Teasing escrita por Batsu


Capítulo 1
Sem intenção!


Notas iniciais do capítulo

Há quanto tempo não apareço nessa categoria sdtfygihdf /esconde/ é bom estar de volta ♥
Esse ano não pude participar da lunami week com drabbles como fiz ano passado, mas é c-l-a-r-o que eu iria participar de um jeito ou de outro! Então resolvi colocar no word uma ideia antiga que tive, baseada nessa fanart aqui https://goo.gl/2yGQ2w e fazer algo para o quarto dia da week, que sinceramente, é o mais lunami possível ♥
Espero que gostem! ~



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Dois anos é realmente muita coisa, quem o diga para uma tripulação como os Chapéus de Palha acostumada a ver seus companheiros diariamente e habituados a notar diferenças mínimas em cada um pelo convívio. A ordem do capitão havia sido clara, se separariam por dois anos para buscarem um modo de se fortalecerem para então assim finalmente atravessarem a segunda parte da Grand Line.

Depois dos dois longos anos, todos estavam sujeitos à mudanças. Os companheiros não conviviam mais juntos e sequer haviam visto um ao outro durante o período de treinamento, ver os outros tão mudados foi uma surpresa e um choque para alguns. Chopper não se conformou de imediato com o novo Franky, imaginava que seria impossível ele ficar ainda mais legal. Usopp tinha ganho massa muscular para o espanto daqueles que o achavam fraco e Zoro em compensação, parecia ter ingerido algumas das Rumble Balls do médico do navio. Sem contar com Sanji, que sua fraqueza por mulheres quase lhe tomara a vida apenas por ter visto Nami.

Fazia pouquíssimos minutos que o fiel navio Thousand Sunny se submergiu nas águas profundas do Arquipélago Sabaody, logo abaixo – tão abaixo do que pudessem imaginar – estava a última parada da Grand Line, destino ao qual seguiam. Palavras não descreviam o que a tripulação sentia ao se ver novamente, o fuzuê era presente por todas as cabines, principalmente as que Luffy entrava. A viagem seria longa, mas se dependessem de seu capitão, nada os deixaria entediados.

Robin conversava num canto com Franky, contando-lhe quantos livros lera durante os dois anos, Zoro procurava por seus velhos pesos pelo navio xingando-se mentalmente por não ter trago mais. Luffy e os outros dois patetas da tripulação observavam tudo claramente.

― Brook parece mais ― começou o narigudo. ― esquelético.

― A Robin deixou o cabelo crescer, se ela não tomar cuidado, pode prendê-lo em alguma porta ou fechadura. ― Chopper continuou, preocupando-se com a companheira.

― Seu nariz tá maior, Usopp? ― Luffy aproximou-se cutucando-o com o dedo, curioso como sempre. ― É algum tipo de anabolizante?!

― Huh?! ― estapeou a mão do capitão, visivelmente ofendido. ― Anabolizante é o que o Zoro tomou! Você viu o tamanho dele?! ― um haltere voou do ninho da gávea, acertando diretamente a cabeça do atirador.

O dono do chapéu mais conhecido entre o mundo dos piratas riu, chorando com a cara de Usopp e então voltou sua atenção para os companheiros distribuídos pelo deque, dando falta somente de Sanji e Nami. Perguntou a Chopper onde estavam e o médico lhe respondeu apenas pelo cozinheiro, que estava na enfermaria repondo o sangue que perdera ao encontrar-se com a arqueóloga e a navegadora depois de tanto tempo. Luffy levantou num pulo da amurada onde estava, saindo então à procura da ruiva.

Procurou-a pelo quarto das meninas, sem sequer ter batido antes, agradecendo mentalmente por ela não estar lá depois de ter notado o que fizera. Passou dar um oi para Sanji desacordado e também não a viu por lá, além disso, em seguida não a encontrou na biblioteca, o que o deixou mais irritado. Nami não estava em nenhum dos lugares que possivelmente estaria, ficou nervoso pensando que poderia tê-la esquecido no Arquipélago. Luffy se preocupou tanto, que estava com medo de contar para os companheiros o que fizera, imaginou o quanto se irritariam por terem de voltar, mas com mais medo de vê-la, Nami o mataria assim que o visse. Correu para a cozinha perturbado com seus próprios pensamentos, pensando em comer algo para acalmar-se enquanto tentava se lembrar qual fora a última hora que viu a navegadora por perto enquanto ainda estavam em terra firme.

