O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada escrita por Lailla


Capítulo 2
"Não vai passar da noite passada". É ruim hein!


Notas iniciais do capítulo

Lindos, presentinho! >.< Consegui adiantar o segundo capítulo, espero que gostem *-------------*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/623731/chapter/2

Tirei devagar o braço de Micael de cima de mim. Sentei na cama e respirei um pouco. Aquilo não podia estar acontecendo. Olhei para cima suspirando. Micael se mexeu e eu o olhei, assustada tampando os seios com o edredom. Ele se virou para frente pondo o braço em cima de seus olhos e dobrando levemente a perna. Me perguntava que porra aconteceu pra gente fazer aquilo de novo!

Não sei o que o fez despertar, mas ele abaixou o braço, apertando e esfregando os olhos. Suspirou e olhou pra mim. Acho que ele processava a visão de me ver ao seu lado, nua. Arregalou os olhos e alguém tentou abrir a porta. Olhamos na direção.

Está trancada. – Ellie disse do lado de fora.

Não me subestime. Me dá um grampo.

Hum. Toma.

Em poucos segundos com o barulho de Du mexendo na fechadura, a porta de abriu e vimos os dois, ainda com a roupa do dia anterior. Du levantou, espantado ao nos ver. Ellie não tinha palavras. Do nada meu irmão começou a dar risada, batendo a mão na perna. Ellie o olhou ainda em choque.

– Puta merda... – Ele disse – De novo?!

Fiz cara de tédio.

– Eu disse. – Du disse a Ellie – Me deve 50 reais.

Ellie cruzou os braços, emburrada e me olhou.

– Por que quando vocês bebem acabam transando um com o outro?! – Ela exclamou – Eu podia ter ganhado dinheiro fácil, fácil.

Torci a expressão sem saber o que dizer. Ela revirou os olhos e saiu. Du ainda gargalhava.

– Né... – Ele ria – Já está na hora do almoço. A gente está esperando vocês.

Ele fechou a porta e foi embora. Eu olhava paralisada para a porta. O que acontece com nós dois pra sempre transarmos quando estamos bêbedos?! É carma? Não é possível uma coisa dessas!

Nos olhamos ao mesmo tempo.

– Nunca aconteceu. – Declarei.

Ele assentiu com a cabeça, ainda paralisado. Levantei me enrolando no edredom e o deixando descoberto.

– Espera, porra! – Ele disse tentando se cobrir com alguma coisa.

O olhei franzindo a testa. Revirei os olhos e ri.

– Micael! Já te vi pelado um monte de vezes!

Ele riu, aquilo até que foi engraçado. Fui para o banheiro e tomei um banho. Saí já vestia e Micael estava sentado na cama, vestido com a calça. Ele olhou pra mim.

– Certo... – Pensava.

Olhei para o lado e vi minha calcinha pendurada na estante. Arregalei os olhos e a tirei dali o mais rápido que pude.

– Ontem... Hum... – Pensava passando a mão na testa.

– Relaxa. – Ele disse – Não vai passar da noite passada.

O olhei, estática. Não era exatamente isso que eu ia falar, mas se ele disse...

– Hum. – Assenti.

Ele sorriu gentilmente e se levantou, saindo do quarto. O olhei sair e fiquei confusa. Sentei na cama, pensando. Não achei que ele ia dizer aquilo com tanta facilidade. Me senti mal. Triste.

Levantei e comecei a arrumar o quarto. Meu vestido estava em cima da escrivaninha e minhas bijuterias jogadas pelo chão. Quando arrumei tudo, fiz a cama e deitei nela, começando a pensar. Coloquei a mão na testa, tentava me lembrar de algo.

– Fê.

Olhei para a porta. Era Ellie.

– Toma. Comprei agora a pouco. – Ela disse me dando a pílula e um copo de água.

A tomei e me acalmei. Pelo menos isso. Ela sorriu pra mim.

– Que é? – Disse sem entender.

– Du e eu acordamos abraçados.

– Legal. – Sorri – Micael e eu transamos bêbados... De novo. – Disse com cara de tédio.

Ela riu, pondo uma mexa atrás da orelha. Quando mordeu o lábio eu percebi!

– Ellie... – Disse desconfiada – Você gosta do meu irmão?

Ela sorriu que nem criança.

– Hum... Às vezes eu queria que o que houve entre você e Micael... Acontecesse conosco.

Arregalei os olhos.

– Mas você não é...?

