Pretty Little Liars escrita por Anahlauraaaaa


Capítulo 9
The Jenna Thing - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ^^



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P.O.V - Hanna.

Caminhava até a cozinha vestindo meu pijama, quando me deparei com minha mãe no balcão preparando o café da manhã.

– Está cozinhando? - Perguntei.
– Bom dia - redirecionei minha cabeça até onde o som vinha. Era o detetive Wilden folheando o jornal que estava sob a mesa de jantar. - Ovo mole, está bem? - Ele dizia a minha mãe.
– Claro - arqueei minhas sobrancelhas a ela, perguntando o por quê dele estar aqui. Já havia entendido tudo só de olhar a expressão facial de minha mãe.

P.O.V - Emily.

Estava vindo de carona com Maya no carro de Ben, e quando avistamos o ônibus escolar, ele perguntou:

– Maya, já que dormiram juntas, tem mais intimidade com a Emily do que eu. O que tem para me contar?
– Moças boazinhas não contam intimidades - ela respondeu enquanto ele riu sarcasticamente.
– Você não tem nada de boazinha para mim - ele disse.
– Cale a boca, Ben - resolvi cortar aquela discussão ao meio.
– Vocês dormiram bem? Porque eu não teria dormido - continuava a soltar gargalhadas ao mesmo tempo em que prestava atenção ao volante.
– Não sei da Emily, mas eu dormi como um bebê - Maya falou em resposta. - Você vem?
– Já vou. Te encontro - ela retirava sua mão de meu ombro e descia do carro a caminho da entrada do colégio.
– Tchau então - ela disse.
– Tchau - Ben assentiu. Arqueei minhas sobrancelhas ao seu encontro. - Só estávamos brincando. Por que ficou tão chateada com isso? - Puxei-o pelo colarim e dei um amasso em seus lábios carnudos. O beijo foi tão longo que um cara deu algumas batidas no capô do carro, distraindo nossa atenção.
– Arranje um quarto Ben - os colegas dele riam e debochavam de nós.
– E manda ver - outro disse. Reparei que um deles filmavam a cena. Abri a porta do carro e fui ao encontro de Hanna.
– Em, calma lá - Ben me chamava com uma voz de cachorro sem dono. Ele sabia porque eu acabara de deixar o veículo.
– Está bonita, Emily - um dos amigos dele disse.

P.O.V - Hanna.

Estava passando pelo carro de Ben, mas infelizmente fui abordada por um garoto mala sem alça.

– Você também - ele disse se referindo ao elogio que acabara de dizer.
– Desculpe, está falando comigo? - Perguntei. Me retirei caminhando ao lado de Em. - Tudo bem?
– Na verdade não - ela dizia entristecida e cabisbaixa.
– Sabe, nunca achei que você ficaria tão á vontade nessa situação - disse me referindo ao amasso que ela acabara de ter com Ben.
– Vai ver não sou a pessoa que todos pensam - Emily respondeu confiante.
– E quem é? - Perguntava enquanto subíamos os degraus para adentrarmos no colégio.

P.O.V - Aria.

Estava em frente ao cinema aguardando minha mãe para assistirmos ao filme Aconteceu Naquela Noite, quando desviei meu olhar a quem me chamara.

– Aria - era Ezra com um sorriso no rosto, parecendo contente ao meu ver. Estava boquiaberta. Quando fui o responder, minha mãe se aproximara de mim.
– Senhor Fitz. Oi. Esta é a minha mãe, Ella.
– Senhor Fitz, o novo professor - Ella estendia sua mão para cumprimentá-lo.
– É um prazer conhecê-la. Senhora Montgomery - ele assentiu.
– Por favor, me chame de Ella. Não ligamos para formalidades. Vai assistir ao filme?
– É, vou sim. É um dos meus preferidos - ele sorriu.
– De Aria também. Ela falou muito de você, apesar de ter esquecido de falar que era tão jovem.
– Bem, eu - eu e Ezra falamos em conjunto. Acabamos nos enrolando todo. - Vamos entrando. O filme já vai começar - disse.
– Nos vemos lá dentro - minha mãe se despediu enquanto adentrávamos o cinema. - E também esqueceu de falar que era tão bonito - ela cochichava.

Comíamos alguns grãos de pipoca ao mesmo tempo em que permanecíamos vidradas a tela. Foi quando minha mãe notou ele entrando na sala.

– Senhor Fitz? Por que não se senta conosco? - Ela o convidava.
– Ah, sim, claro - ele parecia nervoso. Se sentou ao meu lado. Nossas mãos se entrelaçaram por um momento no descanso do braço, mas rapidamente desfizemos aquilo antes que alguém percebesse. Minha mãe ofereceu pipoca. - Não, obrigado - ele respondeu.

P.O.V - Emily.

Estava sentada na janela com os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Minha mãe entrou no quarto e deixou algumas roupas dobradas em cima da gaveta de meu quarto e notou meu olhar entristecido.

