Luz e Fogo (Em Revisão) escrita por July Beckett Castle


Capítulo 29
Enfrentando meus demônios


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa! Meu povo lindo S2
Primeiramente Bom Dia! Hihihihi Eu queria pedir desculpas pela minha falta de atualização, me sinto tão péssima, mas houve aquela famosa falta de inspiração aí eu parei aqui nas minhas histórias, e eu entrei apenas hoje no Nyah depois de o que parece ser um "bucado" (com 'u') de dias. Mas eu estou tão de volta que não quero sair mais. Ah infelizmente o danado do meu mouse quebrou (eu sabia que um dia isso iria acontecer [Dudu é muito agressivo, ele acha que é o Batman}), quer dizer, ele ainda funciona, mas está muito mal, e eu não sei quando irei poder ir na loja comprar outro (os que vendem perto da minha casa são aqueles do camelô ^h^).
Ain, Super obrigada pelos comentários S2 Quem diria que iria chegar em 100? E que já estamos chegando a 30 capítulos! Eu pensava que nem iria chegar a 5 capítulos, meu Deus como eu era nada confiante. Mas agora eu sou Confident ^h^. Obrigada mesmo, todas vocês que tiraram um tempinho para ler e comentar essa fanfic, eu amo vocês S2 Até meus leitores fantasminhas S2 Amo todo mundo! Obrigada mesmo! Vou fazer de tudo para não decepcionar vocês e terminar essa fanfic como deve (tiste ter que terminar);
E sobre esse capítulo: Bom, é uma continuação do outro, lembram que a Clarisse a Stella estavam indo para o supermercado? É a primeira vez que a Clarisse vai desde do que aconteceu no 1º capítulo!
Espero que gostem desse! Beijus =^,^= Boa leitura!



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Talvez aquilo tenha realmente a assustado, talvez ela ainda não estava pronta pra isso; Enfrentar seus demônios. Mas quem poderia julga-la, passou tanto tempo tendo pesadelos com as mesmas coisas, repetidamente, tudo em sua cabeça, foi algo que ela não conseguira esquecer mesmo que tenha tentado duramente para isso. A vontade de chorar estava lhe esmagando, sua garganta estava doendo como se algo estivesse travando lá, as palavras não saiam da sua boca e ela era quase incapaz de se mover-se, seu corpo parecia que não respondia seus comandos. Ao entrar no supermercado, ela paralisou perto dos caixas, aquele era um mercado diferente, mas parecia ser o mesmo, ela teve uma pequena impressão de alguém estar atrás dela vigiando-a, e olhou para trás assustada soltando um grunhido baixo. Os olhos de sua mão foram sobre ela, percebera a tensão no corpo da filha, pegou seu rosto assustado, sabia que ela não estava preparada e se culpava por ter trazido a menina para vim junto com ela.

Clarisse estava entrando em pânico... Novamente. Estava acontecendo, ela podia sentir o ar esvaziando de seus pulmões, parecia que tudo ali girava em torno dela, não ouvia nada, parecia que as batidas de seu coração ficara mais forte e ela podia ouvir. Fechou os olhos tentando fazer essa sensação ruim passar, mas ainda podia sentir que tudo girava, sua respiração lhe faltava, seu cérebro clamava por oxigênio, e seu corpo estava perdendo equilíbrio.

Virando para trás, Stella tentou chamar Clarisse, mas ela não escutava, parecia que a menina estava a quilômetros longe dela. Preocupada, a grega avançou seus passos até a menina e pôs as mãos em cada braço dela dando uma sacudida suave. Aos poucos a cor do rosto de Clarisse estava voltando ao normal, e ela podia respirar normalmente de novo, seus olhos foram abrindo lentamente como se estivessem tentando se acostumar com a claridade. As poucas pessoas que passavam por elas tinham seus olhos curiosos sobre as duas, mas não paravam seus ritmos só para saber o que estava acontecendo.

— Clarisse...- Sua voz parecia vir longe, ela não era capaz de distinguir o que, ou quem estava a sua frente.

Finalmente o ar voltara para seus pulmões, ela respirava em uma frequência melhor, seu coração já batia normalmente, apenas sua visão ainda estava um pouco ruim, e sua audição.

