Tower escrita por Arya


Capítulo 1
Tower


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha primeira OS e Songfic, espero que tenha ficado bem escrita e que gostem! E pfvr, não me matem se tiver muito dramática... Mas é essa a intenção da fanfic.
Então, OII! :3
Tudo bem? Espero que sim!
Aproveitem a leitura!
OBS:. Link da música nas notas finais, não esqueça de a colocar! ♥



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Era um dia nublado, sem muita coisa para pensar. Afinal, todos os dias na vida de Nagumo Haruya eram assim após se separar de seus amigos. Estava sozinho, assim como já disseram milhares de vezes a ele: “Um dia você não terá amigos e assim ficará sozinho”.

Antes o ruivo tivesse escutado. Era raro ele e Suzuno se encontrarem, e Aphodit tinha se mudado para a Coréia do Sul, então nem falava mais com o loiro direito. Ele não tinha mais um contato bom com Hiroto, então imagine com Midorikawa ou Desarm. Estava realmente sozinho, sem Prominence, sem ser capitão de time ou uma Hasuike para batê-lo nos momentos que falasse algo idiota.

Ele tinha se afastado de todos. E agora andava de cabeça abaixada pela as ruas que já tinha passado feliz e com a cabeça erguida, pensando que era o melhor do mundo, em direção a Torre de Inazuma. Suicídio parecia à única coisa que tinha para sair daquele sofrimento que o consome aos poucos.

Estava com sua mochila da escola, na direção da atração principal da pequena cidade do Japão, que seria seu local de morte. Dava para ver tudo dali de cima, e talvez fosse por isso que ele queria se tacar dali.

Nuvens escuras derramaram suas lágrimas
E tingiram o asfalto
Parece que ele pode ir através do seu coração
À noite em que eu joguei tudo fora
Eu subi até o topo daquela torre
O que você vê sob meus pés?
É um feixe de luz inalterável
Parece que ele se espalhou

Ao subir no alto da torre, olhou para baixo e engoliu seco. Era realmente muito alto, não queria sobreviver, então estava muito bom aquele tamanho. Por fim, fechou os olhos e se imaginou caindo dali. O barulho do vento em suas orelhas, o impacto com o chão, as pessoas desesperadas e ele dando o último suspiro. Aquela cena poderia parecer assustadora, mas de algum modo ele queria a vivenciar, era como se fosse um filme de terror que você quisesse estar no local da principal.

Ninguém saberia
Se eu chegasse a desaparecer
Como as luzes são tão bonitas
E se ninguém está olhando
Não importa o que eu chegue a fazer, certo?
Na esquina daquela rua relaxante

— Meu deus do céu, cadê Nagumo? — Suzuno perguntou, na frente de um mercado aonde o mesmo sempre ia com Aphodit do lado. O loiro tinha voltado para uma festa surpresa ao ruivo. Era seu aniversário. — Está ficando tarde, e a torta vai derreter. — ele disse, pensando na torta que encomendou em cima da mesa da casa do menino.

Não pergunte como ele conseguiu a chave, era segredo. Suzuno e Aphodit esperavam Nagumo há uma hora por um local que o ruivo sempre passava para ir direto para casa. Estavam querendo falar com o mesmo, o evitavam há um tempo assim como outras pessoas por causa da festa de hoje.

Suzuno tinha que admitir Nagumo o irritava às vezes, mas ele era seu melhor amigo e sempre foi. Melhores amigos são irritantes, sempre são, mas você sempre os ama. Não era diferente no caso dos dois. Passou a mão no cabelo, se sentando e olhando para os lados.

Aphodit suspirou, tentando ligar para o amigo. Caixa postal. Como o loiro odiava quando o ruivo deixava o celular para vibrar e esquecia-se de tirar depois que saísse de casa, ou quando deixava o celular com um toque baixinho e ele nunca escutava.

— Ele ainda não chegou? — Hiroto disse, chegando com Midorikawa. Eles disseram que iam chegar atrasados por causa da aula, e assim chegaram, e antes do aniversariante. Suzuno resmungou baixinho em uma língua que apenas ele entendia, assustando a todos.

— Ele tem telefone para que? — Terumi perguntou, com raiva. — Eu estou exausto da viagem de Seul para cá, e ele ainda me faz o favor de desaparecer do mapa.

Logo Suzuno sentiu um aperto no coração com a parte do “desaparecer do mapa”. Lembra-se de antes, do ruivo tentando o ligar, mas o mesmo não atendia por causa da surpresa do mesmo. Colocou a mão no coração, respirando fundo. Estaria tudo bem com o ruivo?

— Haruna. — ele chamou a garota da Raimon que passava por ali. — Você viu Nagumo?

A menina olhou o Suzuno, pensando um pouco em quem era Nagumo. Sakuma e Kido, que estavam com a mesma, tiveram uma vontade de bater na garota por ser tão lenta. Logo, ela sorriu e se lembrou.