– Você está bem? - Ela se aproximava e se sentava junto á mim. - Vai ficar tudo bem. Prometo á você que tudo vai voltar ao normal.
– Não sei mas o que normal significa - respondi.
– Você sentiu a falta dela durante um ano. E agora, esse choque enorme.
– Não é só isso - disse tristonha. Ela me lançou um olhar solicitando que eu falasse. - Acho que tem alguma coisa errada comigo.
– Querida, não tem nada de errado com você. Você perdeu uma grande amiga. E precisa encontrar uma maneira de dizer adeus a ela. Por que não vai ver suas amigas? Quem sabe conversar com elas? Já falou a elas do que está sentindo, ou - a interrompi.
– A descoberta da morte da Ali meio que juntou a gente de novo. Mas não é o que costumava ser antes.
– Por quê?
– Éramos amigas por causa de Ali.
– Então use isso para se reaproximarem - ela me aconselhava. - Vocês devem encontrar uma forma de fechar juntas este ciclo.

P.O.V - Spencer.

Estudava em minha cama com alguns livros abertos e o notebook ligado. Foi quando Wren passou pelo corredor com uma pilha de roupas sujas e resolveu falar comigo.

– Continua sentindo dores musculares? - Ele perguntou como um atalho para puxar assunto.
– Você fica engraçado falando desse jeito empostado - disse.
– Quer uma massagem? - Ele largou o cesto de roupas sujas no carpete de meu quarto.
– Não, estou bem - assenti.
– E já é tarde - ele verificava a hora em seu relógio de pulso.
– Bom, não para mim. Tenho prova de história na segunda e um trabalho de latim - me sentava de forma confortável em minha cama. Ele disse algumas palavras em latim. - Você sabe o que está me dizendo? - Perguntei.
– Acho que sim. "Vá se danar"? - Rimos.
– É. Está bom - dei alguns sorrisos de lado.
– É a única coisa de latim que eu lembro. Posso ajudar com outra coisa? - Ele se ofereceu para me dar uma mão.
– Com o seu extensivo conhecimento de latim? - Argumentei enquanto levantava de minha cama e pegava um dicionário na estante de livros de meu dormitório.
– É - ele assentiu. - Sabe, a minha família não é exigente como a sua.. por isso não tenho ideia da pressão que sofre. Mas imagino que ás vezes seja insuportável - ele se aproximava enquanto permanecia de braços cruzados.
– Você não é um qualquer, Senhor Oxford, então esta tenacidade veio de algum lugar.
– É. Veio de mim mesmo. Minha vida fui eu quem escolhei.
– Então teve sorte - sorri.
– Desculpe, não queria ser indiscreto - ele disse.
– Não, não. Está sendo gentil - assenti. Meus olhos começaram a brilhar. Ele chegou por trás de mim e pegou um livro que estava sob minha escrivania.
– Gehry, o arquiteto, dizia que seu design era inspirado em caixotes de maçãs.
– Não sabia que entendia de design - desviava minha atenção para o livro em que ele folheava.
– É. Eu gosto de beleza - percebi que estava rolando um clima. Ele me observava então resolvi o observar também. Olhamos um nos olhos do outro. Ele se aproximou e me beijou. Larguei o dicionário de latim enquanto nossas bocas se entrelaçavam.

P.O.V - Melissa.

Estava caminhando pelo corredor quando me deparei com a porta do quarto Spencer aberta. Andei lentamente para observar o que estava acontecendo lá dentro. Um silêncio tremendo. Wren e minha irmã estavam se beijando na cara de pau. Sai fora de si. Apertei o passo e desci as escadas de minha casa com muita raiva.

P.O.V - Spencer.

Afastei-o.

– Pare, pare, não podemos. Não podemos fazer isso. Não é certo - ele mal olhou em meu rosto e se retirou de meus aposentos.

Amanheceu..

Estava deitada confortavelmente em minha cama quando acordei ao som dos pássaros lá fora. Me levantei e fui em direção a janela. Observei Wren com mala e cuia deixando o jardim de casa. Comecei a refletir sobre o que havíamos feito ontem a noite.

P.O.V - Hanna.

Caminhava junto a Mona no estacionamento do shopping. Nós duas estávamos lotadas e entupidas de sacolas com compras.

– Acha mesmo que os sapatos combinam com o vestido? - Perguntei.
– Você pode relaxar. Se pudesse ter se visto naquele vestido, em cima daqueles saltos, tenho certeza que estaria mais calma.
– E gostou do colar?
– Adorei - ela disse em resposta. Notei que o detetive Wilden estava me observando. Mona desviou seu olhar a direção em que eu prestava atenção.
– Relaxa. Você pagou por tudo isso. Vamos - ela lançou a cabeça ao carro.
– É. Eu já vou - fui em direção ao detetive enquanto ela ia em direção ao veículo. - Está me espionando? - Perguntei.
– Estou fazendo o meu trabalho - argumentou.
– Eu pago pelos óculos, aceito fazer trabalho comunitário. O que for preciso, mas quero que deixe a minha mãe em paz - lancei um olhar confiante.
– O fato é, Hanna, que pouco me importa se beberam na noite em que Alison sumiu. O que me importa é saber se você e as suas amiguinhas sabem quem a matou.
– O quê? - Fiz uma expressão interrogativa.
– Sua mãe pode ser boa, mas não o suficiente para eu esquecer meu objetivo.

