American Horror Story: Boarding escrita por Charlotte


Capítulo 4
Chá de Bonecas




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1944

Úrsula descia uma escada,em direção ao porão do internato,carregando um corpo,o corpo de Sue Moore. A mulher joga Sue no chão e bate uma mão na outra como se estivesse limpando, em seguida chega Emily,uma menina muito gorda e sardenta,diferente de sua belíssima mãe. Mas havia mais alguém naquele lugar,era uma mulher,ela se mantinha escondida nas sombras,apenas um barulho era possível ouvir,o de uma cobra rastejando.

– Trouxe o peso morto,espero que valha a pena. – Falou Úrsula para a misteriosa mulher.

– Vai valer,eu garanto. – Completou Emily.

– Bom,vejo que você está mesmo disposta a isso. – Falou a mulher,ainda sem se revelar. – Vamos prosseguir como o combinado,Úrsula,não temos muito tempo.

De repente,do escuro,salta um bastão com um chocalho na ponta,que ao ser balançado faz com que Emily revire os olhos e caia morta no chão nos pés de Úrsula que dá um chute e se afasta alguns centímetros.

– Não dá para deixar-la assim? – Perguntou Úrsula.

– Se você quiser que seu espírito vague pelos corredores dessa espelunca te assombrando dia e noite... tudo bem,então. – Respondeu a mulher.

– Ok,vamos voltar ao plano principalmente mesmo assim. Então comece logo seu truque de mágica.

– Oh,minha querida,não é magia,é voodoo!

A mulher finalmente sai das sombras e revela ser Marie Laveu,a rainha do Voodoo. Ela começa a falar algumas palavras em latim e seus olhos começam a brilhar enquanto uma cobra sobre pelo seu pescoço. As luzes começam a picar até quebrarem e deixar o lugar totalmente escuro,a única coisa que deixa as coisas visíveis,era o fogo formando um circulo em torno das garotas mortas.

– Vamos começar! – Falou Marie Laveu,com uma voz mais grave que a normal.

American Horror Story: Boarding

Todos os alunos e funcionários estavam reunidos em frente ao internato,todos usavam preto e óculos escuros. Úrsula comunicava em cima de um palco improvisado a todos sobre a morte de Sue Moore na noite passada,deixando a maioria surpresos com o fato,principalmente Ramona.

– Imagino que seja uma noticia muito triste para todos que estão hoje aqui,reunidos,e conviveram com Sue Moore,uma excepcional aluna que acredito que sentiremos saudades... – Pronunciava Úrsula.

– Ah,por favor,todos nós sabemos que ela era uma... – Dizia Kim antes de ser interrompida.

– Kim! Agora não é hora! – Pedia Ginger.

– Por favor,senhorita Ginger,deixe Kim terminar o que já começou. Afinal,ela era o que? –Insistia Úrsula.

– Uma Vadia,isso que ela era!

Úrsula olhou para os professores que retribuíram o olhar e em seguida ordenou que Kim entrasse,seguida por suas melhores amigas. Já lá dentro,no quarto delas,Ramona cuidava de Trent que ainda repousava,enquanto Ginger e Kim ficavam pela volta.

– Como ele está? – Perguntou Ramona.

– Ele come de três em três horas,vomita de três em três horas,mas para estar melhorando aos poucos. – Respondeu Ginger.

– Estranho... Ele parece limpo,você deu banho nele,por acaso,Ginger? – Perguntou Ramona.

– Eu não. – Respondeu ela pensativa. – Kim! Você se aproveitou do rapaz?

– Você realmente acha que eu seria capaz disso? – Falou ofendida. – Talvez um pouquinho... Mas mudando de assunto,Ramona parece preocupada com algo.

– Está pensando no que aconteceu com a Sue? – Perguntou Ginger.

