Além do seu Olhar escrita por Miimi Hye da Lua, Incrível


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Hello everybody! Estou megamente feliz pq eu e a Mi resolvemos parar de fazer vcs sofrerem e finalmente colocamos o beijo (ALELUIA!!!!!).
Mas como amamos torturar vcs, colocamos o beijo no final do cap só pra deixa-las mais ansiosas, então, aqui está a acontinuação.
O nosso muito obrigada a Tini Blanco e Jesus Freak por tererm favoritado a historia ;)
Ah, e podem acreditar: a partir desse cap, muita coisa vai mudar...
não vou falar mais nada, podem ler o cap e espero que aproveitem :)
#Incrível



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Então nós nos beijamos e... Uau! Aquilo era muito bom! Havia esperado muito tempo para finalmente Leon assumir que gostava de mim e agora ele não podia mais negar, com nossos lábios grudados uns nos outros.

Finalmente eu podia sentir seus doces e quentes lábios, que se moviam suave e imperceptivelmente sobre os meus enquanto eu esperava que ele controlasse o beijo e desse o passo seguinte. Quando ele não o fez, decidi tomar as rédeas da situação, segurando a gola de sua camisa, trazendo-o mais perto e abrindo meus lábios para pedir passagem com a língua. Quando ele cedeu, pude explorar sua boca com minha língua, em um beijo aprofundado. Sua boca, tinha gosto de bala de menta, por conta do habito que ele tinha de sempre ter uma na boca. Leon pareceu meio assustado no começo, mas depois que se acostumou começou a travar uma batalha contra minha língua, me envolvendo em seus braços firmemente, num beijo mais confiante e com vontade.

Nunca imaginei que um beijo pudesse ser tão bom. Já havia beijado alguns caras, mas nada era igual a beijar Leon Vargas. Tinha algo diferente ali, algo especial. Talvez fosse pela maneira tímida com que ele havia reagido no começo, ou pela paz e serenidade que ele emanava enquanto compartilhávamos aquele beijo.

Assim, eu parecia refugiada em seus braços, sentindo uma ternura de Leon, que me surpreendeu. Soltei sua gola e passei meus braços por seu pescoço, me aconchegando em seu abraço acolhedor.

Quando o ar se fez necessário, separamos nossos lábios, mantendo nossos rostos próximos com as respirações descompassadas. Ele encostou sua testa na minha e por alguns segundos permanecemos com nossos olhos cerrados, enquanto saboreávamos aquele momento.

— Não posso...— sussurrou, ainda tentando controlar a respiração.

— Não pode o que? — indaguei, confusa.

— Não posso deixar que ele te machuque.

— Ele? De quem vo... — dizia quando ele pegou meu rosto entre suas mãos e tomou meus lábios para si num beijo urgente.

Dessa vez, ele não hesitou, e me beijou de forma tão segura e persuasiva que eu perdi a linha de pensamento, esquecendo o que ele havia dito, poucos segundos atrás. Sua língua logo invadiu minha boca e a batalha começou a ser travada de novo, trazendo consigo um furacão de sentimentos. Seus polegares acariciavam minhas bochechas enquanto eu afundava meus dedos em seus cabelos sedosos, deslizando suavemente até chegar ao queixo definido.

Nossos lábios se desprenderam suavemente e pela primeira vez, abrimos os olhos vagarosamente sem soltar os rostos um do outro, nos mantendo perto. Seus olhos, claros e penetrantes, me mostravam a alegria, o carinho e a paixão que ele sentia por mim.

— Estou apaixonado por você, Violetta — falou com voz firme. Sorri pra ele da forma mas carinhosa.

— Jura? Nem parece — brinquei, fazendo os dois rirem fracamente. — Eu também estou apaixonada por você, Leon — afirmei um pouco séria.

— Eu falei que as garotas não resistiam ao meu charme — sorriu torto.

— E eu te disse que você era um convencido — rimos. — Mas irresistível, sem dúvida — elogiei.

— E você é encantadora — disse ele, trazendo seu rosto para mais perto do meu, ao ponto de nossos narizes se encostarem levemente. — Você é incrível, na verdade. Não sei como não percebi isso antes.

