Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 15
O teste, aceitação; A ausência, medo;


Notas iniciais do capítulo

Finalmente!!!!!!!!!!!!!!!!
Advinha quem morreu de saudades? ME! Desculpem pela demora, eu estava sem net e quando voltou fiquei um pouco sem inspiração, e ficar sem os dois não dá né?! Era para estar com três capítulos prontos, mas só estou com um que é esse, mas garanto que vou postar o mais rápido que eu puder.
Obrigadoooo, pelos comentários que eu amo tanto ♥ Se não fosse por vocês eu acho que eu estaria largando a fic, mas então cês destroem o coração da pandinha aqui ai eu tenho que continuar né, mesmo sob ameaças...
Esse capítulo tá pra destruir corações, porquê? Porque é o capítulo 14 ♥ Gente, vocês não sabem como foi chegar até aqui, eu estava prevendo tanta coisa que nem aconteceu ainda, mas então, veio esse capítulo para arrasar e o capítulo 15 ~U.u Tem surpresa pra vocês que eu não vou contar, vocês têm que ler o capítulo! Deixarei lerem a fic, depois vamos ter uma conversinha lá em baixo *cara de séria* Beijocas =^,^=



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Segurando uma das mãos de seu pai adormecido, Clarisse ficou na espera que ele sentisse seu toque e que acordasse. Mas não aconteceu. Ele continuou com os olhos fechados, e permanecia imóvel, para sua decepção. Uma lágrima escapou de seus olhos, Clarisse não aguentava mais ver o seu pai naquele lugar, dormindo sem previsão de quando iria acordar. Era uma sensação péssima a que ela estava sentindo dentro de si, ela tinha medo de que a qualquer momento seu pai a deixasse para sempre e ela nunca mais iria poder ouvir sua voz, sentir o calor de seu abraço, o aperto de mão dizendo-lha que ele estava lá e estava bem, ela tinha medo de perder isso; perder o seu pai.

Ela começou a soluçar, não controlava as lágrimas, e sua garganta doía. Apertou forte a mão de seu pai, esperava que ele respondesse, mas já sabia que isso não iria acontecer. Sentiu uma mão em seu ombro apertando-a, era sua avó tentando conforta-la, mas ela estava perdida de mais em seus pensamentos obscuros para responder a sua avó, ela sabia que a mulher mais velha também estava sofrendo assim como ela e Stella, e todos os amigos mais próximos, e ela não queria parecer egoísta em só se preocupar com sua dor, não que ela estivesse fazendo as pessoas sentirem pena dela e só ajuda-la a amenizar sua dor, ela estava sofrendo, e muito, mas não sabia como se ajudar, então como ajudaria a mais alguém?  

Millie puxou a neta para ela e a envolveu em seus braços, Clarisse chorou ainda mais. A menina não sabia o porquê estava chorando, ela não queria chorar mais, mas parecia que tinha alguma coisa gritando em seu peito que doía muito, sua cabeça doía, e ela só queria gritar, ao invés disso ela só chorava, e ela não queria mais chorar. Clarisse estava cansada de tanto chorar.

*****

Stella jogou uma sacola em cima da cama de casal dos seus amigos. Respirando fundo enquanto segurava firmemente uma caixa nas mãos, ela decidiu que tinha que fazer isso, mas não saia do lugar. E o que ela tinha na verdade era medo, medo de descobrir o que estava na cara para ela, medo de confirmar suas suspeitas, medo da verdade. Lindsay apareceu logo atrás da amiga com um sorriso no rosto. – Stell, você que pediu para fazer isso.-A voz de Lindsay tirou a grega de seus pensamentos. Era verdade, ela pediu para fazer isso, mas ainda estava com medo, ela nunca sentiu tanto medo em sua vida. Tomou uma respiração profunda mais uma vez, e murmurou um “tá”, entrou no banheiro, fechou a porta, e fez o que tinha que fazer.  – Linds, me dá outra por favor!-Pediu Stella para a amiga. Dando uma revirada de olhos exagerada, Lindsay pegou outra caixinha e foi até a porta do banheiro entregar a amiga, ela bateu na porta e quando Stella a abriu ela entregou-a a caixinha. – Você só precisa esperar, Stella.-Disse a loira impaciente, mas não pôde deixar de rir com a amiga. Se ela estivesse no lugar de Stella, ficariam sim, muito nervosa. Que bom que ela estava lá para Stella, a morena não saberia o que fazer se estivesse sozinha.

