— Ta aí uma boa pergunta... Eu não sei... (Ele disse pensativo) Eu a conheci quando tinha dezessete. Alguns meses antes do casamento de nossos avós... Ela estava num congresso de bandas e eu também, eu a vi e gostei dela e do som.

— Espera... Você toca? (Eu o interrompi confusa)

— Tocava. Eu e o Lysandre tínhamos uma banda na adolescência. Enfim, depois do show ela ficou em primeiro lugar e eu fiquei em segundo, mas eu era muito bom guitarrista e ela queria que eu fosse para banda dela já que eles gravariam um CD. Mas meu avô tinha outros planos pra mim, meu irmão estava fazendo medicina e eles precisariam de alguém pra assumir os negócios da família. Então o velho me obrigou a desistir do meu sonho. Mas quer saber?! Ele estava certo, aquilo um dia iria acabar e do que eu viveria?! (Esse momento está ficando bem interessante)

— Nunca te imaginei assim?

— Assim como?

— Você cantando! (Eu ri) E desistindo de cantar! (Ele me ignorou e continuou)

— Enfim os pais dela mandaram-na pra uma faculdade de música. Eu fui pra uma faculdade de administração, mas mesmo assim nós nos víamos sempre, ensaiávamos nos finais de semana. E alguns anos depois eu me apaixonei. Eu pegava um monte de garotas, mas nunca tinha me apaixonado de verdade.

— Isso é sério?! Você se apaixonou?! (Eu ri muito irônica, mas em seguida ele me olhou com um olhar assassino) Desculpe... Pode continuar... (Eu disse me redimindo, afinal queria ouvir o resto da história)

— Eu não sabia como pedir uma garota em namoro, já que nunca tinha feito isso, então resolvi pedir ajuda pro Lysandre... Apesar de ele ser um pegador na época, como eu, claro, ele fazia o tipo romântico, e é claro que a ideia dele foi muito gay! Mas eu fiz. E depois nós começamos a namorar e quan...

— Conte-me o que o Lys te fez fazer! (Eu ri imaginando a cena)

— Lys?! Vocês estão íntimos assim?! (Ele falou malicioso)

— Culpa da Tamansin!

— Como assim vocês fizeram suruba e não me chamaram?! (Ele disse sórdido)

— Não tente fugir do assunto! Conte-me vai! (Eu disse realmente curiosa, estava gostando de falar com esse Castiel)

— Apesar de você ter impedido minha “diversão” duas vezes hoje, eu estou de bom humor e vou te contar. Mas se eu souber que você contou pra alguém seu castigo vai ser memorável! (Ele disse malicioso, pressionando os lábios) Eu levei flores até a faculdade dela e tinha um cartão em que o Lysandre escreveu um poema, o qual eu fiz questão de não ler, por que se eu tivesse lido com certeza não teria coragem de entregar. Só sei que no final ela disse sim e me agarrou! E o resto imagino que você já saiba! Mas se quiser eu posso te mostrar! (Ele disse mais uma vez malicioso)

— Nossa! Castiel romântico! Essa eu queria ter visto! (Eu dei uma risada)

— Nós namoramos desde então, e eu estava bem com isso, fui um cara fiel até nosso segundo ano juntos, por mais difícil que seja de acreditar! Então seis anos depois que eu a pedi em namoro ela me pediu em casamento, há quase um ano atrás, e eu fiquei confuso, mas acabei aceitando, logo depois minha empresa teve aquele processo milionário... E quando eu casei com você, eu e ela acabamos nos afastando ainda mais. Eu realmente gosto dela! Mas eu só seilá… Não sei explicar quando tudo mudou…

— UAU! Nunca imaginei que fosse ouvir isso de você! Mas espera... Então quer dizer que você aceitou o pedido de casamento de uma mulher?!

— Eu estava trabalhando até mais tarde e o escritório estava vazio, ela foi à minha sala com uma roupa que NOSSA deixaria qualquer um louco e depois de uma transa muito intensa ela disse que queria ficar comigo, mas não só morar junto, ela disse que queria uma aliança. E por mim estava tudo bem então aceitei.