— Ah, é só que meu brilho é tão grande que você não consegue pensar coerentemente. — rimos.

— Desculpa ai, Diva — se fez de ofendido. — Mas sério, desculpe por ter ignorado seus sentimentos.

— Ignorado? Bem, dava pra ver que correspondia, mas tentava negar — sorri. — Eu só gostaria de entender o porquê disso.

— Que tal andarmos um pouco mais? Assim podemos conversar sobre isso. Além de que a noite está tão bonita...

— Não gosta dessa posição? — ergui uma sobrancelha.

— Pra falar a verdade, eu amo — rimos. — Mas desse modo, vou acabar te beijando de novo — sorriu.

Ele retirou as mãos de meu rosto se afastando ligeiramente, me obrigando a fazer o mesmo. Então, delicadamente pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Sorri com aquilo. Amava sentir seu calor.

Começamos a caminhar em silêncio, ouvindo os sons da noite e admirando a beleza da praça. Aquilo era tão bom. Caminhávamos bem devagar, sem qualquer tipo de pressa. Uma paz parecia emanar de tudo ao nosso redor e eu me sentia incrivelmente bem e nem um pouco desconfortável, ficando em silêncio com ele. Não era necessário assunto, pois o simples fato de estar com ele e saber que gostava de mim, tornava tudo perfeito.

Encostei minha cabeça em seu ombro e abracei o braço musculoso, fechando os olhos. Não haviam palavras para descrever o que eu sentia naquele momento. Tamanho sentimento jamais havia passado por mim e agora eu só queria permanecer assim com ele pelo máximo de tempo possível. Queria guardar cada segundo daquela que se tornou uma das melhores noites da minha vida.

— Não íamos conversar? — perguntou divertido.

— Íamos, mas.... Não sei... — falei meio sem graça, sem abrir os olhos.

— Entendo o que quer dizer — senti que ele sorria.

Puxou nossas mãos entrelaçadas na direção de seus lábios e beijou minha mão ternamente. Aquilo me fez abrir um sorriso maior do que eu já possuía.

— Então, por que negava o que sentia? — indaguei após mais alguns segundos em silêncio.

— Baixinha, gostar de você implica em muitas coisas...

— Tipo o seu pai?

— Sem dúvida.

— Por que não gosta de seu pai perto de mim? — indaguei curiosa.

— Só não acho bom ele se aproximar de você. Ele não é quem você pensa. Então, se o encontrar em qualquer lugar, corra — alertou. Senti seu braço rígido de tensão.

— Leon, por que está dizendo isso? — abri os olhos e me afastei levemente para poder olha-lo.

— Por nada. Só... Promete pra mim que fará isso? — me olhou seriamente.

— Prometo — concordei.

— Ótimo, agora vamos mudar de assunto pra não ficarmos nesse clima tenso — sorriu.

Voltamos a caminhar, comigo ainda abraçando seu braço, mas agora prestando atenção em tudo ao meu redor.

— Tem razão. Que tal voltarmos às perguntas? Você já desperdiçou um "e você" — comentei.

— Você também — riu pelo nariz. — E agora é minha vez... Hum... Do que você sente mais falta de quando era pequena?

— Han... Acho que sinto falta de assistir filmes de comédia até tarde com meu pai, até cair no sono. Então ele me carregava pra cama, e assim que me deitava lá, me dava o beijo na testa. Eu sempre me esforçava pra ficar acordada até ele me dar o beijo. Só então, dormia tranquilamente — contei, me lembrando da época em que era criança.

— Muito legal ver como vocês são próximos — elogiou. — Sua vez, Senhorita Castillo.

— Obrigado, Senhor Vargas — sorri. — O que você gostaria muito, mas nunca poderá ter?

— Minha mãe — falou pensativo. — Queria poder conhecê-la. Meu pai diz que ela era igual a mim, por isso não me pareço com ele.

— Ela devia ser um "Leona" da vida porque você não tem absolutamente nada a ver com seu pai — rimos.

