All That Im Living For escrita por Josiane Veiga


Capítulo 1
Unico




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All That I\'m Living For

Único

Por Josiane Veiga




Tudo pelo que estou vivendo

Tudo pelo que estou vivendo

Tudo pelo que estou morrendo

Tudo que eu não posso ignorar sozinha de noite

Aconteceu de novo. Mais uma vez ela estava em frente àquela enorme casa antiga. Mesmo sabendo que estava sonhando, ela reconhecia a mansão das inúmeras vezes que já estivera nela em outros sonhos. Era a casa de sagitário. Era a casa de Aioros.

A bela moça sentiu o já costumeiro tremor no estômago, pois a reação acontecia todas as vezes que ela se encontrava lá. E isso já ocorria há alguns anos. Noite após noite, era levada em sonhos a casa do Cavaleiro de Sagitário. No começo tomou um susto, sentiu medo. Após algum tempo começou a conversar com o homem e mantiveram uma amizade... mas não durou muito para ela perceber que estava apaixonada. Se tornar amante dele, foi um pulo.

E então veio a culpa... a sensação de amar alguém em sonhos e não ter a felicidade de tê-lo na vida real. Quanto tempo ela ficaria sendo escrava de uma paixão impossível?

Eu posso sentir a noite surgindo

e me separar do meu evidente

entendimento sobre mim

Depois de tudo que eu tenho visto,

juntando todos os pensamentos entre si

eu encontrei as palavras que me fazem melhor

se eu só sei como me tirar à parte

A moça tocou os cabelos e tentou raciocinar. Porque tinha aqueles sonhos? E porque tinha a consciência que estava sonhando? Não havia explicação... e ela nunca saberia porque toda a noite, as trevas a levavam até aquele lugar.

Respirando fundo, ela entrou dentro da casa. O salão era amplo, claro e frio. Ela abraçou-se tentando aquecer os braços. Lágrimas surgiram nos seus olhos.

Aioros... ele estava morto. Estava morto, mas vivia naquela casa. E a chamava em sonhos todas as noites. Devia se sentir feliz, mas não estava. Devia agradecer aos céus, mas não conseguia.

Tudo pelo que estou vivendo

Tudo pelo que estou morrendo

Tudo que eu não posso ignorar sozinha de noite

tudo que eu quis

embora eu quisesse mais

eu fechei a última porta que estava aberta - meus

espíritos estão me vencendo

-Sabia que viria...

A voz profunda a invadiu com fúria e força. Ela olhou em direção ao som, e encontrou os olhos do amante. Ele era lindo. Quem resistiria? Existia uma força nele que era inexplicável. O forte e corajoso Aioros. Sim, ele sabia que ela sempre ia ao seu encontro.

Noite após noite, como uma viciada, um zumbi, ela ia até ele. Sonho após sonho, ela invadia a casa do zodíaco de Sagitário para se encontrar com aquele homem. Era errado, mas como evitar, se só de olha-lo agora ela sentia as pernas fraquejaram e a crescente vontade de correr em seus braços e ficar lá para sempre.

-Pois eu não devia ter vindo – ela sussurrou sufocante- essa será...

-...A ultima vez – ele completou irônico – você já disse isso da ultima vez que esteve aqui, e na penúltima...

“Aioros. Maldito seja, Cavaleiro de Ouro!” – pensou ela- “que me tornou sua dependente, e que todas as noites, como uma drogada eu venho ao seu encontro”.

Eu acredito que os sonhos são sagrados

O cavaleiro a olhava da mesma maneira que na noite anterior. E ela sabia que a guerra estava perdida! Ele venceria... mais uma vez. Não iria conseguir resistir a ele... assim como não resistiu na noite anterior...

Ela o viu se aproximando e pensou em sair correndo, mas as pernas estavam completamente presas no chão. Tentou controlar a respiração, mas percebeu que ela se acelerou.

Não! Não queria ser tão frágil assim. Ela não era assim! Não era uma menina boba que mal conseguia olhar para o homem que amava sem ficar completamente enrubescida. Mas estava!

Pegue meus medos mais sombrios e jogue com eles

como uma canção de ninar

como uma razão incerta

como um jogo das minhas obsessões

Faça-me entender a lição

então eu me encontrarei de novo

então eu não estarei perdida outra vez

Quando ele chegou na sua frente, ela baixou o olhar.

-Olhe para mim...

A voz firme estava suave. Quase angelical.

-Não quero olhar para você... quero apenas que me liberte destes sonhos.

Os dedos longos dele seguraram seu queixo. Então ele levantou seu rosto e os olhos se encontraram.

-Não posso...

-Pode sim...

-Se eu fizer isso, não terei mais motivos para existir...

Ela engoliu em seco as lágrimas. O coração pestanejou e ele não se fez de rogado em aproveitar o momento.Os dedos claros que estavam no rosto dela deslizaram pelos seus cabelos. Ela tentou o evitar, mas quando a boca firme de Aioros a invadiu, ela sabia que a noite mal estava começando.

Tudo pelo que estou vivendo

Tudo pelo que estou morrendo

Tudo que eu não posso ignorar sozinha de noite

tudo que eu quis

embora eu quisesse mais

eu fechei a última porta que estava aberta - meus

fantasmas estão me vencendo

Ela queria parar... mas não conseguia... a guerra estava perdida? Por que ela se sentia a mulher mais vitoriosa do mundo quando sentiu que ele se deitava sobre ela?

Acho que penso que não mudei o mundo

para fazer você me ver

para ser a única

Eu teria que correr para sempre

mas, agora que eu volto

a não chorar pelo seu amor?

Horas depois, quando o sol já invadia o quarto, a moça acordou. Os olhos se abriram e ela suspirou. O sonho acabara. Mas retornaria na noite seguinte. Era sua sina e seria assim enquanto ela vivesse... era uma escrava do amor de Aioros. Mas também... não era tão ruim assim...

Deveria doer te amar?

Eu deveria me sentir como eu me sinto?

Eu deveria ter fechado a última porta aberta -

meus fantasmas estão me vencendo

Com um grito surdo ela atirou as cobertas para fora da cama, com a intenção de se levantar, mas deparou com algo e sorriu. Ao seu lado uma FLECHA dourada descansava. Um pergaminho se encontrava na ponta. Rapidamente ela abriu e leu:

É um privilégio amar você;

Tua carne, tua alma,

Teu ser e tua graça,

Teu corpo, tua respiração;

E saber, Elektra...

Que invado teus sonhos,

Na ânsia de invadir teu coração”

Aioros.

Ela encostou o pergaminho no peito e quase chorou. Quanta doçura aquele homem reservava?

Reservava muitas, como ela iria descobrir mais tarde, pois na cozinha encontrou o café da manhã preparado e um certo Cavaleiro lendo o jornal... e desta vez o amor foi real e não mais fruto de sonhos impossiveis.

Fim


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