– Sou, mas... – Ela pensava – É que eu só queria saber como é. E queria que fosse com ele.

Eu quis rir, mas apenas torci a expressão, fazendo uma cara cômica.

– Sei... Isso é estranho.

– Eu sei. – Ela gemeu – Eu nunca fico bêbada o suficiente pra pedir pra ele.

– Mas por que com ele? Sabe. Ele é o idiota do meu irmão.

Ela riu.

– Isso porque ele é seu irmão. E eu sempre tive meio que uma queda por ele. Mas como ele era idiota, eu não falava nada. E agora... – Ela sorria – Ele amadureceu. Um pouco, mas amadureceu. – Ela riu – E ele está bonito. E a gente ainda mora junto! Eu só fico um pouco chateada quando ele traz essas garotas pra cá.

– Eu me sinto enojada, mas tudo bem. – Eu ri.

Ela sorriu.

– Hein. – Disse – Fala com ele.

Ela torceu o bico e balançou a cabeça, negando.

– Melhor não. A gente nem vai dar certo mesmo. – Ela deu de ombros.

– Como você sabe? Não vai falar que é por causa do Micael e eu?

– Não. – Ela riu – É que... Sei lá. É o Du, sabe. O Du! O idiota do seu irmão. E eu quero dormir com ele, mas eu não queria só isso. E ele não é tipo de cara que leva esse tipo de coisa a sério.

Torci a expressão dando um meio sorriso. Era verdade. Nunca vi meu irmão ter um relacionamento sério. Não um que passasse de duas semanas.

Ela sorriu.

– A comida já está pronta. Vai almoçar?

– Depois. – Sorri.

– Tá bom.

Ela saiu e eu voltei a pensar. Era um pouco estranho Ellie gostar de Du, mas eu já desconfiava disso um tempo. Mesmo ela sendo boa em esconder.

Ellie ainda era virgem. Sempre disse que nunca encontrou um cara que gostasse mesmo pra fazer aquilo. Eu a admirava por isso, por ela esperar. Nós éramos tão diferentes nesse aspecto. Perdi a minha com 14 e ela com 25 anos ainda era. Às vezes me pergunto se eu ainda fosse virgem na época que Micael e eu ficamos juntos, eu teria parado tudo na festa por medo de doer ou sei lá. Tudo teria sido diferente se isso tivesse acontecido.

Fechei os olhos e fiquei pensando, forçando a mente para me lembrar da noite anterior. Só tinha alguns fragmentos que de repente apareciam na minha cabeça. Du servindo margaritas, Ellie cantando muito mal, eu e Micael brigando. Mas do nada tudo pareceu ficar claro.

Micael estava comigo no corredor. Me pôs contra a parede e aquele clima intenso começou. Ele me agarrou e me beijou, me pegando no colo. Foi para o meu quarto e trancou a porta.

Ele me pôs contra a porta, me beijando de novo. Tirou o casaco, a gravata e quase arrebentou os botões da camisa abrindo-a com força. Eu estava ofegante. Ele abaixou a parte de cima do vestido e eu tirei a manga do braço desengonçada enquanto o beijava. Ele levantou o vestido e terminou de tirá-lo, me deixando de top e calcinha. Me beijava e tirava o cinto. Eu estava ainda mais ofegante e o ajudei a tirar a calça. Ele tirou os sapatos e as meias, desengonçado enquanto me beijava. Quase rasgou meu top, que era como um sutiã tomara que caia. Tirou minha calcinha e a jogou longe. Isso explica ela estar na estante.

O abracei, beijando-o intensamente. Ele me virou de repente, passando a mão pelo meu corpo, como se estivesse relembrando como era me tocar. Eu respirava ofegante. Parou com a mão no meu seio e a outra no meu quadril. Ele tirou meu cabelo da frente do meu pescoço e o beijou, se encaixando em mim. Gemi. Nunca tínhamos feito essa posição. Escorei a cabeça na porta, quase a arranhando.

Quando ele me abraçou, ainda se mexendo, começou a gemer e parou. Não entendi, queria mais. Ele me virou e me beijou, me pegando no colo. Me pôs na cama. Deitou do meu lado e me pôs em cima dele, se sentando em seguida. Ele me abraçava, me puxando pra baixo e movimentando mais meu quadril. Fazia caretas que me deixavam mais excitada.