— Tem razão.

— Então, manda ai sua pergunta para minha pessoa.

— Você já sonhou em preto e branco? — indagou após pensar alguns segundos.

— Não só já sonhei em preto e branco, como também já sonhei que tudo era vermelho.

— Sério? — riu levemente e eu concordei com um murmuro. — Mistérios de Violetta Castillo.

— Pois é. Então, se você pudesse escolher fazer qualquer coisa durante um mês, sem ter que trabalhar, o que faria?

— Viajaria por algum país, como Estados Unidos, ou França, até mesmo Espanha, sem rumo, simplesmente conhecendo lugares, pessoas e costumes novos — fez uma pausa. — Sei que poderia esperar mas estou curioso, então: E você?

— Por mais incrível que pareça, tenho a mesma vontade — anunciei.

— Que ótimo! Talvez um dia possamos fazer isso juntos. Seria bem legal.

— Sim, seria bem legal pegar a estrada com você, Vargas. Podíamos ir cantando a viagem inteira, até ficarmos sem voz — falei com um sorriso.

— Sem dúvida — concordou com uma risada.

— Como é ter 19 anos, fazer faculdade e dirigir um carro? — perguntei, após ficarmos em silêncio.

— Han... Normal. Faculdade lembra a escola, dirigir é chato as vezes e ter 19 anos não muda minha vida em muita coisa.

— Só isso? — me indiguinei.

— Só isso. Agora é minha vez, Baixinha — disse carinhosamente. — O que acharia de subir em uma árvore?

— Seria legal. Por quê? — me afastei para olhá-lo.

Ele olhava para direita com um sorriso maroto nos lábios. Segui seu olhar e encontrei uma enorme árvore, com as folhas balançando com a leve brisa. Trapaceiro!

— Não vou subir ali, Leon — adverti, tentando puxá-lo para seguirmos nosso caminho. Mas como ele era mais forte, me obrigou a caminhar em direção a árvore.

— Ah, vai sim. Você mesma disse que seria legal — disse sem deixar seu divertimento às minhas custas de lado. — Tá com medo?

— Não, sou alérgica a árvores — ironizei, rolando os olhos. — Claro que estou com medo, ela é muito alta.

— Eu vou te ajudar, Vilu. Além do mais tem algo perfeito que eu quero te mostrar. Prometo que não vai se arrepender — disse, quando paramos de frente pra árvore.

— Ta bom... — cedi, meio receosa.

— Essa é minha Baixinha — beijou o topo de minha cabeça.

Leon me ajudou a subir na árvore, primeiro fazendo apoio com as mãos e me dando impulso para me agarrar à árvore — da mesma maneira que havia feito para que eu pudesse pular o muro de casa — e depois orientando cada movimento que eu deveria fazer. Em menos de 1 minuto eu estava no galho largo da árvore. Afastei-me um pouco do tronco da árvore,esperando Leon subir. Em movimentos rápidos e precisos, ele logo se sentou no galho, entre mim e o tronco.

— Viu? Não foi difícil. Logo vai se tornar uma alpinista profissional — brincou.

— Ta, agora me mostra o que de tão especial tem aqui — falei meio emburrada.

— Vai ter que esperar um pouco, princesa — sorriu. — Mas vale à pena, pode apostar. Se quiser, pode dormir um pouco.

— Eu não estou com sono — respondi, logo em seguida bocejando.

— Aham, deu pra ver — riu levemente. — Vem cá.

Ele passou seu braço por minha cintura e me trouxe para seu peito. Como Leon havia virado, então suas costas estavam encostadas no tronco da árvore, e agora suas pernas pendiam nas laterais do galho. Feliz por estar perto dele, relaxei em seu peito, fechando os olhos enquanto ele envolvia o outro braço por minha cintura, me aquecendo. Descansei minha cabeça próxima a seu pescoço, inalando o cheiro maravilhoso de seu perfume. Podia sentir seu peito inflar e abaixar, assim como as batidas constantes de seu coração.

— Descanse — ordenou.

