Melody escrita por DFenix


Capítulo 1
Melody


Notas iniciais do capítulo

- Boa Leitura!



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Seus olhos se fechavam sendo guiados pela melodia que saia daquele piano. Não precisava ver, tudo estava em sua cabeça e seus dedos se mexiam lentamente quase por vontade própria.


Era magnífico ficar assim só para si mesmo. Não tinha nem uma voz, nenhuma luta, nenhuma briga, nem ao menos tinha alguém além dele e de seu instrumento. Era tudo tão melódico e solitário.


Não de um jeito desagradável, era confortável a sensação que os sons fortes e ao mesmo tempo suaves lhe proporcionavam. Faziam seu corpo se mover lentamente de um lado para outro, se entregando a cada toque, a cada som.



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Um som novo e desconhecido soou aos seus ouvidos. Instantaneamente o hipnotizou a cada timbre sonoro igualmente como a melodia que ainda tocava no piano. Não! Era melhor, quer dizer, bem melhor.


Relaxava e lhe fazia esquecer tudo que já houvera acontecido em sua vida. No inicio de tudo – Não nesse. Em outro, no primeiro – achara incapaz de escutar esses sons para alguém como tal.


Mas as aparências enganam. Principalmente quando enganam para melhor.



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Passara minutos tocando aquela melodia enquanto estava sendo acompanhado por uma bela voz. Sim, alguém estava cantando ao seu lado e não ligava nem um pouco. Aquele momento era precioso de alguma forma e se alguém quisesse lhe atacar, já teria feito há muito tempo.


Estava quente como se tivesse sendo abraçado. Não por alguém qualquer, era um sentimento confortante o que tudo aquilo fazia; sentir sem tomar qualquer noção do tempo.


Só que por um segundo, em total entrega, errou uma nota do delicado piano. Foram meros segundos, poucos sim, mas foram os suficientes para lhe despertar. Afinal de quem era aquela voz?



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Seus olhos o observavam no mais profundo sentimento, que ele nem ao mesmo conhecia. Eram verdes e brilhavam gentilmente para si, seria mesmo só para ele?


Seus cabelos rosados transmitiam a delicadeza de um anjo, que trazia ao seu nariz um aroma de cerejeiras delicadas e envolventes.


E por fim, não menos importante, seus lábios. Macios e convidativos. Delicados e Saborosos. Como queria perder seus próprios lábios entre aqueles que olhava. Sentir seus movimentos, suas sensações, e principalmente seu sabor. Estaria a desejando por um momento ou era mais do que isso?


Pelo menos não teria ninguém para perceber a doçura pura e delicada que o faziam ter um desejo egoísta de tê-la somente para si mesmo. Para sempre em si e se não pudesse, por um segundo seria mais do que suficiente.


A não ser ela mesma que dera um meio sorriso entre seus lábios, causando-lhe um pequeno constrangimento ao perceber que fora flagrado em seus silenciosos pensamentos, que pela primeira vez foram sinceros de algum modo.



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Olhou para baixo, colocando uma das mechas de seu cabelo atrás da orelha, e ergueu os olhos novamente encontrando o que tanto queria. Se perder nos olhos ônix tão escuros como uma noite sem a companhia da lua.


Ela transbordava sensualidade, apesar de delicada, aos seus olhos. E por mais que tudo estivesse em silêncio, a melodia que minutos atrás os dois criaram juntos, ainda soava em sua mente o convidando, o guiando, o atraindo. Para onde? Para ela. Por que? Não sabia.


Ele nem se quer percebera que seu rosto esquentara desde que o sorriso fora feito nos lábios não só dela, mas no dele também. Nem ao menos se importara com esse fato.



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Aproximavam-se como se estivessem atraídos de alguma forma. Ficaram a distância em que suas respirações se mesclavam em uma só; como se fossem uma o tempo todo.


Sua mão grossa fora guiada e puxada por vontade própria em direção à bochecha do rosto feminino lhe fazendo uma carícia, enquanto a reação da jovem mulher foi acariciar a própria mão que tocava seu rosto.


Em seguida tirou a mão do homem que estava a sua frente a colocando entre as suas e depositou na mais pura ingenuidade um beijo nela. Ele se arrepiou quando sentiu o toque dos lábios em sua pele; ficara um pouco constrangido.


Mas não ligara, pois o riso que a rosada soltou ao ver seu rosto esquentar apenas fazia aumentar o que sentia. E dessa vez não era apenas desejo. Muito mais do que isso, com certeza. Mas o que seria? Poderia responder a si mesmo?



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Segurando delicadamente sua mão, em apenas um olhar a convidou para tocar o piano ao seu lado. Ela aceitou alargando seu sorriso e segurando firme em sua mão.


