E se eu for sua nova chance escrita por Camila Apolônio


Capítulo 4
Gentil




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Natsu on.

Então ela está realmente escondendo algo, tenho descobrir o que é, para onde ela esta indo? É muito tarde para fazer um passeio Lucy, o que você vai fazer? Vou segui- la, e o que tem naquela sacola enorme que ela está carregando? Ela está indo em direção à área que é restrita apenas os moradores de rua e pessoas muito pobres, o que a ela vai fazer lá?

Eu a segui até o que parede ser um galpão, parece que tem muitos pobres reunidos aqui, o que ela veio fazer? Acho melhor me esconder atrás desta pilastra e ver o que vai acontecer. Ela esta abrindo a sacola no meio de toda aquelas pessoas, esta distribuindo pratinhos de isopor, comida? Ela está distribuindo comida?

Então era para isso aquilo tudo, me sinto feliz por descobrir que ela está fazendo é algo tão bonito quanto o seu sorriso.

– Quem é você? E porque está observando a Lucy-nee? – tomei um enorme susto, quase gritei. Ao meu lado estava uma garotinha mais ou menos de uns 14 anos, cabelos azuis longos, amarrados em uma Maria-chiquinha.

– eu não estou observando-a – menti, ela fez cara feia.

– É melhor você me dizer quem é e o que veio fazer se não eu vou gritar – garotinha esperta está me ameaçando. Acho melhor falar.

– Eu me chamo Natsu, ela salvou minha vida, eu só queria saber o que ela estava escondendo – falei. Ela estava pensando se devia acreditar em mim ou não, acho que resolveu acreditar, porque sentou ao meu lado e falou:

– Eu sou Wendy, Lucy-nee é sempre gentil, toda sexta-feira ela vem aqui e traz alimento para todas essas pessoas, além de dar um dinheiro para que cada um aqui consiga sobreviver até a próxima sexta – ela sorriu – ela só aparece a esta hora, porque os guardas trocam de turno e fica mais fácil chegar até aqui, aqui é um dos poucos lugares em que ela pode ser ela mesma – isso explica muita coisa – sabe, ela também salvou a minha vida, uns meses atrás eu estava passando por uma situação muito ruim, estava para morrer de fome e ainda tinha pegado uma gripe porque dormia o tempo todo no frio, ainda era dia, ela sabia que ia ser ariscado, mas me levou para sua casa e cuidou de mim até eu ficar boa, então eu vim morar aqui neste galpão e quando Lucy-nee soube que tinha muitas pessoas aqui como eu ela resolveu começar a alimenta-los, ela disse que eu fui à razão de todo esse bem que ela esta fazendo, disse que nunca mais queria ver alguém passando pelo mesmo que eu passei se ela pudesse ajudar, ela me prometeu isso, quando ela aparece aqui, é como se todos vissem o brilho da esperança, ela deu a todas essas pessoas a vontade continuar vivos – Ela fez uma cara de sofrimento e tinha lagrimas em seus olhos – ela pode até se esforçar para esconder, mas eu sei o que ela paga por cada vez que tenta nos ajudar, ficam tão evidentes as marcas em seu corpo – eu não sei do que ela esta falando mais isto me deixou preocupado – então você não pode contar para ninguém o que ela faz aqui tá? – eu sei que ela está preocupada com a Lucy, mas não sei o motivo. Apenas assenti, ela deu-me um sorriso de agradecimento, levantou-se e antes de sair falou:

– Seja legal, ela já passou por muitas coisas – quando ela falou isso eu me lembrei do meu pai, eu tenho o seu tratamento para pagar – você pode ainda não ter percebido mais você olha para ela com muito carinho – ela riu e foi embora. Decide ficar observando a Lucy, ela parecia tão linda, estava semeando e colhendo sorriso, todos a adoram não ela posição social que ela ocupa, mas sim pelo que é. Uma pessoa linda de corpo e alma, com um grande coração e senso de justiça. Meu Deus Natsu, você anda pensando demais nessa garota.

Pouco tempo depois Lucy despediu-se e saiu, fui atrás dela, ela parece feliz, é como se fazer isso não só ajudasse aquelas pessoas, mas a ela também, olhei para o lado e vi um guarda, ela está muito perto, se ela não se esconder será pega, há um beco entre dos prédios à frente, vai ter que servir, eu acelero o passo, puxo a Lucy e tampo sua boca para que ela não grite.

– Shiiii, a um guarda ai, se você sair ou fizer barulho ela vai nos pegar – falei em seu ouvido, estava tão perto que dava para ouvir seu coração, ela se acalmou e eu tirei a mão da sua boca.

– Você me deu um susto – coloquei a mão em minha nuca e dei de ombros – então você estava me seguindo não foi? Desde quando? – ela perguntou fazendo uma carinha emburrada.

– Eu ouvi um barulho na cozinha então ti vi, ai você disse que eu não poderia descobrir nada, então resolvi te seguir. Ela pareceu preocupada.

– Então você viu tudo? – ela falou abaixando a voz.

