Head or heart escrita por Nathaly Switt


Capítulo 22
Estou apaixonada por você




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– Tudo bem, pode tirar! - respondi depois ouvir ele perguntar várias vezes se podia tirar a venda que coloquei em seus olhos pra que ele não soubesse onde eu estava o levando, mas como Killian é bastante esperto, logo ele percebeu que estavamos no porto, o barulho do mar era um som inconfundível pros ouvidos dele que é tão apaixonado pelo mar.

– Não acredito! - foi a primeira coisa que Killian conseguiu dizer ao ver o barco enfeitado com balões na sua frente, com certeza ele entendeu que era um presente - Emma, Eu não posso aceitar! - hesitou

– Claro que pode! - falei esticando o braço deixando as chaves do barco a mostra em minha mão.

– Emma isso é muito caro - ele continuou hesitando, com certeza achou um presente muito exagerado.

–Killian! - o repreendi - É seu! - coloquei as chaves na sua mão e a apertei, o olhei sorrindo e ele sorriu de volta.

– E- eu não sei o que dizer - ele me pegou no colo e me girou no ar, depois de tanto brigar pra ele me colocar no chão eu disse:

– Não diga nada, apenas vai ter que me levar pra passear de barco sempre que eu quiser!

– As suas ordens princesa! - ele me puxou pra mais perto e me deu um beijo, como eu amava quando ele fazia isso.

Comprei o barco pra dar de presente a Killian depois que vi que hoje de manhã ele ficou triste por ter que cancelar o passeio, Eric precisou usar o barco pra fazer um trabalho extra. Passei a manhã fora pra ajeitar a papelada de compra, demorou mais porque eu coloquei o barco no nome de Killian, além de decorar tudo, a cabine fixou a cara dele, o barco é tão bonito e aconchegante que dá vontade de morar. Não foi difícil achar um barco, em Storybrook sempre tem várias ofertas como essa, e eu soube aproveitar.

– Vamos, vamos navegar! - puxei ele bastante animada em direção a escada pra subir no barco.

– Você quer ir pra ilha? - ele perguntou ligando o barco

– Pode ser, ainda ta me devendo! - respondi

–devendo? - perguntou confuso

– É! Não me mostrou a Ilha naquele dia, você disse que ia me levar com mais calma!

– Ah sim, Tem um lugar especial lá!

– Lugar especial? - franzi as sobrancelhas confusa.

– Sem perguntas Swan! - ele mostrou seu sorriso malicioso

– Tudo bem!

Eu não conseguia parar de sorrir, Killian estava mais feliz, aquele sorriso era tão contagiante, lembro como ele ficou triste ao me responder não quando perguntei se ele tinha um barco. Agora eu o ajudei a realizar um sonho, seu próprio barco.

Chegamos na ilha que continuava do mesmo jeito que Regina descrevia, com os raios dos sol brilhando, a areia parecia purpurina branca espalhada pelo chão. As árvores davam sombra, o vento batia nas folhas formando uma música calmamente natural para os ouvidos. Killian pediu pra me fechar os olhos pois tinha uma surpresa. Eu protestei rapidamente em fazer isso, afinal o que ele queria me mostrar?, sinceramente fiquei com medo dele me carregar no colo e me jogar dentro da água de novo, mas claro que eu não ia deixar ele saber. Não confiando em mim, meu namorado tapou minha visão com as suas mãos pra ter certeza que eu não ia tentar abrir meus olhos pra dar uma espiada. Como ele me conhece bem!

– Ta pronta? - perguntou enquanto paramos em algum lugar que eu não sabia onde era, a única coisa que sei é que estavamos dentro da ilha, no caminho eu senti que meus passos quebraram alguns galhos de árvores, também pude sentir a sombra e o vento terem ganhado força durante essa caminhada.

– Não, mas fazer o que né! - respondi e ele tirou a venda que cobria meus olhos fazendo que eu quase caísse pra trás com a beleza do lugar, tinha um pequeno riacho dentro da ilha com flores e árvores ao redor, o som dos pássaros cantando junto com um barulho das folhas davam uma sensação de paz no local - Que lugar lindo Killian!

