Cartas de uma Menina Solitária escrita por Pequena Violonista


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

oiiieee! bem... aqui esta o meu segundo capitulo! Então.... Bjins



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“...Porque nem sempre o que queremos nos faz bem...”.

(Alice)

–Ai... Minha cabeça... –Coloquei a minha mão esquerda na minha testa e a direita apoiada no chão. Minha visão estava embaçada e um pouco escurecida. Tentei abrir meus olhos, para ver se enxergava algo, mas nada. Apenas o breu.

Levanto-me, um pouco sem equilíbrio, e começo a andar desajeitadamente pelo ambiente, coçando meu braço direito em sinal de desconfiança. Talvez eu encontre uma saída para este lugar.

5 minutos depois.

–Olá? Tem alguém ai? Eu... Eu estou perdida! Alguém...? –E as palavras ecoavam no ambiente sem fim, dando-me muito mais medo.

Olhei para os meus pés e logo percebi que eu estava com uma roupa diferente. Era um vestido branco, tomara-que-caia, soltinho, que ia até meus joelhos. Toquei em meu cabelo, e meus dedos tocaram em algo estranho: uma tiara de flor. Tirei-a e a observei melhor: tinha um formato de uma coroa, com varias flores ao seu redor de cor branca. Achei bonita, mas isso não significava que eu tinha perdido o medo.

(?): Então, doutor? –Uma voz conhecida invade o local. Olho ao redor e o cenário deprimente de um hospital se forma.

Vejo vários enfermeiros, médicos, pessoas em geral, circulando no que parecia ser uma sala de espera. Avisto meus tios, Carly e John, minha irmã Kate e meus dois melhores amigos, Melissa e Will.

Doutor: Sinto muito, mas... –O médico abaixa a cabeça, deixando todos entristecidos e surpresos.

Melissa: Não... –Ela começa a chorar e corre para os braços de Will. -Por quê? Diz pra mim que é uma mentira, Will! Que daqui a pouco ela aparece rindo das nossas caras como sempre faz depois de uma pegadinha... DIZ! –E pela primeira vez, Will ficou calado. Eu queria abraça-lá e dizer que estava tudo bem... Mas, ambas sabiam que não estava.

Carly: Doutor, mas... Como... Eu... Não... Ela... –Minha tia estava em choque. Lagrimas caiam do seu rosto, paralisado pela notícia.

Doutor: Ela morreu no exato momento da queda... Não podíamos fazer nada ao seu respeito. Ela foi uma das poucas pessoas que não teve o corpo totalmente queimado... E... –Ele coça a cabeça e olha para os papeis. –Tentamos salvar o bebê, mas... –Todos se espantam com aquela frase, inclusive eu.

Todos: Bebê?

Coloco as duas mãos na minha barriga, confusa.

John: A-Acho que deve ter algum engano, meu senhor! Alice não estava grávida! Tenho certeza disso! –Meu tio se exalta. Carly, ainda entre seus braços, diz:

Carly: Calma, John! Olha a sua pressão!

Will: Concordo com a dona Carly! Deixa que eu falo com o médico, senhor Harris. –Diz Will indo até ao médico.

Ele segue o senhor de casaco branco até uma sala, que senta-se em uma poltrona de couro. Will faz o mesmo.

Will: Ela estava grávida mesmo?

Doutor: Tenho certeza que sim, jovem. –Will apoia seus cotovelos em suas pernas e abaixa a cabeça, passando a mão pelos cabelos tingidos de preto. O médico vê a reação do rapaz, então pergunta. –Você sabe quem é, digo... Era... O pai desta criança?

A pergunta ecoa na sala fechada. Will olha para o médico.

Will: Sim, doutor... Eu sei quem era o pai dessa criança... Mas ela não...

O senhor, já de idade, o olha confuso.

Will: É uma história muito longa que eu... Eu... Prefiro guardar para mim, okay? –Ele sai com mais de mil da sala do médico, atropelando qualquer que entrasse no seu caminho. Eu o segui, com a cara mais confusa do mundo.

–Will! O que aconteceu? Quem era o pai? Por que eu não me lembro?! –Não importava o quanto eu gritasse, ele não me ouviria...

Ele passa pelos meus tios e por Melissa com uma expressão raivosa e sai pela entrada do hospital. Continuo o seguindo, mas, quando coloco o pé direito para fora, tudo estava de volta, a escuridão, o ar frio... O clima de morte...

–Não... NÃO! DE NOVO NÃO! –Tento voltar para dentro do recinto, mas, por incrível que pareça, só havia a porta atrás de mim, com as duas portas abertas. Corro pela porta várias vezes, tentando voltar, mas a passagem dava no mesmo lugar. Caio de joelhos no chão, aos prantos. Não fazia ideia de o que estava acontecendo. Tudo, para mim, estava como uma Montanha Russa: curvas estreitas, rápidas e que eu não conseguia acompanhar de olhos abertos.

Ouço alguns ruídos. Olho para frente, limpando meu nariz molhado, e vejo uma máquina antiga de escrever. O som provia dela. Era como se dedos invisíveis batucassem nas teclas.

Vou até ela, ainda de joelhos, e sento em cima dos mesmos de frente para a máquina. Nela, tinha uma folha, onde, se você reparasse cuidadosamente, percebia que havia uma palavra, dizendo:

“Escreva”.

Realmente, aquilo era assustador. Olhei para os lados, tentando ver se tinha mais alguém, além de mim, ali. Como pensei...

Encaminhei meus dedos trêmulos até o teclado e digitei:

“Julho, 7 de 2007.

Fazíamos aniversário hoje, eu e minha irmã gêmea, Elisabeth. Ela corria pra lá e pra cá, feliz, brincando de pega-pega, comigo e com mais duas meninas. Eu era a manja.

Elisabeth: Você não me pega! –Diz ela correndo e mostrando a língua.

–Você vai ver! Eu vou te pegar e... –Vi que ela havia corrido para a rua e que um carro se aproximava em alta velocidade. –ELISABETH! CUIDADO! –Mas era tarde. Fechei os olhos e só ouvi o carro frear rapidamente e algo sendo jogado no ar...

Lagrimas escorriam pelo meu rosto. Todos correram para onde a minha irmã estava. Minha mãe começou a gritar e se esperneia nos braços de meu pai. Tudo ao meu redor estava lento. Sentia o mundo rodar. Corri até a minha irmã e abracei seu corpo ensanguentado no asfalto.

–Acorda! ACORDA! Hoje é o nosso aniversário! Você não pode dormir agora! Temos muito que brincar Lis... –Mas, seu corpo sem vida já não me trazia tanta felicidade.

Dia sete de julho iríamos fazer oito anos... Ela ia ganhar um unicórnio de pelúcia e eu um panda de chocolate. Queria ter ido dormir no lugar dela... ”.

Depois de relembrar o ocorrido, me derramo em lágrimas... Ela era muito importante para mim. Não era a toa que isso foi à primeira coisa que escrevi...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostadu! Comentem e compartilhe. Até a proxima pandas :)



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