A Reunião dos Heróis escrita por MaçãPêra


Capítulo 11
Nutella


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa! Estou aqui! Não fui embora. A vida é complicada mesmo...
Um pouco mais de Zachel...
Ana Bia...
Remo...
Ted...
Vou agradecer ao pessoal de sempre pelos comentários: PercyPlay, TheLittleDaughterOfZeus, Misses Ghost e quem quer que esteja lendo isso.
O próximo AdTA está previsto para o cap 15...
Próximo cap vai ser P.OV. Ted...
O título do cap é em "homenagem" a uma das leitoras (risos). Eu prometi isso a ela... :p
Espero que gostem!



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P.O.V. Zeke

No caminho para o hotel, conversamos sobre os itens em nossa lista.

– Eu não acho que Remo chegue a usar o creme ou lâmina de barbear. Nem sei se os bruxos usam desodorante trouxa. Acho que eles tem um feitiço ou poção para isso.

– Talvez ele não tenha pedido esses materiais somente para ele – Rache olhou para a direita. Observando os carros em movimento – Talvez esses itens sejam para todos nós.

– Acho que você tem razão. Dá para fazer um belo piquenique com essas coisas! – falei – Apesar disso, eu não preciso fazer a barba para o Colégio Militar. Posso deixar ela crescer...

– Não acho que você deva fazer isso. Você fica melhor assim – opinou a ruiva – Podemos fazer uma salada de frutas com Leite Moça. Eu também vi um pote de Nutella no seu carrinho de compras Hum...– Rachel lambeu os lábios... Lábios...

– Eu não como Nutella – declarei – acabaria com meu Plano de Alimentação Saudável.

– Como assim você não come Nutella?! Pelo menos uma vezinha. A sensação é incrível!

– Depois dessa vez, teria outra, mais outra e mais outra. Alguns sacrifícios são necessários para ter um corpo saudável – eu disse – Mais uma lição do Mestre Zeke para sua Aprendiza Faixa-Vermelha.

– Isso dá certo mesmo? - ela sorriu maliciosamente – Só acredito com provas. Preciso ver o resultado antes de dar meu veredito.

Impressionante o jeito como ela conseguia me deixar vermelho. Isso é um jogo, pensei, agora é minha vez de jogar o dado.

– Aqui não é o lugar mais apropriado para Mestre Zeke mostrar os resultados de sua missão – respondi – Os arquivos são confidenciais. Mas minha jovem Aprendiza não precisa ver para saber – eu parei de andar, ela também parou. Enquanto a encarava, segurei seu pulso direito e o levei lentamente até meu abdome, pressionando sua mão, levemente, sobre aquela região, mas por cima da camisa – Você só precisa tocar.

Rachel ficou tão vermelha quanto seu cabelo por sentir meu músculo em sua palma. O jogo está empatado, porém, também corei um pouco com o contato. Ela ainda está ganhado o jogo e agora é a vez de ela jogar o dado.

– Parece estar saudável. Dou nota 7,5.

– Só isso?! - perguntei – o que está entre mim e meu 10?

Ela mordeu a parte inferior do lábio, aproximou sua boca de meu ouvido e sussurrou sedutoramente:

– Sua camisa.

Ok. Ela ganhou. Admito minha derrota, mas quero revanche.

– Eu já falei o que tem na minha parte da lista, agora diga o que tem na sua – pedi.

Rachel tinha dito que na parte dela tinha coisas que ela nem pensava que Remo fosse pedir. Eu estava curioso.

– Na minha parte tinham muitos itens tecnológicos, por isso acho que esses foram pedidos por Ian: Um transmissor, Minicâmeras de segurança., uns aparelhinhos que eu não sei o que fazem, uns fios, cabos, pen drives, etc – Rachel voltou a olhar para os carros – E só.

Olhei para ela, desconfiado. Ela estava escondendo alguma coisa.

– Só isso?

– As outras coisas não são importantes – seu tom de voz foi de indiferença, mas percebi um leve rubor na pele.

– Tão insignificante que você ficou vermelha – agora ela não conseguia mais esconder o rubor - O que tem nessa bolsa verde que você não quer me contar?

Ela cruzou os braços na frente do corpo.

– Tem... Preservativos.

– Oi? Tipo... Cam...

– É, é. Isso mesmo – Rachel parecia um... Camarão – Não sei para que Lupin vai usar isso...