— Você venceu, Cavaleiro Charmoso — ri pelo nariz, descansando meus braços em cima dos seus. — Leon? — sussurrei, sentindo-me mergulhar no sono. — Posso fazer a minha pergunta?

— Sim.

— Já se sentiu tão bem assim? — indaguei.

Por longos segundos ele permaneceu em silêncio, provavelmente pensando sobre sua resposta.

— Não... Nunca — sussurrou muito baixo, mas pude sentir uma pontada de carinho em sua voz.

Em pouco tempo, eu estava dormindo.

— — — —

Devia ter se passado uma ou duas horas quando despertei. Ainda estava nos braços de Leon e notei que ele havia caído no sono. Ele ressonava tranquilamente, enquanto seu peito subia a descia levemente. Sorri me abraçando mais a ele.

Foi então que eu olhei pra frente e me surpreendi. Longe, lá no horizonte, o sol começava a surgir, anunciando a chegada de um novo dia, trazendo consigo um misto de cores no céu que agora retornava ao azul perfeito. Laranja, amarelo e rosa eram as principais cores presentes. As nuvens estavam ausentes, mas não faziam falta diante daquela perfeição. A brisa leve da manhã completava a visão incrível daquela manhã.

— Leon — chamei.

— Hum... — murmurou, ainda de olhos fechados.

— Olha — me afastei dele, sentando corretamente. — É... Incrível.

Ele abriu os olhos e admirou o horizonte, tendo a mesma visão que eu tinha.

— Pois é. Lindo — sorriu, se sentando ao meu lado. — Valeu à pena?

— Sem dúvida — olhei pra ele. — Vendo coisas assim é que dá pra saber que a vida é linda.

Leon se enrijeceu ao meu lado.

— Acho melhor irmos embora. Antes que seu pai acorde — falou sério.

— Aqui está tão bom — disse manhosa.

— Podemos ficar mais um pouco. Além do mais nem terminamos as perguntas. Falta um "e você" seu. E é minha vez de perguntar — sorriu. — Seu maior arrependimento?

— Levar tanto tempo pra te beijar — rimos. — Um desejo realizado?

— Estar com você — sorriu. — O que gostaria de fazer nesse exato momento?

— Sem dúvida, gostaria muito de te beijar — olheio-o com um sorriso, me focando em sua boca. — E você?

— Eu também — se inclinou com um largo sorriso no rosto.

Pousando uma mão em meu rosto e a outra em minha cintura, ele selou nossos lábios docemente. Sua mão se afundou gentilmente em meus cabelos enquanto eu me segurava em seus ombros, nos dando mais firmeza. Diferente de nosso primeiro beijo, nossos lábios se moviam sem qualquer tipo de pressa um sobre o outro, naquela dança perfeitamente sincronizada.

— Nossa... — murmurou quando nossos lábios se afastaram minimamente.

— O que? — sorri, abrindo os olhos.

— Você é fantástica! — respondeu, deixando minha risada abafada em sua boca quando voltou a me beijar.

Enquanto nossos lábios se moviam rapidamente, me dei conta de uma coisa: Estava loucamente apaixonada pelo meu Cavaleiro Charmoso e dificilmente isso iria mudar. Com breves selinhos, nós nos separamos.

— Agora temos de ir — falou, tirando uma mecha de cabelo do meu rosto.

— Sim Senhor! — fiz continência e ele riu.

— Ta bom, soldado. Quero ver se desce sozinha da árvore — sorriu.

— Leon! — repreendi. Àquela altura já estava com medo, sentindo uma pontada de desespero.

— Brincadeira. Sabe que vou te ajudar, Vilu — beijou minha bochecha.

Dito e feito. Ele rapidamente desceu da árvore e me explicou como descer para o galho mais próximo do solo. Ainda estava relativamente alto e eu teria de me segurar no tronco para descer, coisa que eu não queria. Então eu pulei em seus braços fazendo os dois caírem no chão, rindo descontroladamente.

— Da próxima vez, me avisa, ta? — falou quando conseguimos parar de rir.

— Pode deixar. Aprendi a lição — ri. — Te machuquei?

