Ela viu Lily pelo canto do olho, saindo para qualquer lugar, Roxanne viu no monte que sua carta era a próxima, ela respirou fundo e tentou segurar as lagrimas, pegou sua carta e encontrou um canto qualquer para ler.

Cara Roxanne Weasley.

Lembro-me das suas reações esquisitas para as minhas reações esquisitas, o setembro estava como sempre, com vento cortante e chuvoso, eu me lembro de calçar minhas botas e me encaminhar para o lamacento campo de quadribol.

Vi você ali parada em seu treino matutino de sábado, o campo mais parecia um pântano.

― Roxanne. ― chamei e você se virou e me encarou aturdida.

― O que faz aqui? ― você postergou.

― Pode me ensinar quadribol? ― fui direto ao ponto e você meneou a cabeça, ainda estranhando aquela situação toda.

― Fazer o que, não jogou quadribol não viveu. ― você falou, pareceu uma indireta, mas era apenas minha consciência pesada.

Naquele dia nos divertimos, levei tombos da vassoura, me sujei de lama.

Fiz pontos, assim como errei o alvo, Roxanne a vida é como quadribol, eu sei que você tem certa afixação por ser a esportista perfeita, a aluna perfeita, a filha perfeita, tudo você tem que acertar o alvo.

Porém a jogadas que erraremos, que cairemos da vassoura, que cairemos na lama ou que o vento de outono nos açoitara.

Você me ensinou isso, me ensinou quadribol, obviamente não consegui entrar para o time, mas valeu apena.

Pratique o que você me ensinou, por que boas intenções, e você sendo o melhor que pode, já estará perfeito.

Não importa o que as pessoas dizem, você é uma grande jogadora e uma grande mulher, você não tem que ser igual a tia Angelina.

Obrigado por me ensinar a voar, por não me questionar, e me desculpe por não ter contado.

Assinado a pior jogadora de quadribol – Rose Weasley.