Endless Love escrita por Camila


Capítulo 1
Precious Love


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente, tudo bem? A ideia para essa história surgiu enquanto eu estava lavando a louça e escutando minha playlist favorita e a mistura de várias letras de músicas resultou nessa one Jily. Eu queria ter postado antes, porém não deu. E gente, eu sei que Rabicho também era um maroto, porém eu não o considero como tal. Espero que entendam.Boa leitura, um beijo e deixem o comentário de vocês!



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James Potter era conhecido em toda Hogwarts por seu carisma e beleza. O moreno de cabelos espetados deixava suspiros por onde passava. Apanhador da Gryffindor, aluno exemplar em diversas matérias e principalmente, um maroto.

Porém Lily Evans costumava odiar a extrema arrogância e petulância de Potter. E tudo corria perfeitamente bem, quando algo estranho, digo, realmente estranho aconteceu.

Há algum tempo, Potter decidiu que iria incomodá-la com milhares de pedidos para sair, e ela simplesmente dizia sempre a mesma palavra monossilábica: Não. E todas suas variações em diversos idiomas diferentes. Not, Nicht, No, Pas, Niet, Nem, Gan, Non.

E com o tempo, se tornou algo divertido e até deixou de incomodá-la. Mas, não era isso que a perturbava. Evans estava um tanto incomodada com algumas coisas que estavam acontecendo há algumas semanas.

Segunda, 16 de setembro de 1977

Primeiro aconteceu algo no mínimo anormal, quando a garota estava jantando no Grande Salão no começo da semana. Discutia com Lene sobre aleatoriedades, até que o trio de marotos sentou-se a sua frente.

Geralmente quando algo assim acontecia, Lily não perderia a oportunidade de alfinetar James de forma alguma (havia também o fato de ter parado de pensar nele como Potter e passar a tratá-lo mentalmente como James). Porém, desta vez, a ruiva apenas quis ficar quieta, enquanto sentia uma enorme vontade de observá-lo. E isso a incomodava, pois já vinha acontecendo há algum tempo.

De repente, em meio a divagações, após Sirius contar uma piada - que ela não ouviu - pegou-se pensando em como o sorriso de James era realmente bonito. E, pela primeira vez, começou a vê-lo (mesmo que inconscientemente) de outra forma.

Sexta, 20 de setembro

Lily estava sentada em uma das poltronas da sala comunal, enquanto observava James de longe. Ele estava conversando normalmente com uma garota do quinto ano, parecia estar gostando da conversa animada que levava com ela. E Lily sentia vontade de levantar dali, ir até a garota loira da qual James conversava e lhe dar uns bons tapas.

Aquilo não poderia estar acontecendo com ela. Não poderia.

Sábado, 11 de outubro

Grifinória jogava contra Sonserina e o time das cobras estava ganhando com pouca diferença. Lily fora arrastada até ali por sua melhor amiga, Lene. Já que a mesma era artilheira do time vermelho e dourado. Não que Lily não gostasse de Quadribol, era até legal assistir. O problema era que ela não queria vê-lo.

Desde que ficou com ciúmes do Potter - sim, ela odiava admitir (mesmo que para si), mas era a mais pura verdade. Ela havia sentido ciúmes de James Potter. CIÚMES DE JAMES POTTER. C-I-U-M-E-S. Tudo o que queria agora era internar-se na ala de irrecuperáveis do hospital St.Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.

Não era possível que isso estivesse acontecendo com ela. Merlin, como isso podê acontecer com ela?

– Marlenne Micknon pega a Goles e em um desvio épico marca mais 10 pontos para Grifinória, que agora empata com a Sonserina... James Potter avistou o pomo e... Ah, não, um balaço está vindo em sua direção - Ernest Gorrfield, um garoto do quarto ano narrava o jogo avidamente - O batedor Sirius Black corre para evitar o impacto que provavelmente será certeiro, mas...

