Hug escrita por sweetheart


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Aviso: Spoilers dos capítulos atuais de Fairy Tail.
Se gostarem, deixem um review, assim é um incentivo a mais para voltar a escrever! s2



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Lucy tinha saído em uma missão solo há três dias. Era muito simples, recuperar um colar roubado de uma mansão, – e isso fazia ela lembrar-se da primeira missão que fizera com Natsu.

Como a missão era simples, decidiu fazê-la sozinha. Ela precisava de dinheiro e o senhor que pediu a missão pagava muito bem. A princípio, ela até pensou em chamar Natsu e Happy, mas Happy saíra em missão com a Charle e Wendy e Natsu não estava presente quando ela pegou o papel da missão. Ele deveria estar com outra pessoa, pensava ela.

Quando saiu, só avisou a Mira, – que se despediu dela com aquele lindo sorriso costumeiro no rosto, enquanto continuava a enxugar os copos atrás do balcão.

Agora, Lucy estava voltando. Já era noite e ela estava um pouco cansada. A missão não exigiu muito de seu poder mágico, mas, estava cansada porque o trem de Magnólia estava com problemas desde que a estação fora danificada por conta de uma briga entre gangues e ela se obrigou a fazer o percurso de volta a pé, – outra coisa que a fez lembrar de Natsu. Se ele estivesse junto teria agradecido aos céus por não ter que viajar de trem.

Ultimamente, tudo a fazia se lembrar dele, desde as coisas simples e até as banais.

Até enquanto estava em outra cidade, viu um garotinho com o sorriso parecido com o dele. E foi aí que ela percebeu o quanto queria que ele estivesse ali com ela.

Não que ela tivesse percebido só naquele momento. Ela precisava de Natsu.

As coisas tinham mudado um pouco desde que voltaram da Ilha Tenrou. Ficaram sete anos de suas vidas parados. Sete.

Por que é difícil de acreditar?

Estiveram meio separados nesse meio tempo, não era muito, mas é mais do que estavam acostumados. Ela não o culpava. Lisanna estava de volta e Lucy não havia sido a melhor pessoa do mundo também.

Oh, por que diabos estou pensando na Lisanna? Ele não fala com ela há séculos...

Não que eles tivessem algum tipo de envolvimento ou drama romântico desde que ela voltou. Mas ela ouvia os comentários pela guilda. Ouviu histórias dos dois quando eram pequenos. Ela de fato era/é importante na vida dele.

E eu? Eu tenho tanta importância na vida dele? Oh, espere! Não é como se eu me importasse afinal. Ou me importo?

Caminhando pelas ruas de Magnólia agora, ela estava quase em casa. O vento estava tão gélido que ela quase se arrependeu de não ter levado uma blusa.

E finalmente ela chegou em casa. Subiu as escadas sonolenta e quando finalmente chegou em seu quarto, ela se segurou para não gritar.

Natsu estava ali. Em sua cama. Sozinho.

Normalmente, ela começaria a gritar para o mundo: "O que está fazendo na minha cama?" "Pare de invadir a minha casa!", mas ela não o fez.

Ele estava abraçado ao travesseiro, quase babando. Era uma cena engraçadinha. Fofa.

Natsu às vezes sabe ser fofo, não que eu me importasse, afinal.

Reparou no modo como seus cabelos brilhavam com a luz da lua. Ela amava a cor do cabelo dele. Era lindo.

Mas não que ela se importasse, afinal.

Ela até tinha se esquecido o quanto estava frio. Mas Natsu estava irradiando calor, como sempre.

De repente ele acorda e a olha com os olhos semicerrados. Era como uma criança que acabara de acordar de um sono bom.

— Luuuchi… — ele sussurrou, sua voz provocou arrepios no corpo dela.

— Natsu, o que você-

Ela não continuou, foi interrompida por um abraço quase esmagador. Quase.

— Lucy, eu estava preocupado! Você demorou… Nossa como você está fria! Por que saiu em uma missão solo? Podia ter me chamado… sabe como eu estou precisando de dinheiro 'pra comida!