— Não, já estão virando sinônimo as palavras "árvore" e "cair" no meu vocabulário — rimos.

Nos levantamos e seguimos rumo a minha casa entre conversas paralelas, risadas e brincadeiras (mais da parte de Leon, obviamente). E em poucos minutos estávamos na frente de minha casa.

Novamente o instrutor Vargas me ajudou a pular o muro e depois a subir na árvore. Quando pousei os pés em meu quarto, me virei para Leon, que estava na árvore.

— Hoje eu venho te buscar pra nós irmos juntos ao Studio — falou.

— Tudo bem, te vejo em algumas horas, então — sorri.

— Claro! — me deu um selinho demorado e se afastou. — Tchau, Baixinha.

— Tchau, Leon — me despedi.

— — — —

Apesar de dormir por menos de duas horas, eu acordei mais feliz do que em muitos dias. Estava morrendo de sono mas nada ia estragar a minha felicidade.

Meu pai não estranhou meu comportamento e nem me fez um interrogatório, pois ele também estava sorrindo sem parar e distante durante todo o café da manhã.

Quando saí de casa e abri o portão, encontrei minha melhor amiga e Diego se beijando na calçada. Será que eles sabiam que eu não gostava de pegação matinal e vieram justamente pra me provocar? Limpei a garganta propositalmente e eles se separaram bruscamente.

— Tinha tantas calçadas pra vocês se beijarem, por que escolheram justo a minha? — falei divertida, enquanto trancava o portão.

— Oi pra você também, Vilu — falou Fran.

— Oi, Fran. Oi, Diego — cumprimentei. — Agora podem me dizer o que fazem aqui?

— Viemos para acompanhar você pro Studio, Vilu — se pronunciou, Diego. — O Leon teve de... Resolver uns problemas da papelada da faculdade e não vai poder ir pro Studio. Ah, e de nada.

— Eu não agradeci.

— Mas devia — riu, levemente. — Ele me disse que vai chegar a tempo pra apresentação. Então, se anime, não tem o Robin, mas tem o Batman.

— Ah, obrigada — sorri. — Vamos?

— Claro! — disseram os dois ao mesmo tempo.

O estranho foi que, em vez de Diego ir para o lado de Fran, ele esperou que eu e ela começássemos a andar, para então andar atrás de nós.

— O que ele tem? — sussurrei para Fran.

— Não sei. Ta assim desde que foi me pegar em casa. Fica olhando pra todos os lados como se a qualquer minuto pudéssemos sofrer um ataque — disse meio preocupada. — E você? Por que está tão alegre? Nem consegue tirar o sorriso do rosto.

— Eu? — me fiz de desentendia.

— Não começa, Vilu — me fuzilou com o olhar.

Ri levemente e resolvi contar para ela o que havia se passado.

— Ta bom, não vou enrolar. Principalmente porque eu tenho que te contar isso — sorri e me aproximei do ouvido dela. — Eu e o Leon nos beijamos — sussurrei.

— O que?! — gritou. — Não acredito que você e Leon Vargas se beijaram!

— Obrigado, Francesca! Agora Buenos Aires inteira sabe disso, graças a você! — gritei com ela, escutando a risada de Diego atrás de nós.

— Desculpa, amiga — disse me abraçando. — Mas me conta: Como foi? — sorriu maliciosamente

Desfiz minha cara de emburrada e sorri.

— Foi maravilhoso, perfeito, incrível, e... Não tem como descrever! — suspirei, me recordando. — Foi bem melhor do que eu imaginava!

— Awn, to tão feliz por você, Vilu! — disse sincera. — Ta até com um sorriso bobo no rosto.

— Pois é. Nunca imaginei que poderia ficar tão apaixonada assim — suspirei novamente.

— Já vi que você vai ficar suspirando pelo resto do dia — riu.

— Pode apostar — concordei. — Eu só paro quando ver ele novamente. Mas logo isso acontece por conta da competição. Falando nisso, como vai a sua apresentação?

— Está ótima. Já terminamos a coreografia e está perfeita. Por isso, tome cuidado Castillo — sorriu.

