quase não conseguiam se movimentar, estavam suadas e cansadas.
— Sem moleza! Levantem! - disse Aline.

Continuaram a se exercitar até o cem, após isto caíram durinhas no chão.
— Podem descansar.
— Eeeee! - fizeram um som de viva em coro.

Moni entrou naquela hora e avisou que a aula tinha acabado fazia um minuto, Aline ficou surpresa e liberou elas. Moni encaminhou elas até a próxima aula, cuja era ciências, se sentaram nas mesas e estudaram o corpo humano, no básico claro, a partir dali as horas passaram voando e quando menos perceberam já eram seis em ponto, hora de jantar. Elas saíram correndo até a cozinha, se sentaram, comeram e quando terminaram de comer foram liberadas para irem aos quartos. Mella subiu direito para o quarto de Maky junto com Nicolline e chegando no quarto Maky foi escolher um pijama para a festa e Nicolline e Mella ficaram sentadas na cama.
— Eu acho que está festa do pijama é uma furada! - disse Mella.
— Por que acha isto? - disse Maky tentando escolher um pijama.
— Veja os fatos: Aiyra magoada com a gente, vai falar com Penélope, uma garota que parece ser um terror! - disse indignada.
— Talvez seja só coisa da sua cabeça - disse Nicolline.
— Com qual eu vou? - perguntou Maky.

Ela havia estendido dois pijamas muito lindos, um deles era um conjunto de blusinha e short na cor vermelha, havia alguns babadinhos em baixo deles e uns corações de estampa; o outro era uma camisola azul com brilhos prateados que vinha com uma touca de gatinho atrás.
— Gatinho - disse Nicolline.
— Concordo com a Nicolline - disse Mella olhando o pijama.
— Vai o de gatinho - guardou o pijama vermelho e colocou o azul sobre a cama.
— Mas eu estou dizendo, isto é furada - Mella se levantou e caminhou até a porta - Em todo caso estou indo me arrumar, até daqui a pouco.

Fechou a porta e saiu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Posto o capítulo 4 amanhã.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A vingança da Hamster" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.