Ainda estava sendo difícil para acreditar que tudo aquilo estava acontecendo. Primeiro a surpresa de que ela estava grávida (difícil de aceitar até), e agora uma surpresa ainda maior, ela esperava dois filhos dentro dela do homem que ela ama. Seriam uma família perfeita, eles tinham tudo para ser. Mas só faltava duas peças nesse quebra-cabeça: Stella resolver seus negócios em Nova Orleans; E contar de uma vez para o pai de seu bebê... De seus bebês que estava grávida e ele seria o pai. Obviamente, ela não imaginava ninguém para ser o pai das suas crianças senão Mac.

Foi assim que as três saíram do hospital que Stella tomou uma decisão e iria cumpri-la antes de qualquer coisa. Mesmo sem saber do que aconteceria no seu futuro e dos seus Beans, ela começaria a resolver todos os seus negócios em NO, assim como devia fazer. Ela não queria mais viver longe de seus amigos novamente, não queria deixa-los, eles eram sua família... E mais duas pessoas ainda importantes para ela estava em Nova York, lá era o lugar dela. Nova Orleans já fora sua casa, mas isso foi antes, quando ela pensava que não tinha mais nada em Manhattan, agora não, ela cortara todos os laços no lugar que nunca lhe pertenceu para voltar para o único lugar que lhe pertencia de verdade. Demorou um tempo, e muito longo para ela descobrir onde realmente pertencia, e foi junto com sua família, foi junto a Mac e Clarisse, junto as pessoas que ela realmente ama. E mesmo que seria difícil dizer adeus a tudo que construiu em NO, a decisão já estava tomada. Sentiria falta de lá é claro, mas nada se compararia a estar em casa, junto com todos que ela amava, com seus bebês... Estava tão emocionada que com o celular no ouvido esperando alguém de NO anteder ela já derramava lágrimas dos olhos.

­— Stella!-Uma mulher eufórica gritou do outro lado da linha fazendo a grega rir em meio das lágrimas. – Estou tão feliz que você ligou! Eu soube que o seu boy de olhos azuis foi baleado. Como você está, querida? Deve ter passado por uma barra danada aí, ainda bem que você está com sua família! Não estou dizendo que nós também não somos, mas eles vieram primeiro... Você entende, certo?-A mulher não parava de falar um minuto.

Sim, Stella sentiria falta desse entusiasmo todo da mulher que falava e falava no telefone. Toda a equipe de NO se tornou sua família também, ela tivera amigos com quem pôde contar, e por anos manteve todos na linha como uma boa líder que era. Seria difícil deixa-los, assim como foi deixar a equipe de NY.

— Linda, sério, você é a melhor pessoa do mundo para mim, mas as vezes me irrita!-Brincou Stella com um sorriso no rosto. Limpou as lágrimas e se conteve para não chorar ainda mais, olhou para frente onde encontrou Clarisse e Millie em uma loja procurando o que iria colocar no quarto de Mac para fazer uma surpresa, seu sorriso se alargou ainda mais... Foi tirada de seus devaneios com a risada de Linda do outro lado da linha. Por ser a mais nova na equipe, Linda sempre se mostrou alegre, sempre matinha a equipe para cima quando estavam em um caso ruim, ou até mesmo quando estavam entediados sem nenhum caso. – Sim, vocês também são minha família.-Comentou a grega um pouco mais séria agora. Olhava para os seus pés pensando em como iria dizer a sua equipe que não iria mais voltar.

— Hey garota, o que há com você?-Pergunta mulher preocupada com a amiga que estava a quilômetros de distância.

— Sabe, Linda, eu sempre gostei de você, desde do primeiro dia em que comecei a trabalhar aí e você era apenas uma aprendiz.-Riu Stella com suas lembranças. – Você estava com o Ted, e os dois pareciam tão fofos juntos.-Sorriu docemente quando mencionou o nome do rapaz. Ted também fez parte de sua equipe em Nova Orleans, fora o mais novo dos CSI’s (Linda ainda não fazia parte da equipe totalmente), mas o rapaz fora promovido tão novo para chefiar o laboratório de Cairo, Egito, Ted era fluente na língua e por isso foi a melhor aposta de lá. – Sinto falta de vocês, Michael, Theodore, Alfie, todos vocês!-Ela já não pôde conter as lágrimas, deixo-as cair de seus olhos e rolar no seu rosto novamente. – Aposto que você já saiba do que eu quero falar, Linda.-Riu para descontrair, a mulher do outro lado não tinha falado nada por um bom tempo.