Por um instante o pânico invadiu completamente Lily Evans, de uma forma quase inacreditável. Quando deu por si, já estava ao lado de James no gramado em que o moreno havia caído. Potter estava inconsciente, porém, ironicamente, o pomo estava firme em suas mãos.

– James Potter foi atingido por um balaço, porém conseguiu pegar o pomo - Ernest disse, empolgado - por isso sou fã desse cara. VITÓRIA DA GRIFINÓRIA!

Lily não largou James por um minuto, desde seu trajeto até a enfermaria. Não estava raciocinando muito bem, muito menos ligando para o choque estampado na cara de todos por vê-la tão preocupada com o maroto. Tudo que ela sabia era o que sentia naquele momento. Ela simplesmente não conseguia pensar de forma racional, tudo o que queria era que o maldito do Potter acordasse logo e sorrisse para ela um de seus sorrisos cafajestes.

Foi então, que, em meio às indagações de Lene, que Evans percebeu algo que estava escondido até então.

Segunda, 13 de outubro

Depois de dois torturantes dias, James finalmente acordou sobressaltado. E seu susto foi maior ainda ao ver que Lily cochilava sentada em uma cadeira ao lado de sua cama na enfermaria. Não que fosse ruim, muito pelo contrário, para o moreno era ótimo. Ele gostava realmente da ruiva há anos. Sorriu abobalhado ao perceber que ela estava ali por causa dele.

Lily, sentindo uma movimentação, acordou dando de cara com um sorriso enorme de James. Sentiu-se um pouco envergonhada, afinal, estava ali com ele. O que diria?

A ruiva sabia que não o odiava mais há algum tempo, e que agora, sentia algo por ele. Era estranho, gostar de alguém do qual dedicara boa parte de seu tempo para especificar que jamais ficaria com ele. E agora ela estava ali, sentada ao lado do moreno, que sorria para ela. E isso simplesmente parecia certo.

– Ah, oi James - sorriu, corando um pouco. Pelo amor de Merlin! Desde quando Lily corava? E ainda mais por causa do Potter? O mundo estava perdido mesmo.

– Você me chamou de James - e, embora parecesse impossível, o sorriso de James aumentou ainda mais.

Isso fez com que Lily abaixasse de vez a guarda e apenas sentisse o quando ficara feliz por vê-lo ali, acordado e bem.

Era definitivamente estranho o que estava acontecendo. O coração é mesmo muito traiçoeiro.

– Você está aqui por minha causa? - Potter perguntou, dessa vez assumindo uma expressão mais séria.

Lily conseguiu assemelhar-se com um pimentão vermelho geneticamente cruzado com um tomate. Depois de alguns minutos evitando respondê-lo e formulando mil formas de resposta em sua cabeça, a ruiva apenas assentiu, contrariada. Afinal, ainda existia orgulho dentro dela.

– Nossa... Isso, é... sei lá - James tentava balbuciar algo, parecia surpreso - Quer dizer, não que eu ache ruim, é que... é estranho.

– Eu apenas me preocupei com você - Lily disse ainda vermelha e envergonhada. Merlin, o que estava acontecendo com ela?

James sorriu novamente.

– Obrigada, ruiva - falou, sorrindo.

Os outros dois marotos entraram na enfermaria fazendo um verdadeiro escândalo, logo os três - Lily, Sirius e Remus - foram expulsos por Madame Pomfrey por badernar na enfermaria.

Terça, 16 de outubro

– Eu não sei meninas, venho sentindo isso algum tempo - Lily desabafava com sua amigas, que praticamente a obrigaram a falar o que estava acontecendo. E, realmente, colocar o que estava sentindo para fora fazia bem. Aliviava. - Eu simplesmente não consigo raciocinar quando estou perto dele - falou, suspirando - O que está acontecendo comigo?

Lene sorriu, feliz. Enquanto Dorcas, sua outra grande amiga, dava pulinhos de alegria pelo quarto.

– Você está apaixonada por ele. - Lene afirmou.

– Não, de repente? Isso é impossível. Eu apenas... Gosto dele. Um pouco.

