— Oi Debrah! O que está fazendo aqui?! (Eu perguntei enquanto tirava as mãos nojentas do Castiel da minha cintura e me afastava)

— Presenciando uma cena linda! (Ela disse ainda com ciúmes)

— Não vai me dizer que está com ciúmes disso?! (Eu perguntei rindo, como ela podia achar que eu iria dar confiança para aquele babaca!)

— E não deveria?! (Ela perguntou raivosa ainda com os braços cruzados)

— Óbvio que não! Até parece que você não conhece o babaca do seu noivinho! (Eu disse ainda rindo daquela situação)

— Então por que ambos estão sujos de farinha? (Ela perguntou vindo até ele. É sério que essa cena estava acontecendo?!)

— No meu caso foi acidente! Já o dele foi implicância mesmo! (Eu disse rindo e terminando de limpar a pia)

— Isso é verdade, gatinho?! (Ela perguntou para o bobão que estava até agora rindo e limpando o chão. O que ele devia está pensando?! “Eu sou o máximo!”)

— Não, nós estávamos te traindo o tempo todo! (Ele disse irônico) É claro que é, Debrah! (Ele disse agarrando a cintura dela e dando um selinho nela)

— Morgan, eu vim aqui só pra pegar meu celular... Eu esqueci no quarto. (Ela disse ainda agarrada com o Castiel)

— Eu vou deixar vocês à vontade! Mas não exagerem, ouviu?! (Eu disse indo para o meu quarto tomar um banho pra tirar a farinha do corpo)

Debrah POV

A idiota anã saiu da cozinha e foi pro quarto. Eu dei uns amassos no Castiel. Apesar de ele ser gostoso ele também é um corno otário... Como se eu não soubesse que ele me trai.

Castiel foi tomar banho e eu também fui pra suíte... Eu fingi pegar meu celular e saí. Mas não fui embora, a porta das suítes são todas de vidro, um vidro elegante e caro todo amassado como se fosse papel crepom. Infelizmente não tinha uma visão perfeita do que estava acontecendo lá dentro, era só uma imagem embaçada. Mesmo assim dava pra ver que a anã com certeza estava no chuveiro. Eu entrei bem devagar sem fazer muito barulho, como imaginei ela estava lá no banheiro. Eu tirei uma micro câmera do bolso da calça jeans e instalei dentro do pequeno lustre que tinha no quarto. Eu precisava saber o que aquela coisa estava fazendo, por que algo ela estava aprontando, de repente ficar tão próxima do idiota... Óbvio que ela está fazendo algo e preciso ter algo pra usar contra aquela imbecil. Ela é muito esperta pode acabar me descobrindo. Enfim eu saí daquela espelunca e ela nem me viu! Otária! Não importa o quão infantil seja desde que esteja à frente do adversário!

Eu fui até cozinha. Eu senti o cheiro daquele Brownie até que estava cheirando bem. Mas... E se... eu desse uma apimentadinha?! Eu pensei muito e resolvi não fazer nada. Afinal já que o Castiel a ajudou saberia se algo desse errado. Eu estava passando pela enorme sala de jantar quando apareceu aquele cachorro nojento e veio nas minhas pernas. Imagina se aquele cachorro me arranha. Eu dei um chute naquele animal. E fui até a sala de estar pra ir embora quando a campainha tocou. Eu olhei o relógio ainda eram seis e meia, acho que alguém se adiantou! Eu abri a porta.

— Boa tarde! Desculpe-me a pergunta, mas quem é a senhora?

— Eu sou... sou... (Por que não falar para aquele senhor a verdade e acabar logo com essa palhaçada, o Castiel perdia logo o dinheiro e ficaria tudo muito mais rápido)

— Ela é uma amiga! (Disse Morgan saindo lá de dentro)

Morgan POV

Por que eu tive a impressão que invés de confusa na verdade ela estava armando alguma?! Acho que estou ficando paranoica de verdade!