– Sabia que você ia gostar! - ele pegou minha mão e me guiou até o tronco caído no chão. Sentamos lá e eu encontrei minha cabeça em seu ombro, fechei os olhos pra sentir a paz que eu tanto queria que minha vida tivesse - É tipo um lugar secreto meu e da Regina. Brincávamos aqui quando éramos crianças, mamãe e Papai ficavam loucos procurando pela gente, eles não conheciam esse lugar tão bem quanto a gente.

– Hum você é sua irmã eram dois pestinhas.

– Que calúnia! - começamos a rir e depois das risadas formou-se um silêncio - Swan?

– Jones?

– No que ta pensando?

– Pela primeira vez, em nada.

– Nada mesmo?

– Nada que me ligue a problemas! - confessei sorrindo - obrigada!

– Não me agradeça! - ele deu um sorriso malicioso - Pelo menos não dessa forma.

– Tudo bem, vai ter um agradecimento melhor hoje a noite! - falei brincando com os botões da sua camisa.

– Hoje a noite? - me olhou desapontado

– Tem alguma ideia melhor capitão? - perguntei e dessa vez quem deu o sorriso malicioso fui eu, eu sabia o que ele queria sugerir, como se lesse meus pensamentos ele apenas disse:

– Você sabe qual é!

– Então me alcance! - Sai correndo pra chegar na frente, o problema é que parei rapidamente quando me toquei que eu não sabia como voltar, tinha sido guiada de olhos vendados, espertinho, por que não me toquei que era um lugar secreto, difícil de achar e difícil de sair é nessas horas que eu queria matar Killian. Ele me alcançou e me colocou no colo, até tentei me livrar daqueles braços fortes, mas como eu disse, ele tem braços fortes.

Fomos entrando no quarto do barco aos beijos, Killian me colocou na cama e começou a me observar.

– O que foi? - perguntei querendo saber porque ele tinha parado.

– Eu to muito apaixonado por você Swan - ele sorriu - Espero que você sinta o mesmo.

– Killian - passei a mão em seus cabelos pretos que estavam completamente bagunçandos - Acho que você deve saber como eu sou, não confio nas pessoas. Eu te envolvi rapidamente nos meus planos malucos que são apenas exclusividades da Regina, contei meu segredo, um segredo que não contei nem pra minha melhor amiga de anos. No começo eu não entendia porque confiei tão rapidamente em você, melhor... eu entendia mas preferia dizer que não. Uma vez a Regina me disse que acreditava que tinha um motivo e que eu me enganava sozinha dizendo que não. Ela tava certa. Eu estou completamente apaixonada por você Killian Jones Mills.

Ele sorriu mais uma vez antes de ocupar os labios pra beijar desejadamente. Meu vestido começou a ficar folgado, e eu comecei a desabotoar a camisa que Killian usava. Logo não tinha mais nenhuma roupa que impedisse o contato entre nossos corpos. A única coisa que posso dizer é que passamos o resto da tarde assim, nos entregando um ao outro.

Já eram seis horas quando resolvemos ir em embora da ilha. Quando chegamos no porto eu perguntei :

– Então, qual vai ser o nome do seu barco?

– Achei que você achasse isso besteira! - ele sorriu pra mim e eu revirei os olhos mostrando a ele como ele não me conhecia direito - Joly Roger!

– Joly Roger! Bonito, porque esse nome?

– Eu sempre quis ser um pirata, esse seria o nome do meu navio.

– Um pirata, nossa nunca pensei que você tivesse vontade de ser pirata, pensei em super herói, sabe, iguais as crianças normais. - brinquei

– Eu não sou normal Swan!

– Tem razão, não é... dessa vez é você que vai pagar a comida!

– Eu?

– É você!

– espertinha Swan, vem cá como estão as coisas com seu filho?

– Ah, vão bem, o problema é que Gold voltou então, to vendo ele bem raramente. E eu entrei com o processo pra ter a guarda dele.

– Você fez o que? - ele arregalou os olhos errando o buraco onde ele deveria colocar as chaves pra ligar o carro.

– Eu entrei..

– Não não - ele me interrompeu - eu entendi, mas Swan isso não foi precipitado?

