American Horror Story: Boarding escrita por Charlotte


Capítulo 1
Westshire




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1944- San Francisco.

– Sinto muito,senhora Davis,aparece que a jovem Emily foi atacada,pelas marcas aparenta ser uma faca bem afiada que causou seu falecimento.

Comunicava um policial agachado,do lado de um corpo de uma mulher de no máximo 17 anos. Na mesma sala havia uma mulher que observava tudo na maior frieza enquanto fumava.

– Você tem ideia de quem possa ter feito isso? - Interrogou o policial.

– Deve ser mais uma daquelas meninas,ela sofria muito bullying aqui,tão linda... mas o que adianta se não tem talento para se tornar alguém importante. Ou você morre,ou você mata. Eu mato. - Falava enquanto acariciava levemente o rosto da adolescente.

– Nós temos que comunicar os parentes,você teve ter algum forma para...

– Se poupe,eu sou a mãe. Sendo assim,pode enterrar no jardim,eu não me importo. Só retire isso daqui,vai começar a feder.

Úrsula saia da sala,com seus saltos fazendo barulho toda vez que pisava no chão daquele corredor,logo coloca seus óculos escuros e dá uma leva balançada no cabelo. Algum tempo depois,Martha entrava em na sala da diretora, onde Úrsula parecia já estar esperando sua presença.

– Que surpresa,irmãzinha,a que devo sua ilustre presença? - Dizia em tom de deboche.

– Você só pode estar ficando maluca.

– Acho que devemos rever o conceito de maluca e realista. Mas eu vou poupar sua língua maldita de soltar mais saliva em mim,Você está falando do acontecido com a Emily, não é?

– Não,eu estou falando da sua filha,aquela morta sem explicação naquela sala. Como você pode não fazer nada? Será que eu me enganei tanto ao ponto de deixar uma pessoa tão sem alma como diretora desse lugar?

– Você sempre quis está onde eu estou,admita,mas se não fosse eu, esse lugar estaria na ruína. - Falou sentando lentamente na sua cadeira e colocando seus pés em cima da mesa,continuava fumando.

– Não mude de conversa,estou falando da monstruosidade que você com vez com sua própria filha.

– Eu sei que você não pode ter um filho,mas eu to avisando, não é por isso que você tem que se meter na sua vida. Continue em seu conto de fadas esperando seu final feliz com um príncipe. Homens não prestam.

Martha sai irritada e bate a porta com toda a força,Úrsula levanta da cadeira e ao perceber que está sozinha,retira seus óculos,quando uma lágrima cai lentamente pelo seu rosto,mas é logo limpada pela mulher.

American Horror Story: Boarding

1948

Ramona era aluna nova do internato,a primeira vista se sentiu um pouco deslocada,havia muita gente e ela já começava a ficar tonta. Procurava seu quarto,quando uma garota aparece e oferece ajuda,sem suspeitar de nada, Ramona aceita. Ela leva a garota para uma sala,a mesma onde alguns anos atrás Emily foi encontrada morta,e a prende no local.

– Ei,o que aconteceu? Acho que to presa aqui! - Gritava Ramona apavorada,tentando abrir de qualquer maneira a porta.

– Bem vinda a Westshire,novata!

– Não,por favor,me tira daqui! Não vai embora,sua vadia! - Começava a chorar e se espremer em um canto da sala.

Ali perto,duas garotas,Ginger e Kim,observam tudo que aconteceu e vão tentar ajudar Ramona. Elas conseguem abrir a porta e a carregam para seu dormitório onde ela poderia tomar um banho para relaxar.

– E ai,qual seu nome? - Perguntava Kim,encostada na porta do banheiro.

– Eu sou Ramona,sou nova aqui. E quem era aquela? - Se referindo a menina que a trancou.

– A Sue? É só mais um vadia desse colégio,acredite,eu e a Ginger somos as garotas mais normais que você poderia ter por perto nessa porcaria.

Ginger aparece e anuncia que Martha está chamando todas para se reunirem em frente ao internato onde um palco está montado,mas Ramona decidi ficar e descansar um pouco. Martha havia planejado uma reunião para dar boas vindas as novas alunas,mas já estava irritada e impaciente com a demora de Úrsula,então decidi ir até sua sala,mas ao abrir a porta se depara com sua irmã desmaiada no chão com uma garrafa na mão. Ela então decidi levar a mulher até a enfermaria do internato,lá ela acorda ainda muito desorientada.

– O que aconteceu? Onde estou? Martha?

– Oh,Irmã,você acordou enfim,já estava ficando preocupada com você.

– Pare com isso e me diga logo o que estou fazendo aqui?

– Você não se lembra? Passou mal e eu te trouxe aqui, deve ser a idade afetando.

– Bobagem,se você acha que essa história inventa vai me prejudicar em algo,está muito enganada,eu sou a diretora desse internato,só resta aceitar.

– Pois não se preocupe,eu não vou roubar o seu lugar, mas irei fazer um favor e te substituir na reunião que marquei hoje,mas você não deve se importar já que estava enchendo a cara,não é? V-A-D-I-A.

Martha vai embora sem olhar para trás,fingindo não ouvir os vários xingamentos soltados por Úrsula. Enquanto isso,Ramona decidi explorar o interior do internato,mas acaba se perdendo nos corredores largos,quando ouve gemidos vindo de uma sala com a porta levemente abertas, ao olhar para dentro,vê Sue amarrada em uma cama,sendo abusada por uma mulher,aparentemente professora. Ela entra lentamente,pega um abajur e joga na cabeça da mulher,fazendo ela apenas desmaiar. Algumas horas depois, Ramona estava no banheiro retocando o batom,como se nada tivesse acontecido,quando Úrsula aparece.

–Sabe,eu gosto de você menina,o que você fez foi frio. - Dizia Úrsula se maquiando ao lado da garota.

–Do que está falando?

–Não finja,eu vi você matando aquela mulher com a faca da cozinha,eu estava lá.

– Acho que está me confundindo com outra pessoa,eu não sou uma assassina,nunca mataria ninguém.

– Eu queria agradecer,era uma vadia e nem precisei sujar a mão para acabar com ela. Se ainda tiver dúvida,olha o sangue na sua camisa.

Ramona então confirmou que havia sangue na sua roupa,foi quando um flashback venho em sua cabeça, mostrando a cena descrita por Úrsula,desde a faca que pegou da cozinha até a hora onde esfaqueava a mulher sem dó nem piedade.

– Eu fiz isso? - Perguntou a si mesma,mesmo sabendo da resposta.


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