A Loba escrita por Gaby Mell


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Mas um dia, e eu estou sem nenhum pique para enfrentar a escola, mas irei para mostrar meu novo uniforme exclusivo graças às vadias loiras.

Até que não ficou ruim, agora pelo menos, sou diferente, literalmente.

À tarde de ontem passei o dia estudando tudo que podia para esquecer o que aconteceu mais cedo, James ficou o dia inteiro tentando falar comigo, mas dessa vez não o respondi nenhuma vez.

Minha mente esta cheia de planos malignos para encher ele. Mas não começará agora. Não estou muito bem com a Helen e se fizer algo sei que terei um grande sermão dela, e essa é a pior parte.

Hoje novamente estou em frente ao espelho, quarta-feira, com meu novo uniforme exclusivo graças às vadias loiras. Admito, ficou muito melhor assim e agora literalmente sou a estranha.

Pego minha mochila e quando vou descer vejo que o James esta saindo do banheiro secando seu cabelo. Saio rapidamente do quarto e o tranco no lado de dentro. Eu sei que não iria fazer nada com ele agora, mas estou pouco me lixando. Já recebi tantos sermões mesmo, um a mais um a menos não faz diferença.

Sei que é nada de mais, mas ficar sem comer o dia inteiro vai ser difícil, e isso é só o começo.

Chego ate a Helen que esta organizando as crianças em filas.

– Estão todos aqui? - aceno com a cabeça.

– E o James? Sabe dele?

– Quando sai do quarto ele não estava mais lá - minto.

Ele vai ver o que é ficar sem comer o dia inteiro. MUAHAHAHAHA.

Você esta sendo muito egoísta ele não te fez nada! - uma voz irritante do meu lado bom me critica.

Ele não me fez ainda, AINDA.

Mais a culpa não foi dele.

Cala a boca, eu não pedi opiniões.

Tenho certeza que você vai se arrepender.

Ta obrigada pela dica, agora xiu.

Meu deus preciso me internar agora estou ate conversando comigo mesma?

Claro que não, a culpa é sua por não fazer amigos.

Eu mereço viu.

Não me achem louca, é a primeira vez que isso acontece. É só ele chegar que coisas loucas começam a acontecer.

Afasto meus pensamentos e sigo com as crianças á escola.

Chego e vou direto para a sala como sempre, alguns alunos me olham com o olhar assustado, mas acho que é por causa do meu novo uniforme. Não posso me esquecer de agradecer pelo presente para a Giulia.

Você poderia parar de provocar

Já não disse para parar de falar comigo?

Mas o que eu fiz? Estou te ajudando, facilitando sua vida.

Não pedi sua ajuda, e mesmo porque você é minha consciência.

Pense o que quiser.

Preciso realmente ir ao médico.

Como se eles fossem acreditar.

– La la la la la la la la la la.

Ta passando vergonha, não vou embora.

Olho em volta e percebi que falei alto de mais.

Entro na sala e sento na cadeira. Milagre a Giulia chegar cedo. Ela esta me olhando com um sorriso. O que será que ela aprontou? Ah não quero saber, deito minha cabeça por entre os braços e adormeço em cima da carteira.

– Senhorita Woski, se quiser dormir pode ir para a direção, lá deve ser mais confortável, não? - acordo com o professor com a cara de bravo de sempre.

Não faz o que está pensando.

– Estou bem aqui, professor Sheitz.

E fez.

– Pare de graça ou você vira dar a aula de hoje! - diz ele se virando.

Olho em volta e me deparo com a Giulia mi olhando com um sorriso enorme.

Eu avisei

Cala a boca.

Vejo o professor me olhar de cara feia. Quer dizer, a cara feia ele já tem, mais agora bravo.

Não acredito, falei muito alto?

Falou.

– Que petulância, já pra fora garota.

Deu-se mal. He He

– Me desculpe professor. - continuo sentada não posso levar outra suspensão, a Helena vai ficar muito mal comigo.

– Não quero saber, anda.

Tudo culpa sua, tudo culpa sua!

Levanto e vou andando em direção à porta, todos começam a rir.

– Calados. Senhorita Wolski - olho para ele que aponta para minha saia. - Acho melhor você passar antes no banheiro e limpar sua saia.

– Que?

– Esta suja senhoria. Agora anda. É pra hoje.

Vou ate o banheiro feminino, entro em um privativo e tiro minha saia.

Não acredito que aquelas vacas fez isso.

Olho novamente para a saia com uma mancha gigantesca com corretivo branco.

O que eu faço agora?

O que você faria ué, limpe-a!

Não pedi sua opinião.

Então por que perguntou?

Isso não é normal, devo estar enlouquecendo. Mass agora pelo menos tenho com quem conversar.

Pensei que nunca iria aceitar. Prazer Belzira, pode me chamar de Bel.

Você é fruto da minha imaginação! Isso é impossível.

Não sei você, mas estou me achando muito real aqui na sua cabeça viu?

Tá agora me deixe limpar que tenho que ir até a direção.