O moreno abriu a porta da cozinha, roendo unhas e com o estômago roncando, deparando-se com uma cabeleira ruiva tão conhecida de costas para si.

Nami sentiu algo enlaçar seu corpo inteiro, como uma cobra enlaça sua presa, deixando cair a tigela de vidro que tinha em mãos. Soube que era Luffy assim que tocou naquilo que a apertava tanto, afinal, apenas seu capitão tinha aquela pele emborrachada.

― Luffy! ― gritou tentando o manter afastado, tentando inutilmente, já que o mesmo esfregava em si como um gatinho manhoso. ― Sai daqui! ― a ruiva exigiu ainda sem poder vê-lo ao certo, outra vez ele estava a provocando.

― Pensei que tivesse te esquecido, Nami! ― choramingou, esfregando-se no cabelo ruivo da navegadora, ainda mantendo-a de costas.

― Me esquecido, mas o quê? Você enlouqueceu, me larga! ― empurrou-o com muita dificuldade, finalmente se livrando do rapaz.

Luffy cuspiu um pouco depois de ter se afastado, passando as mãos na própria língua resmungando algo indecifrável.

― O que foi?! ― Nami virou-se nervosa, encarando-o fazer drama.

Miha linja! ― cuspiu de novo fazendo uma careta de nojo.

― Sua o quê?! ― ela revirou os olhos, sentindo uma veia saltar em sua têmpora. Era bom ter seu capitão de volta; ou nem tanto.

― Seu cabeho na miha linja!! ― dois anos depois e Luffy continuava o mesmo idiota.

Não precisou mais que um soco para o moreno lembrar-se perfeitamente o porquê deveria evitar brincadeiras perto da navegadora. E mesmo depois de ter apanhado, o capitão continuou acompanhando-a na cozinha, surpreso por Nami saber cozinhar. Com Sanji de cama ainda recuperando-se de seu último ocorrido, a navegadora não poderia esperar para alimentar-se, fazia parte de sua dieta manter-se satisfeita de três em três horas. E mesmo que isso deixasse a ruiva completamente desconfortável, Luffy a fez companhia durante todo seu lanche, ora tentando roubar algo de seu prato ora simplesmente puxando assunto.

Ao terminar de lanchar, um silêncio perturbador se instalou entre os dois. Não que isso a incomodasse, era comum ficar sozinha com qualquer companheiro pelas cabines do navio, ainda mais com seu capitão. O que realmente a incomodava era o como Luffy a assistia minuciosamente beber os últimos goles de seu suco. O capitão nunca soube o que a irritava ao certo, sabia apenas que não deveria manter-se muito tempo perto da ruiva por questões de saúde e mesmo assim Nami insistia em dizer que ele a provocava por vontade própria, não só na maioria das vezes como sempre.

― Algum problema? ― bateu o copo sobre a mesa, chamando sua atenção como previu.

― Seu cabelo. ― pendeu a cabeça levemente ao lado, encarando-a com um dedo no queixo.

― Meu cabelo é um problema?

― O gosto dele não é muito bom, apesar do cheiro ser. ― juntou as mãos como comumente fazia quando chegava a certas respostas. ― Ele está maior agora! ― concluiu o óbvio.

Nami se permitiu sorrir, pegando o copo e levantando-se. Dirigia-se a pia quando Zoro abriu brutalmente a porta, indo para o mesmo lado da ruiva, o que certamente causou uma discussão entre eles. O espadachim a insultou e como a boa mulher esquentada que era Nami, ela não deixaria barato para ele – literalmente falando –, a navegadora passou a cobrá-lo de dívidas inexistentes de dois anos atrás, enquanto ele desejava apenas passar para checar a dispensa atrás de alguma velha garrafa de saquê.