– Lily, não foi de repente como está pensando - Dorcas disse, ainda eufórica - Você não percebeu, mas há semanas já vem mudando seu comportamento.

– É verdade, Lil.

– Eu não estou apaixonada por ele - resmungou - eu só não consigo parar de pensar nele e toda vez que o vejo fico boba, tenho vontade de tê-lo por perto o máximo possível, me sinto feliz vendo-o bem e...

– Lily - Lene a interrompeu, rindo - Você acabou de descrever o que uma pessoa apaixonada sente.

Lily ia revidar o comentário astucioso de sua melhor amiga, quando parou de pensar um pouco e observou verdadeiramente o que sentia. Nunca havia sentido isso por ninguém. Oh, não.

Quarta, 23 de outubro

Evans decidiu que iria tirar esse tempo para observar o seus sentimentos por James. E acabou aproximando-se dele mais do que deveria, o que fez com que a mesma descobrisse que ele não era mais aquele de antes. James Potter havia amadurecido bastante e parecia realmente gostar dela. Isso fez com que dragões voassem em seu estômago, de tanto entusiasmo.

Porém, algo incomodava Lily. O primeiro passeio para Hogsmeade seria logo e até então James não havia nem ao menos citado isso. O que era estranho, pois ele sempre a convidava bem antes do tempo.

Sabe aquele ditado trouxa que diz que damos valor a algo apenas quando perdemos? Pois é, ele era realmente verídico.

– Lene, o que eu faço? E se ele não me chamar?

– Chame ele - sua amiga disse como se fosse óbvio.

Após um dia cheio, a ruiva estava voltando do jantar, quando encontrou James conversando com a mesma loira do outro dia. Eles não estavam fazendo nada realmente preocupante, porém aquilo foi o suficiente para fazer com que Lily finalmente tomasse uma decisão.

Em um rompante de raiva, Lily deixou-se levar. Mesmo sabendo que se arrependeria muito depois.

James ficou estático quando viu que Lily aproximava-se dele com uma cara não muito boa. Olhou para a garota a sua frente, que estava-o ajudando a conseguir diversos lírios (o pai da garota, Elise, tinha uma floricultura). Ele queria fazer uma surpresa para Lily, uma realmente boa dessa vez. Precisava provar para ela que a amava de verdade. E convidá-la para Hogsmeade com suas flores preferidas parecia uma boa idéia.

Porém, seu queixo caiu ao chão com a cena que viu a seguir.

***

Lily caminhava na direção onde James conversava com a loira (que Lily não gostava nem um pouco), mais uma vez sem pensar no que estava fazendo. Quando chegou, parou ao lado deles, observando James encará-la de olhos arregalados.

A ruiva encarou Elise, com uma cara não muito boa e James soube que algo ruim iria acontecer ali.

– Quem você pensa que é? - a ruiva disse, com a voz alterando-se, já subindo algumas oitavas - James Potter não é para o seu bico, o que você sabe sobre ele? Nada! - exasperou-se - Eu sei tudo sobre ele! TUDO!

– O quê? - Elise, perguntou, um pouco assustada, sem entender - Mas...

Foi nesse exato momento que, ao observar a expressão assustada da garota, Lily percebeu o que estava fazendo. Sentiu-se extremamente envergonhada. Queria ser um avestruz para poder cavar um buraco no chão enfiar sua cabeça lá para sempre.

– Oh, desculpe - falou, sem graça - não sei o que deu em mim, ér... Vou indo.

E saiu correndo para os jardins.

James, ainda atordoado, encarou o lugar em que Lily estava, atônito.

– Está esperando o quê? - Elise falou - Vai atrás dela!

Precious Love - James Morrison

James foi atrás de Lily, é claro. Ele não havia entendido o que acabará de acontecer ali, mas agora começava finalmente a entender. E, isso fazia com que o mesmo sorrisse de orelha a orelha. Tinha uma leve ideia de onde Lily poderia estar.