P.O.V - Aria.

Estava chovendo. Havia acabado de sair da cafeteria ainda bebendo meu cappuccino. Andei lentamente pelas calçadas molhadas totalmente encolhida para me aquecer e não pegar um resfriado, quando um carro passou ao meu lado e observei quem era o motorista. Ezra. Ele olhou em meus olhos e continuou ao volante. Achei que iria me abandonar, mas não. Há poucos metros de distância, ele destravou a porta do banco da frente e a abriu para que eu entrasse. Sem olhas para trás, corri até lá e me ajeitei ao assento. Ele continuou dirigindo enquanto eu o observava discretamente. Ezra parou o carro por um momento e retribuiu o meu olhar. Nos aproximamos e demos um longo amasso em meio aquela tarde chuvosa.

P.O.V - Emily.

Estava sentada na mesa de um restaurante qualquer acompanhada de uma xícara de chá. Acariciei a pulseira com meu nome que Alison havia me dado antes de morrer.

FLASHBACK ON



Ríamos e nos divertíamos acompanhadas de um delicioso suco natural de laranja, quando Ali quebrou aquele momento de alegria de modo agradável.

– Comprei um presente para vocês - ela disse. Entregou para todas nós um saquinho pequeno com algo dentro.

– Qual a razão? - Spence perguntou.
– Vocês vão ver. Abram - desembrulhamos o pacotinho e nos deparamos com pulseiras com nossos nomes costurados. - Seremos amigas para sempre - fechei meu presente no pulso. - Pode fechar a minha Em? - Aliperguntou. Assenti e fiz o que me pediu.

FLASHBACK OFF



Acordei de meus pensamentos e daquela recordação. Continuei a acariciar a pulseira.

P.O.V - Aria.

Cheguei em casa sorridente pelo o acontecido com Ezra. Sentia borboletas em meu estômago.

– Precisamos conversar - fui interrompida daquela sensação que estava em mim pelo meu pai. - Não pode continuar fazendo isso - choquei. - Você não esconde bem os seus sentimentos - me revirei ao encontro dele. - E a sua mãe sabe que alguma coisa está rolando - bufei silenciosamente. - Olha, Aria. Não gosto de mentir, mas ás vezes, contar a verdade faz mais mal do que bem. Quando estávamos na Islândia você conseguiu esquecer esse problema - despertei de minhas ilusões. Por um instante achei que ele havia descobrido do meu caso com o meu professor de literatura.
– Você voltou a vê-la? - Perguntei.
– Ela ensina na Hollis, por isso, claro que a vejo. Mas não como pensa - me sentei a frente dele.
– Estava apaixonado por ela? - Argumentei.
– Senti algo muito intenso pela Meredith.. e minha atração por ela me cegou completamente. Eu não tinha a intenção de trair a sua mãe. E você é jovem demais para entender isso.. mas a verdade é que me deixei levar pela paixão - ele parecia arrependido. Não sabia o que falar. Foi quando ouvi a maçaneta da porta principal girar. Minha mãe e meu irmão entraram em casa com as compras que haviam feito no supermercado.
– O Sr. Chung adorou nos ver de volta - Ella disse enquanto se aproximava de nós.
– Bom, pela quantidade de comida que trouxe, com certeza ele adorou te ver - meu pai ajudava minha mãe a carregar as sacolas.
– Trouxe seu preferido - minha mãe se referiu a mim.
– Você, você não vai sair á noite? - Meu pai perguntava.
– Não. Acho que vou ficar em casa - assenti.
– Gosto de ouvir isso - Ella exclamou em resposta e nós todos abríamos nossos lanches.
– Está gostando?
– Estou.
– Quer um pouco do meu?
– Quero.
– Está bem.
– Eu vou trocar essa roupa molhada, certo? - Disse.
– Está bem.

Peguei minha bolsa que estava sob o carpete, e quando iria subir ás escadas para o segundo andar, ouvi um pouco da conversa de meus pais.

– Está bom.
– Já provou?
– Não, obrigada. Estou bem - minha mãe dizia em resposta ao meu pai.
– Tudo bem?
– Para mim chega.
– Você tem certeza?
– Chega. Acho que comprei comida demais. Eu te disse que o dono ficou feliz de me ver.
– Não era nada de.. - fui interrompida de escutar a conversa deles por um apito de meu celular. O procurei dentro da bolsa e assim que o achei, notei que era uma mensagem. Visualizei-a.

Quando alunas beijam professores, alguém se dá MAL. É uma promessa que eu te faço.. –A

P.O.V - Spencer.

Estava fazendo minha caminhada matinal ao som de algumas músicas bem agitadas, quando fui interrompida de minha concentração ao ver Jenna sentada em um banco daquela calçada. Notei que ela estava digitando em um celular especial para cegos, e que recebia apitos constantes. Ela pegou o aparelho e colocou-o no ouvido.

– Enviar mensagem agora - disse. Desviou sua atenção para a minha direção. Talvez estivesse sentindo a sensação de que alguém estava a observando.


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Notas finais do capítulo

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