Quando ouviu a porta do banheiro abrir, Lindsay virou-se para ver a amiga cabisbaixa. – Eu só estou atrasada um mês, isso não quer dizer nada.-Falou Stella como se quisesse provar alguma coisa. Lindsay apenas riu e concordou. Stella se aproximou da cama e pegou outra caixinha da sacola e voltou para o banheiro, ela demorou lá cinco minutos, depois abriu a porta e encarou Lindsay que já estava nervosa de tanta curiosidade.

— Eu acho que essa coisa não está pegando.-Falou Stella com a voz rouca. Lindsay, que estava sentada na cama, levantou-se e foi até a amiga, pegou os três pauzinhos de sua mão e encarou-a. – Eu vou fazer outra vez.-Disse a morena.

— Stella, você quer mesmo fazer isso de novo, mesmo sabendo a resposta?-Perguntou Lindsay, por sorte elas compraram 6 caixinha com os testes, então Stella poderia fazer de novo. Olhando para a amiga, ela se convenceu de que os resultados estavam errados, e estava decidida em fazer de novo. Vendo a determinação nos olhos de Stella, Lindsay pegou o saco em cima de sua cama e entregou logo para Stella, a morena pegou o saco da mão de Lindsay sem olhar nos olhos dela e voltou até o banheiro. – Você tem que aceitar querida, não precisa ficar assim, eu já passei por isso!-Gritou Lindsay para a amiga.

*****

 Desvencilhando dos braços da avó, Clarisse voltou para o seu pai, segurou firmemente sua mão e o observou dormir. Millie suspirou e voltou a se sentar-se no sofá do quarto, ela estava cansada, e preocupada -como sempre-, sua preocupação era mais para Stella, ela estava estranha essa manhã, parecia tensa e nervosa, mais que o normal. Apesar de estar preocupada com Stella, ela estava se segurando para não perguntar o que a grega tinha em mente que a deixou tão nervosa essa manhã, então ela teve de se conter em só perguntar a Stella sobre seu bem-estar, já que ela passou um dia todo doente. Voltou o seu olhar para o seu filho, ele dormia tão serenamente que se fosse em outros tempos ela estaria o admirando-o com um sorriso no rosto assim como fazia quando ele era apenas uma criança, mas agora ela apenas encarava o seu corpo adormecido sem prazo para voltar a vida. Como ela queria estar em seu lugar agora. Preferia mil vezes ter levado um tiro ao invés de seu filho, ela já havia perdido alguém antes, o amor de sua vida, e agora não queria perder o bem mais precioso de sua vida, seu único filho. Não queria ver a neta sem um pai, não queria ver Stella perder o amor de sua vida, não queria ver os amigos de seu filho perdê-lo. Ela não queria perdê-lo.

Os monitores que ligavam uns fios em seu filho começou a apitar, não era como antes, era mais rápido, o que a fez se preocupar. Em um momento de desespero, ela correu para puxar Clarisse para longe do pai, a menina começou a se debater em seus braços, mas ela conseguiu detê-la. Enfermeiros já estavam dentro do quarto checando o que estava havendo, qual era o motivo dos aparelhos apitarem tanto, veio duas enfermeiras até elas e pediram gentilmente para saírem do quarto. Mesmo relutante, Clarisse saiu do quarto e deixou seu pai nas mãos dos especialistas quando Millie a convenceu de que ela não poderia fazer nada lá. E realmente ela não podia.

As duas tiveram que esperar fora do quarto até os enfermeiros saírem.

*****

— Isso está errado!-Choramingou Stella. Ela estava resmungando para Lindsay por um bom tempo, quando deitou na cama do casal Messer ela só sabia choramingar. Lindsay revirou os olhos pelo que parecia ser a milésima vez naquele dia.

— Stella, você fez esse teste seis vezes. Você achou mesmo que um poderia estar diferente?-Zombou a mulher.