— Eu pensei que era mentira...-Falou a mulher finalmente.

Stella pôde perceber a tristeza em sua voz, foi de lhe quebrar o coração.

— Quando eu vi o papel, pensei que fosse o Alfred brincando com a gente, e depois o senhor Weber teve uma reunião com o Theo...-Soluçou antes de terminar. – Oh, Stell, vou sentir tanto a sua falta garota, você não tem ideia.-Falou ela.

Stella sorriu tristemente, ela também sentiria falta de todos ali. – Eu pedi para que Alfie falasse para vocês, estou preparando ele para ficar no meu lugar, lembra?-Riu sem graça. – Theodore falou comigo semana passada, eu já queria isso Linda, eu deixei claro isso para aquele velho rabugento.-Falou sorrindo ao lembrar do senhor que sempre esteve ao seu lado desde que chegou em NO. – Ah, Linda querida, eu tenho uma novidade para contar para vocês, e por favor não vá hackeando minha vida para descobrir o que é!-Brincou ela.

— Eu sei Stell, e respeito sua decisão, você tem que ser feliz garota! E não me deixe esperando por muito tempo, eu quero saber qual é a surpresa!-A mulher parecia mais empolgada agora, estava triste é claro, mas empolgada para saber o que sua amiga tinha para contar.

— Não irei.-Afirmou Stella. – Tenho que ir Linda, tem uma menina muito ansiosa me esperando.-Falou em tom de ironia enquanto observava Clarisse impaciente na loja olhando para ela.

A mulher do outro lado da linha riu alto antes de responder. – Espero que essa menina não seja eu!-Brincou ela. – Beijo Stellinha, te amo mulher. Juro que se eu não gostasse de homem eu casava com você.

Esse comentário fez Stella rir, Linda sempre sendo Linda.

— Se cuida!-Foi o que Stella disse antes de encerrar a chamada.

Assim que encerrou a chamada com a amiga, a grega foi para a loja encontrar-se com Millie e Clarisse para as três escolherem o que iriam comprar para fazer uma surpresa para Mac. Stella estava super ansiosa e nervosa, não porque iria contar para o amor de sua vida que está grávida, mas porque iria contar para o amor de sua vida que estava grávida de gêmeos. Logo dois, eram duas pessoinhas dentro dela... Ela ainda não estava sabendo como lidar com isso... Não estava mesmo.Sorriu quando chegou perto de Clarisse que estava com uma cara de mal-humorada para Stella.

*****

Era a primeira sessão de fisioterapia que Mac estava fazendo, e ele estava realmente feliz que ninguém que conhecia esta lá com ele, só para ver o quão baixo ele chegou. Preferia enfrentar tudo aquilo sozinho, como devia. Pelo menos era assim que pensava. Foi realmente tudo muito chato para ele, não conseguia andar e mal conseguia manter algo na mão, estava sem reflexo e o pior de tudo era não poder se mexer muito para não machucar no local onde estava ferido. Aquela foi a pior sensação de sua vida, enquanto o fisioterapeuta jogava a bola para ele pegar, se sentia terrível por não conseguir pegar o objeto, e quando conseguia não jogava a bola tão alta. Foi o pior momento de sua vida, mas ele estaria lidando com isso como deveria, não iria ficar mais tempo naquele hospital mesmo.

Dois enfermeiros chegaram até o CSI e o ajudou a levantar, o homem conseguiu manter-se equilibrado em pé por alguns segundos, mas com a ajuda dos enfermeiros é claro, então seu corpo cansou e ele estava de volta na cadeira de rodas novamente, tinha uma carranca no rosto enquanto era levado por um dos enfermeiros para fora da sala de fisio. Assim que a porta fora aberta ele se deparou com Stella o esperando com um pequeno sorriso que ele não pôde retribuir.

— Você está bem?-Questiona a morena se aproximando dele.