– Você mesma disse – eu a interrompi - “Talvez ele não tenha pedido esses materiais somente para ele, talvez esses itens sejam para nós”.

Não consegui conter a risada. Ela estava tão vermelha, que ela podeira explodir. O jogo virou, não é mesmo?

Consegui parar de rir.

– Tá bom. Parei.
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Ao chegar no hotel. Seguimos direto para nosso quarto. Chegando lá, fui recebido com uma “travesseirada” na cara.

– Ai!

Peguei o travesseiro e o arremessei para dentro do quarto. Ao passar pela porta, o travesseiro nem tocou no chão e começou a flutuar. Ele foi atirado na minha direção por mãos invisíveis e atingiu no meio do meu estômago. O travesseiro voador começou a me acertar pelos lados. Era difícil se proteger contra um travesseiro voador, mas, em certo momento, consegui segurar o travesseiro com as duas mãos e o abracei para que não escapasse.

Finite Incantatem! - Remo, do outro lado do quarto, lançou um feitiço no travesseiro. O travesseiro parou de tentar se soltar.

Eu me sentei no chão, exausto. Rachel estava boquiaberta.

– O que foi isso? - perguntei, limpando o suor do rosto.

– Você foi a primeira vítima do feitiço Oppugno – revelou Remo – Eu estava testando alguns feitiços, só para ver quais estavam funcionando. Vocês chegaram na hora certa – o bruxo apontou sua varinha para o travesseiro no meu colo – Accio travesseiro!

O travesseiro não fez nada. Continuou quietinho, no meu colo. Agora ele não parecia tão ameaçador.

Accio travesseiro!– Remo repetiu, com mais vontade.

O travesseiro, teimosamente, continuou imóvel, sobre mim. Eu o arremesso na direção de Lupin.

Avifors!– grita Remo, com a varinha apontando para o travesseiro voador. O feitiço não sai de sua varinha e o travesseiro atinge sua cara em cheio.

– Isso foi por não ter me consultado antes – eu falei.

– Isso foi desnecessário – disse Remo, jogando o travesseiro de volta para a cama – compraram tudo o que pedi?

– Compramos – Rachel estendeu a bolsa verde para ele – Acho que não falta nada – Rachel colocou a mão (o braço inteiro, na verdade) dentro da bolsa e tirou um maço de notas – Aqui, o troco.

– Pode ficar com o dinheiro, eu posso conseguir mais – Remo pegou a bolsa da mão de Rachel e começou a procurar coisas lá dentro – Zeke, você pode ir lá para a área da piscina chamar os garotos? Eu vou esperar por eles aqui, no quarto. Rachel, fique e me ajude com algumas coisas.

Rachel deu uma olhada em mim, depois seguiu quarto adentro. Eu me virei e fui para onde ficava a piscina.

Encontrei Ted, Percy e Ian tomando café em uma mesa um pouco distante da piscina, em uma área coberta. Eles estavam conversando com uma garota desconhecida. Ela era mais nova, entre 13 e 14 anos e tinha o livro “A Casa de Hades” à sua frente, sobre a mesa.

–...Um filho de Hermes, talvez? Tipo Travis ou Connor Stoll. Acho que você poderia ser um deles – disse a garota para Ted – Acho que, de todos os livros que já li, somente os Stoll tem características parecidas com a sua... Sei não...

– Bom dia – eu cumprimentei.

Eles finalmente me notaram ali, eles responderam meu cumprimento com um uníssono “bom dia”.

– Zeke, se eu fosse um personagem de um livro, quem eu seria? - Ted me perguntou – não precisa escolher só pela aparência, pode ser pela personalidade também.

Fingi que estava pensando seriamente na pergunta e respondi:

Pirraça, talvez. Ou o Perebas, quem sabe? - Ted revirou os olhos – E eu? Quem sou?

– Finnick Odair – ele respondeu, inexpressivamente.

– Finn? Nós não temos quase nada em comum! Nem em aparência ou personalidade.

– Em aparência ou personalidade vocês podem não ter nada em comum, mas você vai ter um fim muito parecido com o dele – agora ele tinha uma expressão assassina no rosto – E isso acontecerá mais cedo do que você imagina...

Eu o encarei, ele me encarou. Percy, Ian e a garota desconhecida nos encaravam. Este é um outro jogo, pensei, mas eu já sei quem vai perder primeiro.

