Gestos Simples escrita por wulpyx


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hoye~! Tudo belê? xD É meu segundo projeto com esses dois, e eu queria ter abordado justamente isso. Sabe. Ogiwara é muito ofuscado, e quero trazê-lo mais, e de uma forma calma. Apesar que meu próximo projeto com ambos será mais hard, se é que me entendem... =U= -qqqq Mas é isso. ♥ Alimentando meu amor, e espalhando mais desses dois por aqui, que tá precisando e muito.

Perdão pelos possíveis erros e me avisem se acharem algum. õ/

Kissus da Tia Sociopata e jya nee~! ♥

/revisada



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Uma tarde fria; típica do clima de inverno.

Seria como qualquer outro dia costumeiro para a figura ruiva que transitava de forma lenta pela calçada ao lado de um parque vazio. Tudo se resolvera, não?

A copa inverno teve seu fim. Pensara que a derrota seria um tanto quanto avassaladora. Contudo, esta fora libertadora por outro lado, completamente agradável para seu interior. Porém, ainda tinha algo de errado.

Seus ex-companheiros de time e ainda amigos sabiam quais eram seus motivos para que tudo aquilo se desse início, e já não era mais novidade para ninguém. Sua vida fora exposta, explicada e detalhada para cada um tirar suas conclusões sobre tudo.

Apoiá-lo ou contrariá-lo, odiá-lo ou sentir pena, se era fraco ou forte por tudo. Cada um tinha uma opinião formada ou metade desta sobre sua pessoa e o que lhe ocorreu para chegar àquele ponto. A maioria era negativa, sabia. Mas não se importava muito.

O que poderia dizer? Sentia-se impotente diante de tudo, até mesmo naquele momento que tomara uma decisão um tanto confusa quanto talvez possivelmente sem fundamentos para alguns.

Desculpas eram fáceis de serem proferidas se não tivessem o verdadeiro querer dessas e a culpa sentida, mas não em muitas das vezes aceitas pelo outro lado. Tinha noção disto, todavia, era para isso que estava ali.

Precisava apenas dizer, já que sentia por deveras a culpa do que fez a todos. Eles compreendiam, sabia. Até concordavam, mesmo a não demonstrar. Afinal, ninguém gosta de ver alguém que conhece e ter até certo apreço e afeto estar perdido em si próprio com tudo e todos.

Era seu caso, mas não iria dramatizá-lo demais. Fora fraco, e aceitava essa fraqueza como seu pior ponto da vida toda até o dado momento em questão. Sabia que da compreensão que recebeu daqueles que tinha consciência, acabou por se lembrar de alguém que já estava a muito perdido para si. E ele era dos uns que precisava falar com todas as letras, frente a frente o que o devia.

Suspirou fraco pelo clima, tendo de sua respiração pelos lábios frios uma pequena fumaça branca denunciando a temperatura baixa, logo tendo as palmas com luvas cinza à frente da boca, aquecendo-as do frio que nem seus bolsos do casaco marrom eram capazes de mantê-las quentes.

Deveria ser o pior dia aquele, provavelmente era a temperatura mais baixa da época, e mesmo assim, estava ali à espera da presença que não tinha certeza que iria aparecer de fato. Aliás, já era para este estar ali não?

O ruivo parou o passo, notando o silêncio que era quebrado por poucos seres que tinha coragem de se aventurar ao frio fora de casa por ali, sentindo uma mão pousar em seu ombro esquerdo.

— Akashi? — Uma voz masculina achegou-se em seus ouvidos, reconhecendo o timbre, apesar do mesmo ter mudado com o passar dos anos. Virou-se para encará-lo, notando seus olhos estarem mais convidativos do que esperava. — Sério...? Pensei que Kuroko estava tirando comigo quando disse que você aparecia por aqui e queria me ver.

