Corações Represados escrita por Glenda Brum de Oliveira


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ondas quebrando na areia...
Lua no céu...
Pétalas de rosas pelo chão...
O céu explodindo com mil estrelas...
A realidade vira sonho e o sonho vira realidade!



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William vestiu uma calça jeans e um suéter azul-marinho com degote em “V” com uma camisa azul-claro por baixo.

Tinha escolhido um cardápio apetitoso, mas leve. Como entrada, uma salada de folhas verdes, tomate seco, queijo de búfala, cubinhos de manga e molho de iogurte. O prato principal era composto de salmão grelhado com molho branco e batatas coradas. De sobremesa escolheu morangos dentro de uma crosta crocante com calda caramelada. Esperava agradar com o cardápio e o resto, também.

Estava ansioso. Nem mesmo as suas apresentações para vender seus serviços para os sheiks árabes o deixara tão nervoso. Sentia-se como um adolescente convidando uma garota para sair pela primeira vez. Não... estava mais nervoso que isso. Na primeira vez que convidou uma garota para sair não sabia direito o que queria, nem o que ia fazer. Agora ele sabia exatamente o que desejava. Queria encantar e transformar  aquela noite num momento cheio de magia. Magia feita com o coração. Magia vinda da alma..., vinda  do amor que o invadira sem pedir licença e tomara conta de cada cantinho do seu coração.

Encontrou Beatriz saindo do quarto dela. Linda, rosada e sorridente. Não era beleza física, pois conhecera mulheres estonteantes e maravilhosas, que muitos considerariam perfeitas, mas eram vazias por dentro. A musa do seu amor, por sua vez, sempre tinha algo muito interessante, espirituoso ou adequado a cada situação para dizer. Sua meiguice não era algo forçado para agradar. Brotava do interior dela. Era suave e meiga por natureza. Verdadeira.

Enlaçou-a pela cintura. Contemplou seu rosto, demoradamente gravando cada detalhe daquelas feições tão queridas, antes de beijar-lhe os lábios entreabertos que lhe sorriam. Lábios macios que instigavam sua imaginação e seus sonhos. Desde os mais doces até os mais ousados e quentes. Tendo-a assim sentia-se completo. E esse era um sentimento mais novo ainda. Aliás, percebera naquele instante que Beatriz estava começando a fazer parte dele. Essa era a razão de sentir-se completo.

— Vamos descer agora para o jantar?

— Não. Pedi que nos trouxessem o jantar. Hoje estou egoísta. Quero você só pra mim.

— Bom, fico feliz por seu egoísmo. E vou contar um segredo. Também estou egoísta. Aprecio muito ter você só pra mim. Não terei que dividi-lo com os olhares de mais ninguém.

— Hum, ciumenta. Gostei!

— Ciumenta, não. Cuidadosa. Ciúmes é coisa para os inseguros e fracos.

— É verdade. Quero que experimente algo que mandei preparar. Prove este coquetel. Não se preocupe. Não tem álcool. Apenas uma mistura de suco de frutas e especiarias.

— Huuummm !!! Que delícia!

— Viajando por aí, se aprende muita coisa.

— Viajar é algo que quase não fiz. Estudando e trabalhando sobrava pouco tempo e dinheiro. Depois resolvi comprar o apartamento. Acabei deixando as viagens para o futuro.

— Depois que minha mãe melhorar, você vai comigo. Ando bastante por aí e não quero mais estar sozinho. Quero sua companhia. E como você estará trabalhando em seus livros, poderá levar o trabalho junto para qualquer lugar que formos.

— Você já pensou em tudo isso?!!

— Já! Que lhe parece? A ideia agrada?

— É nova. Inesperada. Mas me agrada muito. Estar com você, cada vez é mais necessário. Sinto falta da sua presença, quando não estamos juntos. Também quero sua companhia.

Nesse instante bateram na porta. O maitre entrou cumprimentando e perguntando se já podia servir o jantar. O garçom o seguia logo atrás e entrou empurrando um carrinho.  Se dirigiram para a mesa que ficava diante da janela. Por ela se podia ver ao fundo as ondas quebrando na praia. E uma lua incrível mais ao fundo ainda, parecia conspirar para  que aquela fosse uma noite perfeita.

Foram servidos enquanto conversavam amenidades e brincavam um com o outro. O jantar foi leve não apenas no cardápio, mas no clima que envolveu o ambiente também. William realmente gostava de dançar. E foi o que fizeram por muitos minutos. Depois apenas com as luzes dos abajures acesas ficaram olhando a lua. Ele a abraçara por trás e ela recostou a cabeça para trás em seu peito. Ouviam o fogo crepitar na lareira e o sussurro do vento do lado de fora. Ali tudo era calmo, mas ao mesmo tempo agitação enchia seus corações.

Ficaram assim durante muito tempo lembrando períodos da infância, do colégio, amigos e episódios da adolescência.


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Notas finais do capítulo

Alguma opinião a respeito? Estão gostando ou odiando?
Fortes emoções no próximo capítulo.



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