Luffy os encarou por alguns instantes, estavam mudados como todos os outros. Era claramente visível a evolução da força de Zoro, enquanto Nami parecia outra mulher. Realizou o que os levara a essas mudanças. Enquanto não achava uma resposta concreta, apenas notou uma semelhança entre ambos.

― Zoro, você tem peitos. ― falou Luffy normalmente.

Os dois companheiros que discutiam antes silenciaram-se surpresos com aquele comentário. Nami piscou diversas vezes antes tentar falar algo em relação ao que o capitão dissera, mas desistiu.

― Não, eu tenho um peitoral assim como você. ― cruzou os braços sobre o tórax definido, ainda arquitetando uma forma de explicar aquilo para o mais novo. ― Ela tem peitos. ― apontou para a navegadora, fazendo-a revirar os olhos.

O moreno pensou por alguns instantes, ele realmente achava que Zoro tinha peitos, iria perguntar inclusive, o porquê eles estavam maiores depois dos dois anos. Mas sua lógica parecia ter sido quebrada, se o que Zoro e todos os homens tinham não se chamava peitos, por que os de Nami e das mulheres em si se chamavam? Ele precisava certificar-se disso.

Luffy ergueu-se lentamente da cadeira onde estava, mas em passos rápidos aproximou-se do companheiro com uma feição deveras curiosa. Como se fosse a coisa mais comum do mundo, apalpou o então peitoral de Zoro, dando tapinhas ali e notando ser tão rígido quanto o seu peitoral. O espadachim bufou como resposta, não se importava com as idiotices do moreno.

O clima tornou-se tenso quando o capitão virou-se na direção de Nami. Ela não imaginava que ele iria mesmo fazer aquilo, mas quando deu-se conta ele realmente estava fazendo. Luffy notou que peitos eram mais sensíveis do que peitorais e ao invés de dar tapinhas como fizera com Zoro, ele carinhosamente moveu os dedos pela parte descoberta do biquíni dela. Inocentemente encarava o busto avantajado da navegadora, observando e fazendo notas mentais de cada movimento e como eles se mexiam a cada toque. Podia chamá-los de fofos, eram incrivelmente macios, Luffy certamente preferia peitos que peitorais. Não lembrava-se de muitas vezes que os viu tão de perto, ou que Nami os deixasse tão à mostra quanto agora, ele nunca reparou exatamente, mas imaginou que depois de dois anos eles tivessem aumentado assim como o peitoral de Zoro.

― Luffy... ― chamou-o entredentes, sua voz soando em um único rosnado.

O capitão finalmente afrontou o olhar da ruiva, conhecendo de imediato aquele cenho franzido e a aquela aura negra rondando-a, ele sabia que não havia saída quando chegava naquele ponto.

― N-Nami, ― sorriu desconcertado. ― seus peitos são os melhores! ― tentou inutilmente consertar sua burrada, ainda sem ousar descolar as mãos do busto dela. ― Melhores que o d-do Zoro! ― respirava pesadamente, sem forças para olhá-la diretamente.

Monkey D Luffy provocava sua navegadora tanto quanto podia, sem ao menos ter a intenção. Talvez fosse Nami a irritada da história, mas sempre no fim, as idiotices dele eram intoleráveis para a ruiva, inclusive as que o tornavam inocente demais. Zoro nunca vira a bruxa tão vermelha desde aquele tempo em que esteve doente na ilha de Drum, resmungou algo antes de sair para Luffy caído no chão sobre não ser educado pegar no peito das mulheres, ele realmente poderia ter avisado antes do moreno atentar-se a gostar de peitos macios como os de Nami.

A maior preocupação da navegadora agora era em como lidaria com pedidos futuros do capitão ligados a seu busto. Afinal, se ele a provocara hoje em relação a isso, certamente voltaria a fazer pedidos e perguntas estranhas sobre peitos simplesmente por ele ser o mesmo Luffy de dois anos atrás.


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Notas finais do capítulo

Caso tenham encontrados erros gramaticais ou qualquer coisa do tipo, peço que me informem para que possa ser consertado o mais breve possível. Comentários, críticas e sugestões são bem-vindas, falem comigo, ok? ♥