– Ela disse que eu sou uma assassina,mas algo me diz que não fui eu,não foi igual a primeira vez. Eu não sei em quem acreditar! – Desabafou Ramona. – Eu preciso beber uma água, cuidem dele até eu chegar,e Ginger,fica de olho na Kim!

Ramona sai do quarto e é abordada de surpresa por Edward em um dos corredores do internato. Ele leva a garota até sua sala de aula e em seguida tranca a porta,deixando os dois sozinhos e presos no local.

– Você me assustou,Edward – Disse se afastando de vagar. – Algum problema?

– Oh,nenhum,só o fato de você esquecer de me agradecer. – Falou Edward chegando cada vez mais perto da garota.

– Agradecer? Pelo o que? – Perguntou Ramona preocupada.

– Ora,já esqueceu do favor que eu te fiz revelando o local onde Sue estava internada?

– Você quer um pedido de Obrigado,então?

– Não,eu quero outra coisa,pequena Ramona!

Edward começa a agarrar Ramona,mas a garota consegue se defender dando um forte chute na parte delicada do homem e assim podendo fugir,mas Edward consegue alcançar Ramona antes da garota conseguir descer as escadarias. Ele tenta carregar a menina de volta,mas Martha acerta sua cabeça fazendo ele rolar os longos degraus.Ramona,apavorada, nem percebe a presença de Martha,sua única reação foi sair correndo o mais rápido possível.

– Você aceita um chá,maridinho? – Falou Martha descendo as escadas lentamente em encontro ao corpo de Edward.

Úrsula entrou na sua sala como de costume,mas dessa vez as luzes estavam todas apagadas. Quando ela acende,percebe alguém sentado na sua cadeira virada para a parede,quando vai desvirar descobre que era sua mãe e ela estava morta,com varias marcas de faca pelo rosto e corpo.

– Oh,meu Deus! Não! Quem fez isso?- Se perguntou.

– Fui eu,foi só um pouco do que está por vir nessa nova era do internato. – Falou Tânia.

– Seu monstro,sempre com inveja de mim,como pude dar uma chance para você nesse internato? Sempre soube que você era pior do que dizia que eu era no passado.

– Eu não entendi a diferença,você matou duas pessoas que eu amava,e eu retribui a altura, isso se você realmente amar alguém. Eu tenho minhas duvidas. – Atacou Tânia.

– O que você vai fazer comigo agora? – Perguntou Úrsula Aflita.

– Lembra daquele chá que foi servido para você? Eu decidi colocar,digamos,algo a mais.

– Do que está falando?

Antes que Tânia pudesse responder,Úrsula desmaiou e apagou completamente,em seguida é arrastada pelos funcionários do internato ordenados por Tânia. Ela é levada para a enfermaria e é colocada em uma cama. Quando acorda,ainda um pouco atordoada,só consegue enxergar a silhueta de Tânia e de uma enfermeira borradas.

– Olha quem acordou? – Disse Tânia.

– Onde estou? O que você quer comigo,sua vadia? – Perguntou irritada.

– Você devia me agradecer,estou propondo um Grand Finale para você. – Respondeu Tânia com um sorriso maléfico no rosto.

– Do que está falando?

– Você lembra daquela noite? A noite que você matou o Harry? Eu sempre quis saber como alguém poderia ter coragem de enterrar outra viva como você.

– Está falando que vai me enterrar viva? Está maluca! Eu sou a alma desse internato! – Começou a gritar Úrsula.

Tânia sai da sala e deixa Úrsula sozinha com a enfermeira. Enquanto isso,na casa de bonecas de Martha,a mulher tomava chá com seu marido morto Edward,ela parecia não se importar com o fato de seu companheiro não estar respirando e oferece uma xícara normalmente para ele,mas acaba se decepcionando quando ele não corresponde suas ordens. Então, resolver arrancar a cabeça de Edward fora e a joga para longe,em seguida volta a tomar seu chá tranquilamente.

– É,ele tinha razão,esse chá está horrível mesmo. – Reclamou Martha.


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