Torre Stark, 24 de outubro 09:08 AM

Megan

– Megan, eu já disse que não quero festa! – gritou Kai do outro lado do balcão.

– Mas... – comecei a contestar.

– Oh meu Bom senhor! Será que vocês podem parar de gritar por um minuto? – Falou papai descendo as escadas.

– Mas... – nos dois começamos antes de sermos cortados.

– Mas nada mocinhos! E terminem de por essa mesa já! – ordenou mamãe.

– Pai! – falei indignada.

– você ouviu sua mãe. – falou papai fazendo um enorme esforço para não rir.

–Tony – disse mamãe beijando papai. – pronto pro café?

– me preparando – sussurrou.

– acreditem, vocês vão precisar de muito preparo pra aguentar a comida da Megan. – falou Kai rindo.

– Ei! – disse socando seu braço de leve.

Terminamos de colocar os pratos na mesa e nos sentamos. Coloquei uma Waffle para cada um e comecei a comer.

– que o senhor não deixe que eu seja envenenado por essa comida, amém! – kai fingiu rezar.

– talvez eu tenha envenenado sua Waffle por você não querer uma festa. – resmunguei.

Todos pararam com os garfos em direção a boca e a mesma estando aberta. Eu comecei a rir.

– seus bobos, eu estou brincando.

– de você eu não duvido nada. – murmurou papai.

– Pai! – soltei o grito, indignada.

Todos começaram a rir e continuamos a comer. Depois de duas garfadas cada, todos olharam para mim surpresos.

– Megan? Desde quando você aprendeu a cozinhar? – perguntou mamãe.

– isso aqui esta muito bom! Não ligo se esta envenenado ou não. – falou Kai de boca cheia.

Mordi meus lábios e olhei para eles.

– eu conheço esse rosto... – cantarolou papai.

– não foi ela que fez. – mamãe caiu na gargalhada. – quem foi dessa vez? O Jarvis?

Uma voz ecoou da porta da sala enquanto ela era destravada.

– Claro que não foi ela tia Pepper, Foi a Meri!

Uma Loirinha entrou correndo pela cozinha e abraçou minha mãe e meu pai.

– Invasão?- perguntou papai abraçando Thea e sorrindo.

Sorri mordendo os lábios com a cena, Thea é a mais fofinha dos Rogers. Ela tem 7 anos, a mais nova do grupo, ela é doce e esperta, mas não tão esperta comparada a sua irmã. America, ou Meri como é chamada pela maioria, é provavelmente a mais esperta de todos os filhos dos vingadores, eu até achava que ela tinha um pouco do genes do papai, ela é muito inteligente, mais ou menos ao Nip de uma Stark, mas alem de esperta America é muito habilidosa, ela consegue lutar com todo tipo de arma ou ferramenta, fala mais de 17 línguas, domina todo tipo de arte marcial e ainda por cima é bonita.

Acredite, é horrível competir com ela, ela é boa em quase tudo, só não é mais inteligente do que eu e tão positiva, um dos problemas de Meri é que ela é muito seria, vive parecendo irritada ou chateada com algo, mas ela sempre esta normal. Só recomendo que não fiquem perguntando para ela se ela esta brava ou algo assim, porque ai sim ela fica brava.

Ah, já ia me esquecendo de mais um aditivo da “Srta. America a perfeitinha” ela era uma excelente cozinheira.

– Ué, sua afilhada não pode mais fazer uma visitinha em família? – perguntou America encostada no batente da cozinha.

– America Querida! – falou mamãe indo abraçá-la.

America alem de filha do primeiro vingador com a viúva, era afilhada dos meus pais, ou seja, eles eram seus padrinhos.

– Ames, como vai o protótipo do seu escudo? – perguntou papai depois de abraçá-la.

– vai bem, só que ele esta com alguns problemas avançados demais para a minha mente. – falou zombando da gente.

– “ah, ah, ah” nada engraçado Meri. – falou Kai já na sua quinta Waffle.

– Mano, como a Lexi te Aguenta? Você é um poço sem fundo! – falei rindo.

– ela me Ama, por isso. – falou me mostrando a língua.

– crianças... – bufou Meri rindo e revirando os olhos.

Thea gargalhou gostosamente da atitude da irmã. Olhei para a sala, aquilo era um milagre ou o que? Papai e o Capitão sem se estrangularem na mesma sala?

– Milagre... – falei atônita.

– o que foi Meg? – America perguntou.

Apontei para a sala e todos entenderam a minha repentina surpresa.

– meu pai e o Steve na mesma sala sem se estrangularem? – perguntou Kai. – isso só pode ser um sonho.

– Milagres acontecem. – falei rindo.

Começamos a rir e fomos nos juntar a eles na sala. Meu padrinho, Steve, me olhou interrogativo quando entramos rindo.

– O que foi? – perguntou.

– Isso é inacreditável! Meu pai e o meu padrinho no mesmo local sem guerra e sem emergências não tentando se estrangular, isso é impossível! – falei sorrindo sarcasticamente.

Os dois riram nasalmente e apontaram para atrás de si.

– temos forças maiores aqui. – cochicharam.

Mamãe e minha madrinha, Natasha, estavam sentadas no sofá logo atrás dos meninos, elas riam e conversavam animadamente. Minha madrinha estava muito bonita, quando não estava com as roupas de batalha, ela parecia uma princesa indomável. Ela era bonita e seus cabelos ruivos a deixavam perigosa.

– Então quer dizer que vocês comeram do café da manhã da America? – perguntou Minha madrinha.