– Não! - respondi - Henry quer vir mora e comigo e isso pode mudar tudo, apesar de todo o luxo ele não vive bem naquela casa.

Antes que Killian fosse falar algo o celular dele tocou.

– Regina? - ele não conseguiu esconder o sorriso por causa da ligação da irmã - oi!

– A Emma ta com você? Ela não atende o celular!

– Ta, ta sim, vou passar pra ela! - killian me entregou o celular meio desapontado, com certeza ele tinha criado expectarivas ao ver a que irmã tinha lhe ligado depois de toda aquela confusão.

– Amiga?

– Emma, seu pai ta te ligando há horas! - ela falou com um tom de repreensão

– Eu não tava com o celular - expliquei

– imaginei, é melhor você ir pra sua casa, o clima lá ta bastante pesado, sua mãe recebeu uma intimação pra depor na delegacia de Nova York na segunda. E me desculpa, demorou pra chegar.

– Ai meu Deus, papai deve ta pirando. To indo pra aí!

– Tudo bem, tchau! - Regina desligou o celular rapidamente, nem deu tempo pra eu falar algo.

– Killian me leva pra casa rápido, antes que meus pais queiram se matar.

– O que houve? - ele perguntou preocupado

– O de sempre, problemas do passado!

Atendendo meu pedido ele ligou o carro e seguiu em direção pra minha casa. Eu passei o caminho todo em silêncio, o dia estava perfeito demais, seria pedir muito que ele terminasse completamente bem, raramente não tenho problemas o dia todo, o problema é o tamanho dos problemas. Custava ter problemas simples? Como o pneu do meu carro furar no caminho pro trabalho, problemas com o alto preço das coisas no mercado, até mesmo manchar minha roupa de festa quando preciso ir a uma. Não, meus problemas tinham que ser uma bola de neve. Uma coisa que eu aprendi nesse mês é que não importa quanto tempo você guarda segredos, eles sempre vão vir a tona.

...

– Pai? - chamei entrando na sala enquanto killian me seguia, a casa estava em total silêncio. Aquilo me dava medo.

– Emma! Que bom que chegou - meu pai disse descendo as escadas - Regina te falou que eu estava atrás de você?

– Falou sim, por isso eu to aqui. Pai...

– David, por favor me escuta! - minha mãe desceu as escadas chorando.

– Mary, agora não! - ele gritou e fez um gesto com mão pra que ela se afastasse.

– Pai você tá saindo de casa? - perguntei entendendo o porque da mulher dele está em lágrimas.

– Não filha, só não quero dormir aqui hoje, to indo passar a noite no Grannys! - ele explicou

– David, vamos conversar com calma! - minha mãe insistiu.

– Vai ser franca comigo? Me conta tudo e eu fico aqui Mary! -papai virou pra sua mulher que continuava deixando as lágrimas caírem de seus olhos, sua expressão era séria e dizia que não queria falar nada agora - Me procura quando quiser deixar de esconder segredos. Já pensou na mídia? - papai ironizou a última frase.

– Pai - comecei a chorar - Não vai não, por favor, eu também guardei segredos do senhor e nem por isso você foi embora.

– Filha - ele me abraçou - Eu não to saindo de casa, só não tenho condições de dormir com a sua mãe hoje, e não vou dormir naquele sofá de novo. Amanhã eu volto - ele beijou minha testa, se despediu de Killian e foi embora pro seu carro pra poder ir pro Grannys.

– Emma! - minha mãe chamou minha atenção

– Você me cobrou tanto! - murmurei

– Filha..

– NÃO ME INTERROMPE - gritei - Mãe eu não me importo que tenha seus segredos, eu posso ficar chateada, posso ficar triste, assim como você ficaria com os meus. Mas você não tem moral nenhuma pra exigir tanta perfeição quando você também era cheia das suas mentiras. Família só significa algo pra snehora quando se trata de mídia - Passei direto por ela sem dar chances dela falar algo, subi em direção ao meu quarto enquanto Killian seguia cada passo meu.

