Those Green Eyes. escrita por Lady Íris


Capítulo 3
O Anjo Que Sabia Feitiços.


Notas iniciais do capítulo

Demorei,mas cheguei! Finalmente eu tomei vergonha na cara e fiz um calendário para minhas postagens, já que tenho mais outras 3 fics que necessitam de minha atenção, mas agora essa minha queridinha vai começar a ser atualizada ao menos uma vez por semana!(*ALELUIAAAAA).
Espero que gostem do cap!
Boa Leitura!

Nota: Those Green passou por um momento de edição, onde foi revisada a fluidez do enredo e retirados os erros ortográficos, mas nada que tenha distorcido visceralmente a estória em si. Apenas o capítulo 4 foi alterado completamente.



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 O amanhã veio mais cedo do que o esperado na concepção de Loki qual acordou na confortabilíssima cama que havia em seu quarto. Ou cela. Como fosse preferível chamar. Ainda meio sonolento, sentou-se na beirada do colchão, refletindo sobre se deveria dormir mais e fingir que tudo aquilo não estava acontecendo ou se resignar com a realidade e ir tomar seu café da manhã na cozinha qual o Stark ensinara-o onde era.

   O Stark.

  Não gostava dele desde que o havia atirado por uma janela e ele não morreu. Certo que de longe o homem parecia apenas mais um estúpido midgardianozinho arrogante, mas é que havia qualquer coisa de errado com a maneira em que seus olhos brilhavam e Loki tinha certeza que por detrás da postura relaxada, existia uma mente tão perspicaz e geniosa que era capaz de fazê-lo sentir-se mais impotente do que quando era só uma criancinha.

 Não gostava de se sentir impotente, logo não gostava do Stark.

 Crispou os lábios e se transportou para a cozinha automaticamente escutando uma exclamação de puro espanto.

 Anthony que era o único presente no recinto, apoiado na bancada da cozinha americana, o olhava levemente assustado com metade de um pão francês na boca.

—De onde você brotou?-Indagou-lhe cauteloso.

   Loki franziu as sobrancelhas em desentendimento e então lembrou que em Midgard não havia magia.

‘’Mortais... ’’ pensou revirando os olhos.

—Mágica-Deu de ombros pegando uma torradeira e colocando duas fatias de pão nela.

—Hum... Certo-Concordou o moreno em tom irônico, fazendo pensar que não havia nada ‘’certo’’ por ali- Olha! Você sabe usar a torradeira!

—E?-‘’Os humanos sãos seres esquisitos’’, o Laufeyson meditou balançando a cabeça em negativa.

—É que seu irmão demorou um mês- Contou-lhe voltando a morder seu pão-Falava que era enfeitiçada ou coisa assim, então imagino que não devam existir torradeiras em Asgard. E que os asgardianos são todos muito tontos.

— Não julgue o todo apenas por um, mortal. Thor é um verdadeiro mentecapto- Os olhos do deus se esquadrinharam repentinamente-E ele não é meu irmão. De qualquer forma, eu sempre estive acompanhando o desenvolvimento dessas... Tecnologias em todos os Nove Mundos. Principalmente aqui, já que não têm magia estive curioso para saber como se viravam e admito que uma máquina de esquentar pão não seja a coisa mais brilhante que vocês inventaram.

— Parece que não é tão cabeça oca quanto pensei, chifrudo-Tony sorriu e desligou a torradeira- Já estão boas, você não quer queima-las, certo?- E sem mais comentários sentou-se á mesa.

    Loki resignou-se a pegar suas torradas, colocar em um prato e fazer o mesmo, mordiscando o pão enquanto assistia desinteressado, cada um dos Vingadores surgirem pela porta.

 O deus notava que, provavelmente, a discussão sobre sua ida para ali fora uma divisora de águas, uma vez que cada um tratava-o de maneira diferente mesmo em uma ocasião tão comum quanto um café da manhã.

  Bruce e Steve agiam com uma mistura de cautela e gentileza, como se ele fosse um cachorro que tem vários dentes pontiagudos, mas não parece disposto a morde, já Natasha o ignorava quase completamente ao mesmo tempo em que o mantinha sobre sua visão, no entanto pediu para que ele passasse o açúcar para ela em determinado momento.

   O Stark olhava-o de um jeito que enviava arrepios por sua espinha, o homem parecia uma criança que tinha acabado de ganhar um brinquedo com qual não sabe mexer muito bem, mas está ansiosíssimo para começar a testar ao passo que Thor o encarava de um jeito bobalhão demais para um homem daquele tamanho.