— Ele passou por mim há alguns minutos atrás, parecia triste e estava ainda com a roupa do colégio. — Suzuno se levantou. — Foi na direção da Torre de Inazuma.

— Ele odeia a roupa do colégio, sempre a troca e depois sai de casa para alguma coisa. — Suzuno saiu correndo para o local que a Haruna disse.

— Ei! Espera-me! Seu cubo de gelo. — Terumi disse enquanto os outros corriam atrás deles.

Uma vez que ninguém está tentando tocá-los
Eles foram esquecidos
Você os acordou
Eu não posso fazer nada
Com essa personalidade inalterável

Nagumo abriu os olhos, pensando em como agir. Sentiu as lágrimas caindo de seus olhos, talvez fosse a primeira vez que chorava em sua vida, e principalmente por ele mesmo. Era algo confuso e estranho. Sentia-se péssimo, por isso olhou para o céu. Percebeu naquele momento que as pessoas reparam na beleza dele apenas quando querem morrer.

Eram tão lindas as estrelas iluminando aquele céu azul. E a lua? Deus, como era perfeita. Suspirou, voltando a olhar para o chão limpando as lágrimas que escorriam pelo o seu rosto. Estava tão longe de seus pés, e isso era um dos pensamentos idiotas que passavam na cabeça do mesmo naquele momento.

Tirou a mochila das costas e começou a se preparar para se pendurar na torre, enquanto pensava em momentos felizes. Quando ia fazer algum gesto, ele escutou algo o chamando distante. Ignorou, e foi quando escutou novamente.

— Nagumo! — era a voz de Suzuno.

Eu jamais esqueceria
Mesmo se você desaparecer
Eu ainda posso ouvir sua voz
Mesmo se ninguém está escutando
Vou tentar dar o meu melhor por você
No topo da alta torre

— Suzuno? — ele sussurrou, vendo o garoto aparecer por ali. Logo viu Terumi, Hiroto e Midorikawa chegando logo atrás. — Droga.

Ele correu para a mochila e começou a ver os milhares de mensagens e ligações de Terumi e Suzuno para o mesmo. E novamente começou a chorar que nem idiota, não sabia o motivo. Estava feliz, porque chorava?

Terumi e Suzuno subiram na torre e foram correndo para onde Nagumo estava. Suzuno estava na frente, quase sem fôlego como se tivesse corrido uma maratona agora mesmo. O ruivo se levantou, e foi abraçado pelo o loiro e o albino na hora, enquanto ambos choravam com ele. Nagumo se afastou, para ver melhor os dois melhores amigos.

E quando ia dizer algo, Suzuno apenas deu um tapinha nas costas dele, limpando o rosto, e Aphodit sorriu no meio das lágrimas. O mesmo sabia que eles queriam o socar por pensar em fazer algo do tipo.

— Eu... — Suzuno o interrompeu.

— Nagumo, eu também tive vontade de morrer, todos já tiveram. Não precisa se explicar. — sorriu ao mesmo. — Desculpa termos o ignorado, era por causa de uma festa surpresa. Eu até fiz uma chave da sua casa para arrumar a festa. — Nagumo olhou a chave que Suzuno mostrou, de boca aberta.

— Vamos logo comer a torta, estou com fome e ela deve estar derretida agora. — o loiro falou, passando a mão na barriga.

E eles saíram de cima da torre, indo falar com Midorikawa e Hiroto. Eles foram andando até a casa do garoto, enquanto o ruivo sorria e ria com todos.

— E ah! — Suzuno se lembrou de uma coisa que deveria falar. — Feliz aniversário, Nagumo!

Nagumo sorriu, enquanto todos repetiam a mesma coisa.

E, por fim, ele nunca mais se sentiu sozinho. Olhava para aquela torre agora e sorria, mas não para ser o cenário de sua morte, e sim como todos a olhavam e a elogiavam. Ela era tão bela.

***

Ninguém saberia
Se eu chegasse a desaparecer
Como as luzes são tão bonitas
E se ninguém está olhando
Não importa o que eu chegue a fazer, certo?
Agora, eu quero estar aqui
Eu jamais esqueceria
Mesmo se você desaparecer
Eu ainda posso ouvir sua voz
Mesmo se ninguém está escutando
Vou tentar dar o meu melhor por você.

No topo da alta torre que se ergue
Na esquina daquela rua relaxante


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Notas finais do capítulo

Link da música para escutar lendo: https://www.youtube.com/watch?v=7AcEQItsg98

Então, o que acharam? Digam o que acharam da OS, o que gostaram, o que não gostaram, críticas, algo que devo melhorar e tal... ♥
Espero que tenham gostado dela! ♥

Até a próxima,
XOXO!