Sabia que ela deveria estar realmente confusa por estar fora do salão comunal quando não deveria. E se eles fossem pegos ali, estariam bem encrencados.

Aparentemente, ambos não estavam nem ai naquele momento.

Encontrou a ruiva nos jardins, deitada embaixo de um árvore qualquer. Por um momento, permitiu observá-la.

– Sei que está ai, James - Lily falou baixo - posso ouvir a sua respiração acelerada.

O moreno sentou-se ao lado da garota, enquanto encarava o céu, especialmente estrelado naquela noite. Estava sentindo-se nervoso em relação a Lily, principalmente por tudo estar tão confuso.

– O que você quer? - Lily indagou.

James suspirou, passando as mãos pelo cabelo. Evans sentiu vontade de fazer o mesmo no cabelo bagunçado do moreno.

– Só queria entender - falou.

– Entender o que? - Lily disse um tanto ríspida.

– Isso - disse, apontando para ele e depois para ela - O que houve Lily? O que aconteceu lá dentro?

– Quem é ela? Sua nova namorada? - disse, áspera.

– O que? Quem?

Lily riu, ironicamente.

– Aquela loira com quem estava conversando tão animadamente.

Potter riu.

– Você está com ciúmes, Lily? - falou, encarando-a. A ruiva virou a cara para o outro lado fechando-a. - Aquela é Elise - disse, sorrindo por Lily ter sentido ciúmes dele - Os pais dela são trouxas e tem uma floricultura.

Evans virou para encará-lo, prestando atenção ao que o mesmo estava dizendo.

– Eu apenas estava tentando conseguir algumas dúzias de lírios - e essa foi a vez de James Potter corar, o que ela achou realmente fofo - Só queria fazer uma surpresa para você, sabe?

– Sério? - Lily perguntou, surpresa e um tanto sem graça pela cena de ciúmes.

– Sim - James respondeu, sorrindo - E, além do mais, Elise gosta de mulheres - falou, levantando uma sobrancelha sugestivamente, fazendo Lily rir. O clima tenso havia amenizado.

Potter a encarou, sua expressão ficando séria aos poucos.

– Agora, pode me contar o que realmente aconteceu lá dentro?

Essa foi a vez de Lily suspirar fortemente.

Encarou as estrelas brilhantes, fechando os olhos por um momento. Depois voltou a encarar James. Naquele momento Lily entendeu o porquê de todas suas atitudes estranhas nas últimas semanas. Entendeu o porquê de achar o sorriso dele tão lindo ou o porquê de sentir tanto medo de perdê-lo quando o mesmo foi atingido por aquele balaço. Até mesmo entendeu o motivo de sentir tantos ciúmes da garota loira.

Ela estava apaixonada por James Potter.

E, naquele momento, não demorou muito para ela ver que a única coisa qual sentia falta nos últimos dias, estava bem ali em sua frente. E tinha nome, sobrenome e um belo sorriso.

Encarou novamente os olhos amendoados de Potter, e em um ato de coragem, o beijou. James claramente retribuiu o beijo, mal podia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Lily estava ali, realmente o beijando.

Pareceria loucura para aquela Lily Evans de algum tempo atrás, porém, para essa nova Lily Evans, era perfeitamente normal beijar James Potter.

Parecia loucura, mais um de seus sonhos.

Mas dessa vez era real.

– Eu te amo, Potter - a ruiva falou para ele, que por um momento sentiu-se paralisado com tal declaração. Não que ele não sentisse o mesmo, na verdade ele a amava mais do que qualquer coisa. Apenas era como se fosse um sonho daqueles inacreditáveis e inexplicáveis.

– Eu sempre te amarei, Evans - disse sorrindo, beijando-a novamente.

Lily Evans havia finalmente parado de pensar e começado a sentir.

E seus olhos

Seus olhos, seus olhos

Eles me dizem o quanto você se importa

Oh sim, você sempre será

Meu amor sem fim.


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Notas finais do capítulo

I love Jilly.



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