Casados pela razão errada escrita por WendyReis


Capítulo 39
Capitulo 39 - Elevador




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— Foi mal... Se eu soubesse não teria investido em você! (Disse Charlie)

— Você estava flertando comigo?! (Sim, eu sou muito lerda pra isso!)

— Quem não flertaria?! Você é linda e ainda por cima sozinha! (Ele disse)

— Uau! Obrigada! Mas eu acho melhor eu ir agora! (Eu disse disfarçando)

Eu me aproximei com passos não tão firmes quanto eu gostaria do idiota. No caminho a cada passo que eu dava ao lado dele era uma escola de samba que ganhava o primeiro lugar no meu coração...

— Aí?! Quantas vezes eu vou ter que te pedir pra não me fazer de corno na frente dos outros?! (Ele disse revoltado após ficarmos um pouco mais distante)

— Você é corno por que quer... Porque se corresse atrás do que é seu não perderia com facilidade! (Eu disse revoltada. Eu sei o que estava sentindo, mas eu ainda me revoltava e muito com ele)

— Isso foi uma indireta?! (Ele disse grosso me puxando pela cintura de maneira brusca e me fazendo dar de cara com aquele peitoral malhado... Meu coração foi a mil!)

—... (Eu levantei um pouco meu rosto e ele estava me olhando com aqueles olhos nublados... Droga Morgan! Ele estava sério com um olhar malicioso) Vai fazer ceninha agora?! (Eu disse evitando o máximo gaguejar)

— Parece insegura nanica! Parece até que está interessada! (Ele disse malicioso aproximando o bendito rosto e deu aquele sorriso que eu odeio... Coração disparado, corpo gelado… Ah merda! Droga Castiel! Quando foi que isso aconteceu?!)

— Eu... insegura?!... Nunca! (Eu gaguejei um pouco, mas na parte do “nunca” fui mais decidida. Eu não tinha forças pra empurrar ele pra longe de mim)

— Não é o que parece! (Ele riu debochado) Está até gaguejando! (Ele riu mais)

— Vai te catar! (Eu reuni as forças da parte ainda sã dentro de mim e o empurrei andando em passos largos e apressados até a mesa onde estávamos)

O resto do jantar foi bem menos estressante já que o meu lado são havia tomado frente e ficado de prontidão para qualquer sentimento ou sensação esquisita em relação ao imbecil que quisesse invadir fosse aniquilada. Eu fiquei com um pouco de ciúmes pelo fato do Nath ter levado a Mel em casa. Mas enfim... Eu entrei no carro do imbecil e não sei por que, mas eu sabia que ele iria tocar no assunto Melody e Nathaniel...

— Então como foi ver o namoradinho com outra?! (Ele sorriu vingado)

— Não vou me dar ao trabalho de te responder. (Eu disse grossa)

— Então parece que te incomoda o fato dele ter saído com a minha prima! (Ele disse debochado novamente com aquele sorriso que me faz querer mata-lo)

— Diferente de você o Nath é um homem fiel! (Eu disse ainda com raiva)

— E quem te garante que ele e minha prima não vão transar?!

— Vem cá qual seria a sua reação se visse sua adorada noivinha com outro?!

— Eu com certeza arrebentaria a cara do f1lh* d@ p#t@! O que é meu é só meu! (Ele disse aparentemente se estressando)

— Acho que você sabe como eu estou me sentindo, então, por favor, não se dê ao trabalho de dirigir sequer uma palavra a mim! (Eu disse também estressada)

O caminho foi silencioso... Nós descemos, entramos no elevador... E por pura sacanagem do destino ou pela minha grande falta de sorte o elevador parou... Meu andar era o décimo quinto e o elevador parou no terceiro... Droga! Presos no elevador!

— Tá de sacanagem né?! (Eu disse grossa olhando para o teto e vendo as luzes e o aquecedor do enorme elevador se apagarem, então acendeu uma lâmpada de emergência)

— P*rr@! Eles avisaram hoje cedo que desligariam a energia do prédio a meia-noite e os apartamentos funcionariam com gerador! (Disse ele revoltado dando um soco na porta do elevador)

— Como assim? Por quê? (Eu disse confusa)

— Eles vão trocar a empresa de energia do prédio. (Ele disse sério)

— E por que você não me avisou idiota?! (Eu disse grossa)

— Não era minha obrigação. (Ele deu de ombros e encostou-se à parte de trás do elevador. Isso só pode ser mentira!)

