Quimera - COBRINA escrita por Katielly


Capítulo 6
Capítulo 5 – Junto e misturado!


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo merece duas músicas:

“It's time to be a big girl now and big girls don't cry…Don't cry” Fergie
“Make you smile, make you smile …Redefine what it is that really makes you happy” Dami Im

https://www.youtube.com/watch?v=Md8-Kq6bgvs
https://www.youtube.com/watch?v=xx5JtRko2Ro

Acho que fiquei tão feliz e empolgada com a recomendação que consegui produzir antes do previsto, por isso vou dar de presente essa postagem dupla no mesmo dia (não acostumem, por favor...rsrsrs).

Boa leitura!!



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POV - COBRA

C – Kaaa.....Karina?!

Ela estava ali abraçada no saco de areia e chorando, não sabia ao certo o que fazer. Depois de chamar seu nome ela me olhou e continuou ali parada indefesa pela primeira vez a vi assim. Me aproximei passando a mão em seus cabelos, ela retribuiu ao gesto passando suas mãos pela minha cintura e encostando a cabeça no meu peito,com a mão livre a abracei enquanto continuava o carinho em sua cabeça.

– Desculpa entrar assim e por molhar sua blusa.

– Precisa se desculpar não gatinha! O que aconteceu pra você ficar assim? – estávamos ainda abraçados, ela afastou um pouco para me olhar nos olhos.

– Terminei com o Pê.

– Agora entendi. Terminar nunca é bom, por isso preferia não namorar. – encostei o queixo em sua cabeça enquanto respirava mais pesado.

Pareceu uma eternidade o tempo que ficamos ali parados, abraçados. Só queria que a Ka parasse de chorar, me doía mais que levar um soco ver ela daquele jeito. Após um tempo ela se afastou e pediu para usar o banheiro.

– Te devo mais essa né? – ela disse sorrindo de lado depois de sair do banheiro, estava menos vermelha e rosto molhado.

– Pode lavar minha blusa que já resolve – ri tentando arrancar um sorriso daquela pequena – Brincadeira, deve nada não Ka, pra isso servem os amigos.

– Que bom porque não ia lavar sua blusa mesmo, apesar de estar até precisando de uma lavada – ela gargalhou.

– Qual é me tirando novinha? – tentei fazer cara de sério, abri os braços a chamando pra briga.

– Só falando a verdade – ela deu de ombros e um sorriso debochado.

– Ah é assim? Tu vai ver agora o fedor novinha.

Corri atrás dela dentro do QG, ao menos ela tava melhor. Quando consegui pegar seu braço a abracei por trás, esfregando a blusa molhada nela pra deixar impregnado meu cheiro.

– Tá bom, trégua, por favor! – ela disse batendo no meu braço em sinal de rendição – Eu retiro o que disse.

– Agora tá melhor, você tá sorrindo.

– Já chorei o que tinha que chorar. – ela respirou fundo e sorriu- Cobra valeu por tudo, obrigada.

– As ordens.

– Que bom, o casal cansou de brincar de pique pega e cheirar a roupa suja – João falou sentado no computador jogando.

– Oxi tu chegou quando viciadinho?

– Já faz tempo, mas não quis atrapalhar a brincadeira, tinha coisa melhor pra fazer.

– Jogar é claro! – disse a Ka revirando os olhos – Bianca sabe que você tá aqui?

– Ela não precisa saber de tudo né? – disse ele buscando cumplicidade no olhar.

– Entendi. Não conto se você me ensinar esse jogo. Que tal? – ela falou abrindo um sorriso e já sentando na cadeira ao lado dele.

– Pronto! Agora vou ter dois viciadinhos- disse olhando pra eles que me fuzilaram com o olhar.

Pelo menos estava tudo tranqüilo, eu bebendo água atrás do balcão observando os dois se divertir. Me senti bem ao ver a Ka melhor, prefiro mil vezes aqueles olhos azuis que nem o mar brilhando em dia de sol, do que agitados e cheios de água.

POV João

Eu tava procurando o Pedro, passei no Perfeitão e me disseram que ele tinha ido embora depois de uma conversa com a Karina. Resolvi ir pra Ribalta, ele deveria estar por lá, mas no caminho vi o QG aberto e uma cena um tanto hilariante: Cobra correndo atrás da Karina.

Entrei e eles nem me notaram, tinham acabado de ir correr na parte do fundo, resolvi sentar e jogar um pouco pra depois perguntar sobre o Pedro para a esquentadinha. Não foi bem isso que aconteceu, já que o casal ficou se esfregando. Nem ligava mais, afinal quando estavam juntos Cobra e Karina eram como amigos de infância se entendiam até pelo olhar, e afinal de contas ela não era minha namorada, pra quê eu ia esquentar cabeça?

Notaram-me depois que pararam de brincar e falei com eles, a Ka me fez uma proposta irrecusável, até porque de uma vez só eu ia poder continuar jogando, não levar bronca da Bianca e ainda me aproximar da cunhadinha.

– Você tem que apertar ctrl + x juntos pra dar esse golpe – eu explicava para Karina, quando ouvi a voz nervosa da Bianca.

– Então vocês dois estão aí jogando? Não tem jeito mesmo. – ela disse colocando a mão na cintura.

– Quer jogar também Bianca? – o snake falou.

– Eu não, tenho mais o que fazer, só vim avisar que o papai tá te esperando pra treinar Ka e eu esperando o João para nosso ensaio. – ela fez cara de brava.

– Noooossa – coloquei a mão na cabeça – tinha esquecido Bianquinha, tô indo.

– Vou aproveitar e ir também – disse a Ka.

– Tchau pra vocês. – Cobra deu um sorrisinho de lado.

