Sweet Love/Amor Doce escrita por Vits2s2


Capítulo 2
Capítulo 2 - conflitos


Notas iniciais do capítulo

Comentem o que acharem por favor!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624976/chapter/2

– Está surpresa em me ver? - diz Jake sorrindo, vindo em minha direção de braços abertos para um abraço. Eu desvio do abraço dele e fico o observando, paralisada.

– O-o que v-você está faz-fazendo aqui? - pergunto sem fôlego, mal conseguindo falar.

– Soube que você iria se mudar, e eu não podia deixar você ir tão fácil assim. - ele fala, olhando para todos que nos observavam, atentos.

– Você não desistiu ainda? Você é doente! DO-EN-TE! - grito, irritada. Jake era meu ex, ficamos juntos por 3 anos e meio, mas eu terminei pois ele era muito ciumento e louco, literalmente louco. Eu não podia sair, falar com meninos, falar no telefone e mal podia ir à escola. Eu cansei daquilo e dei um basta, e desde então, ele me persegue.

– Doente? Não... Eu sou louco por você! - ele diz e, mais uma vez, tenta me abraçar eu o empurro e observo ele cambaleando pra trás e batendo em Castiel acidentalmente. Castiel o lança um olhar fulminante e Jake sorri envergonhado, e pede desculpas voltando sua atenção para mim.

– Você acabou de me empurrar? - ele diz, rindo. Eu conhecia aquele olhar... Ele ia...

PAH!

Ele me deu um tapa no rosto, eu caio no chão, com meu ouvido zunindo, vejo um monte de gente ir segurar ele, outras observando tudo, todas boquiabertas e vejo Lysandre indo na direção de Jake de punhos cerrados. Shirley me ajuda a levantar, meu rosto ardia muito e sentia meu ouvido latejar, ela me levou para a enfermaria e esperou comigo até a enfermeira vir me ajudar.

– O que aconteceu aqui? Uma briga no primeiro dia de aula? - diz a enfermeira, uma senhora baixinha e simpática. Ela limpa um cortezinho que ficou na minha bochecha e me dá gelo pra botar por uns instantes.

– Quem é ele Pitrey? - pergunta Shirley, eu a olho, com lágrimas escorrendo. Eu estava cansada dele, de evitar ele, de fugir... Alguma coisa deveria ser feita, eu ia ir novamente para a delegacia fazer um boletim de ocorrência, talvez aqui nesta cidadezinha a segurança seja melhor que em Nova Iorque.

– Um ex- namorado. - consigo dizer finalmente. Ela me abraça e tira o gelo da minha mão e analisa o ferimento.

– É um corte bem pequeno, e já não está mais inchado. Você quer ir na diretoria? - ela pergunta, simpática.

– Não, não quero meter diretoria nisso, vamos esquecer isto ok? Tenho pena dele... Ele é doente! - falo com raiva de lembrar que algum dia eu já beijei a boca daquele maníaco. Shirley ri e eu percebo que eu estava fazendo careta, me levanto e puxo ela para voltar para o refeitório.

Chegando lá, todos me olharam e começaram a cochichar com o amigo do lado, vou até a mesa onde eu estava sentada na procura de Lysandre, mas só encontro Castiel e os outros.

– Onde está Lysandre? - pergunto

– Está na direção junto com aquele maluco. - responde uma das poucas meninas na mesa, agradeço ela com um aceno e me volto para Shirley

– Eu tenho que resolver isto sozinha, obrigado pela ajuda. - digo à ela, e em questão de segundos ela está de volta a turma de amigas dela. Saio do refeitório e escuto alguém me chamar, me viro e vejo Castiel correndo até mim.

– O que você quer? - pergunto, eu não queria ele por perto.

– Calma novata. Vou com você até a diretoria. - ele fala olhando para o meu ferimento, eu disfarço um pouco minha vergonha com um sorriso irônico.

– Não precisa pimentinha. - digo, e volto a caminhar, mas percebo que ele me seguia.

– Pimentinha? - ele pergunta

– Sim. Você é bem esquentadinho e mais a cor do seu cabelo... - começo a rir, sinto um pouco de dor no meu maxilar e acabo choramingando, ele me segura pelo pulso, fazendo eu parar de caminhar e vira meu rosto segurando meu queixo. Ele analisa ainda mais o ferimento e me solta.

– Você está com dor? - ele pergunta, eu fico surpresa com o toque dele, então apenas dou de ombros.

– Sei que está, levou um soco e tanto. - ele diz, um soco? Achei que tivesse sido um tapa.

– Eu consigo suportar, agora se me dá licença, preciso ir à diretoria. - volto a caminhar, ele me seguindo. Bato na porta e ouço a diretora gritar entra, abro a porta e vejo Jake e Lysandre sentados em frente à mesa da diretora.