– Não se preocupe, eu não vou contar para ninguém, eu fiz uma promessa para aquela garotinha, a Wendy – ela sorriu.

– Ela é uma fofa não é? – Assenti – Agora, será que já da para sair daqui? – fui até a ponta o beco e observei.

– Parece que não tem ninguém, vamos! – ela saiu primeiro, mas se atrapalhou com uma lata no chão, eu tentei segura-la, mas acabei caindo em cima dela, a lata rolou e fez barulho, fechei meus olhos e esperei por algum movimento, abriu de novo e olhei para a Lucy, ela estava vermelha, linda, suas grandes orbes castanhas me encarando, não consegui deixar de seu olhar, tive vontade de ficar ali para sempre, mas o encanto foi quebrado quando ouvimos passos, levantei-me rápido, peguei sua mão e puxei-a, seu toque fez eletricidade correr pelo meu corpo.

– Você está bem – perguntei

– Há, sim, só machuquei um pouco o tornozelo – desse jeito não vamos consegui sair dali rápido, peguei-a e botei em minhas costas, não dei oportunidade dela reclamar.

Quando chegamos a casa ela parecia irritada.

– O que foi?

– Você pelo menos podia avisar o que iria fazer. Colocou-me nas costas e eu levei um susto.

– Não conseguiríamos correr com você como o pé machucado, por falar nisso, onde está o kit de primeiros socorros?

– Pra que você precisa dele? Machucou-se foi?

– Claro que não. É para dar um jeito no seu tornozelo.

– Não precisa.

– Onde está?

– Você não vai desistir vai? – neguei – no armário do banheiro, primeira porta de baixo. Fui até lá e peguei-o, voltei para a sala e ela estava sentada no sofá com o telefone na mão. Sentei-me no cão em frente a ela, sua expressão era preocupada, mas ela tentou disfarçar.

– Me dê seu pé.

– Você sabe que não precisa fazer isso, eu sei me virar sozinha.

– Sei. Então, algum problema? – ela pareceu nervosa com a pergunta.

– N-Nada, só coisas da rotina de um policial, amanhã passarei o dia fora então não precisa me esperar para o jantar tenho algumas coisas para fazer.

– Certo – não sei o porquê, mas tenho um mau pressentimento quanto a isso, resolvo mudar de assunto, preciso saber o que fazer com o meu pai – Lucy eu queria saber o que aconteceu como o meu pai?

– Ele continua internado, eu só o coloquei em um lugar mais perto e com condições melhores – ela percebeu que eu estava espantado – vou ter que te dizer quantas vezes em? Eu tomei responsabilidade por sua vida e isso envolve tudo que ti cerca inclusive seu pai – ela sorriu.

– Obrigado – Lucy pareceu surpresa, não imaginou que eu fosse agradecer, mas eu ainda não terminei – Obrigado por salvar minha vida, por estar ajudando meu pai e por me ajudar a me levantar, acho que eu ainda não te agradeci por nada – minha voz saiu um pouco cortada, meus olhos estavam cheios de lagrimas, ela já estava chorando, então me abraçou e falou:

– Seu bobo, você não precisa me agradecer, eu fiz porque quis – não consegui conter as lagrima, Lucy começou a fazer carinho em minha cabeça e assim ficamos até minhas nos acalmarmos. Quando ela me abraçou meu coração disparou, o dela também estava assim, eu nunca me senti assim antes, era como se eu estivesse feliz, completo.

Após isso, jantamos e ficamos conversando sobre como tudo mudou desde a posse do novo rei, pude perceber o quanto ela tem ódio dele e até mesmo do pai, que é um corrupto. Descobri que assim como eu sua mãe morreu quando ainda era pequena, a minha morreu quando eu nasci e a dela quando ainda tinha 7 anos de idade. Assistimos a um filme muito legal de comedia que estava passando da TV e damos muita risada, só assim eu pude perceber o quanto ela realmente é linda, acolhedora, dócil e forte, o som de sua risada me enchia de prazer, é como um vento de primavera, calmo e refrescante.

Antes de o filme acabar ela já estava dormindo no sofá apoiada em mim, carreguei-a e coloquei na cama, ela parecia um anjo, não resisti e deitei ao seu lado, fiquei admirando-a pelo que pareceram horas, cheguei mais perto e senti o cheiro do seu cabelo, shampoo de morango, doce e suave. Abracei-a e acabei dormindo.

Lucy on.

Acordo sentindo calor, abro meus olhos e me deparo com Natsu deitado ao meu lado me abraçando, me lembro de ter dormido no sofá, ela deve ter me botado aqui e deitado comigo, ele é tão lindo parece tão calmo, passo minha mão pelo seu rosto e ele sussurra o meu nome, fiquei com vergonha, afinal ela está sonhado comigo. Pego meu celular na cabeceira da cama e olho as horas, daqui a pouco tenho que sair, não vou acordar o Natsu ele parece estar como muito sono, dou-lhe um beijo na bochecha. Levanto, tomo meu banho e pego uma maça para tomas café, mas antes de sair escrevo um bilhete para ele.


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