Lei de Murphy. escrita por Mikizin


Capítulo 1
Capítulo Único - Maré de - nem tão - azar.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625010/chapter/1

Aquele dia, definitivamente, podia ter sido colocado na lista de um dos piores dias da vida de May.

Primeiramente ela acordara minutos mais tarde do que o normal, tendo de preparar qualquer coisa para seu café da manhã.

No meio do seu incrível feito ela conseguiu derrubar uma torrada com manteiga e escorregar na mesma, derrubando suco de laranja na sua blusa social branca - e limpa - no qual usava para trabalhar.

No final tivera que colocar um blaser social no calor infernal de 36 graus já que suas outras blusas estavam na lavanderia, sujas.

E acha que acabou ai?

Não se engane, sua maré de azar não deu brechas.

Já meia hora atrasada, ela pega seu belíssimo Honda vermelho e sai, enfrentando um belo - ah, como ela amava a ironia - engarrafamento.

— Maldita lei de Murphy! - praguejou batendo as unhas bem feitas contra o volante do carro.

Pegou seu telefone no intuito de ligar para sua chefe avisando que se atrasaria, porém, assim que discara o número de sua chefe, sentiu o aparelho sendo puxado de sua mão por um ladrão que se aproveitara da janela aberta - já que o calor era imenso e sua gasolina, coincidentemente, estava acabando.

Dessa vez ela não se conteve. Um grito agudo saiu de seus lábios, praguejando o primeiro palavrão que lhe viesse a mente.

Que droga de dia era aquele?!

Respirou fundo e contou até dez. Não eram nem onze horas e seu dia já estava horrível.

"Respira, May. Você consegue. Já é sexta, amanhã terá o dia livre e não precisará por os pés para fora de casa."

Após mais uma hora ouvindo músicas no rádio e enfrentando o calor infernal daquele dia de verão, May finalmente chegara ao seu trabalho em uma das mais populares revistas. Apesar de levar um sermão por não ter avisado sobre seu atraso, May sentiu que seu dia não poderia piorar.

Mas, oh, quem disse que não?

Enquanto arrumava as fotos do seu último ensaio fotográfico com uma atual atriz de cinema - metida e arrogante, vale frisar - Ash, o rapaz que conhecera na faculdade e namorado da sua melhor amiga, acaba derrubando café nas suas - tão preciosas, preciosíssimas - fotos.

Após definir que não estava se dando bem com bebidas naquele dia e armar um verdadeiro escândalo, ela conseguira outra seção de fotos para segunda-feira que vem.

Oh, já está achando que chegamos ao fim, não é? Pelo contrário.

Sua chefe, uma senhora de quase trinta e cinco anos, pede a ela que coloque algumas folhas que estavam em cima de sua mesa no triturador de papéis, e assim, - a atual pessoa mais azarenta do mundo, - May o fez. Ou quase.

Quando pegou as folhas picadas para jogá-las no lixo, notou que não eram simples folhas. Aquelas eram as fotos do último ensaio fotográfico que iria para a revista de amanhã não eram…?

"Droga! Cocô de vaca! Fruta que caiu!"

Ela conteve sua imensa vontade de gritar alguns nomes feios, e respirou fundo. Ela teria que tomar, em urgente, um banho de sal grosso. E ir a igreja pedir ao padre para ver aquela "uruca" forte que jogaram nela.

Felizmente Misty tinha um telefone reserva - sinceramente, ela não sabia de onde Misty tirava dinheiro para ter dois telefones, mas tanto faz - e a emprestou, após conseguir agendar uma seção de fotos com o mesmo - o que ele era mesmo? Um cantor? - rapaz das fotografias que ela - acidentalmente - picou em milhões de minúsculos pedacinhos.

May pegou sua câmera - seu item favorito, sendo ele vermelho e branco - e ligou para Max com o telefone que Misty lhe emprestara, dizendo que não poderia comparecer ao jantar de família naquela sexta - afinal, do jeito que estava ela conseguiria, com apenas um garfo, uma faca e uma taça de vinho, destruir meio restaurante.

Empurrou a porta com as costas e seguiu com as mãos ocupadas - uma com o telefone emprestado e outra com sua amada câmera - até esbarrar com alguém, vendo sua câmera, lentamente, escorregar de sua mão e ir lentamente em direção ao chão.

Mas não foi.

Sorte que o desconhecido pegou a sua - tão amada - câmera com uma das mãos.

— Ugh! Cuidado! - ela irritou-se.

— Calma ai, esquentadinha! Deveria agradecer por eu não ter deixado essa câmera cair, uma polaroid dessa não me parece barata. - ele zombou.

Ela olhou o ser desconhecido com fogo nos olhos. Ele era alguns centímetros mais alto, tinha olhos verdes e cabelos da mesma cor.

Serio, quem tem cabelo verde?!, ela comentou sarcástica em pensamento.

— Ugh! - grunhiu outra vez, irritadiça, pegando a câmera das mãos do desconhecido. — Obrigada e licença, estou atrasada.

Uma mão segurou seu pulso e ela pode jurar que sentira um arrepio correr seu corpo.

— Ora, ora, não me deixou nem apresentar-me. - ela virou o rosto, encarando-o interrogativa. — Drew, Drew Hayden. Prazer.

Ainda confusa com a mudança rápida de atitude, ela se pronunciou:

— May. May Maple.

Certo que seu nome não era apenas May Maple, mas não que ela precisasse contar seu nome inteiro para um cara que ela com certeza nunca mais veria não vida, certo?

Pelo menos era o que ela esperava.

— Então até mais, senhorita Maple. - ele a estendeu uma rosa, galante, com um sorriso de galã de cinema.

Ela engoliu em seco, pegando a flor.

— Até mais, senhor Hayden.

E ela se virou com sua polaroid em mãos seguindo para a sala onde tiraria as fotos para a revista. Seu rosto vermelho estava condenando-a e ela, inutilmente, tentava se convencer que era de raiva.

Ah, como ela odiava - agora, nem tanto - a lei de Murphy.

-.-.-.-.-.-.-.-.-.- Omake -.-.-.-.-.-.-.-.-.-

Senhor Hayden? - a voz soou no telefone do rapaz.

— Ah, olá Dawn. O que foi?

Ah, o senhor está atrasado para a seção de fotos com a senhorita Haruka.

— Ah, sim. Ainda não achei a sala.

Ok, estarei esperando. Senhorita Haruka está a sua espera também.

— Certo, Dawn. Estarei ai em cinco minutos.

Ah, tem coisas que nem uma sexta feira azarenta podia atrapalhar.

Muito menos um encontro planejado pelo destino.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

(N/A: Para quem nãoentendeu o final, Haruka é o nome da May no anime japonês owo)

Olá!! Bem, que tal deixar seu comentário aí em baixo? E bem, para os que leem minhas outras historias saibam que não desisti delas! Eu só preciso de um tempo para me organizar e voltarei a postar normalmente!

Obrigada pela leitura ~