— Querida, pode me ouvir?- Pediu Stella, mantendo suas mãos segurando os braços da filha e um pouco inclinada para frente para ficar do mesmo tamanho que a menina. – Clarisse?- Sua voz soou como se implorava por alguma coisa, nesse caso era por sua filha. Seu coração parava toda vez que Clarisse entrava em pânico, começou a ficar mais forte depois de um tempo, a menina tinha desmaios e demorava a acordar, as vezes precisavam leva-la para tomar oxigênio no hospital pois ela mal conseguia respirar, e na última semana se tornou mais frequente as “paradas” de Clarisse. Stella não conseguia entender o porquê de sua Ursinha está assim, começou a achar que seus ataques de pânico entrara em estágio mais avançado e agora ela precisava de um acompanhamento médico. – Por favor ursinha, fala comigo.- Pediu novamente. Ou melhor, suplicou quando os olhos da menina estavam totalmente abertos mas ela não falava nada, parecia que ela não estava ali completamente.

— Mãe?- Perguntou confusa. Finalmente Clarisse falara alguma coisa depois de alguns minutos sem que nenhuma palavra saísse de sua boca. Minutos que foram torturantes para Stella, e foi quando ouviu a voz da filha que ela se acalmou e a puxou para um abraço apertado.

— Não faz mais isso comigo.- Pediu Stella beijando o topo da cabeça da filha enquanto a abraçava. – Você me assustou.- Sua voz não foi acusadora ou algo do tipo, foi mais, melancólica, já derramava lagrimas de seus olhos, foi inevitável.

A menina respirou.

— Desculpa...- Sua voz falhou um pouco, mas foi o que conseguiu dizer para a mãe. Nenhum comentário sarcástico vindo dela como sempre. 

 – Não. Não.- Stella sussurrou em seus cabelos castanhos claro. Queria dizer apenas que ela não precisava se desculpar por nada, mas só queria ficar um tempo com sua filha em seus braços a protegendo-a e para garantir que nada iria acontecer a ela.

 Então ela respirou, parecia que não fazia isso por muito tempo, foi como se estivesse esquecido de como fazer. Ainda nos braços da mãe, Clarisse balbuciou algumas coisas que foram incompreensíveis para Stella, e até para ela mesma, a menina falou e falou incompreensivelmente por vários segundos até que parou de falar, e foi depois de alguns segundos com o silêncio da menina que Stella entendeu que poderia ser um “desculpe-me se estou sendo um fardo para você”, mas ela não estava sendo e Stella queria dizer isso só não sabia como. Apertou mais a filha contra o seu corpo, seus braços envolvidos na menina como se não quisesse mais solta-la, uma de suas mãos foram até os cabelos lisos de Clarisse e acariciou suavemente.

— Você não precisa se desculpar por nada.- Garantiu Stella, beijando o topo da cabeça dela após falar isso. – Eu te amo, minha ursinha.- Disse ela verdadeiramente. – Vamos sair daqui, ok?- Chamou com uma voz mais suave e até um pouco rachada.

Clarisse rapidamente saiu dos braços da mãe a afastando-a e balançando a cabeça negativamente.

— Não. Não.- Disse a menina. – Mãe, eu não vou ir embora. Por favor.- Pediu ela, precisava disso, precisava enfrentar seus “demônios” interiores ou então viveria com medo para sempre, e ela não queria ficar com medo, não queria ser essa garota.

Stella a olhou, analisando-a, queria saber mesmo se ela estava pronta, se ela queria isso. Respirou fundo e não disse nada, apenas balançou a cabeça positivamente e abraçou a menina de lado, começaram a andar pelo mercado até encontrarem o que queriam levar.

Mais tarde naquela noite, Clarisse tivera um pesadelo, mas Stella não estava lá para ajudá-la e ela não queria acordar sua avó para não incomodá-la, passou o resto da noite em claro, olhos vidrados em uma foto mais recente dela e de seu pai, foi nas férias de verão na casa deles em Hamptons, estavam apenas os dois, sorrindo para câmera e abraçados de lado, o cenário atrás a fez lembrar daquela viagem.

Já estava entardecendo, o céu estava mais lindo do que nunca com suas nuvens brancas e alaranjadas, estavam todos subindo de volta para a casa quando resolveram parar para admirar o sol se pondo, parecia que estava descendo no oceano, e Adam não deixou de tirar foto assim como chamou Clarisse e Mac para tirarem uma foto juntos, eles não recusaram é claro. Christine ficou uma fera por não ter sido chamada para a foto, mas ninguém se importou.

Depois que a foto fora batida, Mac olhara para Clarisse com um sorriso brilhante no rosto, a menina compartilhava o mesmo sorriso, eles estavam felizes por estarem na companhia um do outro, era um dos poucos momentos que tinham esses momentos só deles.

“Eu te amo!” Disse Mac para a menina.

Ela abre o mais amplo sorriso enquanto o encara.

“Eu também te amo papai!” Respondeu ela com sinceridade.