   E havia Cilnt que se limitava a enviar constantes olhares de ódio e vibrações negativas. Loki não o julgava, imaginava que controlar sua mente não foi um grande passo para a construção de um relacionamento saudável.

 Apesar de tudo isso e de um crescente clima desconfortável, pois sempre há aquele questionamento de ‘’como puxar um assunto em uma refeição onde o cara que tentou te matar está presente?’’, a refeição correu bem e, quando foi terminada, todos começaram a se levantar e seguir seus afazeres diários fosse lá quais fossem e o Malandro estava mais que pronto para retirar-se para seu quarto e passar o resto do dia (e o resto dos próximos dias) vegetando.

 E provavelmente ele teria feito isso se Tony não o tivesse rudemente o puxado pelo ombro quando ele estava quase escapando pelo corredor.

— Por que fugindo tão cedo, Houdini? –Indagou-lhe com um sorrisinho nem um pouco pueril nos lábios- Logo agora que estou ansioso para fazer vários experimentos em você com algumas agulhas pontiagudas!

 Loki teria dado sugestões muito criativas de onde Tony poderia enfiar aquelas agulhas se Thor, qual por algum motivo ainda estava na cozinha junto a Bruce Banner, não o tivesse interrompido.

—Filho de Stark!-Rugiu Thor, parecendo realmente irado-Não permito que toque sequer um dedo em...

—Tony está brincando-O Banner revirou os olhos enquanto acalmava os nervos do deus loiro-Não vamos tirar nem uma gotinha de sangue, nem um fio de cabelo, nem nada, na verdade.

    O asgardiano assentiu com vigor, muito satisfeito por zelar do bem-estar do irmão. Loki enviou seu melhor olhar de desprezo para o mesmo e só quando o louro parou de sorrir deu-se por satisfeito.

    Então a mente do Malandro maquinou um pouquinho.

—Espere-Olhou para Bruce com muita suspeita-Você também vai?-A memória do Hulk o espancando contra o chão ainda estava viva demais em sua mente para conseguir esconder a pitada de pavor que se insinuou em sua voz.

  Bruce sorriu em uma mistura de simpatia e tristeza como se pavor fosse algo muito familiar á ele.

—Eu estou muito calmo agora- Assegurou-lhe- Bem, talvez um pouquinho irritado com você por ter feito o que fez, mas creio que não vou virar O Outro Cara por isso, assim, acredito que está seguro.

— Não há nada a temer, querido irmão- Thor reforçou, batendo uma força desnecessária nas costas do Banner e arrancando todo ar de seus pulmões- Eu confiaria minha vida ao doutor!

—É!-Assentiu o gênio-Nosso Bruce é uma florzinha-Enrolou o braço ao redor do pescoço do amigo- Uma doçura, frágil como uma borboleta.

 Loki engoliu em seco, por algum motivo ele não estava se sentindo mais seguro do mesmo jeito.

    Já o Banner apenas suspirou e concordou consigo próprio. Devia mesmo repensar suas amizades.

                                                     *0*/-----*0*/

 

—Sr.Odinson...-A voz neutra de Jarvis soou pelo recinto do laboratório com seu típico sotaque britânico.

—É Laufeyson-Corrigiu, o nome deixava um gosto amargo na sua boca. Amargo como a verdade.

 Estavam no terceiro andar da Torre dos Vingadores em uma área em especial que recebia, oficialmente, o nome de laboratório ou, não tão oficialmente, ‘’lugar onde as coisas explodem’’. Era uma área qual era dividida por uma parede de vidro em duas: um espaço repleto de máquinas, fios, peças e outros aparatos que contava também com uma grande mesa de metal qual se encontravam cheia de papéis, pranchetas e alguns tablet’s e outro mais vazio e organizado com aparelhos específicos e muito mais sofisticados, também existia uma superfície cheia de computadores diferentes quais Loki imaginou tratar-se da ‘’mesa de controle’’.

 No momento, Loki se encontrava junto a Banner e Tony no segundo espaço, qual os mesmos haviam denominado ‘’área de testes’’.

— Como quiser, senhor Laufeyson- Jarvis corrigiu-se apressadamente- Agora, por favor, posicione-se na área demarcada.

  Loki assentiu e silenciosamente moveu-se para o pequeno quadrado desenhado em vermelho no chão. Acima de sua cabeça havia algo que poderia ser uma luminária, se luminárias fossem tão grandes e ficassem acopladas ao teto por estruturas metálicas.

—Homem-rena... -Tony estava sentado junto a Banner na mesa de controle, apertando algumas teclas em um dos computadores- Nós vamos fazer algumas análises em sua estrutura corpórea. Essa coisa encima da sua cabeça que parece uma luminária, mas não é, vai nos dizer cada ínfimo detalhe sobre você e, presumo, sua ‘’magia’’- O gênio fez o sinal de aspas com os dedos.