Stella fez beicinho e deu de ombros. – Eu não sei se consigo -ela fungou-, fazer isso. Eu tenho certeza que nós usamos proteção.-Garantiu Stella, mais para ela do que para Lindsay.

Lindsay bufou. – Talvez o destino não queria proteção.-Brincou a mulher. Stella a olhou com ironia, e um fantasma de um sorriso iluminou o seu rosto.

— Sério Lindsay?-Riu. – Eu não consigo.-Admitiu Stella jogando o corpo para trás e deitando na cama. – Isso é muito sério, Lindsay, e eu não estou preparada para isso.-Falou em derrota, ela sentiu sua garganta queimar, precisava chorar, mas não conseguia, e não queria desabar na frente de Lindsay.

A loira revirou os olhos, depois a olhou com descrença. Stella não pegou esse olhar. – Eu sei que é sério, Stella, mas você tem que arcar com as consequências.-Disse ela. – Se você não aceitar, o que vai fazer?-Pediu ela, sem querer ouvir uma resposta da amiga. Stella levantou a cabeça para encarar Lindsay. – Stell, você está grávida do filho do homem que você ama. Esse bebê -ela suspirou-, é tudo o que você sempre quis, e vai ser sua maior alegria.-Afirmou ela. Lindsay mais do que ninguém sabia o quanto Stella sonhou em ser mãe, e ela iria fazer de tudo para confortar a amiga e convencê-la a fazer a coisa certa. – Se você quer admitir para si mesma, então faça logo, porquê eu sei muito bem que é isso o que você quer. Clarisse vai amar a ideia de ter um irmãozinho, ela já te ama, Stella.-Garantiu ela, já sabia muito bem o quanto as duas estavam apegadas uma da outra, na última semana ela viu o jeito que Stella cuidava de Clarisse, o jeito como a garota tratava Stella. – Mas agora, eu quero saber tudo sobre esse encontro com o Mac.-Pediu com um sorrisinho inocente. – Vocês finalmente ficaram juntos, eu esperei tanto por isso.-Disse ela.

Stella caiu na gargalhada.

— Eu posso te contar, mas depois, agora eu estou com fome.-Disse Stella. Lindsay riu e puxou a amiga fora da cama, quando estava de pé, as duas seguiram para cozinha.  

*****

Os enfermeiros estavam correndo de um lado para o outro, eram 5 no tonal, eles estavam tentando reanimar Mac. Enquanto isso, Millie e Clarisse estavam no corredor enfrente ao quarto esperando torturadamente pelos enfermeiros para saírem e darem uma boa notícia. Millie abraçou a neta que correspondeu o abraço, ela chorou no braço da avó, estava apavorada com a ideia de perder o seu pai, seria terrível, e o pior que ela odiava pensar que iria perdê-lo.

— Ele vai ficar bem.-Sussurrou Millie contra o cabelo de Clarisse. – Não se preocupe querida, seu pai vai ficar bem.-Millie queria acreditar em suas próprias palavras, ela não sabia o que estava acontecendo com seu filho e isso era torturante, mais ainda ver sua neta apavorada pensando que Mac poderia morrer... Bom, ela sabia que ela estava pensando nisso por quê ela pensava também. Mas seu filho passou por tanta coisa, ele as superou, ele está superando, e ela queria pensar positivo, ele irá acordar, ela sentia que sim, mas as chances delas o perderem eram muitas. Ela só não queria saber das chances de seu filho nunca mais acordar.

Clarisse fungou, tinha seu rosto escondido no pescoço da avó, ela podia sentir os batimentos acelerados de seu coração, ouviu a voz trêmula da avó, ela parecia não ter certeza do que estava falando, e isso estava tirando todas suas esperanças. Se sua avó pensava do mesmo jeito que ela, que seu pai iria morrer, então ela estava perdida, ela nunca poderia pedir-lhe desculpas, ou dizer-lhe que o amava e ouvi-lo responder de volta. Ela queria chamar Stella, mas não conseguia mover um músculo para ir até o seu celular em seu bolso, e seria impossível com a sua avó com seus braços em volta dela, abraçando o seu corpo magro. 

