Depois que estávamos todas para cada lado, eu andei pela boate toda procurando por ele. Ele estava bem ali. No meio da pista de dança com um segurança. Respirei bem fundo e disse para mim mesma " Calma vai dar tudo certo"

Vou andando em sua direção, mas eu tropecei em alguma coisa, alguém deve ter colocado o pé na minha frente. Eu fui justo cair nos braços dele. Pude sentir um pouco de seus músculos. Ele me segurou pelo braço e disse:

Você está bem? - pergunta ele, me ajudando a me equilibrar. Eu estou com a cabeça baixa e sentindo minhas bochechas arderem com certeza eu estava vermelha- Se machucou?

Não, estou bem, obrigada- digo levantando a cabeça, pude ver seus olhos azuis preocupados olhando para mim. Ele estava com seu cabelo bagunçado, uma regata preta e uma calça jeans preta rasgada no joelho. Simplesmente perfeito.

Ela já pode ir então.- disse o segurança me olhando como se eu fosse uma pessoa qualquer. Naquele momento deu vontade de mandar ele se foder, mas eu me contive.- Venha mocinha.

Pode deixar, vou conversar com ela um pouco no bar- diz ele olhando para mim com um olhar calmo e uma voz doce, não sei como conseguiria sequestrar ele.- Seus serviços acabaram hoje. Pode se divertir. Vem... como é seu nome?

B-Bonnie- digo gaguejando, por que eu estou gaguejando? Foi só uma pergunta simples vindo de Louis Tomilinson - O seu eu já sei... bom todos sabemos.

Fomos até o bar e pegamos alguns aperitivos, sentamos numa mesa e batemos um longo papo, até que o meu telefone toca. Acho que já sei até de quem é.Mensagem. " Para de blá- blá e anda logo." Que saco, Austin com certeza estava vigiando.

Aconteceu alguma coisa? - diz ele preocupado olhando para mim, aqueles olhos azuis me tiravam do sério.

Não, só aquelas mensagens que chegam e tiram você do sério- digo dando de ombros.

Vou no banheiro e já volto- diz ele e eu apenas assenti com a cabeça.

Pego o "Boa noite cinderela", acho esse nome ridículo mas fazer o que né? Jogo um pouco no copo dele, mas sempre olhando para os lado para ver se ele não vem. Se querer joguei mais do que devia. Mexi bem para ele não perceber. E fiquei quieta no meu canto aguardando ele chegar, como se nada tivesse acontecido. Quando ele voltou, tomou um gole enorme. Mas ele não podia "dormir", aqui não.

Não tô passando bem- digo- Vamos lá fora tomar um ar.

Também não estou passando bem, vamos sim- diz ele se levantando e colocando a mão na cabeça- Tô meio tonto.

Fomos até o fundo da boate, lá tinha uma porta que dava para um beco deserto. Tinha um carro lá, com certeza era o carro para levar ele. Ele ficou tonto e caiu em cima de mim, me levando junto pro chão.

Nossa, como você é pesado, nem parecia - digo tentando sair debaixo dele.

Quando eu consegui sair debaixo dele, tentei levantar ele, mas sem sucesso, tentei de tudo mas nada. Não podia pedir ajuda a ninguém senão suspeitariam, então tenho que me virar.

Tive a "brilhante" ideia de puxar ele pelo pé. Consegui arrastá-lo até o porta- malas. Agora o próximo desafio colar ele dentro do porta- malas. Tentei e tentei várias vezes colocar. Até que por fim consegui. Antes de fechar o porta - malas disse:

Você é o meu ídolo e tal, mas... boa viagem- digo fechando o porta- malas.

Entrei no carro, e antes de ligar, mandei uma mensagem para todas as meninas. Ligo o carro e vou direto para o chalé. Será que acabou? Tomara. O que será que me aguardará naquele chalé, com ele? Com Austin Mahone.

