Pov. Qualquer um que sinta a dor...

Eu sentia a brisa forte daquela madrugada abater meu rosto, os vento gélido passava por minha pele com um rapidez que me deixava constantemente arrepiada, o meus cabelos longos voavam para trás deixando tudo de bom e ruim com eles.

Eu andava e as lágrimas rolavam, eu não acreditava que ele foi capaz de me fazer de brinquedo, de me iludir de tal maneira, era tudo tão irreal para mim que eu achava difícil de voltar atrás com o que eu iria fazer no momento mais eu, eu não vou fazer isso sem deixar um recado, e eu tenho um gravado já rolando, de fundo naquela casa numa clareira perto de um penhasco era aonde o som alto ecoava as minhas palavras.

"Quando eu estava, quando eu estava no palco

Eu estava pensando… Eu senti que eu conhecia ele"

Eu não sentia mais a dor da humilhação, eu sentia a dor da perda e rejeição que apossavam da minha alma. 1 ano de ilusões e mentiras, de pessoas me enganando e rindo de mim pelas costas. Mais agora já chega, ninguém mais vai me fazer chorar como hoje. É um basta finalmente.

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Eu assistia a tudo atônico, como ela soubera de tudo e que diabos era aquela porra que eu via? Como eu nunca percebi os cortes? Como eu nunca reparei na dor dela? Eu via a mesma falar para um câmera o que estava acontecendo, ela era uma cantora iniciante e era normal ter depressão... Mais eu nunca imaginaria daquele jeito e tão forte.

"E eu conheço o coração dele, e eu sei que

Ele não faria nada para me machucar

Mas eu não tinha percebido que antes eu estava tão confiante

Me sentindo tão bem comigo mesma

E de repente estava destruída por causa

Por uma coisa. Uma coisa tão idiota

E depois ele fez eu me sentir louca

Fez eu sentir que era minha culpa

Eu estava machucada"

Eu tinha que a achar quando ela não parou de falar e eu tive que olhar a imagem dela muito magra para ser minha namorada os olhos vermelhos com olheiras roxas muito escuras, a boca roxa do frio, o casaco mais fino que o normal, o all star e a calça jeans cinza com qual eu a conheci, mais o coração e alma despedaçados.

Eu via que mesmo que eu mudasse de pose e de lugar os olhos opacos verdes me encaravam com intensidade, ela me conhecia tão bem que sabia para o lugar que eu iria muito bem, mais eu nunca percebi que ela era a pessoa que eu sempre quis, mais me pergunto o motivo de ter a traído.

Eu a procurei, eu juro meu deus que eu a procurei em todo o canto daquela mini-mansão na floresta, eu entrei em estado de pânico quando, antes dela começar a cantar o seu " Adeus Meu Amor."

Em desespero eu sai daquela casa correndo e ouvindo a música que estava me matando, ela estava matando o resto do meu coração ao fazer o que eu estava pensando até hoje eu lembro.

"Se um dia eu me matar, eu vou estar toda de colorido para no final, eu morrer com um jeans cinza, meus all star preto e a camisa dos Haruno X Uchihas"

Eu até hoje tenho a bosta da camisa com os dois símbolos misturados, eu odiei a camisa mais eu sempre usava pois ela fez algo que era um sinônimo de arte, ficara bonito, e por algum motivo eu estava usando aquela porra enquanto comia a Karin, a prima do meu melhor amigo.

Eu quero ao menos uma vez a salvar como ela fez comigo....

**************

Eu sentia que estava mais próxima do fim do que o esperado, eu ouvia a voz me chamando, mãos me despindo das cores e deixando eu com minhas roupas de desejo, eu não sentia meu pés se moverem, eu estava flutuando até a beirada, e me virei de costas olhando ele correndo até mim, os cabelos negros balançavam com o vento forte e sua corrida, os olhos em desespero ao se aproximar, e antes que ele chegasse mais perto eu levantei a mão o parando.

–Não faça isso comigo Sakura.

–Não fazer isso com você? * minha voz não saia de um sussurro* - Você me encontra ao pedaços Uchiha, me reconstrói, e depois de tirar tudo o que tinha de tirar e por em mim, uma vida nova e com aventura, você me derruba de um modo que eu nem sei te explicar, minhas paredes cederam de um modo que eu não consigo voltar, e o que você vai fazer? Nada! Pois quando eu virei as costas você comeu a porra da minha melhor amiga!

–Eu não estava em mim Sakura! Não era eu!

–Então era o papa? Pare Sasuke você já me matou o bastante por uma vida só. * me aproximei mais do penhasco, o vento me empurrava na direção de Sasuke. Mais eu queria a outra.* - Lembra da música brasileira que eu traduzi para você, do Lucas Lucco...

–Sim me lembro, o que tem haver?

–Aquela frase dele. ' O Destino deve estar nos olhando decepcionado, que pena' * não conseguia terminar e caia no choro * Ele tentou e eu também, mais você não quis meu menino.

– Não! Eu quero sim * pela primeira vez em toda a vida deixou as lágrimas rolarem em desespero por ter culpa* - Não.. SAKURA!

Nada adiantou não chegou a tempo de puxar ela antes da queda, quando chegou na beirada e olhou para baixo, as náuseas o atingiram em cheio, os cabelos roas de misturavam ao sangue. Em desespero puro voltou a casa e ligou para uma ambulância, o amigo Naruto vendo ficou preocupado em ver o moreno chorar ficou ao lado dele, ao olharem a tela podiam ver ela terminar de acantar e falar.

"Quando secar o rio da minha infância
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem
Minh 'alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
– lá onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali erguerei uma tenda junto aos bosques.
Todas as tardes me deitarei na relva
e nos dias silenciosos, farei minha oração.
Meu eterno canto de amor:
expressão pura da minha mais profunda angústia.

Nos dias primaveris, colherei flores
para meu jardim da saudade.
Assim, externarei a lembrança de um passado sombrio."

Ninguém sabia o que fazer, mais sabiam que era a única forma de ver a rosada novamente... Por vídeo.

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No velório poucas palavras, ele não apareceu, estava em depressão já. Por ter feito o que fez com ela e a frase, que ela falou que o mais marcou estava em seu braço tatuado. ' Assim, externarei a lembrança de um passado sombrio'.

Nada mais na vida daquele homem seria igual, pois igual a música. 'O Coração Quer o Que Ela Quer'. E se ela queria morrer, ele morreria junto, igual ele esta agora, morto de alma e coração.