A porta ainda continuava fechada. Elas não viam a hora daquela porta abrir e alguém sair dizendo que tudo estava sobcontrole, e elas entrariam no quarto, jogavam palavras no ouvido de Mac mesmo que soubessem que ele não poderia ouvi-las, mas falar com ele era bom, assim elas se sentiam melhor, sabendo que ainda podiam conversar com ele mesmo sem obter respostas.

— Vó.-Clarisse choramingou em seu pescoço, sua voz saiu abafada e Millie se afastou para encara-la. Tomando um respiração profunda, ela começou. – Nós vamos chamar Stella?-Ela achou importante avisar a Stella sobre a situação, mas Millie descordava.

Stella estava estranha essa manhã, e Millie notou, o que a deixou preocupada, parecia que queria dizer-lhe alguma coisa, mas não disse nada, e ela não queria pressionar a mulher. Não era nada, ela esperava. Não iria falar com Stella agora, a mulher tinha seus próprios problemas para resolver, e, até que nada de ruim acontecesse iria deixar Stella despreocupada. Esperava por Deus, que nada acontecesse. Ela tinha feito suas orações, foi até a minicapela que tinha no hospital e pediu pela a vida do seu filho.

Escovou o cabelo da neta para trás, e a respondeu. – Nós vamos chama-la.-Garantiu ela pousando suas mãos no rosto da neta e segurando suavemente para não machuca-la. – Mas não agora, não vamos preocupa-la agora, ok.-Foi o melhor jeito de convencer a neta a não chamar Stella agora, a grega precisava de um tempo, e ela iria dar isso a ela.

Clarisse não perguntou mais nada também, não queria debater com sua avó o motivo dela de não chamar Stella. Ela não entendia, mas deixou para lá, talvez fosse porque Stella estava doente, ou qualquer coisa.

Sua preocupação voltou a porta á frente, continuava fechada, ninguém saiu para dar noticias, e as duas Taylors estavam aflitas com a falta de atualização. Era aterrorizante. Várias pessoas andando pelos corredores e ninguém para dar-lhes informações sobre o estado de Mac, parecia que estava acontecendo tudo de novo quando elas e seus amigos estavam a espera de noticias dele depois de ser baleado. Fitaram a maçaneta da porta esperando mover-se, nada. E só tinha passado 5 minutos, que mais pareceu uma eternidade.

Finalmente, a porta foi aberta, e em um pulo, as Taylors se aproximaram do enfermeiro que acabara de sair do quarto onde Mac estava.

— Como está meu pai?-Questionou nervosa, tentando ver o que estava acontecendo dentro do quarto como o homem alto em seus trajes de enfermeiro deixou a porta entreaberta, mas Clarisse não conseguiu ver nada.

O homem limpou a garganta antes de começar. – O senhor Taylor teve uma parada cardíaca, e o seu coração parou por 30 segundos, mas conseguimos estabiliza-lo.-As garotas suspiraram de alivio. Pelo menos uma noticia boa, era o que elas precisavam. – Vocês podem entrar assim que a minha equipe sair, não demorará muito.-Garantiu ele e depois saiu de vista, ele não voltou ao quarto, seguiu em outra direção.

Clarisse apertou a avó no abraço, e mulher fez o mesmo. Foram mais três minutos esperando no corredor do hospital para finalmente os enfermeiros saírem do quarto, sem nenhuma hesitação, as duas Taylors entraram no quarto e foram direto para a cama onde Mac estava deitado, seus olhos fechados como sempre, e agora as máquinas apitavam como o normal. Clarisse segurou firmemente a mão do seu pai, estava mais leve que o normal, foi estranho, ela pensou. Foi um aperto de mão suave, mais para que ele soubesse que ela estava lá, com ele, esperando-o acordar, enquanto isso, Millie esfregava a mão de um lado para o outro na perna do filho, fui suave e rápido, depois ela apenas depositou um beijo em sua testa e caminhou até o sofá sentando lá mesmo, ela mantinha seus olhos em sua neta e seu adormecido filho.