— Tome cuidado, você Reys, eu e Leon somos os melhores — dei um piscadinha pra ela, mas logo a abracei. — Brincadeira, amiga. Sabe que te amo.

— Ama? Nem reparei — brincou. — Também te amo, amiga.

— Quanto amor, mas.... E eu? — falou Diego, enciumado.

— Liga não, Di. Sabe que te amo — brinquei, levando um tapa de Fran. — Ai, era brincadeira, Fran. Meu negócio é com o Leon.

— Só pra garantir — riu Fran. — Também te amo, Di — beijou-o.

Decidi percorrer o resto do caminho afastada por que não estava a fim de ouvir os dois naquele clima meloso. Logo, chegamos ao Studio e fomos convocados ao Zoom, por Pablo.

Ele explicou como a competição funcionaria. Basicamente, teríamos de nos apresentar seguindo a ordem que eles determinaram para cada dupla. Após o sorteio, soube que eu e Leon seríamos os últimos. Depois das apresentações, os jurados escolheriam a melhor dupla.

As aulas seguiram normalmente, com todos muito empolgados para a competição. Era estranho que Diego fosse o único preocupado, já que ele era o mais comediante de todos, junto com Leon, obviamente. Sentia que ele me olhava a cada segundo, mas sempre que eu o olhava para constatar esse fato, ele desviava sua atenção para outro lugar.

Fomos dispensados no final da tarde. Com isso, pude ir pra casa jantar com meu pai e Jade, que infelizmente havia voltado e não parou de tagarelar desde quando eu entrei na cozinha, até terminar a sobremesa e subir pro meu quarto. Troquei de roupa e segui rumo ao Studio com Fran. Diego havia ido embora mais cedo para resolver problemas da faculdade, assim como Leon. Mas prometeu chegar a tempo para a apresentação dele com Fran, que no caso, era a segunda.

— Nervosa, amiga? — perguntei para Cami, que era a primeira a se apresentar.

Tudo estava pronto, já haviamos nos aquecido e Diego havia chegado a tempo. Já Leon.... Nem sinal dele. Mandei algumas mensagens mas ele não me respondeu e quando tentei ligar a chamada foi direto pra caixa postal.

— Muito. To tremendo. E o pior de tudo é que o Broduey entra pelo outro lado do palco e não pode me acalmar — disse Cami.

— O que eu posso fazer pra ajudar?

— Fala alguma coisa pra me distrair — pediu.

— Han... Sabia que eu já sonhei vermelho? — tentei.

— Não ta funcionando, Vilu.

— Tá, outro assunto... Já sei: Beijei o Leon essa noite.

— Sério?! — gritou. — Aleluia, não aguentava mais essa demora, vocês são muito lerdos — rimos. — Mas como é que foi?

— Muito bem, acredita que... — dizia, mas nessa hora, Marotti anunciou:

— Camila e Broduey! Palmas pra eles.

— Boa sorte — sorri a abraçando.

— Valeu, amiga — sorriu.

Ela e Broduey invadiram o palco e logo a música começou sendo acompanhada pela coreografia dos dois. Sorri enquanto assistia. Após a apresentação de Cami e Broduey, foi a vez de Fran e Diego que dançaram incrivelmente bem, tinham muita química.

Assim que eles desceram do palco, caminhamos para fora do Zoom para podermos conversar.

— Parabéns, gente. Ficou muito legal e eu amei — falei os abraçando.

Abraçando meus amigos, senti algo estranho. Aliás, tudo naquele dia estava estranho.

— Diego, cadê o Leon? — disse, assim que nos separamos.

— Ele vai aparecer, calma — sorriu forçadamente.

— O que está havendo com vocês dois? Um simplesmente desaparece e não responde minhas chamadas ou atende minhas ligações. O outro fica o dia todo agindo estranho... — acusei.

— Coisa da sua cabeça, Vilu — defendeu-se.

— Não a Fran também concorda comigo.

— Verdade, amor. Você tá estranho hoje — apontou Fran.

— Acho que com tudo isso da apresentação eu fiquei nervoso — coçou a nuca.

