Philia escrita por Road-sama


Capítulo 1
Nem sempre as coisas são como se espera.


Notas iniciais do capítulo

Hello galerinhaaa, eu sei que deveria estar postando a continuação de outras histórias, mas paciência, uma coisa de cada vez e quando a inspiração deixa.
Enfim, a respeito do título dessa one (citando o wiki) Philia significa: "o termo é traduzido geralmente como "amizade", e às vezes também como "amor". Embora de fato o uso deste termo é muito mais amplo do que o primeiro. Como Gerard Hughes diz, nos livros VIII e IX, Aristóteles da exemplos de philia incluindo: : "os amantes novos (1156b2), os amigos para toda a vida (1156b12)"

Enfim, boa leitura pra vocês, nos vemos no final.
Fanfic dedicada a minha amada esposa e amiga e companheira pra todas as horas que me atura hehehe e os meus dramas e minhas teimosias. Amo você Rê (Arashi)



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Percorreu a rua acima da de sua casa. O vento trazia um calor que indicava o temporal que se aproximava. Estava abafado demais para aquele dia. Aproximou-se de uma pequena casa bege, torcendo para que não fosse um horário tarde e o dono da casa já estivesse dormindo.

Tocou a campainha esperando somente alguns segundos até que a porta fosse atendida, seus olhos encontraram com os dele, mas não houve nenhuma reação, nenhum movimento que revelasse o que cada um sentia. Cumprimentaram-se de forma silenciosa, e quando obteve espaço para entrar assim o fez. A ordem da casa estava à mesma de sempre, cada coisa em seu devido lugar, independente se era no chão ou em cima de outra coisa não reconhecível.

- O que aconteceu dessa vez? – A voz de seu melhor amigo soou impaciente, o que já era esperado, afinal estava sempre correndo pra ele quando as coisas saíam erradas. Acomodou-se no sofá antes de começar a explicar, esperando-o imita-lo.

- Ela disse que não sou mais o mesmo – iniciou num suspiro – e que prefere me ter como um amigo a perder de vez o que sobrou da nossa relação. – Repetiu as palavras ocultando uma parte, na qual ainda estava refletindo.

Você é muito obcecado pelo Sasuke! Tudo tem que ser contado pra ele. Até parece que eu sou sua amiga e ele o noivo.”

- Disse é? – Concordou retorcendo o nariz em desgosto. - Eu te conheço, Naruto. Sakura está certa... Você nunca vai deixar de ser um babaca. – O humor de seu amigo e a risadinha sarcástica naquela situação o irritou, mas resignou-se a responder àquela provocação jogando sua cabeça no encosto do sofá marrom.

Permaneceram em silencio. Aquela conversa sempre estava em pauta, por isso não precisavam de tantas falas pra entender o que cada um pensava. E como se Sasuke entendesse as perguntas que fazia em seu interior, respondeu-a em alto e bom tom: - As pessoas nunca se importam com o que você está sentindo. Esqueceu-se disso?

Fez um bico tentando não se chocar com aquelas palavras, absorveu cada letra e digeriu o significado. – Mas elas deveriam. – Retrucou determinado.

A gargalhada do outro congelou o local fazendo seu coração disparar. – Deveriam? – Houve uma pausa incrédula. – Fala isso pro dependente químico que está na rua, sem comida, sem roupa, e ninguém se importa. Fala isso pro drogado, pra mulher que apanha do marido, pro viciado em jogos e pra família dele que está em casa chorando, com fome, e sem ninguém se importando. – Engoliu em seco. Sabia que o término de um noivado não era o fim do mundo, mas estava sentindo como se o fosse.

- Às vezes você é um saco, sabia, Sasuke? – Conseguiu murmurar por baixo de seu braço que escondia seu rosto. E sentia o calor subir por suas bochechas juntamente com o arder de seus olhos.