Talvez se ele não fosse para aquele maldito mercado, nada disso teria acontecido. Veio esse pensamento na mente de Millie. Mas...Esses pensamentos estavam martelando na cabeça dela. Mesmo assim, se Mac, ou -como Stella lhe disse uma vez-, Clarisse fosse o alvo, isso seria inevitável, e para fazer tal coisa eles teriam que ter seguido Mac e Clarisse até o mercado. Stella tinha lhe avisado dessa possibilidade quando estavam conversando na casa de Lindsay outro dia, ela não queria mesmo pensar sobre isso, mas toda a conversa daquela noite vinha em sua mente, e era difícil olhar para esse lado, o “lado dos detetives”. O mais agradável daquele dia foi a distração, Sid a levou para conversar longe dos detetives, e os dois tiveram uma agradável conversa. Ela lembrou de ter contado-lhe sobre o relacionamento de Mac com Stella, quando a grega pensando ter saído despercebida foi para fora da casa de Lindsay, e depois ele lhe contou sobre a pequena conversa que teve com Stella.

Agora ela só queria ter um momento de descontração junto com os amigos de Mac, que viraram seus amigos também, mas esse momento ela queria ter junto com o filho, e eles iriam sorrir, e se divertir, e finalmente, respirar para ela iria fazer algum sentindo. Mas só com o seu filho ao seu lado, quando ela podia vê-lo sorrir e com os olhos abertos, e a sua neta iria sorrir também, com um brilho nos olhos assim como ela via quando Mac lhe mandava fotos dela.

Ela queria poder lembrar o motivo de respirar.

Millie foi tirada de seus pensamentos pela voz de Clarisse que vinha em sussurros, mas alto o suficiente para ela ouvir o que a menina tinha para falar para o seu pai. – Pai, sou eu, Clarisse.-Disse ela. – Eu queria que você soubesse que estamos bem, a Stell está conosco, ela é super legal, eu já gosto muito dela!-Admitiu com um sorriso. Ela acariciava o cabelo do pai. – Ela é incrível pai, eu quero ela como minha mãe.-Riu. – Estou feliz que você a escolheu, só espero que, assim que você acordar dispense logo aquela loira azeda da Christine.-Fez uma careta ao falar o nome dela. – A vovó estar aqui, ela está indo bem, pai, mas ela sente muita a sua falta. Eu também sinto sua falta. Todos nós. O tio Don veio aqui, sim, hoje mais sedo, ele me trouxe meus chocolates preferidos. Ah, o tio Shell e o vô Sid também vieram, eles foram rápido, parece que apareceu um novo caso e, sabe como é, esse seu pessoal não tem um descanso, o que está levando a tia Jo a loucura.-Riu baixinho. De repente, ela sentiu uma necessidade de contar tudo o que estava acontecendo para o pai, mesmo que ele não pudesse ouvi-la. – Parece que a Stella está ajudando a trabalhar no seu caso, eu não sei,-limpou a garganta-, mas ela está tentando. Cruelmente, ela está tentando fazer isso. Parece que ela se divide em duas.-Riu. – Eu gosto que ela cuide de mim, mas eu não quero ser um peso em suas costas, eu sinto que ela está perdendo a cada dia o brilho que ela tinha nos olhos, aquele que você sempre me disse. Ou ela apenas perdeu as esperanças, e devagarinho ela está caindo em um buraco escuro, porque é isso que eu vejo nos olhos dela. A escuridão. Ela está acabada, mas é linda mesmo assim, até mesmo quando estava doente ontem, ela continuou bonita. Acho que é por isso que você ama ela. A Stella é bonita não só por fora, mas também é por dentro, é por isso que eu acho, e tenho certeza que a vovó também acha, que ela...-Levou uma pausa, rápida, até ela continuar. – Eu não sei pai, você a conhece tão bem, mas eu...Eu apenas a conheço á alguns dias.-Riu já com as lágrimas caindo de seus olhos. – Esses dias estão sendo ruins o suficiente, para todos nós. Eu preciso que você acorde, pai!-Ela implorou. – Por mim, por todos nós!

Millie sentiu uma lágrima cair de seus olhos. Sua neta estava desesperada implorando para o seu pai voltar, e ela não podia fazer nada. Aliás, ela também queria que seu filho acordasse logo, mais um dia sem ouvi-lo seria desesperador, mais do que já é.