Sentei na cama e coloquei as mãos no rosto na esperança de que minha vontade de chorar diminuisse ou sumisse. Meu pai saiu de casa (por uma noite, entendi) pra pensar um pouco, com certeza cansou de todas as estrepulias da mamãe, as coisas já não andavam bem, é com certeza esconder uma suspeita de assassinato foi a gota d'água pra ele. Comecei a me sentir bastante culpada por não ter contado pra ele, talvez minha mãe não me perdoaria mas pelo menos meu pai teria recebido a notícia de uma forma melhor, sem ser com a intimação da Polícia de Nova York aqui em casa.

– Eu preciso de uma casa pra mim! - falei depois de tanto pensar

– Quer passar uns dias lá em casa!

– Adoraria meu amor mas, o clima ta pesado aqui, ta pesado lá. Tenta conversar com a Regina hoje.

– Você sabe que por mim já estaríamos nos falando.

– Eu sei, eu sei.

– Emma tem alguma coisa vibrando! - Killain falou e fizemos silêncio pra descobrir de onde vinha, logo descobrimos que era meu celular que estava no modo "vibra " em cima da minha penteadeira.

– Oi Belle! - cumprimentei Belle ao atender o celular.

– Boa noite senhorita Swan!

– Gold! - gelei ao ouvir a voz de Gold no outro lado da linha - O que você quer!

– Sabe senhorita Swan, acho engraçado como as pessoas acham que enganam as outras - ele começou a falar

– O senhor ta querendo insinuar o que? - perguntei com medo sobre o assunto que ele estava querendo discutir.

– Não quero insinuar nada, quero afirmar! Eu sei que anda se encontrando com o meu neto.

– Sabe! - falei assustada porém firme

– Sei, é estou te ligando pra lhe oferecer um acordo.

– Um acordo? - fiquei pensativa, eu deveria fugir dos acordos de Gold mas, algo me dizia que eu ia gostar daquele acordo - Estou ouvindo.

– Quer seu filho de volta, pode busca-lo!

– Qual o truque? - perguntei desconfiada.

– Não tem truques, Você deixou mais que claro que não vai descansar até pega-lo de volta, estou facilitando pra você.

– Desde quando você gosta de facilitar algo?

– Não gosto, mas estou visando o lado do garoto, ele não gosta muito daqui, sei que ele quer morar com você.

– Posso busca-lo agora?

– As malas dele já estão prontas.

– To indo pra aí! - desliguei o celular e olhei pra Killian com um sorriso de orelha a orelha - Vamos buscar meu filho!

– Acredita mesmo que Gold ta facilitando tanto pra você? Ele pode até te entregar o menino mas duvido que ele te deixe em paz.

– Não, mas é o que me resta agora, quero meu filho de volta, depois eu penso no resto.

...

Não demorei pra chegar na mansão de Gold, quando cheguei lá estava ele é Henry parados na frente do portão a nossa espera. Henry como sempre vestido com seu casaco azul e cachecol listrado e carregando o livro que ele tanto gosta ao lado do corpo. Já Gold está sempre de preto, sinceramente será que esse homem ta sempre de luto? Desci do carro sentindo o vento gelado da noite me fazer tremer um pouco afinal, sai de casa tão apressada que nem lembrei de colocar um sobretudo. Assim que me viu Henry saiu do lado de Gold e correu em minha direção pra me abraçar.

– Eu prometi que íamos ficar juntos, não prometi? - sorri em meio as lágrimas

– Parabéns senhorita Swan! - Gold disse o que me fez lembrar que ele estava lá.

– Henry vai pro carro! - mandei e ele me obedeceu - Agora me explica!

– explicar o que? - aquele sorriso irônico de Gold me dava certeza que ele tava Armando alguma.

– Porque você reabriu o caso?

– Já pegou o que queria senhorita Swan! Pode ir!

– Você pode se prejudicar bastante, pensa que eu não sei! Killian me contou tudo.

– Que lindo da parte do seu novo namorado. É por isso que está preocupada? Afinal muita coisa pode vir a tona.

– Com ele, com a minha mãe!

– Ela é uma forte suspeita!

– Você andou chantageando ela! - afirmei finalmente entendendo tudo.

– Cuidado, esperteza demais é perigoso!

– Será que podia parar com as ironias pelo menos por agora, estou tratando um assunto sério aqui.

– Boa noite senhorita Swan! - ele se virou e foi pra dentro da mansão.


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