Cartas de uma Menina Solitária escrita por Pequena Violonista


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiee pessuinhas bunitas! Esta eh a minha primeira fic aqui no Nyah, então, peguem leve! U.u



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"Na caminhada da vida, aprendi que nem sempre temos o que queremos...".

Alice: Mãe! Já disse que não quero ir para essa tal viajem! -Dizia a menina de cabelos enrolados para a mãe.

Clara: Eu sei minha filha! Mas entenda, ele continua sendo seu pai, e tem o direito de te ver! -Falava a mulher ruiva arrumando apressadamente as coisas da garota em uma mala.

Alice: Mas eu não quero vê-lo! Você não entende? Ele destruiu a nossa família com uma vagabunda qualquer! -A garota tampa a boca com as duas mãos. Ela sabia que a mãe não aturava palavrões.

Mas por algum motivo, a mãe não se importou, ela apenas sentou na cama da menina, fitando o chão. A garota sentou-se ao seu lado, olhando fixamente para o rosto da mulher, um rosto cansado e com profundas olheiras.

Clara: Eu sei que é difícil para você, minha boneca, ver seus pais se separando assim... Mas... Eu te peço... –Ela finalmente encara a filha, mas com um olhar depressivo. -Faça isso por mim, pela sua mãezinha... –Um sorriso torto e amarelo cresce nos lábios de Clara.

Por que Alice não conseguia dizer “não” ao pedido da mãe? Seria tão complicado assim? Alias... Seria tão complicado entender o “por que” de não existir um final feliz nesta vida? Para Alice, isso era muito complicado...

Alice: Você venceu... Eu vou! –Um tímido sorriso nasce involuntariamente dos lábios da garota. Só o fato de rever seu pai lhe trazia uma felicidade instantânea. –Mas que fique claro que só estou indo por sua causa! –Ela abraça a mãe, que retribui o ato.

Clara: Então vá se arrumar enquanto eu chamo o taxi! O voo sai em algumas horas e você não pode se atrasar! –Diz a mulher alegremente.

Alice nunca vira a mãe tão sorridente como agora... Será que ela estaria planejando algo?

Bom, não interessava neste momento. Apesar de Alice ser bastante curiosa, ela não iria perder seu tempo perguntando da mãe se ela estava tramando algo... Não agora...

Meia Hora Depois

Então, ali estava ela, olhando para uma garota alta, de cabelos castanhos claros encaracolados, que iam até sua cintura, de pele branca e olhos verdes, idênticos aos da mãe, uma mulher baixa, de olhos verdes, cabelos ruivos lisos e com inúmeras sardas espalhadas pelo seu rosto fino e delicado. Alice amava o cabelo de Clara, às vezes, o desejava e até invejava.

Alice adorava o seu jeito “badgirl” rockeira. Ela tinha muito estilo, calças surradas, tênis All Star, camisas estampadas com suas bandas ou personagens favoritos, sempre com muito humor e carisma. Ela tinha dois melhores amigos, uma se chamava Melissa Gabriela, cuja ela apelidou de Lisa e o outro se chamava Willian, apelidado, pela garota, de Will. Eles eram inseparáveis. Adoravam fazer tudo juntos, um na casa do outro, todo final de semana. Mas isso acabou quando Melissa foi aceita em Juilliard, uma escola de musica e artes cênicas em Nova Iorque, depois de enviar um vídeo seu tocando violino, e Will decidiu seguir com sua carreira de musico, em uma banda, como baixista e compositor. Isso deixara Alice muito triste e abalada...

Clara: Já está pronta? O táxi está a sua espera filha... –Diz Clara aparecendo na porta entreaberta com um olhar um pouco triste.

Alice: Sim... Só estou um pouco triste por você ir... –A mulher ruiva corre ao encontro da filha e desaba em lágrimas. –C-Calma mãe... Eu só vou visitar meu pai... Não precisa de tudo isso e...

Clara: Eu sei minha filha... Só que... É a primeira vez que vez viaja sozinha e eu... Eu estou preocupada... E... –Alice abraça a sua mãe. Ela não queria partir assim, de repente, mas sentia o dever de ver o pai, o homem que um já foi seu herói... Mas hoje, é seu maior medo.

Alice: É melhor eu descer... –A garota pega as duas malas que estavam em cima da cama e as leva para o andar de baixo da casa, já que a sua casa possuía exatos três andares. Ela vê a porta aberta e imagina que Clara deixou-a assim para a sua saída.

A garota coloca as malas em cima do sofá e vai até a cozinha pegar o pequeno lanchinho que sua mãe havia lhe preparado: uma maçã, dois sanduíches, um pacote de biscoitos e um refringente diet, já que ela estava de regime. Alice sempre fora gulosa.