— E o trabalho que é bom nada! Depois não sabe por que foi processado! Transando em horário de expediente! Vê se pode! (Eu disse rindo) É claro que ela deve estar se sentindo mal, por que imagina, ela deve te amar... pra ter te aturado esse tempo todo ela com certeza sem dúvida é completamente louca por você... Mas imagina, ela iria se casar com você e de repente, mesmo que seja de mentira, ela te vê casando com outra, fazendo parte da família de outra e morando na casa de outra. Não que eu seja uma grande especialista em amor, mas vocês dois precisam de uma reconciliação. Escuta que tal se amanha eu deixar o apartamento pra vocês?! Mas sem aquela vagabunda daquela empregada, aliás, a Marissa será demitida!

— Ah... Então esse é o nome dela... (Ele disse pensativo, dá pra acreditar?!)

— Eu vou pra casa do Nath e você pode seilá, fazer algo romântico.

— Acho que você tá confundindo as coisas! O Lysandre é o romântico, eu sou o pegador! E só por que eu te contei minha história não significa que eu precise de ajuda!

— Não importa o que você diga. Eu não estarei em casa amanha, então, por favor, faça-me o favor de parar de chifrar a Debrah e pensar em algo decente para reconquistar a sua noiva! Tinha que voltar a ser o mesmo pica-pau idiota!

— Ta... Ok... Vou avisar o Lysandre pra pensar em algo... Onde já se viu a esposa se revoltar por que o marido está brigado com a amante! (Ele disse cínico)

Eu o ignorei e depois disso não nos falamos durante todo o almoço. Nós terminamos de almoçar, e cada um pagou o que consumiu. Depois nós começamos a caminhar e no caminho de volta pra casa nós passamos em frente a um pet shop e eu me apaixonei por um filhote de Husky Siberiano. Eu parei e fiquei olhando pra ele! Ele era tão fofo! Me lembrava um pouco o Nath! Extremamente fofo!

— Own!!!! Vamos pra casa! Eu vou te adotar! (Eu disse completamente derretida por aquela carinha linda daquele filhotinho)

— Como assim?! Ninguém vai adotar ninguém! Nós vamos pra casa! (Disse o Castiel segurando meu braço. Acho sinceramente que ele perdeu o juízo!)

— Não ache que só por que você está supostamente casado comigo vai ficar me tratando como esposa! Eu vou levar o Fufi! (Eu disse irritada)

— Esse é o nome que você pretende dar pro cachorro?! Sério?! (Ele disse se estressando) Viu?! Você não pode ter um cachorro se não consegue nem escolher um nome decente! (Ele disse cruzando os braços e olhando pra mim)

— E o que você sugere?! Pica-pau?! (Eu perguntei irônica) Escuta... Não me interessa o que você vai dizer a casa ainda é minha e o cachorro vai ser meu então não se envolve! (Eu disse o afrontando quem ele pensa que é?!)

— Oi... Os senhores precisam de ajuda?! (Perguntou a atendente saindo de dentro do pet shop e nós viramos pra olha-la) Não acredito! Castiel Campbell! Você é um gato! (Ela disse babando pelo ruivo falsificado e eu fiquei extremamente revoltada por ele ficar se achando)

— Como é seu nome? (Disse Castiel colocando o braço envolta da cintura dela)

— Escuta: eu vou querer esse Husky Siberiano... (Eu disse os ignorando)

— É claro senhora... (Ela disse babando pelo idiota e entrando na loja)

Nós entramos, ela o pegou e me deu, eu sei que o nome é meio tosco, mas ele é tão fofo! Depois nós fomos até o balcão onde eu paguei pelo meu lindinho e comprei também coleiras, ração e etc. Ela o vacinou e me perguntou qual seria o nome e antes que eu pudesse responder alguém respondeu por mim.

— Dragon! (Disse Castiel convicto)

— O que?! Você tem o que?!12 anos?! (Eu disse irônica) Vai ser Fufi!

— E você parece ter uns 10! (Ele disse se estressando)

— Ahn... O que os senhores acham de Lobo? (Disse a atendente se metendo)

— Até que não é nada mal, Amy! (Ele disse piscando pra ela que se derreteu toda) Mas ainda prefiro Dragon! E já que ele vai morar na minha casa, eu tenho direito de escolher o nome! (Ele realmente disse vai morar na “minha” casa?! Acho que ele deve ter comido algo estragado no restaurante!)