Diário da Dastan escrita por DastanDrake


Capítulo 23
Capitulo 23- terça-feira




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Domingo acabei por ter ido dormir cedo, já que o Mikoto não tinha chegado a casa. As 3:25 da manhã, ele acordou-me com um barulho. Vinha a falar ao telemóvel e consegui apanhar um “Sim, fica combinado amanhã!” Algo me dizia que ele iria passar o terça-feira igualmente ocupada. Ele deitou-se na cama e dormiu que nem um patinho. É normal nele, mas mesmo assim não sei como é que o consegue fazer ….

Acabei por não dormir mais, apenas a pensar no que poderia fazer. Levantei-me as 5horas da manhã, vesti-me e voltei a pôr-me debaixo das mantas. Tinha pensado muito no assunto e cheguei a conclusão de que o ia seguir.

Por volta das 6:30 da manhã, o Mikoto levantou-se, vestiu-se e veio à minha cama. Sentou-se nela e começou a fazer caricias na minha cara. A mão era tao suave que, com o pouco que tinha dormido, teria adormecido se ele se demorasse mais…

Ouvi a porta da frente a fechar-se o que dava a indicação de que o Mikoto já tinha saído de casa. Levantei-me, calcei-me e telefonei a May. Ela queixava-se de a ter acordado tao cedo nas férias mas precisava muito da ajuda dela.

Segui o Mikoto durante horas. A May conseguiu alcançar-nos e seguia-mos bem longe. Estávamos a morrer de sono e a May tinha dito que já lhe doía os pés. 

Mikoto tinha virado numa rua que nos mais tarde também entramos, mas perdemos de vista, não sabíamos onde o Mikoto se tinha metido e acabamos por ir ter a um beco sem saída. Cansadas, desanimadas e a morrer de sono, voltamos para a estrada.

Acabamos por decidir que nos íamos separar e procurar pela cidade, se visse-mos alguma coisa era só telefonar. E assim foi: andei, andei e andei e não encontrei nada. Até a May me ligar, pensei em voltar para casa. May disse que o encontrou num café ao lado do parque. Eram 11horas da manhã quando olhei para o relógio. Aprecei-me para me encontrar com a May mas persenti que algo vinha a seguir-me. Estava super assustada … não queria olhar para trás mas eu tinha a certeza que vinha alguém. Por isso, aprecei ainda mais o passo. Acabei por ir contra alguém e cai no chão. Esse alguém resmungou um “Hei! Vê lá por onde andas seu …” e não acabou a frase pois quando olhou na minha cara ficou super vermelho. Atrás dele estava o Izumo e o resto dos amigos do Mikoto. Yata imediatamente se levantou do chão e pediu desculpas pelo que disse. Ele era mesmo engraçado e fofo quando corava.

Acabei por perguntar porque o bar estava fechado e que o Castiel me tinha ligado. Izumo pediu muitas desculpas e disse que tinha havido uns problemas e pediu-me para avisar o Castiel e o Lysandre que esta semana iriam fechar por causa de uns problemas. Achei muito estranho … Uma semana? Era muito tempo. Despedi-me e pus-me a caminho. Já não sentia ninguém atras de mim por isso mandei mensagens ao Castiel e rapidamente respondeu com um “Problemas? Problemas tive eu quando esperei duas horas a frente do bar e ninguém apareceu”

Acabei por me encontrar com a May fora do café. Ela emprestou-me uns óculos de sol “para o disfarce” como ela disse. Era um pouco exagerado demais mas tive que aceitar.

Espreitei para dentro do café e o Mikoto esta a rir-se para alguém em frente dele. Pelos cabelos longos pude concluir que era uma mulher. Reconheci-a, era a professora Mary…

O meu coração doeu, muita dor passou no meu corpo. Aquele sorriso… ele nunca tinha sorrido para mim, a não ser para gozar comigo. Os olhos começavam a encher-se de lagrimas. Ainda bem que estava com os óculos de sol. Disse a May que isto era errado. Nunca o devia ter seguido e sai. Agradeci-lhe por ter vindo comigo mas queria estar sozinha.

Fui para o parque e sentei-me no banco em frente do campo de basquete. Estive a pensar naquele momento e a mexer nos óculos da May. Alimentei esperanças, o Mikoto nunca podia ficar comigo. Aquele beijo triste não deve ter sido por minha causa. Ele disse que queria ter a certeza de outra coisa. Será que era para ter a certeza que gostava da professora Mary? Quando beijamo-nos no momento em que nos encontramos … nem sei porque o fez. Estava mesmo perdida. A minha vida resumia-se a estar noiva de um homem que ama outra mulher e apaixonada pelos rapazes mais importantes para mim, um deles é meu noivo e o outro era um arrogante que se sentava atras de mim nas aulas.

Não queria ir para casa, não queria ir a avó pois iria deixa-la preocupada se visse a minha cara. Por isso, deixei-me vagabundear pelas ruas sem saber mesmo por onde andava.

Já era de noite, as luzes dos carros que passavam magoava-me os olhos. Não olhei para o relógio, o tempo já não me interessava mais, o meu estomago roncava mais doque qualquer outra coisa mas o meu peito doía-me mais. Então, alguém encontrava-se a minha frente. Um rapaz alto e de cabelos vermelhos que segurava um cigarro aceso na boca. Era a pessoa que mais tentava evitar naquele momento.

Ele apenas perguntou: “O que estas a fazer aqui?” Não respondi, estava cansada os meus olhos estavam meios abertos e meios fechados. Senti a cair pingas de água na minha cabeça. Olhei para cima e a chuva molhava-me a cara. Não tinha comido nada o dia inteiro. Para ser franca, nem tinha muita fome, ou tinha? Não tinha dormido nada e só queria dormir. Olhei o homem que estava a minha frente e fechei os olhos. Não me lembro de mais nada a não ser o meu nome. Chamavam pelo meu nome vezes sem parar.

Quando abri os olhos estava no meu quarto. O relógio dizia 1 da manhã o que era estranho ter dormido tanto. Alguém apertava a minha mão e vi que o Mikoto estava sentado numa cadeira e repousando a cabeça na cama mas segurava a minha mão. Apertei-a e ele acordou. Estava com a cara de sono e voltou a fazer a mesma pergunta: “O que estavas a fazer naquele lugar sozinha?” Tive de lhe contar a verdade. “Desapareceste o dia todo na segunda. Quando chegaste ouvi-te a falar ao telemóvel. Não consegui dormir mais e quando saíste fui atras de ti. Estavas num café com a professora Mary e estavas a rir-te. Nunca te riste para mim por isso fui-me embora. Não queria voltar para casa por isso andei por ai. O que me aconteceu?” ele respondeu : “Provavelmente não comeste nada e não dormiste nada. Tiveste um desgaste e desmaiaste. Começou a chover e trouxe-te para casa. A minha mãe secou-te e pus-te na cama.” E foi assim … Fui perseguida, vi que o meu noivo tem outra mulher que ama e desmaiei, foi um longo dia. Mikoto foi agora fazer algo para eu comer. Depois conto tudo.

Até logo!

DastanDrake


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