Ele colocou seu braço ao redor dos ombros delas, abraçando-a para guiá-la novamente naquela melodia. Sem qualquer aviso, a mulher começou a produzir novamente o som que tanto envolvia os dois naquilo tudo.



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Separaram-se um pouco ao sair um som que dali não pertencia; pararam para olhar um ao outro novamente.


- Me desculpe. Errei a nota.
- Não tem problema. – A voz dele era fria como de costume, mas isso nunca a incomodou. – Eu também errei. – Afirmou passando uma mão em seu próprio cabelo sem, em nenhum segundo, tirar os olhos dos delas.

Aproximaram-se guiados pelos sentimentos e em questão de segundos a boca de cada um tocara a do outro. Suas línguas moveram-se em paixão, como se tivessem dançando em busca de novas descobertas, de novos horizontes, de novos sabores.


Exploravam cada espaço que um permitia ao outro invadir, ou melhor, entrar livremente. Estavam se amando, e não era apenas um amor que acabaria na cama.


Tinham uma história, assim como a música que os juntara. Então, separaram seus lábios já que as suas respirações não permitiam mais.


- Nunca pensei que estaria aqui nesse momento, Uchiha. – Falou ela agora acariciando ele em vez do contrário. – Mas eu sempre desejei fazer uma coisa. – Ele passava seus dedos nos doces e macios lábios dela.
- E o que é? – Agora era ele que tinha trazido sua possível ingenuidade, afinal era um ser humano, misturado em uma curiosidade. Será que ele fazia parte dos seus desejos?

Ela mordeu seus lábios como se tivesse tomando coragem e foi se aproximando lentamente do rosto do mesmo.


- Feche os olhos para saber. – Sussurrou lhe causando arrepios.

Sem nenhum protesto, ele fechou a espera de uma resposta.



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Respirou fundo, inclinando-se em sua direção. Segurou firme seu rosto com as mãos e ainda mirando seus olhos – apesar de estarem fechados – começou a depositar leves beijos.


Primeiro em seu queixo, logo em seguida suas bochechas, sua testa, seu nariz – que o fez ter leves arrepios quase involuntários – e por fim, sua boca. Seus lábios finos que logo a correspondeu e permitiu que pudesse guiá-lo com grande paixão e até mesmo amor.



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E de novo começaram tocar lado a lado o piano que estava naquele canto. Mas antes de continuar ela deitou no banco que os sustentavam colocando sua cabeça no colo do homem que a observava amorosamente.


Ele acariciou seu rosto – nunca se cansaria disso – vendo a mesma se acomodar sobre suas pernas e começou a tocar somente para ela.


Ficaram assim por um longo momento; ele tocando e ela acompanhando com o som de sua voz mesmo estando de olhos fechados.



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Não teria ninguém para atrapalhar o momento que era só deles. Nada de hokage, nada de missões, nada de confusões e intrigas. Apenas a testemunha de um amor banhando em paixão.


Só estavam eles ali, Uchiha Itachi e Haruno Sakura. Em um único desejo que só o outro compreendia. Amar e ser amado. Mesmo que ninguém soubesse disso tudo, eles não se importavam. Havia pouco tempo descobriram um dos mais belos sentimentos.



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Ela, um anjo em forma humano. Aquela que a encantara e que seria somente dele naquela música.


Ele, também era um anjo. Diferente, mas era. Aquele que por mais que fosse frio, sempre a entendera mesmo que não falasse nada. Não precisavam, eles se amavam mais do que tudo.



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A música acabara finalmente. Entreolhavam-se em paixão com as respirações ofegantes após longos beijos; apesar do amor, tinham um grande desejo entre os corpos.


Mas claro, sempre com o toque da ingenuidade de um amor verdadeiro que pela primeira vez Uchiha Itachi se permitiu sentir.


Não era qualquer uma que o fazia ficar assim, era apenas ela. Somente ela.



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Passava as mãos um no corpo do outro, sentindo todas as sensações, mesmo sendo experientes, eles queriam saborear tudo no máximo.


Ele tirou algumas peças dela...


- Eu te amo... – Ele não mentiria em nada. Não com ela. Ele realmente a amava.

Ela tirou algumas peças dele...


- Eu te amo... – Pela primeira vez realmente amava alguém.

Seria assim para sempre. Amavam-se e se beijavam a cada segundo; nada e ninguém era importante além daquele momento... Só eles e nada mais que o amor que sentiam.



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- Sakura! – Alguém gritara seu nome em completo espanto.

O casal olhou pela porta, onde haviam ouvido uma voz rígida e ríspida gritar o belo nome da rosada. A luz de fora batera no corpo do desconhecido o iluminando e fazendo com que o casal – que estavam agora completamente sem roupas e esgotados – ficasse de olhos arregalados ao saber daquele que os flagrara naquele instante.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado de mais uma oneshort minha desse casal maravilhoso!

Reviews? *.*