Os vizinhos dos Simpsons escrita por Dunie


Capítulo 9
Esperança




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Durante o resto da semana, Mary se aproximou mais das meninas da classe, voltou com Nelson a pé todos os dias pra casa, e todos os dias Nelson ia à casa de Mary, já nem se importando mais com o que os Simpsons ou as crianças que o viam do ônibus pensariam. Nelson se sentia contente por ter alguém com quem se dava tão bem, e Andy era um pestinha muito divertido.

Millhouse fazia companhia a Bart todos os dias, que ficava olhando da janela da casa da árvore para a casa de Mary e ouvia as risadas de Nelson e da família de Mary. O garoto de cabelos azuis ficava preocupado com seu amigo e triste por ser ignorado. Às vezes Bart se cansava de ficar olhando a casa dos Silver e conversava com o pequeno Van Houten sobre essa droga de garota que parecia o estar enfeitiçando. O menino o ouvia muito quieto, dando algumas palavras de consolo que sabia que não serviriam pra nada. Bart Simpson estava apaixonado, e se Millhouse estivesse certo, terminaria como sempre, mais uma vez o amigo sairia triste e desgostoso.

xxx

Marge Simpson estava preocupada com seu filho. Fazia uma semana que ele não aprontava nada e nenhuma ocorrência chegou da escola – nem ao menos um dever de casa não feito.

Na noite de sexta feira, quando Bart estava em seu quarto com a desculpa de que estava com sono e queria dormir mais cedo, depois de ter feito os deveres de casa (o que acontecia uma vez a cada... vida!), depois de já não conseguir encontrar mais nada pra ocupar a mente, ouviu sua mãe bater na porta.

– Bart? Posso entrar querido? – Marge disse já abrindo a porta e encontrando seu filho sentado na cama.

– Oi mãe, precisa de alguma coisa? – Bart disse um pouco desanimado fingindo um bocejo e se espreguiçando.

– Meu bem, há algo de errado? Algo que sua mãe preocupada e chata possa fazer por você?

Bart pensou em dispensá-la, mas era sua mãe e não conseguiria enrolar a mulher. Além do mais, ela não merecia isso.

– É uma garota – ele disse suspirando – vai passar quando ela for embora da minha vida como todas as outras. Ou se ela nem chegar a entrar...

– Oh, e quem é a mocinha que está mexendo com você? Você não ficou desse jeito pelas outras meninas – Marge falou passando um braço por cima dos ombros do filho.

– É a vizinha... Por favor, não faça nada, não diga nada, não pense nada. Sem ofensas, mas você tende a piorar as coisas... – Bart falou e franziu a testa – Eu sempre faço isso, mãe? Digo coisas ruins sem perceber? Eu não queria dizer isso desse jeito.

– Ora, meu pequeno... Eu... É... Você é um bom garoto com alguns maus hábitos, apenas isso... – Marge disse um pouco sem saber o que fazer.

– Então é isso... É incurável... – Bart olhou triste pra suas próprias mãos.

– Você está incomodado porque faz isso com Mary, Bart? Talvez deva explicar como se sente, ela deve entender. Outro dia ela apareceu aqui em casa pra tirar algumas dúvidas com Lisa e foi tão amável, porque está olhando pra mim com esta cara? Você estava na sua casa da árvore quando ela veio, algo de errado?

– Ela veio aqui – Bart disse com um sorriso no canto dos lábios – eu acho que me sinto melhor, mãe, vou dormir agora, está bem?

– Tudo bem, meu filho, mas se quiser conversar comigo estarei sempre disponível – Marge sorriu, beijou a testa de Bart e saiu do quarto fechando a porta.

“Ela não se importou em vir aqui” pensou Bart feliz “talvez até quisesse me ver. Talvez tenha até dispensado o Nelson pra vir”. Bart abraçou o travesseiro e dormiu confortavelmente com o coração dando pequenas piruetas.


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