Corações Represados escrita por Glenda Brum de Oliveira


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Livres para sonhar e desfrutar da felicidade nossos apaixonados se debruçam sobre planos, mas uma sombra volta os atormentar.



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Um sorriso largo espalhou-se pelo rosto de William. Estivera adormecido e tinha medo de ainda estar sonhando. Mas aquela voz não era sonho.

— Bom dia, dorminhoco!

— Bom dia, meu amor! Você está bem?

— Estou cheia de fome.

— Precisamos resolver isso. Vou chamar a enfermeira.

— Bom... parte dessa fome você mesmo pode resolver...- Beatriz estava com um sorriso maroto nos lábios – Senti muito sua falta. Estou com fome dos seus beijos. Estou com fome de você!

William soltou uma gargalhada sonora. Ela era incrível. Mesmo diante da quase fatalidade trágica pela qual  passara, conseguia manter o bom humor e a leveza, que o encantara desde o início. Levantou-se e foi debruçar-se mais próximo da cabeça de Beatriz.

— Precisamos resolver pelo menos parte desse problema. – inclinou-se e roçou os lábios nos dela. Beatriz sorriu.

— Devo estar horrível. Desgrenhada e cheirando mal.

— O pessoal do hospital já lhe deu um banho quentinho. O resto pode ser resolvido depois.

— Queria poder ir para casa. – Recebeu mais beijos nos lábios e outro na testa.

— Tenha paciência. Mas creio que não demorara muito.

— Como está sua mãe? Ela ficou sabendo do que aconteceu?

— Não contei. Preferi omitir. O médico concordou comigo. Ela estava muito fraca. Agora que está tudo resolvido, já podemos lhe contar juntos.

— Aconteceu tanta coisa em tão pouco tempo!

— É verdade! E prometo não sair de perto por muito e muito tempo. Você vai enjoar de mim.

— Impossível! Estou irremediavelmente embriagada e viciada em você.

— Eu também me sinto assim, meu amor.

Conversaram durante alguns minutos e uma enfermeira entrou para verificar os equipamentos e os sinais vitais de Beatriz. Depois expulsou William do quarto dizendo que a paciente precisava tomar mais um banho quente. Ele brincou fazendo beicinho de magoado e pedindo se não podia ajudar na tarefa. Saiu as gargalhadas com a cara feia que a enfermeira fez. Seguiu pelo corredor e foi ver sua mãe. Esta lhe interrogou porque havia sumido no dia anterior e como estava Beatriz. Se já havia melhorado da gripe.

William contou-lhe de forma resumida o que aconteceu e a tranquilizou dizendo que Beatriz estava bem. Logo iria para casa assim como ela. Quem sabe as duas saíssem juntas do hospital. E por falar nisso ele lembrou-se que precisava providenciar duas enfermeiras para acompanharem sua mãe quando fosse para casa. Beatriz precisaria de repouso e sua mãe precisaria de muito apoio nas primeiras semanas em casa. Saiu e foi conversar na recepção para ver se havia alguém que pudessem recomendar.

Depois de pegar o telefone de algumas candidatas seguiu para casa. Resolveu passar na confeitaria para pegar um café e algo para comer. O atendente perguntou por Beatriz e ficou muito alegre de saber que já havia sido resgatada e estava bem.

Depois de um banho longo e quente, comeu e sentou-se para trabalhar. Respondeu e-mails de clientes e encaminhou outros avisando que Evelyn não representava mais a empresa. E que por hora todas as negociações deveriam ser feitas apenas com ele. Alguns estragos haviam acontecido nas semanas anteriores, mas acreditava que tinham conseguido deter os prejuízos causados pela louca e descontrolada Evelyn. O problema foi contido a tempo de não causar-lhe prejuízo financeiro real.

Entrou em contato com alguns dos candidatos que contrataria para o novo escritório e depois enviou mensagem chamando um dos rapazes que estava treinando para vir lhe ajudar. Cria que Albert Gibson seria de grande ajuda. Era dedicado e poderia contribuir muito com essa nova fase da empresa.

Tinha escolhido uma moça que pretendia testar na próxima semana. Pediu para encontra-se com ele no escritório. Próximo do meio-dia saiu rumo ao hospital. Visitou as duas mulheres da sua vida. E foi para o escritório. Encaminhou tudo o que foi possível e deixou nas mãos de nova  secretária o que desejava que fizesse nos próximos dias. Terminou duas análises para clientes do Oriente Médio.

Era muito tarde quando olhou para o relógio e viu que passavam das dezenove horas. Saiu correndo e foi para casa trocar de roupa. Passou numa lanchonete para comer e seguiu para o hospital. Visitou a mãe e depois foi para o quarto de Beatriz. Tinha mandado flores no início da tarde. E ficou feliz de encontra-la andando pelo quarto. O médico já havia dito que ela receberia alta no dia seguinte.

Aparentemente não havia ficado nenhuma sequela da hipotermia. A circulação havia sido restabelecida em todas as extremidades e ela já estava até rosada. Ainda sentia os músculos um pouco doloridos, mas isso também passaria nas próximas horas, no mais tardar, dois ou três dias.

Sentaram-se no sofá e fizeram planos. William não queria esperar muito para casar. Queria encaminhar tudo para que no máximo em dois meses eles pudessem estar oficialmente casados, pois já se sentia assim.

Dessa vez quem o expulsou do hospital foi Beatriz. Disse que ela já estava bem e que ele podia ir para casa descansar. Caçoou dizendo que ele estava com uma cara horrível.

Cedo no dia seguinte William estava de volta no hospital para busca-la. Passaram pelo quarto de Isadora antes de saírem. Ao chegarem em casa ela ficou encantada quando abriu a porta do apartamento. Havia arranjos de flores e rosas dispostos em vários lugares. E uma faixa de boas vindas e outra estava escrito “Eu te amo! Casa comigo?” Ela ria solto e se atirou nos braços dele e repetiu muitas vezes o quanto o amava.

No dia seguinte foi a vez de Isadora retornar para casa. E a sequência de semanas transcorreu voando. Foram semanas cheias de muitas emoções e trabalho. Convites de casamente foram enviados. Uma recepção de casamento preparada para amigos e familiares. E uma curiosidade imensa de Beatriz sobre a lua-de-mel. Esse era um segredo guardado a sete chaves por William.

No final de uma quinta-feira antes do casamento foram acordados pela campainha insistente do telefone. Era o delegado avisando que Evelyn havia fugido enquanto era transferida para a penitenciária feminina. O delegado disse que já havia destacado alguns homens para fazerem a segurança de Beatriz e de Isadora. Durante aquelas últimas semanas a felicidade e os preparativos com o casamento fizeram com que o assunto Evelyn tivesse sido esquecido. Agora o pesadelo estava de volta. O que deviam esperar desse fato?

 

 


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Notas finais do capítulo

O que esperar desse novo fato. Como reagir e não deixar que essa sombra desastrosa os impeça de serem felizes?



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