—Certo filho de Stark, no entanto... -Começou o de olhos esmeraldas, mas logo foi cortado.

—Não me chame assim- Reclamou, bufando-Você não gosta que lhe chamem de Odinson e eu não gosto que me lembrem de quem eu sou filho. Me chame de Tony como todas as pessoas normais.

    O pálido pensou por um tempo.

—Anthony- Decidiu-se por fim, cruzando os braços, obviamente desafiando-o a questionar. O que arrancou uma risadinha do Hulk e um franzir de sobrancelhas por parte do bilionário.

—O tempo que você passar aqui vai ser muito divertido- O Banner comentou baixinho para si mesmo querendo rir-Loki, isso pode formigar um pouquinho- Disse mais alto enquanto o pálido respondeu com um manear de cabeça.

  Um escâner esverdeado provindo da ‘’luminária que não era uma luminária’’ passou por todo o corpo da deidade, reproduzindo uma silhueta idêntica em 3D ao seu lado, enquanto ambos cientistas liam os dados que apareciam no computador.

—Ótimo!-Tony saiu de sua confortável cadeira e aproximou-se do deus-Então, Houdini, veja, não há nada de sobrenatural em você, ao menos nada que explique a magia, então, como você a faz?

—Assim?-Ele perguntou ironicamente e abriu a mão revelando pequenas labaredas de fogo verde dançando em sua palma, quais foram as mesmas que lavaram a expressão cética do moreno quando o computador do Banner começou a apitar loucamente.

—Tony... - A voz do outro cientista parecia banhada em assombro enquanto lia a tela- ‘’Estímulos internos não identificados’’, ‘’carga energética interna aumentando’’

  Um sorriso repuxou os lábios de Tony.

—Agora, eu admito: Você é impressionante- Declarou ele, batendo palmas-Agora, me explique o que raios são esses estímulos não identificados? Ensine-nos, mestre- Acrescentou com um tom zombeteiro, mas que ao mesmo tempo havia um genuíno interesse.

  Loki inclinou a cabeça para um lado, agora estava legitimamente surpreso. Havia atribuído a curiosidade inicial de ambos apenas por calor momentâneo e uma forma de extrair algo útil de sua estadia forçada ali. Não esperava que eles de fato fossem perguntar sobre a magia ou pedi-lo para ensina-los sobre ela.

 Ninguém queria saber de sua magia desde... Bem, desde sempre.

 E também ninguém nunca havia falo que ele era impressionante apernas por saber as artes da feitiçaria, até, pois na terra dos deuses, em Asgard, a magia era muito malvista. Dizia-se que era coisa de prostitutas e ladrões. Dizia-se que era coisa de covarde.

 E ali estavam dois homens quais tiveram a importância reconhecida até pelo Pai de Todos, olhando-o com expectativa para saber sobre sua magia. Só e completamente sobre ela.

 Isso era confuso até para o deus entender. Ele esperava ódio e humilhação quando Odin lhe ofereceu aquela punição e estava mais que pronto para lidar com isso. Um pedido para ensino? Não, Loki não havia se preparado psicologicamente para isso.

—Vocês querem mesmo saber?-Indagou genuinamente curioso.

—Isso é meio óbvio não?-Tony exclamou falsamente exasperado.

—Divida todos esses seus segredinhos sujos com a gente-Brincou o Banner-Que tipo de egoísta é você? Na verdade, se você nos explicar talvez eu lhe perdoe um pouquinho por ter agido como um bastardinho.

—Mas só um pouquinho-Acrescentou Tony-Você nos deve até a medula dos ossos! Dois dias de destruição em massa não se curam com uma lição!

  De qualquer outra pessoa, Loki não ouviria aquilo.

 Mas foi o tom. Havia qualquer coisa no tom de voz que eles usaram que o lembrava do significado exato de confiar. Havia algo muito especial num tom daqueles.

  É que havia sorriso no tom dos dois.

Ninguém nunca falava com tom de sorriso para ele há muito, muito tempo e por isso, e, por várias outra razões que ele só entenderia depois, decidiu tolerar aquelas palavras insolentes, decidiu até minimamente sorrir com elas e mais- decidiu começar a explicar também.


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Notas finais do capítulo

Que acharam dos ''experimentos'' com o Lokito? Eu estou muito ansiosa para avançarmos mais na fic e o Malandro se ''apaixonar perdidamente'' pelo nosso gênio favorito!
E vocês?Quais suas expectativas para a fic?



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