Ele me virou de repente, ficando por cima. Eu o virei de novo rindo, queria continuar por cima. Ele me virou de novo e caímos no chão, comigo tentando me segurar no edredom. Nós rimos no chão e continuamos. Quando terminamos ele fez a cama improvisada e deitamos ofegantes, recuperando o fôlego. Micael nos cobriu e me abraçou. Eu o beijei de novo. Um beijo longo e intenso. Adormecemos depois disso.

Abri os olhos e olhei para o teto. Por que isso acontece com a gente? Batia na testa, torcendo a expressão.

– Droga, droga...

Micael se escorou no batente da minha porta e começou a rir.

– Não devia bater na cabeça assim.

Eu parei, me assustando. Sentei na cama e o vi.

– Eu lembrei. – Disse suavemente.

– É... Eu também. – Ele deixou escapar um sorriso.

O olhei, surpresa.

– Foi mal. – Ele disse dando um meio sorriso gentil – Eu que comecei dessa vez. Estamos quites. – Ele riu.

Fiquei cabisbaixa.

– Por que isso acontece com a gente?

Ele olhou para cima e suspirou. Caminhou e se sentou do meu lado.

– Não sei mesmo.

– Não vamos fazer tudo aquilo de novo não, tá?

Micael me olhou e hesitou, mas por fim assentiu. Ele sorriu e bateu na minha perna.

– Tá! Vai comer.

– Não quero. – Resmunguei.

– Vai logo. Você não come desde ontem.

Revirei os olhos bufando e fui. Ele foi pra sala, Du e Ellie estavam comendo. Fiz um prato e me juntei a eles. Ellie fizera sopa de legumes e macarrão. Estava deliciosa. Irônico como a gente bebe que nem maluco e no dia seguinte comemos sopa. Estava decidida a parar de beber. Se não dormiria sempre com Micael!

Assistíamos aqueles seriados. Ríamos o tempo todo. Pus outra colherada na boca e comecei a coçar o braço. Comi mais, aquilo realmente estava bom. Cocei o pescoço e o peito. Du me olhou e franziu a testa.

– Felícia! – Ele exclamou.

– Que? – Disse me coçando mais.

– Você está ficando toda empolada!

– Que?! – Exclamei vendo meu braço.

Meus braços e meu peito estavam cheios de manchas vermelhas, como pintas. Coçava meu corpo todo, era incontrolável. Du mexeu no meu prato.

– Ellie, o que você pôs na sopa? – Ele perguntou.

– Legumes e macarrão. Nada demais. Ela não é alérgica a isso! – Ellie disse assustada.

Micael nos olhava e começou a rir. O fuzilamos. Fiquei boquiaberta.

– Você não fez. – Rangi os dentes.

– Eu fiz. – Ele gargalhava.

– Seu miserável! – Pulei do sofá e fui em direção ao pescoço dele.

Du e Ellie me tiraram de cima dele. Micael pôs camarão na sopa. Eu era alérgica a camarão! Não era grave, ainda bem, mas eu ficava toda empolava e meus olhos inchavam. Que garoto babaca!

– Seu idiota! Não era pra pôr na sopa! – Ellie exclamou – Eram pra mais tarde, imbecil! E Felícia não ia comer!

– Mas eles estavam tão atraentes. – Ele cantarolava.

– Quando pôs aquilo? Eu não senti o gosto. – Du disse.

– Quando fui lavar o prato. Depois chamei a lerdinha.

– Seu babaca! – Gritei tentando ir pra cima dele de novo. Du me segurou.

– A culpa não é minha se você não sentiu o gosto e comeu demais. – Ele ria – E relaxa, idiota! É só tomar um antialérgico.

– Imbecil! Imbecil! – Exclamava, indignada indo para o armário de remédios, na cozinha. Já estava sentindo meus olhos incharem.

Não acredito que aquele imbecil fez aquilo! Ele é maluco! Minha alergia não fechava minhas vias aéreas, mas caralho! Qual o problema dele?!

Cacei o antialérgico que nem louca, pedindo a Du para me ajudar. Meus olhos já estavam inchados e não conseguia enxergar direito. O tomei e fui dormir. Aquela merda dava um sono absurdo! Acordei horas depois e já estava sem machas. Enxergava perfeitamente de novo. Fiquei mais aliviada e calma.

O que a burra aqui não sabia e muito menos aquele acéfalo que dormiu comigo, era que alguns antialérgicos diminuem ou tiram o efeito da pílula. Ah, legal...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? *----*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O babaca do amigo do meu irmão 2ª temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.