– Posso ajudar querida? - ela fala me olhando

– Ah, sim, eu estou envolvida neste assunto. - aponto para Jake e Lysandre, ela concorda com a cabeça e faz um gesto pra eu sentar também, eu a obedeço.

– E você Castiel? - ela pergunta, nem tinha percebido que Castiel ainda estava aqui. Ele aponta para Lysandre.

– Eu o ajudei. - diz

– Sente-se também. O primeiro dia de aula e vocês já estão me causando problemas. Tem mais alguém envolvido? - ela bufa

– Não senhora, e eu gostaria de acrescentar que está tudo bem, não precis.... - não termino a frase pois ela levanta a mão em um gesto para eu ficar quieta.

– Eu estava ouvindo estes dois, gostaria de continuar ouvindo. - ela senta novamente em sua cadeira e fala pra eles prosseguirem.

– Então, eu bati nele, pois, como pode ver, ele agrediu... Aquela moça ali - Lysandre aponta pra mim. Reviro os olhos e a diretora fica boquiaberta se levantando.

– Você bateu em uma garota? Quantos anos você tem? - pergunta ela com raiva.

– 19 senhora - responde Jake de cabeça baixa, a diretora manda eu me aproximar dela e olha o ferimento.

– Já no primeiro dia de aula! Isso é crime meu querido! E ela é de menor, não é querida? - ela faz uma pausa e eu confirmo. - Viu? Não quero saber os motivos do qual você a agrediu, você está expulso. Castiel, Lysandre e... menina, estão de castigo depois da aula, ficarão para cuidar do jardim, saiam da minha sala. E você... Senhor... Jake, fica aqui enquanto eu chamo a polícia. - Castiel, Lysandre e eu saímos da sala dela sem discutir, ficamos um pouco na secretaria esperando nossos crachás para ficarmos após a aula cuidando do jardim.

– Lysandre? - chamo

– Sim?

– Você bateu nele? - pergunto

– Sim, eu e o Castiel aqui. - ele põe o braço envolta do pescoço de Castiel e dá tapinhas em seu ombro, sorrindo.

– Por quê? Não era problema de vocês... - fico cabisbaixa e fico cheia de lágimas nos olhos, mas me contenho e não deixo elas escorrerem.

– Não é nada de especial novata. Vocês, meninas são insuportáveis, mas não é motivo para agredi-las. Apesar de às vezes dar vontade. - Castiel diz, rindo. Eu sorrio para ele e a dor na minha bochecha faz eu ficar séria novamente, ponho a mão no machucado e retorno a sala de aula, junto com Castiel.

– Você deveria colocar gelo. - ele diz

– Já coloquei

– Ponha mais, inteligente. - ele revira os olhos

– Você é sempre assim, tão... simpático? - falo em um tom irônico, ele ri e caminha na minha frente. Sento-me na minha mesa e deixo a aula seguir normalmente.

Quando todos foram pra casa, eu, Castiel e Lysandre nos dirigimos até o jardim, tive que acompanhar Castiel pois eu não sabia onde era. Lá, os dois deitaram na grama e ficaram olhando o céu, eu não sabia o que fazer, então fiquei regando as plantas. Depois de um tempo, Lysandre pede pra eu me juntar à eles, estava de noite e o céu estava super estrelado. Me deito no meio deles e começo a olhar cada estrela, tentando achar formas.

– É lindo. - deixo escapar

– É mesmo. - concorda Lysandre. Ficamos deitados em silêncio até passar as duas longas horas de castigo, e então, fui pra casa.

No dia seguinte...

Chego na escola e Nathaniel vem logo falar comigo.

– Pitrey, preciso de uma foto para finalizar seu formulário. - ele parecia um pouco atrapalhado, com o cabelo desgrenhado e com a gravata desajeitada, sorrio quando vejo ele naquele estado, ele estava realmente engraçado.

– Eu consigo a foto, tenho fotos na minha mochila. - ele suspira aliviado e ajeita a pilha de folha que estava carregando.

– Me acompanhe até o Grêmio para terminarmos o formulário então. - ele fala e começa a andar, algumas folhas caem e ele bufa, antes que ele possa fazer alguma coisa, eu as pego do chão e ando na frente dele as carregando. Abro a porta do Grêmio e deixo ele passar, ele coloca as folhas na mesa e suspira.

– Okay, vamos ver qual é a sua. - eu me aproximo dele e ajeito sua gravata, ele fica vermelho e sem jeito, eu sorrio para o deixar tranquilo, mas o deixo ainda mais nervoso.

– Tudo bem se eu arrumar o seu cabelo? - falo rindo. Ele faz uma cara de confuso e fala que sim, arrumo o cabelo dele com as mãos e desta vez, eu fico um pouco envergonhada quando me afasto, ele percebe e começa a olhar a pilha de folhas.

– Você parece muito atarefado. - comento

– Sou, muito. Mas eu gosto disso. - ele sorri e volta a procurar.

– Ah e... Sei que você tem andado coma turma do Castiel... Então, hum, posso te pedir um favor? - ele fala distraído com as folhas.