— Ogiwara-san. — Seijuurou proferiu de forma baixa, notando como o rapaz estava com tremendo frio de forma evidente. Ele parecia simpático ainda, até talvez mais do que se lembrava. — Espero que não tenha sido um incômodo vir aqui por um pedido meu a Kuroko.

— Tudo bem, estava passando para comprar algo pra comer. Teria que sair de qualquer maneira. — Shigehiro sorriu, enfiando as mãos no bolso do casaco a encarar a figura mais baixa que si. — O que queria me dizer? — questionou de forma curiosa. Afinal, era para isso que estava parado ali com ele. Um telefonema fora recusado para isso e não sabia motivos, portanto, a curiosidade em si reinava mais do que nunca.

O menor permaneceu quieto após sua fala durante um bom tempo, encarando os olhos marrons do garoto moreno à sua frente. Não sabia quais palavras usar, no entanto, não precisava pensar muito para isso. Era mais que óbvio.

— Desculpe — verbalizou de forma simples, entretanto, havendo certo tom de mágoa, tanto a seu olhar e expressões, quanto à forma que falou perante o mais velho.

Ogiwara o encarou durante um bom tempo, e ambos ficaram naquela troca de olhar. Parecia um tanto avaliativo com a figura ruiva, contudo, não chegava nem perto disso.

Shigehiro estava notando o quão aquela pessoa era desconhecida para si. Era a primeira vez que o via.

Ficara sabendo através de Tetsuya todos os acontecidos, e mesmo que não soubesse, podia dizer sendo claramente visível. Não era aquela pessoa que fez aqueles absurdos no passado. Desconhecia aquela aura, aquele olhar, seu jeito e modo até mesmo de falar. E isso, desde quando estava a poucos metros dele e colocou a mão em seu ombro, foram os primeiros sinais que não fazia ideia de com quem falava.

A única coisa, o único aspecto que o definia a ser aquele de outrora, era sua aparência imutável. E seus olhos estavam rubros, ambos. Era Akashi ali de verdade agora.

O maior após perceber que ele lhe olhava de forma curiosa e a respirar de forma ruidosa pelo frio ficou sem graça, virando o rosto a se sentir envergonhado.

Bom. Aquela parte de seu passado estava enterrada, mentiria dizendo que não se lembrava, porém, não guardava mágoa dele. Ainda mais após entender seus motivos.

— Entenderei caso seja negativa sua recepção...

— Sabe, Akashi. — Ogiwara o cortou, recebendo um olhar recuado. Sério mesmo que ele estava assim? — Irei fazer uma sopa. Está com fome? — questionou a esboçar um ligeiro sorriso.

Ninguém deveria pedir desculpas por algo que não fez. Seijuurou não precisava disso, muito menos o moreno queria aceitar um perdão desses.

— Sim... — O ruivo acabou por retribuir o sorriso, compreendendo aquilo como bem mais que um convite de prosseguirem. Era uma forma de olhar para frente e seguir isto. Ele estava certo.

Pedir perdão nunca é fácil, ainda mais para aqueles os quais fizemos sofrer de maneira que nem sabemos o quão doloroso foi. Ganhar o perdão é difícil, e às vezes, até mesmo impossível.

Akashi suspirou, formando uma nova fumaça branca pelo frio a sair de seus lábios, acompanhando Ogiwara para o mercado, sentindo um pequeno aperto ao peito.

Não era em dor ou receio, mas sim, em um alívio imenso.

Um alívio interno, que naquele momento, sua pessoa não fora a única a ter.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? xD Kra. Eu tô amando MUITO esses dois juntos, sério. É surto atrás de surto. E, infelizmente, não existe fanart de ambos... ;----; VIDA DE SOFRÊNCIA. ;H; Ain. ookay... Espero que todos tenham gostado, e obrigada à todos por lerem. ♥ Aguardo se possível nos reviews ou algum canto aí. õ/ Kissus da Tia Sociopata e jya nee~! ♥