Os dois sorriram um para outro mais uma vez e continuaram sua caminhada junto com os outros que já iam divertidamente para a casa. Lucy estava no colo de Sid e Jo estava ao lado dele, Adam ia logo atrás deles com sua câmera fotográfica, olhava mais para a câmera em suas mãos do que para o caminho – o que resultou uma “quase” queda e todos riram dele –. Danny e Lindsay estavam abraçados de lado cada um com um sorriso no rosto, observando os amigos à frente, Christine estava atrás do casal – furiosa que só ela – e Clarisse junto à Mac vinham logo atrás.

“Prontos para o rango?” O mais velho perguntou entrando na casa, antes limpado o pé sujo com a areia da praia.

Com esse comentário de Sid, Lucy caiu na gargalhada. A menina achava a palavra “rango” engraçada.

Saindo de seu devaneio, Clarisse voltou os olhos para o porta-retrato agora em suas mãos, deixou uma lágrima escapar e pensou sobre o seu pai, a recuperação dele estava ainda mais demorada do que quando ele ficou em coma, ela sentia falta dele. Limpou a única lágrima que caiu de seus olhos, repetia em sua mente que tudo seria diferente agora, nada seria mais como antes, ela tinha certeza, iria ser tudo diferente.

— Tudo vai ser diferente agora.- Repetiu em voz alta. – Eu vou fazer o papai sorrir, junto com a Stella.- Olhava agora para a janela, a cortina estava um pouco aberta e dava para ver a neve caindo do céu. – Eu prometo, mamãe. Não irei te decepcionar.- E então fechou os olhos e descansou a cabeça no travesseiro, mas não dormiu ainda.

*****

Era a primeira noite que Stella estava junto a Mac no hospital, ela nunca tinha dormido com ele até agora. E mal ela conseguia dormir, o chato barulho das máquinas que ligavam ao corpo de Mac estava incomodando-a, e o sofá era o pior lugar do mundo para se dormir, ela não sabia como era que Millie aguentava. Respirou fundo e olhou para Mac, ela não sabia como era que ele dormia tão tranquilamente, já tinha um tempo que ela não o via dormir e depois de tudo que aconteceu ela não esperava que ele estivesse dormindo tão serenamente como está.

Na verdade, ela estava acostumada a estar acordada a essa hora, era como se tivesse um relógio dentro dela, porque essa era a hora em que ela era acordada pelos gritos de Clarisse no quarto. Ela nem estava incomodada em despertar no meio da madrugada, nunca esteve, aliás seu sono era leve como uma folha – em compensação à tarde ela dormia feio pedra –, parecia que já estava preparada para Clarisse.

E como mal dormira no hospital com Mac, ela estava sempre levantando e verificando se ele estava respirando. Fora que a cada minuto ela estava indo no banheiro, não porque queria, mas porque parecia que seus beans já estavam grandinhos e apertando sua bexiga, foi a única explicação que ela encontrou para isso.

Uma enfermeira abriu a porta fazendo-a levantar-se rapidamente do sofá ficando de pé, esse ato lhe causou um pequeno desconforto no pé da barriga. A mulher que entrara no quarto se assustou ao ver a cara de Stella diante dela, mas depois suavizou o rosto ao perceber que tinha lhe assustado.

— Desculpe-me senhora, eu não queria assusta-la.- Falou a mulher que tinha uma aparência mais velha.

— Tudo bem.- Respondeu Stella com a voz rouca. – Desculpe-me Rose, eu estou um pouco paranoica.- Admitiu ela com um sorriso nervoso no rosto e pondo a mão sob a barriga esfregando-a.

A mulher mais velha balançou a cabeça em concordância e fechou a porta atrás de si adentrando no quarto com sua bandeja. Se aproximou de Mac que estava abrindo os olhos aos poucos, era a dor o incomodando.
Assim que a mulher aproximou-se de Mac, ejetou uma injeção e ele voltara a dormir mais uma vez, sem dizer nada. Quando terminou seu trabalho, virou-se para Stella que agora estava sentando e com a mão sob a barriga.

— Terminei.- Anunciou a enfermeira. – Você está bem, Stella?- Questionou ela com uma pontada de preocupação.

Stella sorriu fraco. – Sim, estou.- Afirmou a grega. – Só preocupada com Clarisse e ele.- Olhou para Mac dormindo. Seus olhos brilhavam e ela não podia deixar de sorrir.

Rose sorriu observando Stella. – Você realmente o ama.- Disse a mulher fazendo Stella olhar para ela. – E ele com certeza te ama também.- Completou sorrindo. Stella sorrir para a mulher e volta seu olhar para Mac. – Boa noite!- Disse isso já saindo do quarto sem dar chance para Stella responder.