– Claro

– Ele andou faltando aulas no ano passado e eu esqueci de dar isto pra ele, preciso que ele assine isto aqui. Você poderia fazer ele assinar e então me devolver? - ele me entrega uma das folhas e fica me olhando, eu a pego e faço que sim com a cabeça. Abro minha mochila e pego a foto.

– Vou deixar a foto aqui na mesa ok? Vou falar com Castiel, mas, não deveria ser os pais dele que assinam?

– Ele é emancipado.

– Ah, ok, vou falar com ele. - digo e saio da sala. Tento encontrar ele em tudo que é canto, mas encontro-o depois de minutos, na quadra.

– CASTIEL! -grito, ele para de correr e vem até mim.

– O que foi? Espero que alguém esteja morrendo pra você vir me interromper.

– Nossa! Sempre com um belo humor pra falar comigo. Olha, eu vi que você andou faltando aulas... ano passado. Preciso que você assine isto.

– Ha ha ha ha ha, pode falar pro Nathaniel que não vou assinar isto! Ninguém vai me dizer o que fazer, novata. - e simplesmente volta a correr. Volto à Nathaniel e ele pede que eu insista e tente mais uma vez, e lá vou eu de novo...

– O que foi agora? - pergunta Castiel

– O atestado de faltas... - começo, e ele bufa - por favor Castiel, o outro lá não vai parar de pegar no meu pé. - imploro e vejo um sorrisinho no canto de sua boca. O maldito estava se divertindo com aquilo!

– Não vou assinar NADA! Ele que seja homem e venha falar comigo. Covarde. - ele gritava desta vez, mas com certa diversão e raiva ao mesmo tempo. Volto até Nathaniel.

– Ei, ele mandou você virar homem e ir falar com ele! Mas que saco vocês dois! - saio da sala dele e vou novamente até Castiel.

– Olha, ele não vai parar de me incomodar, então, faz isso por mim. - imploro mais uma vez, mas ele começa a gargalhar.

– Por você... HAHAHAHAHA acho que não, novata.

– Puta que pariu Castiel ! Assina essa merda e depois se entende com ele! - grito

– Ele quer que eu assine para que eu seja expulso do colégio! Não vou assinar. - ele fala, desta vez, sério. O quê? Uau, não esperava isso de Nathaniel, por mais que esse pimentinha seja chato e inconveniente... Não se faz isso.

– Uau, então não assine, não quero que você seja expulso. - dou de conta do que eu acabei de falar e tento concertar, e sinto meu rosto ficar vermelho. - quer dizer, hum, não se faz isso... Não que eu me importe... é... é melhor eu ir indo. - saio dali antes que ele faça alguma piadinha e entrego a folha à Nathaniel.

– Vire-se sozinho. - vou para a aula e tudo segue normalmente.

Final da aula e eu estava colocando meus materiais no armário quando ouço a voz de Nathaniel.

– Seu merda...

E logo em seguida a de Castiel

– Vou te ensinar uma lição, não gosto que me tirem do sério! - eles estavam no final do corredor, vou até eles e empurro Castiel pra longe de Nathaniel, e o casaco de Nathaniel acaba sendo rasgado de tanta força que Castiel estava segurando-o.

– Saia daqui Pitrey! Não é da sua conta! - grita Castiel

– Você pode ser expulso! Pare! - grito e agarro o braço dele, impedindo que ele soque Nathaniel. Ele me olha e tenta me afastar, mas eu só o agarro com mais força, chega um momento que estou abraçada nele, o segurando pela cintura. Nathaniel finalmente vai embora e eu fico abraçada em Castiel, esperando ele se acalmar. Até que, depois de uns minutinhos, sinto as mãos dele na minha cintura, olho pra cima (ele era mais alto) e vejo seus olhos castanhos me fitando.

– Ah, desculpe. - solto ele e me afasto um pouco, ele ri da situação e e pega minha mochila que estava jogada no chão.

– Quer que eu te leve até em casa? - pergunta, fico um tanto quanto surpresa com a proposta, mas aceito mesmo assim.

– Mas antes, venha, quero te mostrar um lugar. - ele me conduz até o telhado e me surpreende com uma bela vista da cidade, fico admirando a paisagem maravilhosa por uns instantes até ser interrompida.

– Gostou? - ele pergunta.

– É lindo. - sorrio - você vem sempre aqui? - pergunto

– Não, eu venho às vezes só. Usando isto aqui. - ele me mostra uma chave e sorri.

– Você ROUBOU A CHAVE? - fico exasperada, e ele ri com minha reação.

– Peguei emprestado. Vou devolver amanhã. Ninguém vem aqui mesmo. Vamos para casa. - ele me acompanha até minha casa, se despede, me entrega minha bolsa, e sai andando pela rua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que climão! E aí? Lysandre, Castiel ou Nathaniel?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Love/Amor Doce" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.