— E quanto tempo nós vamos ficar aqui?! (Eu disse como um desabafo)

— Não faço a menor ideia... (Ele disse tirando o celular do bolso e fazendo não sei o que... Eu tive uma ideia e resolvi ligar pra portaria do prédio) O que tá fazendo?!

— Oi... É a Morgan Smith do 1504... Vocês sabem informar quando vão retornar com a energia?! Por que eu e o idio... digo meu marido (tentei ser o mais “esposa” possível) estamos presos no elevador... E eu acho que ele parou no terceiro andar.

— Acredito que dentro de umas duas horas a energia já deve estar de volta. A companhia preferiu trabalhar a noite para não incomodar os moradores. Eu achei que o recado houvesse sido passado para todos os apartamentos... (Ele disse pensativo)

— Meu marido esqueceu.

— Mas os senhores estão presos no elevador. Eu vou avisar a companhia e a síndica. Eles vão dar um jeito de tirar os senhores daí. Eu irei me comunicar pelo telefone de emergência do elevador. (Eu agradeci e ele desligou)

— Ele falou que deve demorar umas duas horas, mas que vai tentar adiantar o processo. Enquanto isso, esperamos! Merda! Como você pode se esquecer disso?! Tomou os comprimidos do Lysandre?! (Eu disse revoltada)

— Como se você nunca tivesse esquecido nada! Deixa o cara fora disso valeu?! (Ele disse também revoltado... Eu bufei... E blasfemei)

Eu me sentei no chão do elevador e vi que o Nath havia me mandado uma mensagem eu respondi muito feliz por ele me responder em seguida e tirar qualquer dúvida que reinasse sobre mim. Meia hora se passou e nada. Eu ainda estava conversando com o Nath e ele estava preocupado comigo. Tão fofo! O tempo passava bem devagar… E a recaída que eu tive hoje mais cedo pelo idiota havia passado graças à boa ação do universo. No entanto o elevador além de escuro e só com uma luz branca piscando a cima de nossas cabeças, tinha o clima bem parecido com o lá de fora: um frio do caramba. E depois de uma hora lá eu comecei a tremer e a ficar com os lábios roxos... Se arrependimento matasse eu estaria morta por ter achado que o clima continuaria estável. Eu resolvi me levantar pra tentar aquecer o corpo, então eu comecei a caminhar em volta do elevador. E ele, mesmo depois de mais de uma hora, ainda continuava na mesma posição.

— Existem maneiras melhores de aquecer o corpo, nanica! (Ele disse malicioso)

— Vai... te... catar... Castiel... (Eu disse tremendo os dentes de frio)

— O que eu vou falar se minha esposa aparecer morta?! Que ela não me deixou nem sequer tocar nela?! (Ele disse tirando os olhos do celular e me encarando com aqueles olhos cinza. Droga! Vai começar de novo coração?!)

— Que... você... não... pôde... fazer... nada... (Eu disse ainda tremendo)

— Quem ama não entrega fácil! (Ele disse malicioso se aproximando de mim... Ai droga! Coração desgraçado!)

— Ah... agora... você... me... ama?! (Eu disse irônica e ainda gaguejando)

— Eu nunca disse que te amava! (Ele riu debochado) Eu disse que quem ama, e se somos casados eles têm que acreditar que somos! (Ele disse malicioso se aproximando mais. Meu coração estava saltando! Eu queria isso! Gente eu queria! Mas eu consegui ser mais forte do que o desejo que eu estava de agarra-lo)

— Sai... pra... lá... idiota... (Eu disse grossa, mas ainda tremendo enquanto andava. Estava uma mistura de gagueira graças ao frio e graças a ele estar tão perto)

— Eu já sei qual é o seu problema! Você além de anã de jardim é mimada e fresca! (Ele disse com um sorriso debochado e se aproximou me afrontando dessa vez)

— Ah é?! Eu... também... já... sei... qual o... seu... você... é um pervertido, inútil... e muito abusado... (Eu disse também o afrontando)

— Sem graça! Larga de ser fresca! Eu sei que você tá morrendo aí!

Ele se aproximou e puxou minha cintura de maneira brusca como costumava fazer. Meu corpo se arrepiou todo ao entrar em contato com o peitoral malhado dele ainda que de camisa. Eu não consegui me esquivar e eu com certeza queria aquilo! A outra mão dele foi até meu pescoço de maneira apressada e um pouco “violenta”, o que já era de se esperar, ele me encarou com aqueles olhos cinza! Ele aproximou bruscamente seu rosto até mim, ele chegou muito perto! Droga! Acho que vou beija-lo!


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