Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 43
Capitulo 43 - Los Angeles


Notas iniciais do capítulo

Estou postando mais um capitulo porque... Sei lá... :)



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Eu cheguei ao aeroporto de Los Angeles. Durante a viagem a Tamy me explicou que ela não sabia o que estava sentindo pelo Lys, ela achou que talvez estivesse viciada nele. Eles são o tipo de casal que apesar de ter uma “adolescente” e um “cabeça de vento” envolvidos são bem maduros. Ela conversou com ele e expôs o que estava sentindo e ele deu o livro pra ela. Não são fofos?!

Eu havia avisado ao Nath que só chegaria no domingo, no entanto hoje é sábado, e eu não estava a fim de ver o senhor Campbell. Então resolvi ir fazer uma surpresa para o Nath. Eu peguei um taxi e fui até o apartamento dele. Ele abriu a porta com uma cara esquisita, a camisa social aberta até o quinto botão, ele estava bem largado para o Nathaniel Walker que eu conheço.

— Achei que você só viria amanha? (Ele disse sério)

— Eu quis fazer uma surpresa. (Ele continuou sério) Não vai me deixar entrar?

— Entre. (Ele abriu a porta e me ajudou com a mala)

— Está tudo bem, querido? (Eu perguntei selando meus lábios aos dele)

— Eu tenho que terminar um trabalho que acabei por trazer para casa.

— Você está nisso a noite toda? (Eu perguntei ao ver alguns copos de café em cima da mesa, já que ele não tem o costume de beber café)

— Eu realmente preciso terminar este trabalho. Eu ainda tenho que ler um artigo do Cássio Andrade, um dos escritores novos que te falei.

— Eu sei que não sou boa na cozinha, mas se você quiser posso te preparar um sanduíche ou algo assim. (Me deu pena vê-lo tão cansado)

— Não. Tudo bem. Eu comi ainda há pouco. Você está diferente.

— É… Eu cortei uma franja e pintei uma parte do cabelo! De azul! Sem contar o fato de que eu estou usando roupas de mulheres com dez anos a menos que eu! (Eu disse como se fosse óbvio!)

— Eu prefiro você normalmente.Você está parecendo uma adolescente!

—… É... Talvez você tenha razão… (Precisava falar assim?!)

Eu fiquei o dia e a noite com ele, apesar dele ficar trabalhando o dia todo, a noite ele preparou um sushi delicioso e depois nós acabamos dormindo. Pela manha ele me deixou em casa. Quando eu abri a porta estava tudo calmo, nem sinal do senhor Campbell e nem da noiva corna. Eu me troquei e me sentei no sofá da sala, o fato de ficar tanto tempo longe me deixava com saudade. E alguns minutos depois o senhor e a senhora corno chegaram com o meu filhote. Como senti falta dele.

— Meu bebe! (Ele veio correndo na minha direção e pulou em cima de mim lambendo todo o meu rosto) Você ficou com saudade da mamãe foi?! (Eu o acariciei)

— Nanica! Agora você também é uma de nós! (Disse o senhor) Gostei do visual novo! Azul até que combina com você! (Ele disse rindo)

— É temporário. Parece que você e o Lobo estão bem próximos, né?!

— Ele é um cachorro legal apesar da dona ser uma paranoica!

Eu não dei muita confiança... Enfim, o domingo foi divertido, eu fui almoçar com meu pai e a Karen, e só voltei à noite.

Tudo começou bem na segunda-feira. Eu estava radiante por não ter sentindo nada quando eu vi o tal senhor. Mas para estragar meu dia, ele tinha que me ligar.

— O que você quer? (Eu perguntei um pouco irritada)

— Nossa! Que maneira gentil de atender o seu marido, querida! (Ele disse irônico) Eu tenho que conversar com você projeto de gnomo! (Ele falou grosso)

— Eu estou trabalhando agora, não tenho tempo para crianças!

— É mais vai ter que ter… Você prometeu cuidar da minha sobrinha no próximo feriado se lembra?! (Ele continuou grosso)

— Sim, me lembro. (Eu disse séria)

— Pois bem, temos um feriado esta semana e meu irmão me ligou avisando que eu terei que buscar ela quinta-feira. Então pigmeia arranje um tempo nessa sua agenda por que de quinta a domingo, nós seremos um casal! (Ele disse grosso e desligou o celular. Mas que destino filho da mãe!)