— Se você diz... Vem, vamos assistir as outras apresentações — Fran puxou Diego. — Você não vem, Vilu?

— Acho que é melhor a Vilu ficar aqui, esperando o Leon — sugeriu Diego.

— Diego tem razão, vou ficar aqui — respondi.

— Tudo bem — concordou Fran.

Por alguns minutos, fiquei em silêncio, reencostada à parede. Minha mente trabalhava rapidamente enquanto meu coração começava a acelerar de medo por Leon não chegar. Algo estava muito errado e eu precisava saber o que era.

— Vilu! — chamou Leon em tom de alívio.

Abri os olhos e sorri. Ele, porém permaneceu sério. Reparei em como ele estava e notei que aquelas não eram roupas para dançar. Ele usava calça jeans azul com uma jaqueta da mesma cor, sua camisa era comum e seus sapatos eram All Stars vermelhos. Parecia meio desarrumado.

— Achei que nunca ia chegar — falei.

— Vem comigo — ignorou meu comentário e me pegou pela mão.

— Leon, o que... — dizia mas ele começou a me arrastar para a saída a passos largos e rápidos.

Quando estávamos fora do Studio, Leon me guiou para um carro Gol que estava estacionado na frente do mesmo. Abriu a porta do passageiro e gesticulou para que eu entrasse.

— Leon, o que está havendo? Não vou entrar nesse carro. De quem é?

— É meu. Agora entra — mandou.

— Pra que?! — exclamei.

— Confia em mim, não confia? — olhou-me seriamente.

— Confio — admiti.

— Então, por favor, entra e eu explico tudo — pediu.

Olhando em seus olhos eu vi a súplica. Então, prontamente concordei com a cabeça e adentrei o carro, fechando a porta ao meu lado.

Leon deu a volta por trás do carro e adentrou o mesmo. Sem dizer nada ou olhar para mim, ele colocou a chave no contato e ligando o motor, acelerou rapidamente, fazendo os pneus cantarem.

— Leon! Você ta louco? O que ta acontecendo? — gritei.

— Fica calma! — gritou, prestando atenção à estrada.

— Como quer que eu fique calma? Você ta me sequestrando ou o que? — gritei de volta. O carro corria velozmente pelas ruas de Buenos Aires. Ele permaneceu em silêncio, inquieto no banco. — Para esse carro, agora!

— Eu não posso! Acalma-se antes que tenha um ataque, Violetta! Vai ficar tudo bem, você vai ver. Não vou te machucar — tentou me acalmar.

— Quem me garante isso!? — cruzei os braços.

— Acha mesmo que eu seria capaz de fazer algo com você depois de tudo o que passamos? Depois da noite passada? — disse incrédulo.

Eu ia responder que não. Eu confiava nele mas aquilo estava me deixando com medo. Não sabia o que estava acontecendo. Mas o celular dele começou a tocar, me impedindo de me pronunciar. Ele o retirou do bolso e eu notei que aquele não era o celular de Leon. Decidi prestar atenção à conversa.

— Fala, Diego — atendeu. — Sim... Eu to com ela. Estamos indo... Okay, daqui algumas horas eu te ligo... Ta, tchau — desligou.

— Indo? Indo pra onde, Leon!? Me diz o que está acontecendo e o que estamos fazendo! — exigi, olhando-o raivosa e desesperadamente.

Ele suspirou exasperadamente, segurando fortemente no volante e cerrando os olhos por milésimos de segundo. Então, me olhou da forma mais séria que eu já havia visto e disse:

— Estamos fugindo.


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Notas finais do capítulo

O que? Leon e Vilu fugindo? han?... Como assim?
Só tenho a dizer uma coisa: FERROU!
Finalmente escrevi um cap grande, mas vamos combinar q ninguém supera a Mi kkkkk Amo seus caps grades, Miga ;)
Bom, é isso, espero realmente que tenham gostado e por favor deixem suas opiniões sobre a historia e tudo mais.
Falei demais, ta na hora de ir, então: Beijo, tchau Nyah! (nova despedida kkk).



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