– é, isso mesmo. – respondeu mamãe rindo. – a Megan male mal sabe arrumar a cama, imagina cozinhar.

– Ei! Eu não sou surda não! – falei com uma falsa indignação.

– Serio? Eu jurava que era. – falou America com um sorrisinho no rosto.

– Ah,Ah Dona America, muito engraçado. – resmunguei me tacando no sofá.

Conversamos animadamente, era estranho quando estávamos juntos sem nenhuma briga ou guerra, mesmo depois que eu nasci nenhuma guerra havia acontecido, até agora, mas eu sabia que nem sempre as coisas estavam boas entre os Vingadores.

– Primo? – chamou Thea. Deixe me explicar, não éramos primos de verdade, mas papai e o meu Padrinho eram bons Amigos, mesmo parecendo que eles queriam arrancar a cabeça um do outro a qualquer minuto, então sendo assim considerávamos que éramos primos de longa distancia.

– Fala Thea, minha fofa. – falou Kai apertando as bochechas dela já coradas.

– eu só queria dizer... Só queria dizer... Parabéns! - disse o abraçando e escondendo o rosto na curva do pescoço dele.

– Oh, ia me esquecendo do seu presente. – falou Natasha pegando um embrulho da bolsa. – espero que goste, America que escolheu.

– não precisava se incomodar Madri. – Eu ri, era estranho ver o Meu irmão chamando minha madrinha de Madri, já que ela também era madrinha dele. Ele pegou o embrulho e o abriu.

Retirou de lá uma camiseta escrita: “Dá licença que o Bonzão esta passando.”, um relógio Vermelho e prata - meu irmão fazia coleções de relógios ¬¬ - e um porta retrato com uma foto com todos os vingadores e seus treinados, ou seja, somente a família, daqui era possível ver que um letreiro passava constantemente acima da imagem.

– o que esta escrito? – perguntei.

– Lembre-se: todos nos somos a sua família. – ele leu. – Meri, madrinha, Steve, Thea, muito obrigado mesmo. Adorei os presentes. – completou afagando os cabelos ruivos e cacheados de Meri.

Ele sorria como uma criança boba, meu irmão era um bobo na verdade, eu o adorava mais e mais por isso.

– então, que horas vai começar a festa? – perguntou meu padrinho.

– não vai ter festa. – respondeu Kai.

Todos os Rogers levantaram uma sobrancelha a aquela resposta. A Família Stark sem uma festa? Isso só podia ser brincadeira. Ainda mais quando o Kai estava fazendo 18 anos? Isso sim era uma brincadeira enorme. Mas, infelizmente era verdade, o Kai nunca gostou de festas como eu. Ele acha que elas são desnecessárias.

Mas ao contrario dele, eu acho as festas a melhor coisa do mundo, ainda mais sendo uma Stark. Todos morreriam para aparecer em uma festa minha. E isso era demais! Eu podia ter tudo o que queria nas minhas festas, desde Fogos de artifício até as armaduras do meu pai como convidadas, e alem disso, para mim festa não é um sinônimo de coisas desnecessárias, e sim um jeito de guardar uma data ou momento especial em sua memória para todo sempre. Para mim festa é um jeito de juntar toda a sua família e amigos por uma causa em especial.

Que nesse caso, seria o aniversario de 18 anos do meu irmão, mas infelizmente ele não queria festa.

– Eu ouvi bem? – perguntou America.

– parece que eu não sou a única surda aqui. – falei irônica.

America me olhou e me mostrou a língua, rimos da nossa infantilidade. Gostávamos de nos provocar, mas era só uma brincadeira de criança.

– sim Merizinha, seu primo não quer uma festa. – respondeu mamãe. - não é Megan?

– é, é sim. – falei emburrada.

– Megan para de fazer bico. – papai falou rindo.

– Mas eu queria planejar uma festa pro Kai, ele é um chato. – falei ainda emburrada.

Todos riram da minha brincadeirinha.

– e nem ouse convencer mamãe e o papai a me fazer uma festa senhorita Megan Elizabeth Potts Stark. – alertou Kai.

Fingi imitá-lo com a mão, ele me olhou ameaçadoramente, abri um sorriso e parei.

– bem, se vocês me dão licença, tenho um encontro marcado daqui à uma hora com minha namorada. – anunciou Kai pulando o sofá indo beijar a mamãe.

– Volte cedo. – alertou ela. – e tome cuidado.

– eu sempre tomo cuidado, mamãe. – falou debochado.

– debochado. – falou Meri rolando os olhos.

– também te Amo Meri. – kai disse beijando minha bochecha. – e a você também maninha, não fique enciumada.

– Convencido! – falei sorrindo.

– Er... Pai? Você me empresta... – começou Kai.

– Pode levar o Audi R8 – autorizou papai. - mas não se acostuma não, é só porque você vai buscar a Alexia.

– Você é demais pai! – gritou ele lá de fora indo pra garagem. – Tchau gente!

Acenamos enquanto ele arrancava de casa para ir ao cinema com Lexi. Alexia era a namorada dele, mas também a filha do Bruce, por isso o papai autorizou a saída do Kai com sua Audi, eles amam aquele carro. Apesar de que eu prefiro os mais comuns, mas tudo bem.

Voltei pra sala e já peguei meu celular. Disquei um numero bem conhecido:

– Alô? – falou uma voz sonolenta no outro lado da linha.

– James! Dormindo até tarde de novo? – perguntei rindo.

– Ah Meg me deixa. – falou rindo. – mas o que você quer?

– Só queria saber se você esta pronto pra uma festa? – perguntei balançando as sobrancelhas para todos na sala.