Agradeço por ser apenas corretivo liquido a base de água, pelo menos quando lavar irá sair.

Olho para fora do privativo e vejo que não tem ninguém. Corro até os lavatórios que fico em frente ainda com a saia na minha mão e passo água, o que melhora um pouco.

Pelo menos ta melhor que estava.

– Eu sei.

Coloco a saia de volta e saio do banheiro.

O pátio esta começando a encher de pessoas, deve ter batido o sinal e eu nem reparei.

Vou ao campo do lado do pátio, quase ninguém vai lá.

– Bel?

Quem é vivo sempre aparece.

– Então? Não sei como começa uma conversa comigo mesma, é estranho.

Trate-me como uma amiga, oras.

– Mas é estranho, nunca tive uma.

Mas agora tem.

– Meu Deus, agora dei pra ficar falando sozinha.

Ei! Tenho sentimentos ta bom?

– Você sou eu. Minha consciência.

Mais eu tenho sentimentos.

– Tudo bem, me desculpe.

– Olha só quem esta aqui! Falando sozinha nanica?

Ai, não gostei dessa garota.

Eu também não gosto.

– Ei ta me ouvindo?

– Agora deu para aparições de fantasma? - viro minha cabeça e olho para a Giulia. - Sua cara pálida e suas olheiras estão aparecendo querida, mas você não liga não é mesmo fantasminha camarada?

Rio da minha própria piada sem graça mentalmente e dou um sorriso de leve.

Você não ia agradecer o novo visual?

– Obrigada fantasma, adorei meu novo visual e agora sim estou diferente. Gostou? Eu adorei essas cores novas na minha camiseta.

Por que você fica sempre a provocando?

Não enche ta?

– Idiota você vai ver. Não vou ficar aqui com uma ninguém como você. - disse jogando seu cabelo para trás junto com as meninas.

– Já vai tarde roliço. - por que ela tem que ser assim? Hunf

Pegou pesado agora.

– Estou pouco me importando.

Ouço o sinal tocar e vou para a sala. O dia passou mais calmo depois que conheci melhor a Bel. Ela é ate legal. Conversamos a aula inteira e às vezes era pega rindo de alguma coisa tosca que ela disse.

Vai ser bom agora ter alguém para conversar, mesmo que em meus pensamentos.

A aula acaba e vou de volta para minha casa, meu lar. Chego e corro para a porta do meu quarto.

Pego a chave no meu bolso abaixo e passo por debaixo da porta.

O que você vai fazer?

Espere e verá. Muahaha

Você parece idiota quando ri assim.

Sem graça, é meu riso diabólico ta?

Então melhor você parar com ele, é muito estranho.

Estraga prazeres.

Caminho até a Helen que esta conversando com um garotinho que havia corrido pela escada e caído.

– Helen a porta do meu quarto esta trancada, você que trancou?

Ela olhou para mim, se levantou e disse:

– Como assim trancada? Vamos lá dar uma olhada.

Isso não vai acabar em boa coisa.

Chegamos até meu quarto e a porta estava aberta. Ele deve ter aberto. Passamos pela porta e ele estava esticado na minha cama.

Até que ele é bonitinho.

Não começa Bel.

– James? Posso saber o porquê de ter trancado porta? - perguntou com o cenho franzido.

–Desculpe mas esteve todo tempo aberto, Helena. - ele disse sem me olhar, sabia o que estava acontecendo e aquilo me irritou.

– A Mary disse que estava trancada quando chegou? E por que não foi à aula? Sabe que não pode ficar faltando, já conversamos sobre tudo aqui.

Estava ao lado da Helen apenas vendo as diferentes reações e como ele tinha resposta para cada pergunta.

– Me desculpe, eu pedi para a Mariana lhe avisar que estava passando mal.

A Helen me olhou e em uma pergunta silenciosa eu respondi olhando de volta para ele.

– Pediu não, você estava super bem quando sai do quarto essa manhã.

– Me disse que não o viu essa manhã Mary. - ela falou me olhando confusa.

– Mas a porta estava trancada quando cheguei Helen. Isso é uma das regras.

Melhor você ficar quieta, sabia que não iria acabar em boa coisa.

– James da próxima vez me avise se estiver passando mal. - deu um longo suspiro e me olhou - E você, não precisa mentir, sei que não gostou dele no seu quarto e isso não ira mudar. - disse se virando e indo para o andar de baixo.

E agora? Ela não acreditou em mim? A mais ele ainda vai passar um dia no castigo.

O castigo daqui do orfanato é ajudar em alguma tarefa da casa, na maioria das vezes é descascar 5 kg de batata que dão nas refeições ou cuidar do gramado imenso do jardim. Já descasquei muita batata quando ficava suspensa da escola.

Terminei de entrar no quarto bufando, joguei minha mochila no canto e o vi levantar da minha cama.

– Da próxima vez, faz melhor!

Foi a única frase que me disse antes de sair.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de dizer que está história já se encontra completa na plataforma do wattpad para quem quiser. ^-^



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