Por que ela tinha saído sozinha? Ela não sabia explicar. Ficar perto dele era bom, mas era incomodador, ele despertava sensações no qual ela não era acostumada. E não sabia direito se era correspondida.

Mas não que ela se importasse, afinal.

Mas ficar longe dele era pior. E ela não sabia explicar.

A dúvida a incomodava, mas agora ela não sabia qual dúvida era. O que a incomodava? "Era não ser correspondida?" ou…

Ser correspondida pelo quê? Vamos lá, Lucy! Não é como se você se importasse.

— Obrigado pela preocupação, Natsu. Bem… é que… a missão era fácil e eu não te achei no dia — sorriu falsamente.

Ele a empurrou ligeiramente para a cama.

— Você está tão fria! Acho melhor você se esquentar — suas bochechas coraram. — Sabe… eu… posso te ajudar com isso… se quiser, he.

Ela quis chamá-lo de pervertido, mas ao notar as bochechas rosadas mudou de ideia.

Natsu… tão inocente.

Ela acenou com a cabeça, quando devia negar. Erro número um.

Ele se deitou ao lado dela, e de repente o coração dela disparou. Erro número dois.

Natsu então afagou suas costas e a puxou para si, alinhando-a em seu peito. Agora ela podia ouvir o coração dele também. Estava tão rápido quanto o seu. Em poucos minutos ela já estava quente. Natsu era quente, em todos os sentidos da palavra. Corou com tal pensamento. Por ela, não se afastaria dali nunca. Ele era uma espécie de sol particular.

Particular? Oh, quanto egoísmo! Está na hora de anular o 'não é como se você se importasse', você se importa, Lucy.

Ela pensou no um ano em que ele esteve fora. Ele ao menos teve a decência de se despedir. Deixou somente uma carta. Ela apertou os olhos com força. Estava com medo de perguntar. E de repente, sentiu uma forte vontade de chorar.

— Lucy... — Natsu chamou a sua atenção, o que fez ela levantar a cabeça e olhar diretamente em seus olhos — Me perdoe...

— O que houve, Natsu?

— Eu te deixei sozinha... Não vou fazer isso de novo.

Ela sorriu.

— Senti sua falta, Natsu.

— As coisas ficaram... complicadas para mim. Precisava ficar um tempo sozinho. Mas prometo que nunca irei te abandonar! — ele deu um sorriso caloroso, que fez algo em seu coração martelar.

Ah sim, Lucy... você se importa até demais.

Ela respirou fundo.

Talvez não fosse o momento para dizer tudo o que sentia. Nela havia um sentimento de que um novo caos estava chegando. Teve essa sensação assim que viu o corpo da Primeira em uma lácrima, e não pôde evitar de olhar para Natsu naquele momento. Seu coração se apertou tanto, como se soubesse que algo aconteceria com ele. Mas agora, naquele quarto, ela não poderia dizer o que sentia, não naquele momento. Eram coisas demais para se preocupar.

Mas ela sabia, que quando tudo aquilo acabasse, ambos sairiam vivos.

Ela abraçou Natsu fortemente e ele depositou um beijo no topo de sua cabeça. Naquele momento, aquilo bastaria, e eles poderiam dormir abraçados aquela noite. Não como amantes, mas principalmente, como companheiros.

— E... Eu também senti sua falta. — ele dissera, enquanto apertava o corpo dela em si.

E ela se perguntou se aquilo era um "Eu te amo, também".

.

"Achei um lugar para descansar minha cabeça.

Nunca me deixe partir..."


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Notas finais do capítulo

NA: Ai, eu sofro demais com esse meu OTP. Essa era uma oneshot que eu havia escrito há algum tempo, e resolvi incrementar umas coisas mais atuais. Estava com saudades de escrever sobre NaLu. Ando muito sem inspiração, não consigo escrever muito, por isso acho que oneshots é um belo jeito de recomeçar. Talvez mais pra frente eu volte com outra sobre NaLu, angst angst e angst!Eu tenho péssimos pressentimentos sobre esse novo arco ;_; Enfim, espero que tenham gostado. E repito: Se gostarem, deixem um review, assim é um incentivo a mais para voltar a escrever! s2