— Como poderia?-Foi grosso. Como não poderia ser se estava chateado, ele nem podia se mexer por si próprio sem precisar da ajuda de alguém, como se fosse uma criança. – Eu estou preso aqui.-Referiu-se a cadeira de rodas. Suspirou com raiva, não de Stella, mas de si mesmo.

Stella o olhou assustada com a atitude do homem, sabia que não estava sendo fácil de lidar, mas não esperava que ele agisse assim. Talvez fosse os hormônios, ou veio dela mesma, ela só sabia que, precisava de um quarto escuro para se trancar e chorar, estava com medo agora, medo que ele a tratasse de tal maneira quando contasse que estava grávida. Ele estava zangado, era evidente, e talvez não fosse uma boa ideia de lidar com ele agora, logo quando ele estava tão perturbado com si mesmo.

— Eu só quero descansar...-Inclinou a cabeça para trás, Mac parecia exausto, Stella notara, o que a fez questionar se era ou não uma boa hora para contar-lhe a novidade que nem ela mesmo sabia se era boa, se seria para ele.

— Claro...-Respondeu Stella, sem nenhuma expressão no rosto. Engoliu em seco e deixou que o enfermeiro levasse Mac para o quarto... O que não seria uma boa ideia já que Clarisse preparou algumas coisas no quarto para fazer uma surpresa ao pai.

A grega andou atrás de Mac se perguntando se o pararia ou não, mas ela tinha que contar, estava na hora, ela não podia esconder isso dele mais, a surpresa poderia ser exagerada demais para o momento, mas parecia uma boa ideia no  começo.

Ao chegarem no andar de cima, encontraram com Clarisse e Millie em frente a porta do quarto, ambas sorrindo. Mac estava se perguntando o que era tudo aquilo, não esperava vê-las ali, e ele estava se sentindo culpado por ter agido frio com Stella, ela não merecia isso. Olhou para o lado para ver Stella sorrindo fraco para ele e indo até sua filha e sua mãe, estranhou por não ver nenhum enfermeiro saindo ou entrando do quarto, percebeu que elas estavam tramando alguma coisa, só não sabia a que era de tão especial.

— Gente?-Pediu ele. O enfermeiro tinha parado para que ele tivesse uma conversa com a família, mas depois disso, Mac voltaria para o quarto para descansar (e antes ter a surpresa...surpresas).

Elas não disseram nada, Millie foi até o filho assumindo o lugar do enfermeiro que apenas saiu de lá, Clarisse e Stella entraram no quarto esperando Millie com Mac, o que demorou um pouco já que a mulher ficou conversando com o filho.

— Ok, Junior, o que você falou para Stella?-Perguntou a mulher mais velha, parecia que ela já sabia o que tinha acontecido.

Mac abaixou a cabeça envergonhado. – Talvez eu tenha sido um pouco arrogante.-Admitiu o homem encarando sua mãe agora. A mulher mais velha levantou uma sobrancelha encarando o filho como se quisesse repreende-lo (e ela queria).

— É a segunda vez, Taylor, se isso acontecer novamente eu juro por Deus que...-Tomou uma respiração profunda, incapaz de responder ao filho como queria. – Você não pode ser arrogante com as pessoas só porque está em um dia ruim, ela não é a sua mãe aqui, se você tem que gritar, ser arrogante com alguém, que seja comigo, eu não vou te abandonar por mais duro que seja conviver com você. Mas, mesmo sabendo que ela te ama, querido, nem uma mulher aguentaria passar pelo o que ela está passando. Ela tomou o seu lugar cuidando da sua filha, está trabalhando dia e noite para colocar o filho da mãe que te colocou aqui, acho melhor você agradar mais a mulher que você tem, Junior, se não acabará perdendo-a.-Disse Millie, queria ajudar ao filho a concertar as besteiras que ele fez ultimamente, não só por ter agido friamente com Stella agora, mas por antes também.

Novamente Mac abaixou a cabeça, pensando em tudo que a mãe dissera. Ele foi duro com muita gente nos últimos dias, e magoara a mulher que amava, se sentia tão envergonhado agora, mais que antes, e não só porque estava em uma cadeira de rodas... Millie voltou para guiar Mac até o quarto, levando o filho na cadeira de rodas até lá, quando entraram, Mac estranhou toda decoração de lá, um quadro lhe chamou a atenção e ele pedira para a mãe mostra-lhe o que era. Pegando o quadro, leu o que tinha escrito nele e não entendera até tirar o papel e ver uma foto de uma ultrassom. Leu novamente o que estava escrito no quadro sem acreditar. Seu coração tinha acelerado ainda mais, ele não conseguia decifrar o que estava sentindo no momento.