*****

— O que eu quero dizer, Lindsay, é que não dar para fazer isso no mesmo hospital.-Falou Stella discutindo com a amiga novamente sobre um assunto que elas começaram a alguns minutos atrás.

Lindsay revirou os olhos e olhou para Stella, de repente explodiu em gargalhadas, Stella não entendeu o porquê. – Ai!-Respirou fundo tentando se recuperar, encontrou os olhos confusos de Stella, e a vontade de rir veio novamente, mas ela deu o seu melhor para segurar dessa vez. – Isso é loucura, né?-Brincou ela, mas rapidamente voltou a ficar séria. – Stella, á poucas horas atrás você estava doente, agora descobriu que está grávida, e só o que você está preocupada é no hospital em que vai se consultar?-Seu tom foi de ironia. – Garota, vai no andar de baixo, fala com o doutor, e espera até ele trazer os resultados para você, depois, você vai até o andar de cima para ver o homem que te faz feliz, e a garota que você tanto ama.-Soou como uma ordem. Stella não pôde se segurar, acabou rindo, Lindsay conseguia ser “sem sentido” as vezes.

— Eu só não entendi o porquê de você ter gargalhado tanto?-Levantou uma das sobrancelhas.

Suspirando com os olhos perdidos no nada, Lindsay arqueou os lábios. – Eu acho que estava me lembrando de uma coisa engraçada.-Respondeu ela depois de muito pensar. Stella riu. – Mas, vamos voltar para você.-Pediu ela. Sabendo que não tinha como protestar já que Lindsay iria começar a falar antes, Stella se encolheu em seu assento na cozinha e levou o sanduiche que estava comendo até a boca, mordeu um pedaço e o colocou de volta no prato, esperou Lindsay falar alguma coisa. Lindsay estava observando Stella, parecia que estava esperando ela dar sua atenção para ela, assim ela continuaria. Foi exatamente o que ela fez. – O que você disse para Clarisse e Millie sobre o seu relacionamento com Mac?-Questionou ela com curiosidade. Dês do momento em que sua amiga lhe contara que achava estar grávida e, contado o que aconteceu á dois meses atrás com Mac, Lindsay ficou curiosa para saber como foi ter contado para as duas Taylors. Stella estava enfraquecida, ela estava muito hormonal, e não era só por causa da gravidez, e sim por tudo que ela estava passando ultimamente. Seu relacionamento com Mac estava indo bem apesar da distância, ela queria que desse certo porque ela o amava, mas com Christine as coisas estavam indo um pouco difícil, mas sem olhar para esse lado, eles estavam indo muito bem.

Limpando a garganta, Stella sorriu sem mostrar os dentes, como se sorrir fosse fazê-la chorar. – Millie já sabia.-Ela surpreendeu Lindsay com essa afirmação. – Clarisse ficou um tanto surpresa, mas aceitou.-Disse ela. E era verdade, foi mais fácil contar para Clarisse que Mac e Stella estavam namorando do que quando a menina descobriu que seu pai pedira a mão de Christine. Stella se contorceu por dentro. Mac tinha pedido a mão de Christine em casamento. Era difícil pensar nisso, o homem que ela sempre amou pediu a mão de uma mulher em casamento que não era ela, isso a deixou incomodada.

Não era essa a resposta que Lindsay estava esperando, mas aceitou mesmo assim. – Eu não estou mais com fome!-Declarou Stella, ela não estava afim de comer, e não era porque ficou desconfortável com a conversa, ela realmente não estava com fome.

Lindsay a olhou com uma cara de reprovação. Ela precisava comer alguma coisa. – Stella...-Repreendeu ela, mas Stella não quis ouvir. – É sério Linds, eu não queria comer antes, eu acho.-Afirmou Stella . Lindsay não quis dizer mais nada, não achou que deveria, e também não tinha nada para falar no momento. – Eu acho que eu vou visitar esse doutor que você falou.-Stella riu, para descontrair, o lugar tinha ficado quieto de mais e isso estava perturbando Stella.