- Você sabe – Ele acusou. – E continua vindo aqui. – Riu daquilo voltando sua visão para o moreno jogado no sofá de dois lugares ao lado do qual estava. Quando Sasuke tomou consciência de que chorava, seu rosto aparentou uma seriedade tremenda. E quando ele deu a primeira puxada de ar, soube o que viria a seguir.

- As pessoas não dão à mínima. Elas nunca vão ligar. – Ele passou a mão nos cabelos de forma desconfortável. – Então limpe esse rosto, levante a cara e reaja. É a melhor forma para elas ligarem. Afinal, felicidade alheia incomoda mais do que qualquer coisa.

E foi o que fez, mas seguindo um passo de cada vez. Começou limpando o rosto.

- Tem algo pra beber? – Perguntou fitando-o. E aqueles olhos sempre o atraíram, mesmo quando eram tão frios. Observou-o acenar com a cabeça e sair da sala, não demorou muito para que Sasuke retornasse com dois copos com gelo e uma bebida cor de caramelo.

- Esse é dos bons. – Sorriu pegando o copo, tomando um gole e degustando o sabor.

Naquele momento riu, achando graça nas palavras da Sakura, e de como, realmente, ela tinha razão. Seu relacionamento com Sasuke ultrapassava o limite de amizade. As preocupações excessivas, os horários de visita inconvenientes, o fato de se entenderem sem nem ao menos falarem algo, as ligações, os xingamentos, o jogo de palavras que mais ninguém entendia... Só não havia percebido antes.

- Não se preocupe, ela não te merecia. – Sasuke deu de ombros, pensando que talvez não devesse ter comentado tal, mas dando a impressão de que realmente não se importava. E Naruto riu mais ainda, arrancando uma expressão de dúvida no outro.

- Tem razão. – Seu riso diminuiu, e virou o copo na boca, sentindo o arder na garganta. – Preciso de um porre, me acompanha?

Não precisou de resposta, antes de notar seu copo já estava cheio. Um atrás do outro. Outro atrás de mais. Era assim que superava. Não da melhor forma, mas do jeito que achava menos vergonhoso.

Quando notou, seu corpo estava sobre a cama de casal de Sasuke, e provavelmente passava das cinco da manhã. Tateou seu lado, porém encontrou-o vazio. No instante seguinte escutou um pigarrear na porta, Sasuke segurava um copo de água enquanto lhe encarava com certa impaciência.

Revirou-se até sentar na beirada da cama. Agradeceu pela água e tomou tudo sem pausa, sua cabeça doía levemente, mas não o suficiente para impedi-lo de ir pro trabalho.

- Melhor? - Insinuou um mais ou menos com a mão esquerda enrugando o nariz. Recebeu um peteleco na testa tendo o copo tirado de sua mão.

- Só queria encontrar alguém que me amasse do jeito que eu sou sem querer me mudar. Que me aceitasse de mau humor, de bom humor, e de humor demoníaco. É pedir demais? – Desabafou jogando-se de costas no colchão e encarando o teto. Logo o rosto de Sasuke o impedia de continuar olhando. Piscou algumas vezes antes que ele pulasse por cima de si deitando ao seu lado para então responder: - Sabe, às vezes só precisamos procurar. A pessoa que pode nos fazer feliz, e que gosta realmente de como somos, provavelmente está no nosso ponto cego, ao nosso lado.

Absorveu aquelas palavras uma por uma. Tentando achar algum sentido para que Sasuke falasse daquela forma. Virou o rosto para vê-lo, precisava enxergar seu lado. O que havia nele. E realmente gostara do que vira.

A única pessoa que poderia lhe fazer feliz.

Sasuke Uchiha.


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Notas finais do capítulo

Enfim, uma fanfic bobinha, mas espero que tenham gostado.
Escrevi de madrugada quando tava meio pra baixo, e todas essas coisas. Ai PAW veio a inspiração e PAW escrevi isso xD
Comentários???
Estarei esperando, beijinhos