Ted não aguentou, ele caiu na gargalhada. Depois fui eu quem explodiu, e então o resto. Algumas pessoas enviaram olhares curiosos em nossa direção, mas logo voltaram a seus afazeres.

Isso era comum entre mim e Ted. Quando um de nós falava uma besteira, nós ficamos nos encarando para ver quem seria o primeiro a cair na risada.

– Antes de qualquer outra coisa – começou Ted, conseguindo interromper o riso – Zeke, essa é Ana Bia. Ana Bia, esse é Zeke, meu irmão.

– Olá! - ela disse.

– Olá – sorri para ela. A garota corou. Voltei minha atenção para o resto do pessoal – Gente, Remo está chamando por vocês lá no quarto.

– Já está na hora? - Ian olhou para o relógio que estava em seu pulso – Ainda está cedo, não?

– É melhor ir lá em cima e descobrir.

Não fui eu quem disse isso. Rachel estava bem atrás de mim. Essa é a segunda vez no dia que a ruiva quase me causa um ataque do coração. A primeira vez foi quando ela, de repente, rasgou a lista de materiais de Remo ao meio.

– Uau! Você me assustou! - coloquei uma mão sobre meu peito – Pela segunda vez!

– É muito fácil te assustar – ela disse.

– Raquel! - Ted chamou – essa é Ana Bia. Ana Bia, essa é a Raquel, a namorada do meu irmão.

Fuzilei Ted com meu melhor olhar ameaçador. Rachel ficou vermelha. Eu até entendo que Ted tenha mudado os nomes dos personagens e colocado algum tipo de parentesco entre eles... Mas agora ele estava zoando com a minha cara.

Quem vai ser o Finnick agora?

Ted me olhava como se estivesse pensando: “Vocês demoraram muito lá no Shopping, o que estavam fazendo?

Ana Bia observava Rachel boquiaberta. Depois ela olhou para Percy e Ted. Por um momento, pensei que ela poderia ter descoberto nossas identidades e o feitiço que encobria os personagens falhara.

– Nossa... - ela falou – acho que vocês deveriam cobrar por fotos suas. Vocês são os melhores cosplayers que eu vi na minha vida! - ela nos olhava como se tivesse encontrado um baú de tesouro – Antes de irem embora, eu posso tirar uma foto de todos vocês? Todos juntos! Aí eu posto na minha página! Isso vai me dar mais curtidores...

Todos nos entreolhamos e concordamos. Ana Bia pegou o celular e colocou no modo de autorretrato para tirar uma “selfie”. Nos reunimos atrás dela, cada um em uma posição diferente. Eu passei meu braço por cima do ombro de Rachel e sorri para a foto.

– Então... Talvez nos encontremos em Salvador – Ana se despediu, esperançosa – Curtam a minha página! “Reunião das Sagas”!

Todos nos despedimos da garota e seguimos para o quarto do hotel. Durante o caminho, Ian ficou reclamando que tirar aquela foto foi burrice, que qualquer um saberia nossa posição. Ted retrucou, dizendo que a página de Ana Bia era muito pouco conhecida.

– Ela disse ter, no máximo, uns 900 curtidores. A maioria é de outros estados, nenhum deles deve conhecer a mim ou Zeke. Além disso, acho que não há mais personagens aqui no Brasil e, se formos para a Mansão de Dolores agora, vai levar um tempo até Umbridge descobrir a foto no Face. Até A aí já estaremos do outro lado do país.

Ian ainda parecia relutante, mas ficou calado. Chegamos no quarto.

Remo estava sentado em uma cadeira em frente à cama de casal. Ele tinha manchas de cinzas no rosto e nas roupas. O bruxo estava anotando algo em um caderno. A bolsa mágica de Rachel estava em cima da escrivaninha, ao seu lado, e havia um pote de Nutella sobre a mesa.

Remo desviou sua atenção das anotações e nos olhou.

– Percy, Zeke e Ted – o mais velho chamou – Espero que nenhum de vocês tenha algum problema com Nutella, porque, durante essa missão, isso pode ser a diferença entre o seu sucesso... – ele fez uma longa pausa – e a morte.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Sobre essas cenas Zachel?
Sobre Zeke vs Travesseiro?
Sobre qual personagem, de qualquer saga, Zeke e Ted são parecidos?
A foto? Ana Bia?
Algum erro?
Próximo cap é do Ted... E tem o início da invasão...
Espero que tenham gostado!
:):):)