Com esse comentário, Lindsay sorriu. – Claro, mas você vai me contar tudo.-Pediu. Stella confirmou com a cabeça. O celular de Lindsay começou a tocar quando Stella iria responder alguma coisa, Stella olhou no relógio, essa hora, devia ser um caso “chamando” sua amiga, e ela não seria quem iria prendê-la. – Messer! Sim...onde? Ok, eu estou indo. Certo...Sem problema. Ok, tchau!-Ela desligou e olhou para Stella, se sentia culpada por ter que deixar a amiga, mas era o seu trabalho chamando.

— Não tem problema Linds, eu entendo.-Disse Stella, assim deixaria Lindsay mais tranquila.

Elas sorriram uma para outra e se despediram.

******

Millie estava de pé ao lado de Clarisse, elas estavam segurando a mão de Mac, esperando alguma reação já sabendo que não iria acontecer, mas esperavam por isso mesmo assim. Clarisse segurou fortemente a grande mão do pai, ela estava chorando á um bom tempo e não se importou em parar, ela não conseguia.

— Papai, nós precisamos de você.-Disse Clarisse.

Millie passou a mão nas costas de Clarisse, confortando-a. Olhando para as mãos de sua neta entrelaçada com a do seu filho, ela teve a impressão de ver alguns dedos do filho mexer, mas depois, não passou de uma impressão; Mac juntou todas as suas forças e apertou a mão de Clarisse, com isso, a menina se surpreendeu e olhou para a avó com os olhos arregalados, depois voltou o olhar para o pai. Primeiro, ela achou que era loucura de sua cabeça, então olhou para a avó para confirmar suas afirmações, e estava certa, seu pai apertou sua mão, de verdade.

Foi difícil, mas o seu corpo estava começando a responder aos seus comandos, piscou seus olhos algumas vezes muito difícil, suas pálpebras estavam pesadas, e a luz não ajudava em nada. Ele foi se acostumando com a claridade do quarto que ele não sabia que estava, e viu duas pessoas olhando para ele, duas pessoas que ele conhecia bem.

Mac finalmente abriu os olhos...

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Millie Taylor – “A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas, mas escapar das antigas.” —John Maynard Keynes.


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Notas finais do capítulo

TENSO!
Espera? Comassim? Stella grávida? Mac acordou? Explica essa história direito!!
Certo, eu disse que teria surpresas no capítulo 15? Então, adiantei!! Que emoçaum G-zuis, meu am...O amor de Stella acordando ♥ ai eu paro aí pq eu sou ruim... E a Stella Grávidissíma ♥ E o que será que irá acontecer no próximo capítulo? Hahaha, vai ter mais Stella, isso que eu posso dizer. Alguns flashbacks e, tum tum tum... Vocês saberão Quinta-Feira, e dessa vez eu falo sério, pq eu irei mesmo postar Quinta ♥ Awn ♥ Amo vocês, vocês me amam ♥ Barney ♥,♥
Gente, beijocas =^.^= Espero que ninguém tenha me deixado, porque eu volteii ♥ Muitoos corações para vocês, espero que tenham gostado do capítulo ♥ Minha inspiração tava meio "sei lá" para LS (Não Luan Santana), ai eu comecei a escrever histórias aleatórias e, tô escrevendo mais uma Smacked, e pra quem gosta de Criminal Minds, vem uma Jeid ♥ (vai demorar pq eu não vou ficar escrevendo um monte de história, não tenho duplicata amiga) ~And...... FLMB (Fallen in love with my best-friend, bora dx a sigla assim que tudo fica muito grande, e tô com preguiça) Essa fic que acabei de começar terá um novo capítulo amanhã, se...a bendita inspiração voltar.... And..... *voltando a LS* O capítulo 15 será TENSO, mas não mais que o 16, e o 17 eu não o que faço com ele, helpe-me vocês? Para o 17, vou fazer uma coisa especial, vocês me dizem o que querem ver no capítulo e eu posto algo referente, o que vocês acham? Olha, o 17º cap será especial, espero a mente brilhante de vocês para me ajudar! And....More.....Eu juro que estou tentando escrever menos que 4.000 palavras, e eu vou conseguir;
Agora, me despedirei de verdade!! Xauuu amores =^,^= Beijooo no coreh, adoro vocês ♥ aceitando indicação de fanfics, só aguardando aqui ;) Falou? Beijuuu =^,^=



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