Eu estou chateada, óbvio! Eu não quero “dividir” todo um final de semana com ele... E se aquelas sensações voltarem?! E se eu me apaixonar de vez?! Daqui a dois meses tudo isso não vai passar de um divórcio assinado, um pesadelo que teve fim! Mas e se antes desses sessenta dias passarem, eu acabar como naquele sonho, acabar o amando?! Eu estou com medo desse fim de semana… Toda vez que ele cuida da sobrinha ele muda, fica um cara legal, um cara verdadeiramente apaixonante... Quando ele está com a família ele é diferente. Não é o homem promíscuo o qual eu odeio, é o marido perfeito, um tio que adora crianças, um filho que se preocupa com os pais, um irmão que se diverte com o irmão e provavelmente um ótimo pai quando tiver filhos... Todos esses pensamentos que estão rondando a minha cabeça só me deixam mais confusa... Será que pensar tanto nele não significa algo?! Será que o fato de eu não ter sentindo nada ao vê-lo não significou que na verdade o que eu sinto está mudando de estágio e subindo um nível?! Talvez do que eu realmente esteja com medo é de amar um homem sórdido e mulherengo que trai a própria noiva… Talvez eu só esteja com medo de amar de uma forma geral…

O celular tocou me tirando de meus devaneios eu atendi e era o Armin. Ele perguntou se não podíamos nos ver amanha. Ele estava fugindo dos preparativos do casamento, ele nunca gostou de organizações… Eu não me importei. Desliguei o celular e parei de me agonizar pelo fim de semana. Sem momentos depressões, né Morgan?!

Eu saí do trabalho mais tarde já que no dia seguinte passaria minha tarde com Armin. Eu fui bem devagar durante o caminho, não queria encontrar o senhor Campbell. Não mesmo! Eu cheguei, fiquei um pouco com o Lobo, e pra minha sorte ele e a Debrah já haviam saído. Pela manha, eu meio que enrolei um pouco na corrida, estava fazendo de tudo para não ter que vê-lo. Eu liguei para o Nath, e como ele também corria pela manha nós combinamos de nos encontrar. Acabamos tomando café no Starbucks, e depois eu fui pra casa e ele também. Eu cheguei ao prédio do meu apartamento, eu tinha o costume de sempre quando voltar da corrida matinal subir de escada, mas acho que ficar uma semana sem praticar exercícios me desacostumou, então eu resolvi ir de elevador. Parecia coisa do destino, né?! O escritor da minha vida estava sacaneando comigo! Eu esperei o elevador e quando ele chegou quem sai de lá?! Exatamente o corno promíscuo do Campbell... Ele estava com o Lobo, acho que estava o levando para passear, fazia sentido já que ele estava usando o elevador de serviço.

— Oi, pequena! (Ele disse sorrindo)

— Oi. (Eu disse friamente entrando no elevador)

Eu não senti nada, pelo menos não ainda e espero sinceramente que continue assim... Eu cheguei ao apartamento e liguei para o Armin. Nós combinamos de nos encontrar no parque. Ele disse que já tinha quase cinco anos que ele não vinha em LA. A tarde foi bem divertida. Nós almoçamos e depois dele ter um ataque por eu ter dito que não tinha nenhum videogame, nós fomos numa loja de games. Ele me deu um Xbox de presente, eu iria pagar, mas ele fez questão, disse que era pelos velhos tempos. Ele também comprou uma porção de games, todos dele. Depois nós fomos ao meu apartamento instala-los e nós ficamos jogando como fazíamos na adolescência. Ele ligou pra futura esposa avisando onde estava e disse que quando ela acabasse de resolver os preparativos ele iria buscá-la. Ele falou de uma maneira tão apaixonada, com apelidinhos e tudo…

— O Armin da minha época acharia isso muito gay! (Eu impliquei com ele)

— É porque o Armin da sua época não era um cara apaixonado!

— Poxa… Ar… Assim você me magoa! Quer dizer que você não gostava de mim?! (Eu fiz biquinho como uma menina mimada)

— Mas como ficou mimada essa pequena! (Ele disse rindo e partindo pra cima de mim com cócegas! Ele adorava fazer isso! Desde a adolescência…)

— Achei que não gostasse de cócegas! (Disse o senhor Campbell chegando e interpretando uma cena de ciúmes)


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