JUNKO: O Jogo Maldito escrita por LadyWolf
Gabriel Costa estava no ônibus da linha 476 indo do Morro do Alemão para o Leblon. Havia saído de casa não era nem seis horas, mas aquilo não era problema já que era um privilegiado. O negro estudou bastante e conseguiu passar no bolsão para o Colégio Futuro com uma bolsa de 95%. Sim, Gabriel sempre foi muito inteligente, e o melhor aluno de sua turma em escolas anteriores.
Enfim, o moreno desceu do ônibus em ponto bem próximo a escola e foi andando. Ao chegar percebeu olhares estranhos, como todos os dias que chegava, mas já nem ligava mais.
– Gabriel! – gritou Gaby abraçando o negro por trás.
– Gaby, minha linda! – disse a dando um beijo na testa. – Como tá?
– Eu tô ótima! E você?
– Tô bem também.
– Como foi a “viagem”? – Gaby riu.
– Foi ótima! Só entraram uns caras estranhos no 476, mas normal.
– Não te assaltaram não né?
– Não, não. Eles sabem com quem estão se metendo. – disse Gabriel rindo.
– Bobo! – disse a garota dando uns tapinhas no braço dele. – Vamos pra sala?
– Claro.
A dupla foi andando pelo corredor até chegar à sala. Alguns garotos estavam na porta parecendo “tomar conta”, e a mesma estava fechada.
– O que houve? – perguntei a Lucas Gusmão, o menino de cabelos bem pretos.
– Estão brincando com o presuntinho. – respondeu ele dando uma risadinha maldosa.
– Presuntinho? – perguntou-se Gaby por um instante e foram olhar o vidro da janela.
Victor Hugo e outros garotos batiam e judiavam de Gustavo Fernandes, um menino gordinho de cabelos arrepiados. Sophia também participava da brincadeira, gargalhando e dizendo coisas terríveis ao rapaz.
Gabriel não se aguentou vendo aquela cena e abriu a porta com toda a força. Em uma fração de segundos estava segurando Victor pela camisa parecendo muito revoltado.
– O que foi, faveladinho? Vai querer me bater? – provocou o loiro. – Quer ser expulso, bolsista?
– Gabriel, não! – gritou Gaby.
– POR QUE JUDIAM TANTO DO CARA? POR QUE? – gritou ele jogando Victor Hugo contra as mesas.
– Vic! – gritou Sophia indo ver o amigo. Os olhares dela e de Gaby se cruzaram por um segundo.
– Não liga pra ele não. – sussurrou a morena para seu amigo.
– Gustavo, você tá bem? – perguntou Gabriel estendendo a mão para o gordinho.
– E-Est-tou… - ele estava em choque, mal conseguia respirar. Segurou-se na mão do negro e se levantou. – Obrigado, mas não precisava…
– Não gosto de ver gente covarde batendo em inocente.
– A-Ah…
– Bom dia, pessoal! – disse a professora de química entrando na sala de aula e vendo a confusão. – Passou um furacão aqui?
Gabriel e Victor Hugo se entreolharam, mas não abriram a boca. Os olhares já disseram muita coisa.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Mandem desafios, amores! Estou aguardando!