POV Kah

Achamos a loja de penhores, eu e Angel ficamos no quarto, não por opção, eles nos trancaram aqui, esses filhos da mãe.

Flashback on

– Nós temos que resolver umas coisas antes de ir, se arrumem enquanto isso – Dean fala e nós entramos no nosso quarto, assim que eu passo, ele fecha a porta e a tranca.

– Abre essa porta – eu falo irritada.

– Não posso, tenho uma aposta pra ganhar – ele fala e eu escuto seus passos se afastando junto com os de Sam, eu olho pra Angel...

– Você tinha que fazer uma aposta né? – ela me olha tipo “desculpa?”.

Flashback off

Ah, mas eles vão ver, depois de umas horas...

– Esses desgraçados – Angel fala rangendo os dentes.

– Filhos da mãe – eu soco a parede – AHHHHH – eu grito e Angel vem até mim.

– Maninha, que foi? – ela me senta com cuidado na cama e pega no meu pulso, outro grito quando ela fez isso – Kah, eu preciso pôr isso no lugar – eu olho pra ela desesperada – calma, morde isso aqui – ela me dá um pano, eu coloco na boca e fecho os olhos, ela puxa minha mão e eu mordo com força o pano, com ele abafando um grito, quando abro os olhos de novo, Angel está pegando uma atadura, ela enfaixa meu pulso – melhor?

– Um pouco, obrigada – eu sorrio, mas logo sinto meu coração disparar, minha respiração fica pesada.

– Kah, o que foi?

– O feitiço de ligação funcionou, algo está acontecendo com eles, eu tenho que ir pra lá agora.

– Ótimo, vamos maninha – eu nos teletransportei pra lá com dificuldades, Sam estava na frente do espelho, escorria sangue de seus olhos, Angel se adiantou e quebrou o espelho com um chute, eu fui até Sam, Dean entrou no lugar, só que aí a Mary saiu do espelho, todos começamos a sentir fortes dores e nossos olhos começaram a sangrar, eu, como sou inteligente...peguei um espelho e apontei na direção dela, usei o feitiço contra o feiticeiro e derrotei sabagaça, depois disso fomos embora, arrumamos nossas coisas e fomos até a Charlie, nos despedimos e fomos embora da cidade.

Nós e os Winchester paramos nos limites da cidade.

– Espero que não cruzem o nosso caminho de novo, seus idiotas – eu falo sorrindo, sentada no banco do carona olhando pra eles no carro do lado do nosso.

– O mesmo pra vocês, garotinhas – Dean fala sorrindo cafajeste e Angel dá a partida, ele também.

– Tchau, seus trouxas – ela fala sorrindo.

– Você vai sentir falta deles, não? – eu pergunto me encolhendo no banco.

– Você não faz ideia – ela sorri pra mim e continua dirigindo, nos separamos no meio do caminho e bateu uma sensação estranha.

– Angel, o que você está escondendo de mim? Bora, fala logo.

– Ah...eu, escondendo? Que nada – ela fala nervosa.

– Fala logo.

– Eu e o Dean transamos – ela fala de uma vez.

– O quê? – eu digo assustada.

– Quando ele me prendeu no quarto, você sabe...rolou.

– Ai, meu Deus, Angel, era tudo uma aposta.

– O quê?

– O Sam me falou que ele e Dean tinham feito uma aposta, que Dean tinha que te manter presa no quarto, eu senti que ele escondia algo, eu vasculhei na mente dele de manhã e a aposta tinha sim algo a mais, era entre eles, quem conseguia levar uma de nós duas pra cama naquela oportunidade, pelo visto o Sam perdeu...

– Então vocês dois não... – ela fala chocada.

– Não – eu falei como se fosse óbvio.

– Maninha...eu achei que vocês também tinham transado.

– Nós não transamos ok? Eu evitei ele a noite toda e mesmo assim, eu acho que ele também não queria.

– Eu me sinto suja...eu fui alvo de uma aposta... – ela fala triste, eu não falo mais é nada.

– Nós fomos...mas isso vai ter troco, eu vou exigir uma parte do dinheiro quando nos encontrarmos de novo.

– Você que disse pra eles não cruzarem nosso caminho de novo.

– Querida, eu falei, mas eu sei que vamos nos encontrar muito em breve.

– Como você tem tanta certeza?

– Eu apenas sei, Angel – eu falo sorrindo, a viagem de volta foi rápida.

– Evy, chegamos...Evy? Evy... – saímos procurando ela pela casa toda, nem um sinal dela.

Nos arrumamos, dormimos, acordamos, assistimos um filme e lá pra meia-noite essa criatura foi chegar.

– Onde a senhorita estava? – nós duas falamos possessivamente.

– Eu saí com uns amigos, desculpe não estar quando as duas princesinhas chegaram, mas a vida é minha, então...eu só quis sair um pouco.

– Bom, pelo menos você não voltou uma semana depois – eu falo rindo e vou para o meu quarto, meu pulso doía, amanhã eu vou no médico, é sério.

Amanheceu. Era domingo, eu fui no médico, ele disse que não era nada grave, que eu devia fazer massagem e tal, voltei pra casa, tudo estava normal demais, não por muito tempo...

Eu chego em casa me sentindo tonta, após um encontro nada agradável, fico no meu quarto o resto do dia, aquela bruxa lançou um feitiço em mim, a marca está gravada no meu abdômen, é como uma tatuagem, é um botão de flor que quando desabrochar...vai levar a minha vida.