— Oi senhor Boris! Chegou cedo! (Eu disse apontando o sofá pra ele se sentar)

— Eu já vou indo. Até amanha! (Ela disse sorrindo e saindo)

— O senhor me dá um minuto?! Eu tenho que tirar o Brownie do forno! (Eu disse me levantando e indo até a cozinha, eu tirei o Brownie do forno e quando eu voltei passei pela sala de jantar e vi o Lobo andando estranho) Tudo bem, meu amor?! (Eu perguntei me abaixando e acariciando ele que chorou um pouco) Tadinho! O que fizeram com você, bebe?! (Ele chorou um pouco mais, eu fiquei alguns segundos acariciando ele, mas depois ele começou a lamber minha mão e eu me lembrei do senhor Boris eu fui até lá e me sentei ao lado dele)

— E o seu marido?! (Ele perguntou simpático)

— Ahn... Ele está tomando banho! (Eu sorri pra disfarçar o fato de eu não fazer a menor ideia de onde o idiota estava)

— A moça que abriu a porta era a senhorita Debrah Parker? Ela é cantora, certo?! (Ele perguntou confuso)

— É sim. O senhor gosta da música dela?

— Não, eu andei estudando a vida de vocês e descobri que ela é ex-namorada do seu marido. E vocês ainda sim são amigas. Curioso! Costuma rolar ciúmes entre a atual e a ex. No entanto parece que vocês duas se dão bem.

— E não tenho ciúmes dele. Eu sei que posso confiar. (Eu sorri. Castiel apareceu lá na sala até que estava bem vestido)

— O senhor deve ser Boris Jackson. (Disse Castiel com um sorriso admirável)

— É um prazer conhece-lo senhor Castiel. (Ele disse apertando a mão dele)

— Então vamos jantar?! (Eu perguntei simpática)

— É claro querida! (Disse o ser interpretando muito bem)

Nós nos levantamos e fomos pra sala de jantar. O idiota me ajudou a levar as coisas pra mesa. Durante o jantar o senhor Boris fez algumas perguntas sobre nós que inventamos as respostas. Fez perguntas do tipo como foi a lua de mel, e como nos conhecemos. Nós dissemos que foi no casamento de nossos avós dez anos atrás, e que nos demos bem, e nos revemos na leitura do testamento e nos apaixonamos. Mentimos bem! Depois fomos pra sala de estar! E eu levei os Brownies.

— A senhora cozinha muito bem! (Boris disse)

— Eu a ajudei por que se ela fizesse sozinha ficaria horrível! (Manifestou-se meu marido querido)

— Eu confesso que realmente não tenho talento pra cozinha! (Eu dei uma risada)

Pouco depois senhor Boris foi embora. Tudo deu certo ele só quis ver o álbum de casamento, ele falou que era óbvio que nós estávamos realmente casados já que a casa parecia mesmo com a casa de um casal. Isso me custa admitir, mas foi graças aquela foto das cócegas no parque o qual o Pica-pau havia realmente colocado de papel de parede. E também a do selinho que eu revelei e emoldurei colocando no hack da sala.

Castiel se jogou no sofá e eu fui para o meu quarto. Depois da minha rotina pela manha eu fui trabalhar, e almocei com o Nath, sem qualquer demonstração de carinho. Infelizmente! Durante o almoço eu recebi uma mensagem do Pica-pau: “Chegue cedo. Nós vamos sair às cinco”. Com certeza não daria tempo de fazer mais nada na empresa então eu fui direto pra casa. Quando eu cheguei a casa, a Debrah estava lá com o Castiel. Ela estava sentada no sofá e ele deitado no colo dela. Estavam vendo um filme de terror e eu preferi fazer minha mala. Quando eu terminei eu voltei pra sala e o filme tinha acabado e estava passando os créditos, pra minha sorte! Odeio filmes de terror!

— Eu já arrumei minha mala. (Eu disse me sentando no outro sofá da sala)

— Eu vou pra casa da minha amiga... (Disse Debrah enquanto o idiota se levantava do colo dela e se sentava)

— Antes que você fale eu vou dirigir! Minha família, e eu conheço muito bem o estilo deles! (Castiel disse me encarando)

— Que seja... (Eu disse chateada. Eu adoro dirigir) Nós vamos levar o Lobo?!

— Não. Por quê?! (Perguntou Castiel confuso)

— Quem vai cuidar dele?! (Eu perguntei pegando meu filhotinho no colo)

— Vamos ter que matá-lo! (Disse o babaca com um sorriso irônico)

— Só depois de matarmos você! (Atenção! Dessa vez alguém morrerá, e não será o Lobo!)