“Olá papai, nós estamos ansiosos para te ver ai fora, mas não se preocupe, estamos bem guardados na barriguinha da nossa mamãe. Esperamos que você nos ame assim como nós te amamos!

Com amor, your Beans”

Ainda sem acreditar no que estava escrito, ele olhou para trás para ver Stella e Clarisse abraçadas cheias de expectativas, não sabia o que falar no momento. A parte que ele seria pai novamente até que ele entendeu, mas... Stella estaria grávida de gêmeos? Ele engoliu em seco, sempre quis ter um filho com essa mulher, mas não esperava ser assim, apesar é claro de estar feliz que fora assim. Respirou fundo e olhou para as mulheres novamente, viu que Stella começara a chorar, e sua menina estava agora abraçada a sua mãe.

— Dois...-Começou a falar, mas nada saia, foi muita emoção para ele no momento. – Nós...-Tentou ele novamente, mas ainda não conseguira falar nada que isso. – Nós fizemos isso?-Perguntou para Stella com um sorriso agora, segurava a foto da ultrassom do... dos bebês na mão, colocou a outro mão na boca quando começou a chorar. Stella sorriu nervosa, não sabia o que falar no momento. – Deus, acho que agora eu tenho que arrumar outro emprego...-Brincou o homem quando percebeu toda a tensão no quarto. A grega riu e foi até ele que segurou suas mãos olhando em seus olhos verdes. – Obrigado, eu... Estou feliz por isso, são os melhores presentes da minha vida. Você, Clarisse, e esses bebês, e claro minha mãe.-Falou ele com lágrimas nos olhos, já derramara demais antes. – Amor, eu te amo, não tenha dúvidas disso.

Stella sorriu.

— Eu também te amo!-Respondeu Stella, sua voz ficando mais grave, ela começara a soluçar, estava aliviada agora. – Nós te amamos!-Falou novamente se corrigindo.

O homem não pôde deixar de sorrir quando ela falou isso. – Se aproxima aqui que eu quero te agradecer.-Pediu ele, Stella riu e fez o que o homem pedira, Clarisse fez uma careta com o pedido do pai, mas mudou sua expressão para uma mais fofa (carinha boba) ao ver os pais se beijando, Millie sorriu bobamente também, a mulher mais velha tinha lágrimas nos olhos. O casal começaram um beijo calmo e demorado, estavam muito emocionados no momento (duplamente emocionados). Após o beijo, os dois se abraçaram por um bom tempo, até Stella não aguentar mais a posição e levantar-se, com isso Mac colocara a mão na barriga ainda pequena da mulher e começou a falar com os seus Beans.

— Hey vocês!-Falou ele. Stella riu. – Eu já amo tanto vocês, e a mamãe também, então, ajuda o papai, ok?! Eu não gosto quando a mamãe fica enjoada...-Fez uma careta acariciando a barriga da mulher. A grega colocara as mãos na cabeça do homem acariciando seus cabelos. – Nós te amamos...-Sussurrou beijando a pequena barriga da mulher e depois olhando para ela. – Espero que Clarisse não fique com ciúmes.-Brincou ele e ouviu sua filha mais velha rir.

— Ela não ficou!-Respondeu a menina em um tom de brincadeira.

— Ela não é como você, amor.-Disse Stella também brincando. As meninas riram. – Vem, você tem que descansar.-Falou ela indo para puxar a cadeira dele e levar até a cama, mas o homem lhe impediu de fazer isso segurando sua mão. Ela o olhou esperando que ele dissesse alguma coisa, mas ele não disse nada.

A porta do quarto foi aberta interrompendo o momento da família. Dois enfermeiros entraram no quarto, eram um homem e uma mulher, eles tinham que colocar Mac de volta na cama para que o homem não se cansasse tanto.

— Gente, sinto muito interromper, mas o senhor Taylor precisa voltar a descansar, e nós precisamos trocar uns tubos, cateteres...-Anunciou a enfermeira mais velha.