– Tchau. Depois volto pra jogar e pagar.

– Ok viciadinho. E você Ka se precisar só bater na porta.

– Pode deixar – ela piscou e sorriu pra ele... eca preferia não ter visto.

Enquanto caminhávamos para a academia as meninas conversavam.

– Ka tá tudo bem? Disse a Bianquinha

– Tá sim, por quê?

– Uai você tava jogando com o João, nunca te vi fazer isso. – ela estava com cara de preocupada.

– Relaxa Bi, só deu vontade de aprender, é até legal. – ela tentava acalmar a irmã, que passava a mão na testa e pescoço pra ver se Karina estava com febre.

– Bi eu só tava distraindo, fui lá falar com o Cobra depois de terminar com o Pê, após o João apareceu e resolvi tentar algo novo, afinal é isso que mais tenho feito, descobrir novas coisas.

– Como assim você terminou com o Pedro? – fiquei assustado com a notícia e mais ainda com a naturalidade com que ela falou.

– João, não tava mais dando certo, conversamos mais cedo no Pefeitão e terminamos.

– Ele deve estar arrasado, ele te ama Karina. Sabia que eu devia ter ido atrás dele – bati a mão na testa.

– Vai mesmo, ele deve precisar de um amigo. – ela olhou pra baixo – Mas ele sabe que foi o melhor pra nós.

– Você terminou com ele e já tava lá toda sorridente com o Cobra? Foi por causa dele que você terminou?

– Claro que NÃO! – ela ficou nervosa e arqueou a sobrancelha – Eu fui lá chorar, quando você chegou ele tava brincando comigo, tentando me fazer sorrir, porque viu como eu estava ruim. Terminar foi uma escolha minha, fiz por mim e não por outra pessoa.

– Pode até ser, mas agora o caminho tá livre pra vocês.

– Livre pra quê Mané? Deixa de besteira eu e o Cobra somos só amigos.

– Aham....daqui um tempo saberemos. Mas agora preciso ir falar com o Pedro. Bianquinha ensaiamos depois, ok?

– Tudo bem, vai lá que ele deve mesmo estar precisando – ela me deu um beijinho e eu fui.

POV Bianca

– Agora que ele já foi me conta Ka, como foi com o Pê? Mas tem que ser rápido porque o papai tá te esperando.

– Ah, foi estranho. Ele chorou, não queria terminar, mas depois disse que não iria mais correr atrás de mim, que se eu queria me afastar dele tudo bem. Pensei que seria mais fácil, me sinto triste, por isso fui lá no QG. Chorei feito criança, o Cobra teve até que trocar de blusa, ensopei a outra. Aí brincamos um pouco e eu fiquei jogando com o João. Tentando não pensar nisso, mas é estranho, foi escolha minha e ainda sim me dá vontade de chorar só de lembrar.

– Ain Kah que complicado – me aproximei a abraçando – Terminar namoro nunca é fácil, mesmo quando nós que queremos, até porque existe uma história e sentimento. Mas logo logo passa, sabe que pode contar comigo, né?

– Eu sei. Melhor a gente entrar antes que o mestre ‘cruel’ venha aqui me buscar e isso não vai ser legal.

– Verdade vai logo, depois conversamos lá em casa. Só mais uma coisa – fiquei na dúvida se perguntava, mas a curiosidade foi maior– Não rolou mesmo nada com o Cobra, né?

– Tá maluca? Se toca Bianca, somos amigos, quantas mil vezes vou precisar repetir isso pra você e o mundo?

– Tá bom! – levantei as mãos em sinal de rendição – Mas se todo mundo fala é porque vocês sei lá se dão bem até demais e Ka de todo mundo que te ama você escolheu justo ele para se abrir e chorar.

– Cês são é um bando de loucos, minha vida num é novela pra a cada capítulo tá com um cara diferente não, isso deixo pra você nos seus teatros – o tom de voz elevou um pouco afinal ela quase sempre tinha que responder essas perguntas, devia achar idiota – terminei o namoro hoje dã. Parece que ninguém entende que amizade entre homem e mulher pode existir, somos amigos e só isso. Gostamos das mesmas coisas, somos parecidos.

– Tudo bem Ka, foi só uma pergunta. Afinal você sempre tá lembrando ou indo pra perto dele.

– Agora vai ser mesmo difícil não lembrar já que me deixou com o cheiro dele, esfregando aquela blusa molhada – ela cheirou a blusa, o braço e acabou sorrindo de lado sem mostrar os dentes – castigo por ter chamado ele de fedido depois de me aturar chorando.

– Vocês dois e essa forma estranha de demonstrar carinho. Nunca vou entender, mas se te faz bem.

– Viu é por isso que dou certo com ele, afinal você não entenderia esse nosso jeito de extravasar as emoções – ela subiu os degraus e olhou pra trás – Ô Bi...valeu o apoio mesmo assim.

– Por nada maninha – sorri, mas ainda não sei se foi pra ela ou dela.

Realmente a Ka ainda não tinha percebido que esse apego todo não era apenas amizade, pelo menos eu acho que não. A inocência dela me intriga, mas é bonitinho. Uma hora ela vai perceber que já não vive sem ele e pelo jeito ele também não. Agora é dar tempo ao tempo e ver se o casal ‘Cobrina’ vai mesmo só manter a amizade.

Ri sozinha, parecendo louca, afinal quem diria que o 'MARGINAL' iria mudar e acabar fazendo tão bem para minha maninha?!


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Notas finais do capítulo

Não me matem....please!! Cobrina tá surgindo a passos lentos, mas está chegando....rsrs

Bjks, bom restante de semana e até a próxima postagem =D



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