(?): Então, é serio mesmo que minha compositora vai embora? –Alice vira-se para trás e se depara com um garoto alto, de pele clara, olhos verdes e cabelo escuros, totalmente bagunçados.

Alice: Meu Deus! –Ela pula no pescoço do rapaz com o coração acelerado. –Will!!! Que saudades! –Ela sussurra em seu ouvido esquerdo.

Will: Soube que você ia viajar e... Não podia deixar de vir me despedir... –Ela o larga e o olha meio pensativa

Alice: Como soube?

Will: Um passarinho ruivo me contou. –Will pisca para Alice, que ri.

Alice: Mas, e a Turner? Com a banda? Como fica?

Will: Isso pode esperar. Agora, vamos nos concentrar na viajem! Finalmente você vai sair daqui! Minha menina ta crescendo... –Ele bagunça os cabelos da garota, rindo, o que a faz bufar.

Alice: Eu não sou mais uma criança, Will! –Ela retruca

Will: Enfim... Espero que se divirta! Coma, dance, beba bastante e tome um banho de sol! Porque você parece uma doente de tão branca! Não é a toa que ainda não tenho namorado haha!

Alice: Claro! Toda vez que eu arranjava um, você o botava para correr! –Alice coloca a mão na cintura e abre um sorriso divertido.

Eles começam a rir loucamente, parecendo dois idiotas. Ela finge limpar uma lagrima no canto do olho.

Alice: Okay. Vou levar as malas para o taxi e... –O rapaz a interrompe.

Will: Eu te ajudo! –Antes mesmo que Alice retrucasse, ele já havia levado as malas para o taxista. Will era mais velho que Alice, talvez uns 2 ou 3 anos, já que ela completou 16 agora.

Taxista: Já devo ligar o carro, senhorita?

Alice: Sim! Só vou me despedir da minha mãe e... –A garota vira para a porta e recebe um abraço inesperado da mãe.

Ambas se emocionam. Tanto Alice, quanto Clara.

Clara: Vou sentir saudades... –Clara transmitia certo tremor na voz. Alice sentiu, mas não comentou.

Alice: Também... –Ela soltou a mãe e entrou no veículo.

Will: Até mais, minha ursinha. –Ele dá um beijo na testa da menina, o que faz seu coração acelerar.

Clara: Boa viaje minha filha...

O carro começa a andar, e Alice com a cabeça para fora da janela sentindo o vento bagunçar seus cabelos, grita pela ultima vez.

Alice: Vou sentir saudades! –Então um sorriso se forma no rosto da jovem garota, que volta sua cabeça para dentro do automóvel, fechando a janela do mesmo.

1h depois.

Capitão: Coloquem os cintos que nós iremos decolar em cinco minutos. Desliguem celulares, tablets, computadores, ou qualquer aparelho eletrônico que use meios... –Alice parou de escutar antes mesmo de o interfone ligar. Sua mente estava à mil.

Tudo foi muito rápido: as aulas, as provas, as discussões, a separação de seus pais... Tudo, para ela, estava à mil. Ela estava tão ansiosa e tão nervosa... Ela havia mandando o seu vídeo, tocando uma musica, no violão, chamada Greensleeves, de Mozart, para Juilliard. Ela também pensava em Will, seu melhor amigo, sua paixão... Secreta... Ela não queria abandona-lô, nem a mãe... Aliás, uma coisa ainda não entra na sua cabeça: o porquê de a mãe querer que a menina fosse ver o pai, e a insegurança na voz de Clara, que lhe causava certa angústia...

Em seus pensamentos, a menina acaba adormecendo. Pobre menina, não sabe que a morte está prestes a encontra-lá.

Lembro-me bem de como tudo aconteceu:

A turbina da asa esquerda do avião começou a falhar, incendiando-se logo em seguida. Um barulho, parecido com um alarme, soou no ambiente, causando pânico as pessoas. Máscaras de ar caíram e uma fumaça tóxica invadiu o local. Curiosos se aproximaram das janelas para ver a turbina tomada pelo fogo. O avião começou a rodar no ar e a cair sem controle em direção à superfície. Muita gritaria e choro completavam o clima pesado do local, como uma trilha sonora para entrada triunfante da morte. O avião se chocou com a terra, causando uma imediata explosão, deixando apenas pedaços flamejantes no ar. As poucas pessoas que sobreviveram à queda, agora queimavam em meio ao fogo que se alastrava ao redor.

Recordo-me do último pensamento de Alice: E eu sei que você sabe. Quase sem querer. Que eu quero o mesmo que você”.


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Notas finais do capítulo

oiiiiie! Espero que tenham gostado! Comentem oq acharam! Bjin e ate o proximo capitulo :)



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