POV Naty

Apenas deixei acontecer. Nossos lábios se tocaram e permiti que ele aprofundasse o beijo, que era calmo mas intenso. Deslizei minha mão pelo seu ombro em direção à nuca e fiquei brincando com seus cabelos. Já ele, deslizou sua mão nas minhas costas chegando à cintura e apertando calmamente a mesma. Logo, encerramos o beijo e ele ficou me encarando com um sorriso no rosto.

Maxi: Relaxa, esse documentário tem no YouTube - disse baixinho e eu assenti, ainda assimilando tudo o que aconteceu, eu realmente beijei Maxi Pontes?

Naty: Eu... não acredito que você é o M.

Maxi: Pois é, Francesca no fundo, teve a razão.

Naty: De agora em diante, vou sempre acreditar no que ela diz.

Eu sorri e ele também. Aqueles lábios... necessitava beijá-los novamente, fala sério, esperei tanto tempo, me segurei tanto tempo para não agarrá-lo, essa é a minha vez. E foi isso que eu fiz. Nossos lábios se encontraram novamente, nossas bocas se encaixavam perfeitamente, como se fossem feitas uma para a outra. Esse beijo, foi mais calmo que o outro e com mais sentimentos. Logo, encerramos o beijo e ficamos assistindo o resto do documentário com as mãos dadas. Faltando alguns minutos para acabar o dcumentário, ele decide falar algo.

Maxi: Hoje, não irei embora com você, tenho reunião. Mas, nos vemos mais tarde... pode ser? - assenti, olhando em seus olhos que brilhavam com a luz do telão.

Logo o sinal toca e fui pra próxima aula com um sorriso tonto no rosto e suspirando. Óbvio que a Fran reparou já Vilu, nem tanto.

Fran: Aconteceu alguma coisa lá no fundo?

Naty: Siiim - disse num suspiro.

Fran: O que?

Naty: Depois eu falo - disse, porque a professora já estava na sala.

[...]

A aula acaba e saio com as meninas.

Fran: Dá pra falar o que aconteceu?

Naty: Tem que ser particular, Fran. Puts, esqueci meu caderno, gente. Vão na frente, que depois eu alcanço vocês.

Fran: Tá.

Vocês devem estar pensando que eu dei essa desculpinha só pra ver o Maxi, né? Se vocês pensaram nisso, estão... erradas. Porque, eu realmente esqueci meu caderno. Subi pra sala da última aula, que com certeza, foi lá que eu perdi e boom... estava lá. Guardei meu caderno na mochila e quando viro pra ir embora, vejo o ser mais repugnante que já vi.

Carlos: Naty! Como vai?

Naty: Estava bem, até te ver.

Carlos: Sempre tão previsível, Naty. Sabe, você está mais gostosa do que antes - ele disse chegando mais perto de mim, na verdade, o espaço entre o meu rosto e o rosto dele estava pequenininha - Esse seu corpo... me faz delirar.

Naty: Pena que esse corpo nunca será seu - disse o empurrando e indo em direção da porta.

Carlos: Isso é o que veremos - ele disse quase num sussurro, mas pude ouvir. Fingi não ouvi o comentário idiota e saí da sala. Estava passando pela sala do Maxi, quando sinto alguém me puxar e logo depois, fechar a porta da sala.

Maxi: Não sabia que estava aqui ainda.

Naty: Érr... eu... - disse confusa ainda pensando no que o Carlos falou, o que ele queria dizer com aquilo?

Maxi: Tudo bem? - ele disse me olhando profundamente, apenas com o olhar dele pude me acalmar.

Naty: Tudo - sorri.

Maxi: Que bom que está aqui, quero falar com você sobre... o que aconteceu mais cedo.

Naty: C-como assim? - gaguejei e acho que dava pra ver na minha cara que eu estava em pânico - Eu beijo tão mal pra te fazer desistir em 1 hora?

Maxi: Claro que não, na verdade, você beija muito bem pra quem tem 16 anos - ele disse isso e corei bem corada - Quero te falar que... descobri que te beijar é bem melhor do que uma conversa.

Sabia que ia acontecer mais coisa, então tirei minha mochila das costas e a joguei no chão. Senti seus lábios macios no meu... novamente. Deslizei minhas mãos pelos ombros dele e o abracei pelo pescoço, puxando-o pra mais perto. Maxi colocou uma mão em meus cabelos e escorregou a outra até meu quadril. Nossas línguas se acariciavam numa sintonia perfeita, fazendo meu corpo inteiro formigar. Aquele sem dúvida foi o melhor beijo da minha vida, com o homem mais perfeito do mundo. Fomos intensificando cada vez mais o beijo a cada segundo, até meus lábios ficarem dormentes e meu fôlego acabar. Mesmo ofegante, continuei beijando-o.

Maxi me abraçou pela cintura e me levantou do chão. Acho que ele fazia isso porque eu era relativamente baixinha perto dela. Sem pensar direito, envolvi sua cintura com minhas pernas, e ele pareceu gostar da ideia. Ela me sentou sobre a mesa onde ele colocava seu material, me fazendo ficar da sua altura. Tirei minhas pernas de sua cintura, logo senti suas mãos apertarem minhas coxas num pedido mudo pra que eu as colocasse de volta. Fiz o que ele pediu, ele segurava minha cintura com força, me prensando sem ousar em acabar o beijo.

Sem conseguir mais resistir, passei discretamente minhas mãos por debaixo da barra de sua camiseta. Passei meus dedos em seu abdomen super definido, seus músculos se contraíam a cada toque, assim como os meus reagiram aos toques dele em meus quadris por debaixo da blusa do uniforme. Ele me puxou pra mais perto ainda e eu fiz o mesmo com minhas pernas, sentindo um calor entre elas. Senti as mãos dele descerem um pouco, alcançando os bolsos de trás da minha calça jeans. Mas assim que ele colocou as mãos dentro do meu bolso, terminou o beijo e ficou me olhando com os olhos levemente arregalados.

Naty: Tudo bem? - disse ofegante ainda.

Maxi: E-eu acho melhor irmos com calma... alguém pode nos pegar aqui.

Naty: Tem razão - disse descendo de sua mesa e pegando minha mochila.

Maxi: Então... nos vemos mais tarde?

Naty: Com certeza - disse mordendo meu lábio inferior e me virando para ir embora. Mas, logo que fiz, meu braço é segurado me fazendo virar novamente para ele. Fui surpreendia por outro beijo que acabou com vários selinhos.

Maxi: Até mais - disse me dando outro selinho - Esse é o último - ele deu o último selinho.

Acenei e saí da sala. Fui pra casa rapidamente, para contar o que aconteceu para as meninas. Cheguei na mesma e fui diretamente pro quarto, onde elas estavam.

Vilu: Você demorou.

Fran: O que aconteceu? - disse tomando um suco.

Naty: Eu e o Maxi nos beijamos! - dito isso, não deu outra, Francesca se engasgou - Calma, Fran!

Fran: Quando? Como? Onde?

Naty: Hoje, no auditório enquanto passava o documentário.

Vilu: Pode contar TU-DO! Nos mínimos detalhes, por favor.

Me sentei na cama e comecei a falar.

CONTINUA...