Com um leve suspiro, Stella estava de pé novamente, se aproximou de Mac e pegou sua mão. – Mac?- Ela o chamou. Não sabia o porquê, mas precisava falar com ele.

Aos poucos o homem fora abrindo os olhos e acordando. Olhou para Stella e estreitou o olhar. – Aconteceu alguma coisa?- Perguntou preocupado. Ela bufou sentando na cadeira ao lado da cama sem soltar a mão dele.

— Nah!- Respondeu ela colocando a língua para fora e fazendo uma careta. – Eu estava pensando na minha ursinha.- Confessou ela. – E nos Beans.- Completou ela.

Mac a olhou como se estivesse ficando louca. – Sério que você me acordou só por isso?- Questiona ele.

— Como será que eles serão?- Perguntou ela ignorando completamente o que Mac dissera. Ela tinha um sorriso bobo no rosto e seus olhos brilhavam. Uma certa curiosidade bateu sobre ela, e de repente estava com vontade de chorar. – E- E...- Gaguejou. – Falta tão pouco para Clarisse ir pata faculdade.- Disse ela quase como um espanto. – Nós não conversamos sobre quase nada ainda.- Mac a observava com atenção um pequeno lampejo de um sorriso apareceu em seu rosto. – E como vamos dar conta de dois bebês?- Questionava-se ela.

Com um sorriso, Mac segurou firme a mão da mulher e resolveu falar algumas coisas já que ela parecia tão insegura.

— Nós vamos conseguir, meu amor.- Garantiu ele. – Temos todo o tempo do mundo para consertar as coisas.- Disse-a. Lágrimas já escorriam dos olhos da grega.

— Mac, eu não quero perde-los.- Disse ela com um certo desespero. – Eu não quero.- Repetiu entre soluços.

Ele a puxou pelo braço fazendo levantar-se e abraça-lo. E então ela chorou abraçada a ele, quando seus soluços sessaram, ele pôs a mão sob a barriga dela e acariciou carinhosamente.

— Eu te amo, tudo bem?!- Disse ele. – E eu já amo nossos beans assim como amo Clarisse. Te prometo que nada vai acontecer com vocês.- Prometeu ele, mesmo que isso não estivesse em seu alcance, ele iria fazer o possível e o impossível para proteger as mulheres de sua vida.

 Ela não falou nada. Estava com medo de tudo dar errado, tinha medo de perder seus bebês e ser o motivo disso, ela queria protege-los mais que tudo, assim como queria fazer com Clarisse também.

— Vamos lá, Stella, você vai ser uma boa mãe.- Disse Mac tentando recuperar a autoestima dela. – Já está sendo.- Com isso ela o olhou, sua sobrancelha levantada como se não tivesse entendido o que ele quis dizer. – Eu vejo você com Clarisse, Stell, você está sendo a mãe que ela não pôde ter.- Afirmou ele, com os olhos marejados, mas não chorou, não queria. – Nós precisamos de você, pelo o amor de Deus, Stella, eu preciso de você.- Falou ele segurando firmemente a mão dela. – Não pense nas coisas ruins que podem acontecer. Agora estamos juntos, e tem Clarisse, e nossos bebês que estão chegando, não é só você. Eu te amo!- Falou isso como se quisesse que ela soubesse.

— Eu sei...- Respondeu ela. – Eu sei, e eu também te amo.- Completou, dando menção de que falaria mais. – Eu queria não ter medo mais.- Admitiu ela.

Ele respirou fundo e segurou firmemente a mão dela.
Ele também queria.

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Stella Bonasera – “Não há garantias. Do ponto de vista do medo, ninguém é forte o suficiente.” Immanuel Kant.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
E o que será que estou planejando fazer para o próximo capítulo? Hahaha, digamos que vai ser surpresa, e digamos que vocês possam ficar um tanto curiosas.
Por hoje foi só isso, um pequeno capítulo (aleluia Julyane), e um pouco da Clarisse com os seus famosos "ataques de pânico". Sobre ela ter de ser levada para um médico para ter um acompanhamento, eu não sei bem se isso é algo que tenha que ser levado para um especialista, mas tipo, um psicólogo seria de muita ajuda certo? Estou verificando isso, mas o caso dela não é o "problema" em tudo.
Terá mais Smacked July? Terá tanto, mais TANTO, que vocês vão se enjoar! Rsrsrs
Alguma pergunta? Se tiverem alguma façam por favor hihihi
Beijocas Amoras (voltei com isso de novo) =^,^= Até semana que vem aqui!!