JUNKO: O Jogo Maldito escrita por LadyWolf
Notas iniciais do capítulo
Quem me sugeriu esse desafio foi o leitor The Crow! Créditos a ele! :D
Uma curiosidade: a mãe de Gabriel é enfermeira e ele sempre aprende muitas coisas com ela. Por isso em algumas cenas da história ele se mostra tão esclarecido sobre esse assunto.
Boa leitura!
Sophia, Gabriel e Gaby ficaram calados olhando para o nada durante dez minutos. Se perguntavam se aquilo era mesmo real ou um simples sonho. Mas infelizmente era a primeira opção e tinham que aceitar: Gustavo e Victor Hugo - sem falar do porteiro e das outras pessoas que deveriam ter sido atacadas - estavam mortos.
– Pois é, gente. - disse Gabriel se levantando. - Só sobrou nós três e é a vez da Gaby jogar.
– É, eu sei. - disso a morena olhando para os dados em sua mão esquerda com uma expressão triste no rosto.
– Joga logo essa droga! - gritou Sophia dando um tapa na mão da garota e os dados saíram rolando.
– VOCÊ TÁ LOUCA?! - berrou Gaby já metendo a mão no cabelo da loira e as duas rolaram pelo chão iguais aos dados se estapeando, puxando cabelos e fazendo arranhões.
– VOCÊ TÁ MALUCA!? - Sophia gritou ainda mais alto a dando um tapa no rosto.
Foi então que Gabriel interferiu na briga, tirando Gaby de cima de Sophia e as separando.
– Calma as duas!
– TOMARA QUE SEJA A PRÓXIMA A MORRER! - exclamou Sophia indo se sentar no sofá.
Gabriella passou a mão em seu rosto que doía por causa do tapa. Já o negro foi ver o valor que os dados haviam caído.
– Dois. - disse ele.
– É o mesmo número que o Victor tirou. - informou a loira.
O bonequinho andou três casas, o que fez eles pensarem que não poderiam ficar no mesmo lugar. Então o cartãozinho apareceu e Gaby pegou o mesmo, lendo.
– “Desafio da Verdade: todos tem um segredo cabuloso e deverão contá-lo por inteiro e sem mentiras. Caso quebras as as regras a pessoa morrerá.”
– Ah, não! Esse jogo já tá pedindo demais! - reclamou Sophia cruzando os braços.
– Se um certo alguém tivesse feito o trabalho ao invés de ficar fuxicando as coisas dos outros nada disso estaria acontecendo. - revidou Gabriel.
– Tá, tá. Quem começa?
– Deixa que eu começo. - disse Gaby suspirando. - Eu...
Suas mãos começaram a transpirar.
– Eu não fui morar com o meu pai dos Estados Unidos porque... Porque ele abusava de mim quando eu era menor.
– O QUE!?
– Sério isso, Gaby? - perguntou Gabriel a abraçando.
A garota fez que sim com a cabeça e ela começou a chorar.
– Depois que minha mãe morreu fiquei morando sozinha com ele e todas as noites ele ia ao meu quarto e fazia isso...
– Que cara nojento. - disse Gabriel.
– E foi ele que me mandou o Junko...
– Ah, então ele queria te matar?
– Não, eu acho que ele nem sabia do que se tratava direito.
– E quem está pagando o pato somos nós. - disse Sophia se deitando no sofá.
– Sophia! - disse Gabriel rangendo os dentes.
– Tá tá! - e revirou os olhos. - Vai, chocolate.
– Meu segredo é que uma vez eu roubei uma padaria porque não tinha nada para comer em casa há dois dias. Só estava comendo o almoço do colégio, que era Municipal na época...
– Pobre!
– Sophia! - disse a morena a dando um beliscão.
– Aiê!
– Mas, poxa, Gabriel. A situação na sua casa é tão difícil assim?
– E como... E ainda recebíamos um Bolsa Família a mais, só que quando fui para a escola particular acabei perdendo o meu.
– Blá blá blá.
– Nossa, se o seu segredo é tão bom por que não conta logo? - perguntou Gabriel irritado.
– Aff! Cala a boca! - ela se levantou e prendeu os cabelos em um coque alto. - Bem, o meu segredo é que... Eu gosto de sentir dor.
– O QUE!? - gritaram em conjunto.
– Sophia masoquista? - Gabriel deu uma gargalhada.
Gaby também começou a rir.
– Desculpa, eu não aguento com isso.
– Isso, podem rir. Vamos todos morrer mesmo!
E outro cartão apareceu no centro do jogo encerrando o desafio da verdade.
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