Millie sorriu e olhou para o filho. – Nós iremos tentar colocar alguma coisa na boca da sua mulher, pois na da sua filha entra fácil.-Brincou a mulher mais velha olhando para neta que tinha uma expressão envergonhada no rosto. Stella sorriu olhando para elas, se inclinou para frente e deixou um selinho nos lábios secos do seu... homem.

— Depois nos vemos...-Sussurrou a grega pegando o quadro do colo dele para guardar, mas ele a impediu de fazer isso.

— Pode deixar aqui, por favor, me lembra Clarisse...-Riu olhando para a filha. – Eu quero muito ficar com a foto do nosso bebê...-Fechou os olhos e abaixou a cabeça. – Nossos bebês.-Se corrigiu ele. – Mesmo não sabendo quem são...-Fez uma careta engraçada encarando a foto da ultrassom. A grega apenas riu.

— Tudo bem, mas descansa!-Respondeu Stella beijando o topo da cabeça dele e indo para a saída do quarto, só ficou parada na porta para esperar Millie e Clarisse.

— Te amo, papai!-Disse Clarisse se aproximando do pai e beijando sua bochecha.

— Eu também te amo minha princesinha.-Respondeu ele com carinho. A menina sorriu para o pai e foi ao encontro de Stella.

— Voltamos logo!-Avisou Millie aproximando-se do filho e beijando o topo de sua cabeça. – Eu te amo...-Sussurrou segurando seu rosto para que olhasse para ela.

O homem sorriu para a mãe. – Eu também te amo dona Millie...-Respondeu do mesmo tom que a mãe.

A mulher mais velha sorriu para o filho e foi até Clarisse e Stella, as três saíram juntas do quarto, sabiam que Mac não queria elas lá, já era ruim o suficiente para ele e elas respeitavam a decisão do homem. Mac não pôde esconder o sorriso bobo do rosto olhando para o quadro em suas mãos. Tudo estava perfeito, até demais para ele.

— Sinto um ar de felicidade!-Comentou Rose puxando o homem de seus pensamentos.

Mac olhou para gentil enfermeira que preparava a cama para ele e sorriu. – É porque a mulher que eu amo está grávida!-Respondeu feliz, não podia esconder, estava mesmo feliz.

— Parabéns papai!-Exclamou Rose. – Mas olha só o que elas deixaram, esses balões de parabéns papai, até dois sapatinhos de bebê tem aqui!-Riu a mulher observando o quarto. Não estava tão decorado, só tinha alguns balões, as flores que a equipe trouxera, um par de sapatinhos de bebê e um porta-retrato com uma foto dele e de Clarisse e Millie também estava lá, a foto estava ao lado dele na cama e virada para que ele pudesse ver, ele só sentiu falta de uma foto de Stella ali, mas depois pediria isso. – Temos que levar essas flores daqui, senhor Taylor, já contaminaram demais esse ambiente.-Falou a mulher enquanto o enfermeiro ajudava Mac a voltar para cama.

— Ok, Rose, só livra-se desses buquês mesmo.-Respondeu Mac sem senso de humor. Ele odiava aquelas flores, dava um ar fúnebre no quarto, e ele realmente não gostava.

— Tudo bem, senhor Taylor?-Perguntou o enfermeiro antes de colocar Mac para deitar na cama quando percebeu que o mesmo se contorceu de dor.

— Sim...-Respondeu seco. A dor voltara a incomoda-lo novamente. O enfermeiro o deitou na cama com cuidado e depois foi ajudar a enfermeira mais velha com a seringa, era mais alguns medicamentos que Mac iria tomar e mais morfina para o homem descansar.

— Vamos avisar amanhã para o fisioterapeuta pegar leve com você, qualquer esforço é demasiado forte nas suas condições.-Avisou Rose, ainda de costas para ele enquanto fazia o seu trabalho com a seringa. – Vamos começar!-Anunciou virando-se para Mac para começar a “sessão de furadas”, precisava dar os medicamentos para ele e trocar novamente os cateteres.

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Millie Taylor – “Para suportar a tristeza basta um, mas para desfrutar a felicidade são precisos dois.” Elbert Hubbard.