Um chalé tão perfeito, tão bonito vai virar um esconderijo de um sequestro. Já começava a amanhecer, o sol estava forte, muito forte. Mas ainda sim a vista era linda. O sol batendo nas águas da praia. Chegando lá, estaciono o carro de qualquer jeito, desligo e saio. Bato na porta e um capanga abre a porta.

Peguem ele, ele está no porta- malas- digo com os olhos semicerrados, sentindo muita raiva de mim mesma por estar fazendo isso. Mas era preciso. - Andem logo seus imprestáveis.

Eles vão até o porta- malas e abrem. Pegam ele, parece uma criança adormecida, dormindo como um anjo. Mas por muito pouco tempo. Sei que depois tenho que responder muitas perguntas. Pegam ele e o colocam dentro de uma sala, não fazia a menor do que era. Um capanga chega perto de mime me puxa pelo braço.

Austin quer falar com você- diz ele severamente, ele apertava tanto meu braço que estava machucando. Minha vontade era de bater dele, mas é melhor não, isso poderia piorar as coisas pro meu lado.

Tá, mas eu sei andar sabia- digo tentando me soltar, mas cada vez ele aperta mais- Tá me machucando, me solta.

Ele me joga na sala com tudo e quem está la? Se disseram Austin acertaram.

Muito bem Bonnie, Parabéns- diz ele batendo palmas, com aquele seu olhar frio- Me ajude com uma coisa, eu fiquei louco ou rolou um clima entre você e ele?

Cala a boca, você é um louco de pedra, merecia estar na cadeia pelos seus crimes - digo com muita raiva, ele sabe como tirar as pessoas do sério. E não é tipo do tirar do sério legal, bom, mas sim o péssimo- Onde você colocou eles?

Porque eu te contaria? Ah! Já sei, você quer encontrar seu namoradinho- diz ele rindo, com um sorriso malicioso-Pode ficar tranquila, nada vai acontecer... por enquanto.

Como assim- digo, nervosa muito nervosa, com vontade de quebrar tudo- O que você vai fazer com eles?

Sabe, não está no meu plano contar para você- diz ele- Mas como eu sou uma pessoa deixo você ver eles. Essa conversa me cansou, podem leva-la- ele diz mandando dois capangas - Apenas cinco minutos depois vai ter uma conversa com eu, você e suas amigas. Ah! Já ia me esquecendo - diz ele se aproximando de mim e colocando seus dedos imundos em mim- Vê se não se iluda.

Tira seus dedos imundos de mim- digo cuspindo nele- Bem feito Austin.

Os capangas me pegaram pelo braço e me levaram até o local onde estava o Louis. Era um porão enorme. Zayn também estava lá. Tinha algumas camas, acho que umas dez. Arrumei os dois nas camas e coloquei os cobertores neles. Eles eram muito fofos dormindo. Qualquer fã ficaria feliz naquele momento, mas eu não conseguia.

Quando deu os cinco minutos exatos , os capangas me pegam e me levam para uma sala. Lá estava Silena, fui correndo abraçar ela.

O que você está fazendo aqui?- digo um pouco surpresa por tê- la encontrado, nervosa pelo Austin e ansiosa para tudo isso acabar- Trancaram você também?

Não Bonnie, estou livre aqui dentro, que nem um passarinho fora da gaiola, claro que eu estou presa aqui, se você não percebeu- disse ela nervosa, ela não gostava de ficar presa em algum lugar- Ele disse que teríamos que ficar aqui até todas chegarem.

Dou um chute na porta e digo:

Odeio ele, Odeio ele- digo chutando a porta várias vezes, mas torci o meu pé, bendita sorte que eu tenho- Ai, maldito pé, maldita porta.

Bem feito- diz ela rindo e eu olho para ela com cara feia- Sente- se e tente se acalmar.

Bufo e reviro os olhos, sento numa cadeira do lado da Silena e fico esperando as meninas chegarem. Onde elas estão? Será que alguém pegou elas? Se alguma coisa acontecer com elas eu mato ele. Eu ainda irei me vingar. E não vai ser nada legal, pode esperar.