O Ato de Cair escrita por Enluarada


Capítulo 1
Caindo...




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Apaixonar-se é cair e esperar que alguém te pegue antes de chegar ao chão.

Amar é cair várias vezes e ser segurada todas elas.

Apaixonar-se é clichê.

Amar é clássico.

James Potter tinha um sorriso tão oblíquo quanto ele.

Lily Evans o olhava com olhos tão brilhantes que as vezes ele sentia-se cegado por tanta luz.

Aos onze, ele perdia toda a concentração na aula fitando fixamente o cabelo vermelho dela.

Aos onze, ela o achava um garoto irritante que mexia com o melhor amigo dela.

Aos doze, ele implicava com ela de todas as formas possíveis. Por que ela é amiga do Snivellus?

Aos doze, ela já entrara na guerra sem sentido do garoto insuportável. Por que ele não nos deixa em paz?

Aos treze, era um gênio do quadribol e as garotas, que se tornavam cada vez mais interessantes, o davam muita atenção. Menos Evans. Não que ele se importasse.

Aos treze, era uma das melhores alunas da classe, ignorava Potter com maestria e até fora convidada à Hogsmeade por uns três garotos. Não que ela tivesse aceitado, garotos não recebiam atenção de Lily Evans.

Aos quatorze, Sirius, Remus e Peter tinham como hobby apostar quantas vezes ele iria bater de cara com as paredes no dia.

Aos quatorze, ela havia tido um surto de crescimento absurdo que fez suas saias ficarem muito curtas e as blusas muito apertadas. Não era incomum ficar corada com os olhares que recebia.

Aos quinze, ele salvou a vida do inimigo e quase perdeu o melhor amigo. Aos quinze, ele resolveu acabar com aquela situação ridícula saindo de vez com Evans, porém o plano dele tinha uma falha. Quem iria adivinhar que o capitão de quadribol mais novo do milênio poderia levar um fora? Afinal, ele tinha tudo o que uma garota poderia querer.

Aos quinze, ela teve uma boa cota de pedidos para sair de James Potter, o ser mais egocêntrico da Inglaterra, ou melhor, do mundo; Aos quinze, ela perdeu o melhor amigo.

Aos dezesseis, ele desistiu, afinal ela era apenas uma garota. Ninguém importante. Ao desistir conseguiu fazer o que tentava a anos: se aproximar de Evans.

Aos dezesseis, ela teve de lidar com não poder mais contar com o melhor amigo. Aos dezesseis, ela conheceu James Potter como poucos teriam a honra de conhecer.

Aos dezessete, ele admitiu-se apaixonado e, como aos onze, se perdia totalmente ao observar a ruiva de olhos verdes.

Aos dezessete, ela já estava apaixonada, mas demorou algumas meses e beijos do namorado perfeito para admitir.

Aos dezoito, eles não eram mais ele e ela, Potter e Evans, James e Lily. Eles eram os Potters, eram guerreiros apaixonados tanto um pelo outro quanto pela paz que ansiavam para o mundo. Aos dezoito desafiaram ele e saíram vivos pela primeira vez.

Aos dezenove, voltar para casa vivos era algo que deveria ser comemorado com uma garrafa de firewhisky. Voltar ilesos? Impossível. Aos dezenove foram recrutados por Lord Voldemort e a batalha após a recusa foi feroz, Lily quase não sobreviveu dessa vez e James quase morreu por osmose.

Aos vinte, desafiaram Voldemort pela última vez e dessa vez ele teve que recuar. Aos vinte, no fim do sétimo mês, eles tiveram o maior erro e acerto deles e, por ele, fizeram o imperdoável: fugiram e se esconderam.

Aos vinte um, morreram. Dois flashes verdes, dois destinos imutáveis, um amor infinito.

Eles caíram, caíram e caíram...

Nunca se arrependeram.

Pois Lily Evans era o primeiro pensamento ao acordar e o último ao dormir dele.

E James Potter era como o sol depois de um dia nublado para ela.


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Notas finais do capítulo

Isso é tudo, pessoal!