Ele continuou me prensando contra a parede e se aproximou mais ainda. Seu rosto devia estar 2 milímetros do meu e eu podia sentir o ar quente saindo de sua boca, tinha cheiro de... hortelã ! Eu gosto.
Ele agarrou a minha cintura e começou a beijar todo o meu rosto até chegar no cantinho da minha boca. Nessa hora eu já estava quase implorando por um beijo... Foi então que ele selou nossos lábios. Ele pediu passagem e eu cedi, logo nossas línguas estavam dançando e batalhando.
Eu estava fazendo um esforço enorme para beijá-lo e eu acho que ele percebeu isso, porque segurou minhas pernas e as envolveu em sua cintura, me segurando no colo. Eu o encarei e Cassy me encarou devolta, com um sorriso brincalhão.
–E ai, baixinha !
–Ei, baixinha não ! Eu não sou baixa...
–Não, imagina... nem um pouco...*ironia*
–Ai que saco, eu não sou baixa, porr@ ! Tenho 1,60 -falei com uma cara emburrada e ele sorriu
–Se isso te ajuda, eu prefiro mil vezes as baixas.
Não me segurei e o beijei novamente. Como ele consegue ? A gente lá no maior clima e ele implica comigo, DENOVO ! Eu deveria achar isso chato, mas só me deixa mais louca por ele... Argh !!!
Ele foi andando em direção ao sofá e me deitou. Castiel subiu em cima de mim e primeiramente me beijou, mas depois começou a descer para o meu pescoço. Comecei a abafar meus pequenos gemidos.
Ele passava a mão pelo meu corpo e a cada toque dele era como se eu sentisse um pequeno formigamento. Comecei a ficar exitada e sem perceber, já estava tirando sua blusa. Quando ele ia tirar a minha... CLICK !
Olhamos ao mesmo tempo para a porta da sala surpresos e vimos Henry nos encarando e estava mais vermelho que o cabelo de Castiel... Ai que vergonha !
Imediatamente me afastei do ruivo e abaixei minha blusa, enquanto ele procurava a dele, que eu havia jogado para algum canto da sala.
Nem havia percebido mas May estava atrás do meu irmão, com a mão na testa, essa expreção me lembrou o Nathaniel quando ele fica irritado... Ela decidiu tomar a palavra, vendo que Henry estava petrificado.
–Ahnn... Errrr... E-Então, o Henry esqueceu o caminhãozinho de bombeiros dele aqui na sala e ele queria pegar. Eu peguei a chave reserva e guardei no meu bolso, já que eu tinha visto que vocês tinham trancado a porta e não queria atrapalhar, se o Henry pegasse a chave ele abriria a porta e aconteceria exatamente isso que acabou de acontecer... M-Mas a chave caiu do meu bolso e eu nem percebi, mas ele sim -ela apontou para o meu irmão- e enfim, você já deve saber o que aconteceu, né ? M-Me desculpa...
Olhei para o ser ao lado dela e notei que ele ainda estava com um leve rubor no rosto. Ele perguntou:
–Errr... E-Eu p-posso pegar m-meu caminhãozinho ?
–Claro -falei, ainda envergonhada
Ele foi se arrastando até o brinquedo, que até então eu não tinha notado que estava lá, o pegou e saiu correndo para fora da sala.
Logo em seguida May me lançou um sorriso malicioso e fechou a porta. Incrível como ela muda de humor rápido, há pouco tempo ela estava se sentindo culpada e agora já está na função cupido novamente... Ai ai eu amo essa menina !
Castiel me olhou meio embaraçado.
–Relaxa, -falei- a May não vai deixar o Henry falar nada e aquela menina é o cupido em pessoa, você realmente acha que ela deixaria de alguma forma ter alguma chance de o meu pai não gostar mais de você ?
Ele garalhou.
–É, você tá certa ! Sabe, eu gostei dela, e do Henry também, ele é uma comédia !
Dei um selinho nele e o telefone começou a tocar.
–Nossa, as pessoas tiraram o dia pra atrapalhar a gente, né ? -ele falou e eu ri da cara de emburrado dele
Peguei o telefone e atendi. Era da delegacia. Me falaram que a minha mãe já estava aqui em Los Angeles e que estava em um hospital que é bem perto da minha casa e também me informaram que ela ainda está em coma, mas seu estado não piorou. -nesse momento senti um alívio, minha mãe já estava mal, mesmo ela não melhorando é muito bom saber que ela não piorou- Desliguei o telefone.
Olhei para Castiel e falei:
–Ela já está aqui em Los Angeles, no hospital aqui do lado. Mamãe não piorou, mas também não melhorou. Vou fazer uma visita pra ela assim que o meu pai chegar em casa, acho que vai ser bom eu contar isso pra ele pessoalmente, afinal ele ainda gosta muito da minha mãe, não como marido mas como amigo !
–Você quer que eu vá com você no hospital ? -ele oferceu com um sorriso gentil
–Quero... -falei enquanto dava um abraço nele- Muito Obrigada !
–Não precisa agradecer...
Saímos da sala e fomos procurar meus irmãos e nos deparamos com uma cena fofa: May e Henry tentando ensinar Maxi a fazer truques. A forma como meu cachorro se contorcia, torcendo para um desses movimentos ser o que eles estavam o mandando fazer, ou correndo e voltando mega-animado com um graveto na boca para eles jogarem denovo.
Decidimos brincar junto com eles e Castiel e Maxi se deram muito bem.
Eu e Cassy aprontamos o jantar e comemos com meus irmãozinhos, enquanto ouvíamos May tagarelando de como nós combinávamos e tínhamos que começar a namorar ! Foi engrassado, muito engrassado. Uma meia-hora depois, papai e Paloma chegaram e eu expliquei pra ele o que tinha acontecido com a mamãe. Ele chorou, foi uma das poucas vezes em que vi papai chorar... Expliquei para ele que Castiel ia comigo e ele até gostou da ideia, alegando que já estava tarde e uma mocinha como eu não deve andar essa hora sozinha na rua.
Coloquei Henry e May para dormir e chamei Castiel para irmos.
–Vamos, Cassy ?
–Aham !